Agronegócio
4ª Prova de Ganho de Peso da Nelore Tocantins teve início no último sábado, 22, em Silvanópolis
Evento contou com a participação de criadores de todo o Tocantins
Promovida e reconhecida pela Nelore Tocantins (ACNT) e pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), a prova que avaliou mais de 80 exemplares da raça nelore e contou com a participação de criadores, técnicos, especialistas, líderes políticos, instituições financeiras, empresas privadas e o Sistema Faet/Senar.
A presidente da Nelore Tocantins, a pecuarista Andrea Stival, fala sobre a 4ª edição da prova de ganho de peso. “Quero agradecer a todos que participaram e colaboraram mais uma vez para o crescimento da genética do Nelore no estado do Tocantins. O evento não apenas destaca os melhores exemplares da raça, mas também visa ao melhoramento genético comprovado, avaliado ao longo de 10 meses e, assim, repassado para o rebanho comercial”, destacou Andrea Stival.
Celso Guelfi, proprietário da Fazenda Encontro da Natureza, local onde acontece a prova, fala sobre o privilégio de ter sido escolhido para sediar o evento. “Primeiramente, o fato de sediarmos essa prova representa um aval dos produtores, um certificado de confiança, de que estamos proporcionando o melhor ambiente para os animais. Tenho uma equipe excelente, muito eficiente, que abraçou essa causa, o que me dá muita segurança em sediar este evento. Além disso, através de um trabalho efetivo, podemos contribuir para a disseminação da genética bovina dentro do estado de Tocantins, melhorando a qualidade dos bezerros destinados aos confinamentos ou projetos de engorda, o que garante boas receitas para a indústria frigorífica”, diz.
Parte Técnica da PGP
“Hoje realizamos a pesagem inicial dos animais participantes. Neste primeiro momento, não consideramos o peso inicial dos animais, pois eles passarão os próximos 70 dias em um período de adaptação. Durante essa fase, serão minimizados os efeitos maternos e ambientais específicos de cada propriedade, pois nosso objetivo é avaliar as diferenças genéticas entre os animais. Para isso, é essencial padronizar o ambiente, conforme preconiza o princípio fundamental do melhoramento genético, que busca descobrir as diferenças genéticas entre os indivíduos oferecendo a eles as mesmas oportunidades e condições”, comenta José Ribeiro Martins Neto, técnico de campo da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e responsável por conduzir a prova.
Apoio do Sistema Faet/Senar
Rayley Campos, Superintendente do Sistema Faet/Senar, esteve na prova e destacou ao Tocantins Rural, sobre o apoio do Sistema Faet/Senar. “Quando apoiamos eventos como esse, estamos acreditando nesses criadores tocantinenses, de que eles terão realmente um touro de qualidade, um touro de melhoramento genético, e que esse touro possa depois, inclusive, ser ofertado aos nossos pequenos produtores e médios produtores do estado do Tocantins.” E complementa. “Além disso, os técnicos do Senar que fazem assistência técnica aos produtores rurais de gado de corte, já acompanharam a prova de ganho de peso de 2022 e 2023 e vão acompanhar 2024 a 2025, porque esses técnicos vão conhecer e entender, participar como que os toros vão ter aqui o seu manejo, o seu tratamento, a sanidade, vão saber depois como escolher o melhor touro para inclusive indicar e orientar os produtores rurais que são assistidos por nós”, finaliza a Superintende.
Comissão de Mulheres do Agronegócio na Federação da Agricultura
Algumas delas estiveram presentes no evento e explicou como as mulheres que fazem parte do agronegócio podem participar do grupo. ‘Sim, era um sonho do presidente Paulo Carneiro criar a Comissão de Mulheres do Agronegócio na Federação da Agricultura. Qual é o objetivo principal deste grupo de mulheres? Sensibilizar as mulheres do Estado do Tocantins, as produtoras rurais e aquelas que têm algum protagonismo no agronegócio para que se unam, se fortaleçam, e busquem as capacitações necessárias e pontos importantes para discussão”, explica.
A comissão vai cadastrar as mulheres do Estado do Tocantins que são produtoras rurais ou têm protagonismo de alguma forma, seja colaborando com maridos ou filhos, e levantando os principais pontos de capacitação. Posteriormente, o Senar, após identificar esses pontos, oferecerá as capacitações necessárias. Já temos programados para 2024 alguns módulos de capacitação online que serão oferecidos a 50 mulheres do Estado do Tocantins selecionadas pela Comissão de Mulheres.
Agronegócio
COP30: Carta-Manifesto dos Produtores de Soja é apresentada no Senado
Aprosoja lança Carta-Manifesto para a COP30 com propostas de métricas tropicais, fórum internacional e revisão das metas de emissões brasileiras.
Brasil protagonista na COP30
A Carta destaca que, apesar de o Brasil ser o único grande produtor de alimentos que alia alta produtividade, conservação ambiental e geração de energia renovável, o debate global ainda ignora o papel do país e de outras nações tropicais na solução dos problemas climáticos.
O documento, com 27 páginas, foi apresentado em evento conduzido pelo senador Jaime Bagatoli (RO) e contou com a presença de Maurício Buffon, presidente da Aprosoja Brasil, e Gilson Antunes de Melo, vice-presidente Oeste da Aprosoja MT.
Sistema Nacional de Métricas e Padrões Tropicais
Entre as propostas, o texto defende que o Brasil articule órgãos científicos como Embrapa e INPE para desenvolver metodologias compatíveis com os ciclos tropicais de carbono e os sistemas integrados de produção.
O autor do documento, o professor Daniel Vargas, doutor e mestre em Direito pela Universidade de Harvard e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), destacou que o país precisa liderar o debate com base científica e tropical.
Propostas apresentadas para a COP30
A Carta-Manifesto propõe que a presidência da COP30 crie um Fórum Internacional de Agricultura e Clima Tropical com métricas e parâmetros comuns aos países tropicais.
Também defende submeter as metas de emissões brasileiras à análise do Congresso Nacional, garantindo soberania democrática e técnica nas decisões climáticas.
“O Brasil responde por apenas 2,47% das emissões globais, enquanto a China representa 28% e os EUA 15%. As metas precisam refletir essa proporção e se tornar política de Estado”, afirma o texto.
Contra o neocolonialismo ambiental
A Carta alerta que regulamentações internacionais unilaterais — como o EUDR (Regulamento Europeu de Produtos Livres de Desmatamento) e o CBAM (Mecanismo de Ajuste de Fronteira de Carbono) — impõem custos adicionais entre 15% e 20%, distorcem a concorrência e ameaçam a cooperação global.
Segundo o documento, “essas práticas criam um neocolonialismo ambiental que transfere o ônus da transição verde aos trópicos”.
Eixos temáticos da Carta para a COP30
A Carta-Manifesto apresenta três princípios centrais: Verde como Valor, Clima como Desenvolvimento e Soberania como Caminho.
• Verde como Valor: reconhecer as áreas preservadas nas propriedades rurais como ativos ambientais que prestam serviços de regulação hídrica, sequestro de carbono e estabilidade climática.
• Clima como Desenvolvimento: tratar o clima como vetor de investimento, inclusão e renda, considerando que o maior risco ambiental dos trópicos é a pobreza.
• Soberania como Caminho: fortalecer a legitimidade democrática e científica das políticas climáticas brasileiras, respeitando a Constituição e o Código Florestal.
Eixos estratégicos e oportunidades
A Carta também propõe quatro eixos estratégicos para orientar políticas públicas:
Segurança Alimentar — o Brasil poderá responder por até 40% do aumento global da produção de alimentos até 2050, segundo a FAO.
Segurança Energética — o agro já é responsável por 32% da matriz energética brasileira e 90% da eletricidade nacional é renovável.
Ciência Tropical e Governança — criação de um sistema de métricas tropicais e fórum internacional de agricultura.
Produtivismo Verde — substituição de certificações estrangeiras por padrões regionais, baseados em reconhecimento mútuo e rastreabilidade digital.
COP30 e o protagonismo brasileiro
“O Brasil, sede da COP30, tem a responsabilidade de liderar uma virada no debate global. É hora de mostrar ao mundo a contribuição do agro brasileiro”, destacou Daniel Vargas.
Ele será um dos participantes do Agrizone COP30 Grãos e Cereais, que acontece no dia 12 de novembro, em Belém, com presença de entidades como Abramilho, Abrapa, Aprofir BR, Aprosoja Brasil, Aprosoja MT e CNA.
Mais notícias
Agronegócio
Chuvas irregulares atrasam plantio da soja no Tocantins e acendem alerta para a safrinha de 2026
Vice-presidente da Aprosoja Tocantins alerta para impacto das chuvas irregulares e orienta produtores sobre mercado e safrinha de 2026
Segundo o vice-presidente da Aprosoja Tocantins, o engenheiro agrônomo Thiago Facco, a falta de umidade no solo tem impedido a continuidade do plantio. “Começamos o mês com algumas chuvas pontuais, o que permitiu o início do plantio em áreas isoladas. Mas logo depois o clima secou. As últimas precipitações significativas foram por volta do dia 14, e desde então as temperaturas estão muito elevadas. Hoje, praticamente todo o estado está parado”, explicou Facco em entrevista ao portal Notícias Agrícolas.
Ele destacou que há regiões onde o plantio ainda nem começou, enquanto outras deverão realizar o replantio das áreas semeadas no início de outubro. “Estamos apreensivos, porque as previsões indicam o retorno das chuvas apenas a partir do dia 1º de novembro. Isso representa atraso e pode comprometer a janela ideal para a safrinha de milho de 2026”, alertou.
Safrinha em risco
Com menos de 20% da área total semeada, o Tocantins registra um dos começos de safra mais lentos dos últimos anos. O atraso preocupa, já que reduz o período ideal para o plantio do milho safrinha — cultura que depende da colheita antecipada da soja.
“A melhor janela para a safrinha seria agora, em outubro. Como o plantio da soja não avançou, é provável que tenhamos redução de área e de produtividade na segunda safra”, avaliou o dirigente.
Atenção ao mercado
Mesmo diante das dificuldades climáticas, Facco recomenda que os produtores acompanhem as movimentações de mercado. “Nos últimos dias, o mercado internacional reagiu, especialmente com o avanço das negociações entre Estados Unidos e China. É um momento para avaliar custos e, quem puder, realizar algum travamento ou venda parcial”, orientou.
Para ele, é natural que o ânimo dos agricultores caia diante das adversidades, mas é preciso manter a atenção ao cenário de preços. “O produtor tocantinense é muito competente na lavoura, mas quando o clima não ajuda, o desânimo aparece. Ainda assim, é hora de olhar para Chicago, acompanhar o câmbio e buscar oportunidades. Mesmo com incertezas, este pode ser um bom momento para garantir parte da rentabilidade.”
Expectativa para novembro
Enquanto o clima não se regulariza, a expectativa do setor é de que as chuvas retornem no início de novembro, permitindo retomar o plantio e minimizar os prejuízos. “A gente segue com fé e esperança de que as condições melhorem. O produtor tocantinense é resiliente e vai seguir firme, como sempre fez”, concluiu Facco.
Mais notícias
→ Agricultura tocantinense mantém resiliência diante do clima
→ Produtores discutem estratégias sustentáveis para a próxima safra
→ Aprosoja lança novo programa de capacitação rural
→ Governo anuncia incentivos à agricultura familiar no Tocantins
Agronegócio
GIIR Agro lança livro que propõe um novo olhar sobre a falência
Durante o GIIR Agro em Palmas, juíza Clarissa Somesom Tauk lança o livro Fresh Start e propõe um olhar humanista sobre a falência e o recomeço empresarial.
Com uma abordagem humanista e contemporânea, Clarissa Tauk desafia o olhar tradicional de que a falência é sinônimo de fracasso. Inspirada no conceito norte-americano de Fresh Start, a magistrada defende que o recomeço empresarial deve ser tratado como um instrumento de justiça econômica e social.“Permitir o recomeço não é premiar o insucesso, e sim reconhecer o valor da honestidade e da transparência na atividade empresarial”, afirma a autora.
A proposta do livro é ampliar o debate sobre as leis de insolvência e recuperação judicial, aproximando o Direito das realidades humanas que permeiam o empreendedorismo. Clarissa argumenta que o empresário de boa-fé merece o direito de reconstruir sua vida profissional e contribuir novamente com a economia, em um sistema que valorize o esforço, a ética e a reintegração produtiva.
Evento reúne inovação, sustentabilidade e diálogo jurídico
O lançamento integra a programação do GIIR Agro, evento que se consolida como um dos principais fóruns de diálogo sobre inovação, gestão e sustentabilidade no agronegócio tocantinense. O encontro ocorre a partir das 17 horas, na Chácara Recantto do Petrel, reunindo produtores, empresários, investidores, magistrados e startups empenhados em fortalecer um campo mais tecnológico, sustentável e colaborativo.
Idealizado pela advogada e administradora judicial Jéssica Farias, o GIIR Agro nasceu da convicção de que o conhecimento e a conexão são pilares para o futuro do agronegócio.
“O GIIR Agro é uma oportunidade de unir o setor produtivo e o judiciário em torno de soluções inteligentes para os desafios do campo. Queremos fortalecer produtores, estimular a inovação e criar pontes entre a realidade rural e as exigências de um mercado cada vez mais competitivo e responsável”, ressalta Jéssica.
O evento reflete uma nova fase de integração entre o mundo jurídico e o setor produtivo, propondo um diálogo que ultrapassa fronteiras e incentiva o empreendedorismo responsável como caminho de prosperidade e renovação.
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