Cinema
Katahirine, a primeira rede de cineastas mulheres indígenas do Brasil, é lançada neste sábado

A produção audiovisual indígena é rica e conta com forte participação feminina, mas ainda é pouco conhecida dos brasileiros. Para mudar essa situação, neste Abril Indígena será lançada a Katahirine, a primeira rede de mulheres indígenas que se dedicam a produções audiovisuais. Ela já nasce unindo 71 mulheres de 32 etnias — entre elas, nomes como Graci Guarani e Olinda Wanderley Yawar Tupinambá, diretora e codiretora do projeto Falas Da Terra, da TV Globo, e Patrícia Ferreira Pará Yxapy, diretora de filmes que já participaram de festivais no Brasil e no mundo, como o Doclisboa, em Portugal, a Berlinale, na Alemanha, e o Margareth Mead Film Festival, em Nova York, nos Estados Unidos.
O lançamento da primeira rede audiovisual de mulheres indígenas do Brasil acontece no próximo sábado, 29 de abril, às 19h, em uma live no canal do Instituto Catitu no Youtube, com participação da Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
A Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas é aberta, coletiva e composta por mulheres que atuam nas áreas do audiovisual e comunicação. Seu principal objetivo é fortalecer a luta dos povos originários por meio do cinema. A rede nasce a partir da atuação do Instituto Catitu e começa a tomar forma com um mapeamento inédito das cineastas indígenas no Brasil. “Construir esse coletivo é fundamental para as lutas do movimento das mulheres originárias e seus povos”, de acordo com o texto de apresentação da Rede escrito pelas mulheres de seu Conselho Curador. O foco inicial do mapeamento e da construção da rede é no Brasil, mas a meta é abarcar cineastas de povos originários de outros países da América Latina.
A primeira iniciativa para dar visibilidade à produção audiovisual das mulheres indígenas é o site que será lançado também no dia 29 de abril. Ele funcionará como uma plataforma onde cada cineasta terá uma página com seu perfil, biografia e suas produções. Futuramente, a rede planeja promover encontros entre as realizadoras de todo o país e organizar mostras. A Katahirine atuará ainda no desenvolvimento de estratégias de fortalecimento do audiovisual indígena e na proposição de políticas públicas que atendam a produção do cinema feito pelas mulheres indígenas.
“Acreditamos que a rede poderá ser uma importante ferramenta de conhecimento e diálogo entre nós e com o público, e também uma referência para pesquisas sobre o cinema indígena feminino”, explica o texto de apresentação da Rede escrito de forma coletiva pelas mulheres de seu Conselho Curador. “Nosso trabalho aborda questões centrais dos nossos povos, como a recuperação das memórias históricas, a reafirmação das identidades étnicas, a valorização dos conhecimentos tradicionais, das línguas e do papel das mulheres nas nossas sociedades”, descreve.
“O audiovisual tem sido uma ferramenta de luta das mulheres indígenas. As produções cinematográficas têm contribuído para que elas reivindicam direitos, denunciem retrocessos e ocupem seu espaço na sociedade indígena e não indígena”, completa Mari Corrêa, diretora do Instituto Catitu, responsável pela coordenação do projeto.
Origem da palavra Katahirine
Katahirine é uma palavra da etnia Manchineri que significa constelação. Assim como o próprio nome sugere, Katahirine é a pluralidade, conexão e a união de mulheres diversas que se apoiam e promovem mulheres indígenas no audiovisual brasileiro. Dessa constelação participam mulheres de todos os biomas, de diferentes regiões e povos, mulheres indígenas que se uniram com o objetivo de fortalecer a luta dos povos originários por meio do audiovisual.
O Conselho Curador da Rede Katahirine
A Rede tem um Conselho com a missão de garantir a participação indígena nas tomadas de decisão, promover articulações para incidência em políticas públicas que beneficiem a produção audiovisual das mulheres indígenas, elaborar e propor às demais os critérios da curadoria das cineastas e das obras, propor debates sobre temas relevantes para o coletivo, estabelecer diretrizes para o desenvolvimento das atividades da Rede.
O Conselho é formado majoritariamente por mulheres cineastas e pesquisadoras indígenas de diferentes etnias. Dele participam atualmente as cineastas indígenas Graciela Guarani, da etnia Guarani Kaiowá, Patrícia Ferreira Pará Yxapy, da etnia Mbyá-Guarani, Olinda Wanderley Yawar Tupinambá, da etnia Tupinambá/Pataxó Hã-Hã-Hãe e Vanúzia Bomfim Vieira, do povo Pataxó. Fazem parte também Mari Corrêa, cineasta e diretora do Instituto Catitu, Sophia Pinheiro, artista visual e cineasta e a jornalista Helena Corezomaé, jornalista da etnia Balatiponé.
- Graci Guarani é uma das cineastas indígenas com uma trajetória expressiva. É diretora do projeto Falas Da Terra da TV Globo (2021 e 2023) e uma das diretoras da série Cidade Invisível da Netflix. Este ano lança seu longa-metragem Horizonte Colorido.
- Patrícia Ferreira Pará Yxapy é diretora de diversos filmes relevantes para o cinema indígena brasileiro. Já participou de festivais no Brasil e no mundo, como o Doclisboa em Lisboa, o Margareth Mead Film Festival em Nova York e apresentou sua primeira exposição individual, “Carta de uma mulher guarani em busca de uma terra sem mal” com seus filmes e desenhos, dentro da mostra do programa Forum Expanded em Berlim (2020).
- Olinda Wanderley Yawar Tupinambá foi codiretora do especial “Falas Da Terra” na TV Globo em 2021. Entre documentários, ficção e performances, produziu e dirigiu 10 obras audiovisuais independentes. Participou das exposições “Atos modernos” e “Véxoa: Nós Sabemos”, na Pinacoteca de São Paulo.
- Vanúzia Bomfim Vieira dirigiu o longa-metragem Força das Mulheres Pataxó da Aldeia Mãe (2019), exibido em diversos festivais e mostras. É mestre em Ensino e Relações Étnico-Raciais pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e atualmente trabalha com direção e produção de filmes relacionados aos movimentos indígenas.
Projeto do Instituto Catitu
A Rede Katahirine foi concebida pelo Instituto Catitu, organização que atua junto aos povos indígenas para o fortalecimento do protagonismo das mulheres e jovens na defesa de seus direitos por meio do uso de novas tecnologias como ferramentas para expressar, transmitir e compartilhar conhecimentos a partir de suas visões de mundo.
A coordenação da Rede Katahirine é composta por Mari Corrêa, Sophia Pinheiro e Helena Corezomaé.
- Mari Corrêa é cineasta, diretora e fundadora do Instituto Catitu, referência na formação de cineastas indígenas no Brasil, sobretudo com mulheres indígenas. Criou o projeto de formação das mulheres indígenas no uso de linguagens contemporâneas de produção cultural para potencializar seu protagonismo e valorizar os saberes femininos. Mari iniciou seu trabalho audiovisual com comunidades indígenas em 1992, na Terra Indígena Xingu. A partir de sua experiência com formação audiovisual, desenvolveu uma metodologia de formação de cineastas indígenas no Brasil que resultou em mais de 40 filmes de autoria indígena.
- Helena Corezomaé, da etnia Balatiponé (MT), é jornalista e assessora de comunicação do Instituto Catitu, mestre em antropologia social pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), escritora, repórter, editora e fotógrafa.
- Sophia Pinheiro é educadora popular, artista visual e cineasta, com trabalhos exibidos dentro e fora do Brasil, doutora em Cinema e Audiovisual pela UFF e mestre em Antropologia Social pela UFG. Há quase 10 anos Sophia colabora e cria junto às mulheres indígenas cineastas com filmes e formações audiovisuais.
Também faz parte da equipe Natali Mamani, da etnia Aymara, comunicadora e assistente de coordenação da Rede Katahirine, videoartista, cineasta e jornalista participante de exposições e festivais dentro e fora do Brasil.
Os apoiadores
A Rede Katahirine recebe o apoio da Fundação Ford através do Projeto Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas, da Rainforest Foundation Noruega através do projeto Aliança dos Povos Indígenas e Extrativistas pelas Florestas do Acre e do Fundo de Direitos Humanos dos Países Baixos através do projeto Rede de Comunicação das Mulheres Pataxó.
Links das redes sociais do projeto:
Instagram: Link
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Cinema
“Descontão Cinemark”: Rede estende promoção de ingressos a R$ 12 por mais duas semanas

A ação promocional exclusiva da Rede é válida em todo o país de segunda a quarta, durante os dias 23, 24, 25 e 30/9 e 1º e 2/10, para sessões em 2D e 3D
A Cinemark acaba de anunciar mais uma novidade para os fãs de cinema: durante os dias 23, 24, 25 e 30 de setembro e 1º e 2 de outubro, o público poderá conferir qualquer sessão em 2D e 3D nas salas de cinema da Rede ao redor do país pelo valor promocional de R$ 12. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria, no site, app e ATMs. Em caso da compra dos ingressos ser realizada nos canais digitais da Cinemark, todos os clientes devem selecionar a opção de entrada promocional antes de prosseguir com o pagamento.
A ação é uma extensão da Semana do Cinema por mais duas semanas, de segunda a quarta, para os clientes da Rede prestigiarem na tela grande as diversas produções em cartaz, como “Os Fantasmas Ainda se Divertem: Beetlejuice Beetlejuice”, “Silvio”, “Hellboy e o Homem Torto”, “Meu Amigo Pinguim”, e “Zuzubalândia – O Filme” (exclusivo na Cinemark). Salas Prime, Poltrona D-BOX e XD não estão inclusas. “Coringa: Delírio a Dois”, que terá sessões antecipadas a partir de 2 de outubro, não está elegível à promoção do Descontão Cinemark. Filmes de conteúdos especiais também não estão contemplados. Consulte todas as regras no nosso site.
“Mais uma vez pensando na melhor experiência para os nossos clientes, decidimos estender a Semana do Cinema por mais duas semanas. Com uma programação repleta de filmes para todos os públicos e idades, proporcionamos mais uma oportunidade para as pessoas aproveitarem o melhor da tecnologia das salas da Cinemark e incentivar a ida ao cinema com o custo-benefício do ingresso”, comenta Vinicius Porto, Diretor de Marketing & Clientes da Cinemark.
Serviço “Descontão Cinemark” – Setembro/2024
Em todos os complexos Cinemark com salas tradicionais 2D e 3D. Confira os horários das sessões no site ou app
Data: De segunda a quarta, durante os dias 23, 24, 25 e 30/9 e 1º e 2/10.
Valor único: R$ 12*.
*Para garantir este valor na compra via canais digitais, clientes devem selecionar a opção PROMOCIONAL
Rede Cinemark no Brasil
Líder mundial em venda de ingressos, a Rede Cinemark representa cerca de 30% do mercado brasileiro de cinema, com 627 salas de cinema em 85 complexos distribuídos por 47 cidades, em 15 estados e no Distrito Federal.
Também trouxe ao Brasil a tecnologia Extreme Digital Cinema – XD, com telas maiores que as convencionais e uma sonorização ainda mais potente, reunindo o que há de mais moderno em tecnologia 2D e 3D. A Rede ainda apresentou a primeira sala com conceito VIP do país, com cardápio exclusivo e atendimento diferenciado desde a bilheteria até o serviço de snack bar. As salas Bradesco Prime oferecem mais conforto, com poltronas que seguem o conceito da classe executiva dos voos internacionais.
A Cinemark ainda oferece o serviço de compra de ingressos e combos através do aplicativo exclusivo da Rede. Pelo APP, é possível conferir a programação dos complexos, realizar compras da bilheteria e bomboniere sem filas, acessar cupons de descontos exclusivos e mais.
Para mais informações à imprensa:
Cinema
Longa-metragem “Entramas” inicia fase de preparação de elenco com leitura de roteiro e preparação corporal

Uma realização da Fábrica Produções e do diretor Justino Vettore, o longa-metragem “Entramas” deu início à fase de preparação de elenco, em Palmas (TO). Os trabalhos se iniciaram na sexta-feira última, 14, com a leitura de roteiro em Hotel da Capital e preparação corporal dos atores, no final de semana, no campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT), atividades essenciais que serão realizadas até o final deste mês.
A produção valoriza e evidencia a cultura do Tocantins com 90% de sua equipe composta por profissionais tocantinenses. O elenco principal é composto pelo ator global Gabriel Santana (conhecido por seus papéis em “Chiquititas” e “Pantanal”) como convidado e traz à cena profissionais renomados das artes cênicas no Tocantins como Cleuda Milhomem, Meire Maria Monteiro, Magna Carneiro, João Welson Almeida, Luiz Navarro, Adailson Costa, Fernando França, Maria Clara Novais, Patrícia de Sá, Ana Kamila Castaño, Sávio Danrlley, Luma Gomes e Carlos Gontijo, dentre outros.
A artista Meire Maria, uma das pioneiras da Dança no estado do Tocantins, interpreta a personagem Margá. Ela considera ser uma honra ter sido convidada para o longa-metragem. “O texto é muito rico, muito envolvente e dá gancho a muitas outras possibilidades. E como o próprio autor/diretor fala: a busca de todos eles é pela Felicidade, sem críticas, julgamentos, mas através de processos nem tão fácil”, alega.
Ela destaca ainda a diversidade e pluralismo do elenco. “Uma equipe maravilhosa, cheia de profissionais maravilhosos e diversos que eu admiro pra caramba. Estou muito feliz de participar de um projeto tão bem feito. A minha personagem é bem diferente de mim, então a preparação de elenco está sendo fundamental nesse processo”, complementou a artista.
A atriz Ana Kamila Castaño vai interpretar na produção audiovisual a personagem Camélia na versão jovem. “Integrar o elenco de Entramas, uma grande produção como essa, me enche de orgulho. Estou muito feliz, conheço de perto o trabalho de Justino e tenho a certeza que teremos um lindo resultado, que encherá nossa capital Palmas de orgulho. Léo Pinheiro conduziu com maestria a preparação de elenco, trazendo para os atores técnicas que serão fundamentais para a construção de cada personagem”, aponta a atriz.
Preparação de Elenco
A preparação de elenco está sob a batuta do artista Léo Pinheiro, que declarou estar muito feliz com o convite e altas expectativas para o resultado. “Muito feliz com o convite e com a possibilidade de contribuir com o cinema feito no Tocantins. O trabalho de preparação é muito importante para garantir que o elenco chegue afinado no set e estou muito empolgado para contribuir”, relatou Léo Pinheiro.
De acordo com o diretor e roteirista do filme, Justino Vettore, a leitura de roteiro, etapa crucial para a compreensão e internalização dos personagens, permite que os atores se aprofundem nas nuances e complexidades da trama. Paralelamente, a preparação corporal ajuda a moldar a fisicalidade dos personagens, garantindo que cada movimento em cena seja autêntico e significativo.
As gravações de “Entramas” estão previstas para iniciar no mês de julho, e a expectativa é alta tanto pela qualidade do elenco quanto pela riqueza cultural que o filme promete trazer. O diretor do longa elogiou o empenho e a dedicação de toda a equipe tocantinense. “Estamos muito felizes com o talento e a energia que a equipe local trouxe para este projeto. A preparação do elenco está sendo uma experiência enriquecedora, e estamos ansiosos para ver todo esse esforço refletido nas filmagens em julho,” afirmou o diretor.
Ainda de acordo com o artista, a diversidade do para contar histórias reflete uma homenagem ao teatro e aos artistas brasileiros. “Sei da responsabilidade de unir nomes tão importantes para a cultura tocantinense e estou honrado por tê-los neste elenco para juntos narrarmos esta história”, ressalta Justino.
Sinopse
O filme conta a história da família Flores, que possui uma trupe de teatro mambembe e vive momentos delicados após a morte de seu menestrel. Após o ocorrido, as relações familiares se estremecem. O palco não convence mais e sem a caracterização restará a cada um lidar com a própria verdade: hora de o passado ser tirado a limpo.
Antúrio está atormentado pela morte do pai e coloca sobre si o peso de assumir o comando da trupe e ter que proteger a irmã caçula. Yasamin, vive o primeiro amor ao lado de Lírio enquanto é preparada pelas tias, Camélia e Begônia para assumir o lugar de primeira atriz da trupe. A caminho de um festival tradicional de teatro no interior, a Kombi que os transporta quebra em meio ao sertão e os obriga a pernoitar no local, então, em volta de uma fogueira, a revelação de um segredo mexe ainda mais com os ânimos da trupe e os sentimentos dolorosos antes agasalhados no silêncio de cada um mexerá com a estrutura da família. O que Antúrio e Yasamin não imaginam é que integram um plano de vingança tramado obsessivamente pelas tias.
Projeto
Uma realização da Fábrica Produções, o projeto foi contemplado no edital de Audiovisual, da Lei Paulo Gustavo, pela Secretaria de Cultura do Estado do Tocantins. A gravação do longa-metragem, integra o projeto Pasárgada, de produção e formação na linguagem cinematográfica, e empregará mais de cem trabalhadores do audiovisual no Tocantins, com equipe e ações em Palmas, Araguaína e Gurupi.
A equipe técnica conta com Ernesto Rheinboldt como fotógrafo, Fernanda Rodrigues na direção de arte e Vivian Oliveira como figurinista. A produção é de Pablo Pereira, com direção executiva de Mariana Memes Miller e direção de produção de Raquel Etges com consultoria nas áreas de produção e direção de: Renato Pimentel, Tarcila Jacob e Von Gabriel.
Fábrica Produções:
A Fábrica Produções foi fundada em 2007 e nos últimos anos tem se destacado com colaborações e produções de curta metragens infanto-juvenis, entre eles: ‘João e Maria Uma aventura no cerrado – O filme’ e ‘Circo Social ‘Os Kaco’ – Documentário premiado pelo edital de incentivo à cultura Procine Palmas/FCP/FSA 2015, por meio da Fundação Cultural de Palmas, com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Ancine e do Fundo Municipal de Apoio à Cultura. Realizou o premiado curta ‘Menina Bonita de Tranças’, vencedor do Prêmio Festival Você na Tela 2018 e do prêmio de melhor trailer no concurso interativo 46° Festival de Gramado, sendo também selecionado dentro e fora do Brasil: 9° Festival Cine Estudantil do Uruguay (Fenacies), 19° Mostra de cinema infantil de Florianópolis, 13° Festival Chico de cinema e vídeo do Tocantins e do Trakinagem- Mostra de Cinema e Educação de Belo Horizonte. Em 2022, lançou o curta-metragem O Segredo de João de Elisângela Dantas e o documentário Catarse-As três primeiras décadas de teatro palmense, de Justino Vettore e Pablo Pereira.
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Crédito das fotos: Flaviana OX/ Divulgação
Cinema
Comunidade Indígena Akwẽ Xerente Recebe Oficinas Inovadoras de Produção Audiovisual com Celulares em Projeto Patrocinado pela Lei Paulo Gustavo

A comunidade indígena do povo Akwẽ Xerente, de Tocantínia recebeu, neste mês de Maio, oficinas inovadoras de produção audiovisual utilizando celulares. A iniciativa foi organizada pela Associação dos Brigadistas Akwẽ Xerente (Abix) como parte do projeto Cine Xerente: Olhares Indígenas na Grande Tela”, via patrocínio da Lei Paulo Gustavo (LPG) da Secretaria Estadual de Cultura do Tocantins.
A primeira etapa aconteceu nos dias 18 e 19 de Maio e a segunda no sábado último, 25. Cerca de 20 pessoas da comunidade receberam capacitação de técnicas de produção de vídeo com o celular. De acordo com a presidente da Associação, Ana Shelley Xerente, o objetivo é de empoderar jovens e adultos da comunidade com habilidades essenciais para narrar suas próprias histórias e fortalecer sua presença nas redes sociais. “A intenção é dar espaço para que as vozes dos nossos parentes, dos nossos ancestrais, possam contar a nossa própria história”, alegou a presidente.
A metodologia da primeira etapa de oficina incluiu roda de conversa sobre Comunicação Vinculativa e Não Violenta com a produtora executiva e Mestre em Comunicação Andrea Lopes e também de técnicas para produção de vídeos sobre captação de imagem e som, edição de vídeos, criação de roteiros e estratégias de divulgação nas redes sociais com o produtor audiovisual Ramon Dias.
Moradora da Aldeia Salto, a professora Carmelita Krtidi Xerente declarou que a oficina marca uma nova etapa de oportunidades para os moradores locais. “Com esse trabalho a gente vai ter novas oportunidades de divulgar o nosso trabalho. Estou amando aprender, criar um vídeo para movimentar as nossas redes sociais e divulgar as riquezas do nosso povo”, disse.
Já na segunda etapa a mestre em cinema indígena Mariah Soares apresentou referências de filmes e uma linha do tempo de da produção cinematográfica tendo indígenas na frente e atrás das câmeras. Na parte práticas os participantes aprenderam a editar e finalizar os vídeos com celulares. “Essa oficina veio na hora certa para gente. A gente não tinha esse costume de fazer vídeos, postar nas redes sociais. E é muito bom mostrar para o mundo o nosso trabalho através desses vídeos“, afirmou o brigadista João Wellington da Silva Xerente.
De acordo com o instrutor Ramon, a oficina de produção audiovisual é uma iniciativa pioneira que busca proporcionar aos participantes conhecimentos práticos sobre filmagem, edição e publicação de vídeos utilizando apenas celulares. “Está sendo uma experiência incrível de troca de saberes onde eu estou aprendendo muito mais que ensinando. Estimo que todas essas dicas possam ser bem úteis para que eles possam utilizar a tecnologia para preservar e divulgar suas tradições, costumes e desafios”, declarou.
Oficina
A produtora cultural Andrea Lopes, responsável pela produção executiva do projeto, ressalta que aprender a usar o celular para produzir vídeos é essencial para que os projetos dos próprios Xerente possam ganhar mais visibilidade na voz deles. “A Abix tem projetos incríveis, seja do trabalho da brigada no combate e prevenção do fogo, de proteção do meio ambiente ou da agroecologia; mas que ainda necessita de mais projeção para que outras pessoas também de fora da comunidade possam conhecê-los e também à grandiosidade desse projeto”, afirma.
Projeto
A Oficina é uma contrapartida social do projeto Cine Xerente: Olhares Indígenas na Grande Tela” que vai levar mostra de cinema aos povos Akwẽ Xerente, de Tocantínia. A mostra acontecerá no mês de Junho, nas aldeias Kripe (Salto), Sakrepra (Funil) e Kâkakarê (Cahoeirinha), acolhendo ainda os povos das aldeias vizinhas Nrõzawi (Porteira), Kâwrakurerê (Brejo Cumprido), Kakumhu (Riozinho), Ktêkaká (Rio do Sono), Brupre e Krite ( Recanto).
Todos os filmes exibidos incluem temática indígena, produzidos por produtores indígenas e não indígenas, que expressam e celebram aspectos da diversa cultura por meio da grande tela. A proposta é amplificar a voz das comunidades, oferecendo um espaço de compartilhamento de suas histórias, visões de mundo e desafios, inspirando diálogo, entendimento mútuo e respeito a sua cultura, através da Sétima Arte.
Além de produções audiovisuais renomadas do Tocantins e pelo País afora, a mostra vai contar ainda com vídeos produzidos pelos próprios alunos do Projeto, criados e roteirizados durante a oficina de produção audiovisual.
A cineasta Mariah Soares aponta que, ao longo das últimas décadas, a produção audiovisual indígena vem ganhando espaço com obras que abordam
questões relevantes para a articulação política e cultural dos povos originários, num produto híbrido que mistura a estética indígena e não indígena e a comunicação para dentro e para fora da comunidade. “É um projeto que visa promover a valorização e preservação da cultura indígena, proporcionando um espaço de expressão e visibilidade para as comunidades indígenas”, declara.
Patrocínio
O projeto Cine Xerente: Olhares Indígenas na Grande Tela é uma realização da Abix com patrocínio do edital 023/ Audiovisual Tocantins, da Lei Paulo Gustavo, via Secretaria Estadual de Cultura do Tocantins.
Sobre a ABIX
A Abix é uma associação de Brigadistas indígenas da Terra Indígena Xerente e Funil, composta atualmente por 74 brigadistas, homens e mulheres do povo Xerente. A entidade foi criada em 2014 e atua desde então em parceria com o IBAMA, a Funai e outras entidades estaduais e municipais. Desde sua criação a ABIX tem empreendido esforços para o combate ostensivo das queimadas que são muito frequentes na região. Neste sentido, os brigadistas indígenas xerente são referência nacional, pois adaptaram as práticas tradicionais de manejo e uso do fogo com educação ambiental e preservação da cultura e das tradições do povo.
Ficha técnica:
– Direção-geral: Pedro Paulo Gomes da Silva Xerente e Ana Shelley Xerente
– Direção Técnica: Mariah Soares
– Produção Executiva: Andréa Lopes
– Oficineiros (as): Mariah Soares, Andréa Lopes e Ramon Dias
– Curadoria filmes da Mostra: Mariah Soares
– Assessoria de Imprensa: Cinthia Abreu/ Companhia A Barraca
– Design Gráfico: Cristiano Viana
– Prestação de Contas: Andréa Lopes e Cinthia Abreu
– Assistentes de Produção: Ana Cláudia Batista Cardoso, Cris Lopes Viana e Fernanda Veloso
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