Agronegócio
Mulheres administram 30 milhões de hectares do agronegócio brasileiro

As mulheres administram hoje cerca de 30 milhões de hectares do agronegócio no Brasil, o que representa 8,5% das áreas ocupadas por propriedades no país, segundo dados do último Censo Agropecuário do IBGE. São 947 mil mulheres responsáveis pela gestão de propriedades rurais. Para conversar com esse público que cresce substancialmente e que tem ganho cada vez mais espaço no setor, acontece em São Paulo, na próxima semana, a oitava edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio.
No primeiro dia do evento, dia 25 (quarta-feira), o coordenador geral e científico da NPV – Nutrientes Para a Vida, Valter Casarin, fará uma palestra para falar sobre os segredos vitais na nutrição de solos e plantas. O Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio acontece no Transamérica Expo Center, 25 e 26 de outubro, e é um dos eventos mais importantes para o fortalecimento do setor e do protagonismo feminino.
“As mulheres estão ganhando cada vez mais protagonismo no agronegócio. Vamos demonstrar que 70% ou mais da produção agrícola depende da nutrição de plantas. Os fertilizantes são, portanto, os responsáveis por repor os nutrientes extraídos e exportados do solo”, explica o coordenador da iniciativa que tem como missão desmistificar o uso dos fertilizantes.
O coordenador da NPV reforça a importância de um solo saudável. “A saúde do solo se refere à sua capacidade em proteger a vida e a produção agrícola de forma equilibrada e sustentável, sem comprometer a qualidade e a fertilidade do solo. Um solo saudável é aquele que apresenta uma série de características físicas, químicas e biológicas, permitindo que as plantas se desenvolvam de forma saudável e que a biodiversidade do ecossistema seja preservada”, afirma Casarin. A palestra do coordenador da NPV acontece às 11h30.
Agronegócio
Seringal de Marianópolis termina safra com produção record de látex

Com o total de 168.577 toneladas, a Green Latex chega ao final de mais uma safra recorde na produção de borracha seca. O resultado revelou um crescimento de 37% em relação à safra anterior, quando a comercialização fechou em 123 toneladas. Para esta safra, o seringal colocou 40 mil árvores em produção. Ao todo, são 180 mil plantas numa área de 340 hectares (ha), na fazenda Anajá, município de Marianópolis, região do Vale do Araguaia.
Segundo Igor Avelino, este é um “resultado da dedicação, do empenho, coragem, garra e trabalho de todos os envolvidos – equipe de gestão, apoio administrativo, manutenção, principalmente, sangradores e auxiliares”, avalia o produtor que vê os números com otimismo, mas acredita que pode ser ainda maior se tiver mais árvores sangrando. “Para ter mais plantas em produção, coletar mais látex, precisa-se de mais seringueiro, porém, não se consegue preencher o quadro, mesmo com toda política de incentivos e benefícios oferecida pela Green Latex ao colaborador”, completa Igor. Ele reforça que a receita média por colaborador também aumentou em 128%.
Na produtividade por planta, houve também uma melhora de 20%. Na safra passada, cada seringueira produziu, em média, 3,55kg de látex, passando para 4,27kg na safra 2024/2025. Em relação ao preço médio do produto, a comercialização também registrou uma recuperação de 79% e ficou na média de R$ 6,37 contra R$ 3,55 da safra passada.
Heveicultura
A seringueira é uma cultura que se adaptou bem no cerrado e provou ser uma atividade econômica do agro explorada em harmonia com o meio ambiente. O modelo sustentável concilia interesses como preservação ambiental, ganho financeiro e responsabilidade social por meio da geração de emprego e renda.
Agronegócio
Tocantins consolida protagonismo na produção de grãos na safra 2024/2025
Em comemoração, Aprosoja-TO homenageia produtores rurais em jantar comemorativo pelo Dia do Agricultor

Ser produtor rural no Tocantins é estar à frente de um setor que transforma a região em alimento, renda e desenvolvimento. Neste 28 de julho, Dia do Agricultor, a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins (Aprosoja-TO) destaca o trabalho de quem faz a diferença em nosso estado. Pois através deles o Tocantins tem ampliado sua participação no cenário nacional da agricultura.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a área plantada de soja no Tocantins passou de 1,45 milhão para 1,57 milhão de hectares, um aumento de 7,8%. Com mais área, a produção também cresceu, totalizando 5,86 milhões de toneladas, incremento de 28,4% em relação à safra anterior. Já a segunda safra de milho alcançou um marco de 405 mil hectares plantados e uma produção média de 2,12 milhões de toneladas. O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro), reconheceu esta como a maior safra de milho já registrada na história do Tocantins.
Neste mês de julho, o Tocantins deu um passo importante na defesa da segurança jurídica do setor agropecuário. Foi sancionada a Lei que impede a concessão de incentivos fiscais a empresas que adotem práticas comerciais incompatíveis com a legislação brasileira, como é o caso da chamada Moratória da Soja. A Aprosoja-TO, junto a outras entidades representativas, participou ativamente do debate e da construção da proposta, que nasceu de uma demanda do setor produtivo e foi aprovada com o apoio da maioria dos Deputados Estaduais. O governador Wanderlei Barbosa sancionou integralmente a medida, destacando que o Estado deve continuar crescendo com responsabilidade ambiental e respeito à legalidade.
Para além dos números, quem está no campo vivencia diariamente os desafios e conquistas da atividade. Nascida e criada dentro da agropecuária, a produtora rural Caroline Vilela, associada da Aprosoja-TO, mudou-se para o Estado em 2014 e desde então aposta nas oportunidades que o Tocantins oferece. Apesar das conquistas, Caroline afirma que a rotina no campo exige dedicação constante. “Nosso clima e nosso solo são desafiadores. Por isso, precisamos adotar práticas de conservação, incremento de matéria orgânica e inovação tecnológica, como já fazemos em nossa propriedade. Assim, conseguimos melhorar a produtividade das culturas, utilizando de forma eficiente os recursos disponíveis”, afirma.
Ela destaca ainda que atuar em um novo território foi uma experiência de aprendizado para toda a família. “A vinda para o Tocantins foi muito importante para nós. Os solos aqui são muito diferentes do que estávamos acostumados, e isso nos proporcionou crescimento e conhecimento. Tanto que hoje mantemos uma estação de pesquisa dentro da fazenda”, conta Caroline.
Além de plantar, cuidar e colher, Vilela acredita que o fortalecimento do setor passa, também, pelo engajamento dos produtores nas entidades representativas. “Sempre que encontro um produtor que ainda não é associado, lembro da importância de fortalecer quem está ao nosso lado. A Aprosoja-TO cumpre um papel fundamental: dialoga, defende e representa. Participar faz toda a diferença”, conclui.
Jantar do Agricultor
Na edição 2025, o Jantar do Agricultor será realizado no dia 2 de agosto, às 20h, na Arena Bacuri, em Palmas, e integra as comemorações pelo Dia do Agricultor. O evento será um momento especial de reencontro e reconhecimento entre os produtores que, ao longo do ano, enfrentaram os desafios do campo e contribuíram com o desenvolvimento da agricultura no Estado.
Para Caroline Barcellos, presidente da APROSOJA TOCANTINS, o evento reforça o papel do produtor rural como agente de transformação do Tocantins. “Este é um momento de celebrar conquistas e de valorizar quem está no campo todos os dias, produzindo com responsabilidade e contribuindo para o crescimento do nosso Estado. O Jantar do Agricultor é mais do que uma homenagem é o reconhecimento do esforço coletivo de homens e mulheres que acreditam no potencial do Tocantins e ajudam a construir uma agricultura cada vez mais forte”, destaca Caroline.
Agronegócio
Plano Safra 2025/26 libera valor recorde, mas produtores do Tocantins enfrentam barreiras para acessar recursos
Com juros altos, subsídios cortados e exigências climáticas rígidas, o Plano Safra 2025/26 preocupa produtores do Tocantins, que temem perder competitividade apesar do crédito recorde.

Com juros mais altos, regras mais rígidas e infraestrutura precária, setor agropecuário do Estado vê crescimento do crédito, mas teme impactos negativos na competitividade.
Governo anuncia R$ 516,2 bilhões para o setor agropecuário, mas aumento dos juros, corte em subsídios e exigências climáticas dificultam acesso dos produtores tocantinenses ao novo ciclo.
O Governo Federal lançou, no dia 1º de julho de 2025, o Plano Safra 2025/26 com um volume recorde de R$ 516,2 bilhões para o financiamento da agropecuária brasileira. O valor representa um crescimento nominal de 1,5 % em relação ao plano anterior. Do total, R$ 414,7 bilhões são destinados ao custeio e comercialização, enquanto R$ 101,5 bilhões vão para investimentos, este último com queda de 5,4 % em relação ao ciclo passado.
Apesar do volume elevado, produtores e especialistas alertam para entraves significativos que dificultam o acesso real ao crédito no Tocantins. Juros mais altos, atrasos na liberação dos recursos e novas exigências burocráticas podem comprometer o desempenho da próxima safra no Estado.
Principais mudanças do novo ciclo
Entre as principais mudanças do Plano Safra 2025/26 está o aumento das taxas de juros, que agora variam entre 8,5 % e 14 % ao ano, com elevação de até dois pontos percentuais em comparação ao ciclo anterior. O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) teve seu limite de faturamento ampliado de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões, com R$ 69,1 bilhões disponíveis para essa categoria. Outra alteração significativa foi a ampliação da exigência do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), que agora também se aplica à agricultura empresarial, e não apenas à familiar. Além disso, o plano trouxe incentivos à armazenagem, com possibilidade de financiamento de estruturas com capacidade de até 12 mil toneladas, e autorizou a compra antecipada de insumos e ração com até 180 dias de antecedência ao plantio.
Sinais de alerta no campo tocantinense
Para a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Tocantins (Aprosoja/TO), o novo plano chega com recursos expressivos, mas com obstáculos que comprometem a competitividade no Estado. A presidente Caroline Barcellos destaca que o acesso ao crédito precisa ser efetivo, com previsibilidade e condições justas, apontando que muitas linhas subsidiadas não chegam ao produtor na ponta. Já o diretor Thiago Facco chama atenção para os prejuízos causados pela divulgação tardia das regras do plano. Segundo ele, quando o produtor recebe as diretrizes com a safra já em andamento, perde capacidade de planejamento e isso afeta diretamente a rentabilidade.
A Aprosoja Brasil, por sua vez, também criticou a redução de recursos para subvenção do seguro rural e equalização de juros. Em um cenário de riscos climáticos crescentes, a ausência desses apoios deixa o produtor mais exposto. Outro ponto de preocupação é a exigência do ZARC, que pode inviabilizar o acesso ao crédito em regiões onde o zoneamento não reflete a realidade local. Além disso, a precariedade da infraestrutura logística e de armazenagem no Estado continua sendo um entrave: sem estrutura adequada e com crédito restrito, a competitividade do Tocantins fica comprometida.
Implicações para o Tocantins
O Tocantins deve sentir de maneira intensa tanto os impactos positivos quanto os desafios do novo ciclo. O volume recorde de recursos favorece a intensificação das lavouras, especialmente de soja e milho, culturas predominantes na região. No entanto, o elevado custo do crédito impõe um limite ao investimento com retorno financeiro adequado, o que exige dos produtores um esforço adicional na gestão estratégica. A liberação tardia dos recursos e das regras do programa dificulta decisões antecipadas, prejudicando o planejamento das propriedades. Ao mesmo tempo, a redução dos apoios ao seguro rural aumenta a exposição do produtor aos riscos climáticos, cenário que se agrava diante de eventos extremos cada vez mais frequentes. Soma-se a isso a infraestrutura deficiente, que segue como gargalo estrutural para o escoamento da produção, encarecendo e atrasando a comercialização.
O que pode ser feito no Tocantins
Diante desse cenário, uma das alternativas mais viáveis para os produtores é investir em planejamento antecipado, com apoio técnico e jurídico, de forma a garantir a adequação às exigências do ZARC e a contratação de seguros rurais compatíveis com sua realidade. Além disso, é necessário fortalecer a articulação política por meio de entidades como Aprosoja, FAET e sindicatos rurais, com o objetivo de pressionar por políticas públicas mais eficazes, aceleração na liberação do crédito e retorno dos subsídios retirados.
Outra ação importante é o investimento em estruturas de armazenagem, que pode ser promovido por meio de programas estaduais e parcerias com a iniciativa privada, especialmente voltadas à agricultura familiar e à produção de médio porte. Estratégias de mitigação de risco também são essenciais: diversificar culturas, adotar tecnologias de monitoramento climático e fazer análise prévia das condições ambientais ajuda a proteger a lavoura. Por fim, escritórios de assessoria jurídica podem contribuir com a orientação dos produtores quanto às regras do plano, aos direitos legais envolvidos e às formas corretas de acessar os recursos, o que pode ser um diferencial estratégico no atendimento ao público rural.
O Plano Safra 2025/26 representa, sem dúvida, uma oportunidade para o agronegócio tocantinense. No entanto, seus impactos reais vão depender da superação de obstáculos estruturais, como juros elevados, infraestrutura deficiente, regulamentação tardia e acesso restrito ao crédito. Fortalecer as articulações locais e oferecer suporte técnico e jurídico aos produtores será essencial para transformar o plano em desenvolvimento real, assegurando crescimento sustentável e segurança jurídica ao campo.
Dr. Pedro Fraz
Advogado inscrito nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil desde 2017, é especialista em Direito Processual Civil (Faculdade Damásio), em Direito e Processo do Trabalho (Faculdade ATAME/GO) e em Direito Agrário e do Agronegócio (FMP/RS). Concluinte da 27ª turma de Treinamento de Competências Interpessoais da Dale Carnegie Course. Diretor Comercial do escritório Fraz Advocacia – Advogados Associados.
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