Educação
Alunos do SENAI Tocantins destacam-se na etapa estadual do Grand Prix de Inovação

Participantes desenvolveram protótipos, ideias e projetos inovadores a partir de desafios de indústrias.
Na última semana, as unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em Araguaína, Gurupi, Palmas, Paraíso e no posto avançado de Xambioá foram palco da etapa estadual do Grand Prix SENAI de Inovação. O evento reuniu um total de 125 alunos de diversos cursos técnicos do SENAI Tocantins e foram desafiados a desenvolver soluções inovadoras para problemas reais do setor industrial em uma oportunidade de se aproximar do mundo do trabalho.
Durante o evento, os participantes tiveram entre três a cinco dias, totalizando 24 horas, para conceber, desenvolver e apresentar protótipos, ideias e projetos inovadores. Cada escuderia foi desafiada a resolver um problema proposto por uma empresa parceira do SENAI.
Ao final da competição, uma banca composta por instrutores e profissionais das corporações responsáveis pelos desafios avaliou os projetos desenvolvidos pelas escuderias. Cada unidade do SENAI no Tocantins premiou a equipe que apresentou a melhor solução para o desafio proposto, destacando-se pela criatividade, viabilidade e aplicabilidade das ideias apresentadas.
O evento não apenas proporcionou aos alunos a oportunidade de colocarem em prática seus conhecimentos e habilidades, mas também estimulou a cultura da inovação e empreendedorismo no ambiente educacional. A participação ativa das empresas parceiras evidencia a importância da integração entre a educação e o setor industrial para o desenvolvimento de soluções que atendam às necessidades do mercado.
O Grand Prix é uma corrida de inovação que desafia os alunos do Senai a gerar idéias para o setor industrial.
Empresa madrinha
A Gabriela Canedo Cruz, sócia proprietária da empresa madrinha Mandioca Flor da Serra destacou a importância da parceria com o SENAI. “O importante é que quando a gente vem ao SENAI, a primeira coisa destacada é a parceria. Precisamos desse apoio, e sempre buscamos estar inovando. E essa inovação, não conseguimos sozinhos, ela vem quando várias pessoas estão pensando, várias cabeças, vêm ideias novas. Vem melhorias para a gente e para o SENAI. Porque ao mesmo tempo trazemos informações que às vezes as pessoas não têm conhecimento e demonstram interesse, e a gente viu muito isso aqui na instituição”, disse Gabriela.
A empresa madrinha propôs o desafio de como as escuderias poderiam criar um produto a partir de pontas de mandiocas com baixo custo e que não necessite de licença ambiental e cozinha industrial.
O aluno Messias de Souza Miguel, integrante da escuderia Azul, destacou como foi elaborada esta solução para o desafio da empresa madrinha. “Para enfrentar os desafios propostos, adotamos uma abordagem colaborativa e interativa. Inicialmente, realizamos sessões de brainstorming para gerar ideias e identificar oportunidades a partir da demanda da indústria. Observamos que a demanda da indústria estava voltada para o aproveitamento das pontas da mandioca, que até então eram descartadas ou doadas para agricultores utilizarem como adubo ou alimento para os animais das fazendas”, explicou o aluno.
Do posto avançado de Xambioá, o aluno Moisés Barbosa Rocha, explicou que a empresa madrinha Naturalle Tratamento de Resíduos propôs a emblemática com o intuito de englobar a população em práticas mais sustentáveis e conscientes com o meio ambiente. “A partir disso, geramos uma plataforma digital chamada LifeCycle. Ela conta com um sistema integrado de informações a respeito de como você deve tratar e separar o seu lixo. Com isso, fornecemos o cadastro único a qual você receberá um código. A partir disso, você poderá distribuir quantidade e tipo de material que você está disponibilizando a nós e, assim, receberá pontuações. Com o acúmulo de pontos, você poderá trocar por dinheiro ou produtos”, explicou Moisés.
João Vitor Oliveira, aluno do curso técnico de Desenvolvimento de Sistemas do CFP de Paraíso do Tocantins, contou sua experiência em participar do Grand Prix de Inovação. “Fazer parte do GrandPix foi gratificante, pois a prática alinhada aos desafios da indústria fez nosso grupo entender a demanda e desenvolver uma solução conforme a necessidade da indústria”, pontuou o aluno.
Conheça as escuderias vencedoras
CETEC Palmas
Escuderia Azul
Messias de Souza Miguel
Dallbert Alencar Nunes
Luri Barbosa Ribeiro
Atila Batista Silva
A escuderia Azul foi a vencedora no CETEC Palmas e desafiada pela Mandioca Flor da Serra. A equipe elaborou um processo inovador que transforma essas sobras em ração de alta qualidade para o gado.
CETEC Araguaína
Escuderia Rosa
Natália Rodrigues da Conceição
Vitor Emanuel Souza Borges
João Victor Sousa Batista
Pedro Henrique Sousa Lucena
Nicolas Gabriel de Sousa Oliveira
Sanmira Lucena de Almeida
A equipe desenvolveu uma Máquina de Pequeno Custo com foco na eficiência da qualidade e entrega. O objetivo da Máquina foi reduzir de forma considerável os desperdícios de tempo e material na fabricação de canoas e barcos; Segurança durante o processo de fabricação por parte dos funcionários, Aumento na produtividade, bem como eficácia na qualidade e entrega.
CT Gurupi
Escudeira Marrom
Thainá Saldanha de Almeida
Julia Menezes da Silva
Felipe Alves Lourenço
Thiago Fernandes de Oliveira
A equipe vencedora fez um site e aplicativo (acessado tanto no computador quanto no smartphone), que facilita o envio, armazenamento e a busca de documentos dos colaboradores e clientes. Durante a competição a equipe criou um protótipo no site que permitiu que a banca avaliadora tivesse acesso.
CFP Paraíso do Tocantins
Escuderia Poluição Zero
Pedro Henrique Santos Freitas
João Vitor Oliveira Silva
Manoel Jonas Cordeiro Junior
O projeto desenvolvido consiste em uma plataforma digital, o aplicativo EADMS, que tem como objetivo intermediar o processo de descarte adequado de resíduos eletrônicos. Por meio dessa plataforma, indivíduos e empresas podem encontrar empresas especializadas na coleta e destinação correta desses materiais. Ao acessar o aplicativo, os usuários podem realizar o login ou cadastro. O login é feito através do e-mail e senha previamente cadastrados, enquanto o cadastro permite que usuários (pessoa física) e empresas (pessoa jurídica) insiram suas informações. Após o login, os usuários têm acesso a uma tela que contém funcionalidades como GPS e pontos de coleta. Através do GPS, eles podem visualizar pontos de coleta próximos à sua localização, enquanto na aba de pontos de coleta há uma lista de empresas cadastradas para realizar a coleta dos resíduos eletrônicos.
PA Xambioá
Escuderia Azul
Moisés Barbosa Rocha
Vinicius Júnior da Silva Araujo
João Paulo Borges Milhomem
Thiago Vinicius da Silva
A escuderia criou a plataforma Life Cycle, que conta com um sistema de cadastro por e-mail, onde o cadastrado recebe um código único. A plataforma é informativa a respeito da empresa, com a função de auxiliar na coleta de resíduos e incentivar práticas mais sustentáveis, gerando renda. Possui uma base de dados sobre como fazer a reciclagem. Cada usuário fará a separação dos seus resíduos em casa, com uma vasta disposição comunicativa entre o cadastrado e a empresa. Há um sistema de informações, incluindo mentoria, lives, educação ambiental, ebooks e enquetes sobre o site e sua eficiência na sociedade.
Educação
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ratuito e 100% digital, o Coletivo Online do Instituto Coca-Cola Brasil capacita jovens de 16 a 25 anos para o mercado de trabalho, com certificado e acesso a vagas.

Educação
Volta às aulas: escolas recebem alimentos diretamente da produção indígena, da agricultura familiar e do agroextrativismo

Uma boa aprendizagem depende de algumas condições, e a alimentação escolar rica em nutrientes é um desses importantes requisitos. Nessa volta às aulas, a escola Xerente, São José, localizada em Tocantínia (TO), é um exemplo do avanço na compra direta de agricultores e extrativistas da própria comunidade. São tios, pais e avós que contribuem para uma alimentação escolar com menos produtos industrializados e mais alimentos frescos, saudáveis e adequados ao costume alimentar das crianças indígenas.
A professora e mãe, Belcilene Sibakadi Xerente, reforça o impacto da alimentação na aprendizagem das crianças. “Desde que surgiu o alimento diretamente da roça para as escolas eu fiquei muito feliz por meus alunos – meus filhos, porque comparo como filhos – estarem comendo um alimento saudável, um alimento fresco e riquíssimo em ferro e nutrientes, e não com validade, enlatado. É um desenvolvimento melhor ver as crianças de barriga cheia com comida típica Xerente, ficam mais espertos”, conta.
Além dos benefícios nutricionais, a compra direta tem logística de transporte de alimentos simplificada e fortalece a comunidade com a geração de renda sustentável e de baixo carbono. O procurador do Ministério Público Federal (MPF) e coordenador da Catrapovos Tocantins, Dr. Álvaro Mazano, reforça a relevância das políticas de alimentação escolar.
“O fato de o alimento ser adquirido no próprio local onde a escola está inserida faz com que esse alimento tenha uma maior pertinência com as crianças, melhora a qualidade dos alimentos que são servidos e permite que haja geração de renda para os pais dessas crianças. E queremos que chegue a 100% do PNAE. O ideal é que toda a alimentação seja produzida no próprio local onde ele é consumido”, explica o procurador.
Alimentação escolar em números
Das 139 escolas localizadas na zona rural do Tocantins, 95 são indígenas, 43 são do campo (rurais) e duas são quilombolas, de acordo com a Secretaria de Educação do Estado. Essas instituições atendem milhares de alunos em contextos culturais e territoriais diversos e requerem uma abordagem diferenciada para garantir a qualidade alimentar.
O Tocantins registra 9.770 matriculados em área de assentamento, 7.659 matrículas em escolas indígenas e 1.933 matrículas em escolas quilombolas, indicando uma demanda significativa por intervenções alimentares culturalmente adequadas.
Compra direta da comunidade
A Lei nº 11.947/2009 determina que no mínimo 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) devem ser utilizados na compra de produtos da agricultura familiar. No entanto, embora seja observado avanço, muitos municípios ainda não cumprem a legislação, que pode ser a solução para uma alimentação mais saudável no contexto escolar.
Segundo dados do PNAE, entre os municípios com povos e comunidades tradicionais que ainda não cumprem os 30% e que poderiam se desenvolver a partir dessa política, destacam-se Arraias, Paranã, Carrasco Bonito, Itacajá, Itaguatins, Mateiros, Maurilândia, Muricilândia, São Bento, São Félix do Tocantins e Tocantínia.
Já os municípios que atingiram a exigência mínima, podem expandir sua atuação, especialmente frente à tramitação do PL 5352/2016, que pretende aumentar para 40% o percentual de alimentos provenientes da agricultura familiar. Conforme o projeto, esse percentual deve chegar a 70% até o final de 2028.
No entanto, não é necessário aguardar a legislação. Gestores podem sair na frente e aplicar recursos do PNAE, do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e recursos complementares do município, tudo em alimentos produzidos localmente, inclusive contemplando a diversidade alimentar presente nos territórios.
E para preparar as comunidades para acessar o mercado institucional, a servidora da Funai, Maria Clara Bernardes, conta que desde 2023 têm sido realizadas oficinas nos territórios indígenas. “Foi identificada uma lacuna de informações sobre a realidade da produção e o mapeamento de agricultores. Então a Funaipassou a organizar as consultas e oficinas nos territórios, com diagnóstico de roças para identificar a abundância de alimentos tradicionais nos territórios, quebrando o paradigma de que a produção não seria o suficiente”, explica.
Catrapovos
A Mesa Permanente de Diálogo Catrapovos Brasil é uma iniciativa que visa estimular a alimentação regionalizada em escolas de territórios indígenas e tradicionais. A Catrapovos foi criada em 2021 pela Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (MPF) para replicar em todo o país a boa prática desenvolvida pela Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas (Catrapoa).
A mesa é composta por representantes de órgãos públicos e da sociedade civil e discute os entraves e soluções, buscando juntos as formas de viabilizar as compras públicas da produção de comunidades indígenas e tradicionais, garantindo o cumprimento da lei sobre a aquisição de, no mínimo, 30% de produtos da agricultura familiar, além do direito à alimentação escolar adequada aos processos de produção e cultura local.
No Tocantins a Catrapovos é composta pelo MPF, Funai, Cecane/UFT, Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática, Conab, Seduc, Consea, Ruraltins, entre outras organizações que trabalham para otimizar a alimentação escolar tradicional, sendo a participação popular, sempre bem-vinda.
Educação
3 cursos extracurriculares que toda criança deveria fazer para desenvolver novas habilidades
Especialista destaca como o acesso a novos conhecimentos na infância impulsiona o aprendizado e o desenvolvimento integral das crianças.

Em um mundo cada vez mais conectado e dinâmico, o aprendizado infantil precisa ser completo e prático. O estímulo de novos conhecimentos na infância é muito importante e ultrapassa as salas de aula convencionais. É o que explica Vinícius Diégues Fuzessy Colares, responsável pela Jumper! Profissões e Idiomas, de Gurupi no Tocantins. “Cursos como robótica, informática e inglês infantil têm se mostrado grandes aliados no reforço escolar, ampliando o raciocínio lógico, a criatividade e até a autonomia dos pequenos. Essas formações ajudam a despertar o interesse pelo conhecimento de forma leve, lúdica e interativa”, comenta. Pesquisas do Afterschool Alliance mostram que alunos em atividades pós-escolares de qualidade têm melhor frequência, comportamento e desempenho em testes e notas, com ganhos de até 38 % em taxa de promoção e notas melhores em leitura e matemática. Isso se traduz em mais engajamento nas atividades escolares e até melhora no rendimento. O especialista listou os benefícios desses cursos e os impactos positivos no desenvolvimento.
Robótica
A robótica é uma atividade que estimula diversas competências importantes, como raciocínio lógico, pensamento crítico, resolução de problemas e trabalho em equipe. De maneira lúdica e interativa, permite que as crianças tenham contato com conceitos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O curso é indicado para crianças entre 8 e 12 anos que demonstram interesse por matemática, programação, mecânica e elétrica, além de possuírem raciocínio lógico mais desenvolvido. Ao mesmo tempo, ajuda os pequenos a compreender, na prática, como a tecnologia pode ser aplicada para tornar a vida das pessoas melhor.
Inglês
Aprender um segundo idioma na infância não só amplia as possibilidades de comunicação no futuro, como também fortalece a memória, o foco e a capacidade de resolver problemas. Para que o aprendizado de inglês seja efetivo, é fundamental que seja divertido, contextualizado e respeite o ritmo de cada criança. A metodologia pode variar conforme a idade e os objetivos do curso, permitindo que os alunos comecem a se comunicar em inglês desde o primeiro dia. Além disso, o estudo da língua ajuda a exercitar o cérebro, ampliando conexões neurais e estimulando funções cognitivas. Aprender inglês na infância facilita a fluência e a desenvoltura no idioma, constrói habilidades de comunicação, como alternar entre idiomas, e é essencial para a comunicação global, cada vez mais presente no dia a dia das crianças.
Informática
Mais do que apenas aprender a “mexer no computador”, os alunos desenvolvem pensamento lógico, autonomia e criatividade para realizar tarefas escolares com mais eficiência. Destinado a crianças de 7 a 11 anos, o curso é ideal para quem tem interesse em tecnologia e deseja ampliar seus conhecimentos desde cedo. De forma lúdica e interativa, os pequenos aprendem conceitos essenciais de informática, como sistema operacional, componentes do computador, internet, Excel, PowerPoint, Word, Paint e e-mail. Além de despertar habilidades práticas, o curso também é um excelente aliado nos estudos, auxiliando na realização de trabalhos escolares e projetos acadêmicos.
“Aprender de forma prática, divertida e próxima da realidade da criança torna o conhecimento mais fácil e significativo. Cursos como Robótica, Inglês e Informática desenvolvem autonomia, entusiasmo e mostram que aprender pode ser leve e transformador”, finaliza.
Sobre a Jumper! Profissões e Idiomas
Criada em 2003, a Jumper! Profissões e Idiomas é uma rede de ensino que conta com mais de 40 cursos profissionalizantes e de língua estrangeira para crianças e adultos. Com mais de 600 mil alunos formados pela instituição, a empresa tem 60 unidades espalhadas pelo país. Além de transformar o futuro das pessoas através da educação, a Jumper! Planeja dobrar o número de franquias em 2025.
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