Saúde e Bem Estar
Por que burnout e burn on não são doenças? Especialista explica

Psiquiatra esclarece como os termos vêm sendo associados erroneamente a doença e como isso tem atrapalhado outros diagnósticos de transtornos mentais
Burnon é uma das palavras que tomou o noticiário no último mês. Associado ao burnout como uma espécie de parente de segundo grau, a palavra carrega um significado de correria frenética com um estresse contínuo, em parte associado ao trabalho. O termo foi criado pelo psiquiatra Timo Schiele e pelo psicoterapeuta Bert te Wildt e está sendo visto como uma “doença crônica”, podendo se tornar uma “depressão mascarada” e até uma espécie de pré-burnout. Em tese, seguindo as diretrizes da OMS, nem burnout e nem burnon podem ser considerados uma doença, pois não há conhecimento ainda que responda o que a ciência tem hoje como tripé para essa definição que é:
I – Origem do problema conhecido com alto grau de certeza (o que ocasionou aquela enfermidade);
II – Grupos de sinais e sintomas reconhecidos;
III – Alterações anatômicas (no corpo) e psicopatológicas (na mente).
De acordo com o psiquiatra Estevam Vaz, membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Associação Médica Brasileira, tanto burnout quanto burnon possuem fatores diversos e não é possível definir a origem do problema. “Temos neste contexto dois importantes fatores: o indivíduo e o ambiente, seja trabalho ou casa. Apesar do termo estar sendo associado ao trabalho, o que na origem de burnout não era, existem outros elementos que colaboram para o desenvolvimento da ideia de mais uma nova doença. Segundo Freudenberger, psicólogo considerado o criador da noção, existe um perfil de pessoas que são propensas ao burnout; são sujeitos extraordinários, que têm como características o idealismo, o perfeccionismo, a impaciência, a determinação, e são carismáticas. Isso, em tese, também estaria presente no burnon, o que estão chamando de pré-burnout”, explica o médico. Na prática, segundo ele, o conceito de burnon segue a tendência da hiperdiagnose e medicalização da vida cotidiana.
Outro alerta que faz é para os diagnósticos de burnout. “Não é incomum rotular quadros depressivos e dezenas de outros como “burnout”. Acontece que existem tratamentos e orientações específicas para os diferentes diagnósticos, ao passo que não existe tratamento específico para burnout, na medida em que não existem nem mesmo critérios diagnósticos definidos. Não se esqueça que, além desses dois, tem também o “boreout”, que é mais ou menos o oposto de burnout e corresponderia basicamente a um estado de tédio. Isso não quer dizer que pessoas que se sintam em burnout, burnon ou boreout não estejam em sofrimento, eventualmente grave. O que acontece, em síntese, é que não há respaldo científico sério para isso.
O especialista ressalta, ainda, que o debate sobre saúde mental nas empresas deve ir além do foco no indivíduo e envolver a empresa. “Tanto é que a definição de burnout da OMS diz que é uma ‘síndrome conceituada como resultante de estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso’, ou seja, aponta claramente a existência de fatores estressores que são de responsabilidade das empresas”, finaliza Estevam Vaz.
Sobre Estevam Vaz: Ele é médico formado pela Escola Paulista de Medicina, psiquiatra e Membro Titular da Associação Brasileira de Psiquiatria/Associação Médica Brasileira. É psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise/International Psychoanalytical Association. É médico psiquiatra e perito médico do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª. Região e assistente técnico da União em psiquiatria. Tem dois livros publicados – “Burnout: A Doença Que Não Existe” (Appris Editora, 2021, Curitiba) e “Pseudoscience and Hypermedicalization: An Argument Against Burnout” (Cambridge Scholars Publishing, 2023, Newcastle upon Tyne, U.K.).
Saúde e Bem Estar
Sabin oferece curso gratuito para PCDs em Palmas
Capacitação tem inscrições abertas e será realizada de 25 a 29 de agosto em Palmas, com turmas híbridas

Com o compromisso de promover a inclusão e ampliar oportunidades de epregabilidade para pessoas com deficiência, o Grupo Sabin lança o Curso Preparatório para o Mercado de Trabalho, com uma turma exclusiva para PCDs. A formação é gratuita, semipresencial e acontece entre os dias 25 e 29 de agosto de 2025 em Palmas-TO.
As inscrições são realizadas exclusivamente pelo site https://www.even3.com.br/
A iniciativa integra o Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão do Grupo Sabin e tem como objetivo preparar os participantes para processos seletivos, estimular a autonomia e fortalecer o protagonismo profissional de pessoas com necessidades especiais que, ao final do curso, serão avaliadas para vagas abertas no Grupo Sabin.
“Acreditamos no poder da inclusão. Ao abrir uma turma exclusiva para pessoas com deficiência, estamos oferecendo ferramentas para que esses profissionais se sintam preparados, confiantes e valorizados. Nossa missão vai além da capacitação, queremos gerar oportunidades reais de inserção no mercado de trabalho e fortalecer uma cultura genuinamente diversa”, destaca Marly Vidal, Diretora Administrativa e de Pessoas do Grupo Sabin.
Sobre o curso
Com carga horária de 16 horas, o conteúdo aborda temas como autoconhecimento, empregabilidade, construção de currículo, postura em entrevistas e marketing pessoal. O curso também traz o módulo “Inclusão e Acessibilidade”, com orientações sobre direitos, adaptações no ambiente de trabalho e empoderamento.
As aulas são práticas, com dinâmicas de grupo, simulações de entrevistas e atividades colaborativas. Ao final, os participantes recebem certificado e passam por processo seletivo para vagas no Sabin ou em empresas parceiras de acordo com o perfil, interesse e disponibilidade de vagas.
Sabin no Tocantins
No Tocantins desde 2012, o Sabin Diagnóstico e Saúde conta com 15 unidades de atendimento, nas cidades de Palmas, Porto Nacional, Paraíso do Tocantins, Gurupi, Guaraí e Colinas do Tocantins. A empresa é referência em exames laboratoriais no estado, com serviços de saúde com excelência, inovação e responsabilidade socioambiental. Além disso, o Sabin atua no mercado com a plataforma integradora de serviços de saúde Rita Saúde, uma solução digital que conta com diversos parceiros como farmácias, médicos e outros profissionais, promovendo acesso à saúde com qualidade e eficiência.
Saúde e Bem Estar
Grupo Sabin no maior congresso de análises clínicas
Pelo 21º ano, o Grupo Sabin participa do ADLM 2025 em Chicago, com sete trabalhos científicos e debates sobre inteligência artificial e nanotecnologia.

O Grupo Sabin participou pelo 21º ano consecutivo do ADLM 2025, o maior congresso do mundo sobre análises clínicas, promovido pela Association for Diagnostics & Laboratory Medicine, realizado entre 27 e 31 de julho, em Chicago, nos Estados Unidos. O encontro reuniu especialistas internacionais e destacou as principais tendências de inteligência artificial e nanotecnologia aplicadas aos diagnósticos laboratoriais.
Produção científica do Grupo Sabin em evidência
O Grupo Sabin levou sete trabalhos científicos, com seis estudos voltados aos avanços da Genômica do Sabin e um trabalho sobre o Painel de Arborivrores, solução que diagnostica, a partir de uma única amostra, seis doenças transmitidas por vetores: dengue, zika, chikungunya e as febres do mayaro, oropouche e amarela. A iniciativa reforça a oferta de diagnósticos mais rápidos e precisos para a comunidade médica e para os pacientes.
Atualização técnica e compromisso com a excelência
Segundo a presidente executiva do Grupo Sabin, Lídia Abdalla, a participação no congresso é parte da estratégia de atualização contínua das equipes e estímulo à produção científica reconhecida em eventos internacionais. A presença no ADLM 2025 reafirma o compromisso da organização com qualidade, inovação e contribuição para a ciência e a saúde.
Por que o ADLM é referência mundial
O congresso reúne as mais recentes pesquisas e tecnologias em análises clínicas, com trilhas dedicadas a inteligência artificial, automação, biologia molecular, genômica e qualidade laboratorial. Para o Grupo Sabin, a troca de conhecimento com pares de diversos países acelera a adoção de boas práticas e a incorporação de soluções de impacto no cuidado ao paciente.
Saiba mais
- Site oficial do ADLM: Association for Diagnostics & Laboratory Medicine
- Conteúdos relacionados no Portal: especial saúde e inovação
Serviço
Evento: ADLM 2025, congresso internacional de análises clínicas
Local: Chicago, Estados Unidos
Data: 27 a 31 de julho de 2025
Saúde e Bem Estar
Colesterol elevado: um inimigo silencioso da saúde cardiovascular

Cerca de 40% dos adultos brasileiros e 20% das crianças e adolescentes têm colesterol total acima do ideal. Silenciosa e frequente, a condição é um dos principais fatores de risco para infartos, AVCs e outras doenças cardiovasculares, que causam cerca de 400 mil mortes por ano no Brasil. Celebrado neste 8 de agosto, o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol busca minimizar esse problema de saúde pública por meio da informação.
Um dos maiores perigos do colesterol elevado é justamente sua natureza silenciosa. A alteração no corpo passa despercebida até que alterações mais graves surjam. O excesso de colesterol favorece o acúmulo de placas de gordura nas artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo e dificultando a oxigenação adequada dos órgãos.
Um estudo da organização Global Heart Hub apontou que mais da metade (53%) dos participantes brasileiros com colesterol alto só procurou atendimento médico após sentir sintomas.
O cardiologista Leonardo Severino, consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, destaca que adultos saudáveis devem realizar exames para monitoramento do colesterol pelo menos uma vez por ano. No entanto, algumas situações exigem atenção mais frequente.
“Há que se lembrar também que, embora sendo saudável, nada impede que esse paciente tenha muitos fatores de risco gerais, como a hereditariedade. Se ele tem um histórico familiar para doenças cardiovasculares, a frequência de exames pode ser semestral ou, às vezes, até menor. Cabe ao médico definir o perfil de risco que o paciente tem, as avaliações a que ele deve se submeter e com que frequência”, explica.
Diagnóstico
O diagnóstico do colesterol elevado é feito por meio de um exame de sangue chamado perfil lipídico, que mede os níveis de colesterol total, LDL (o ‘ruim’), HDL (o ‘bom’) e triglicerídeos (gorduras sanguíneas). Em alguns casos, o exame é solicitado em jejum de 8 a 12 horas para garantir resultados mais precisos, embora hoje muitos laboratórios aceitem a coleta sem esse pré-requisito.
“Pacientes com alto risco cardiovascular devem atingir níveis de LDL abaixo de 50, enquanto outros, de menor risco, podem estar dentro da meta adequada com LDL abaixo de 100 ou até 130. O médico precisa estabelecer o nível de risco e a meta de LDL”, afirma o cardiologista.
“O LDL, sem dúvida, é a principal ferramenta na definição do risco. Existe ainda o HDL, que é também importante, e geralmente figura como a segunda linha de prioridade na atenção. Em geral, para pacientes de muito alto risco, procurar mantê-lo acima de 50 é o ideal”, complementa.
Tratamento
O controle do colesterol elevado envolve, principalmente, mudanças no estilo de vida — com alimentação equilibrada e prática regular de atividade física — e, quando necessário, o uso de medicamentos. No entanto, a adesão a essas mudanças é um dos principais desafios no tratamento.
“A primeira grande dificuldade é a adesão às medidas não medicamentosas, que são a base do tratamento. De nada adianta tratar com medicação se o paciente não estiver comprometido com dieta, atividade física e controle do peso. O paciente precisa se envolver, entender a necessidade de estar ativo fisicamente, ter uma mudança positiva em seus hábitos alimentares e obter um peso ideal”, aconselha o médico.
Outro obstáculo comum é o uso contínuo dos remédios prescritos. “Tomar remédios diariamente exige disciplina. A adesão, às vezes, é dificultada pela ocorrência eventual de efeitos colaterais, que devem ser adequadamente abordados pelo médico, para que não reflitam interrupção desnecessária do tratamento”, pontua.
Leonardo Severino encerra com um alerta sobre os riscos da desinformação. Ele ressalta que é comum encontrar, especialmente na internet, publicações que questionam a eficácia dos medicamentos usados no controle do colesterol. “O que não é verdade”, destaca
-
Social4 dias atrás
Déborah Lopes fecha contrato nacional e prêmio de R$ 50 mil
-
Governo do Tocantins4 dias atrás
Wanderlei Barbosa destaca Tocantins no LIDE 2025
-
Social4 dias atrás
Crivelari Arquitetura inaugura escritório em Palmas
-
Tocantins4 dias atrás
PF Tocantins inaugura Central de Atendimento no Capim Dourado
-
Entretenimento1 dia atrás
Mostra Imagens que Versam; Versos que Voam abre Flisto 2025