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Moradores de Palmas enfrentam problemas com qualidade da água, apesar de promessa de normalização pela BRK Ambiental

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Nesta quarta-feira, moradores de diversas regiões de Palmas continuam enfrentando problemas relacionados à qualidade da água fornecida pela concessionária BRK Ambiental. As queixas incluem um forte cheiro de cloro e esgoto, além de relatos de água com aspecto sujo, o que tem gerado preocupação e desconforto para a população que depende do recurso para atividades essenciais, como cozinhar, beber e tomar banho.

A situação já havia sido explicada pela BRK, que informou que, devido à estiagem prolongada, o volume de água do Ribeirão Taquarussu Grande, principal fonte de captação, foi severamente reduzido. Isso provocou a arrastação de vegetação junto com a água bruta bombeada, o que acabou alterando a qualidade do recurso distribuído à população. A empresa, no entanto, garantiu que, apesar dessas alterações, a água ainda atende aos critérios de potabilidade e não apresenta riscos à saúde pública.

Moradores, no entanto, relatam que os problemas persistem, mesmo após a concessionária ter afirmado que o serviço seria normalizado até terça-feira, 1º de outubro. “A água está com um cheiro muito forte, impossível de usar para beber”, afirma Ana Maria, moradora da região sul de Palmas. Outro morador, João Pedro, reclamou da aparência da água: “Parece que está suja, até para tomar banho estamos com receio”.

Nota da BRK Ambiental

Em comunicado divulgado na terça-feira, 1º, a BRK Ambiental informou que as alterações na água ocorreram devido à redução no volume do Ribeirão Taquarussu Grande, ocasionada pela seca. Segundo a empresa, a vegetação foi arrastada junto com a água captada para tratamento, o que pode ter causado as mudanças percebidas pelos moradores. Contudo, a BRK garantiu que essas alterações não comprometem os padrões de potabilidade. “A empresa imediatamente alterou o processo de tratamento da estação, adaptando às condições da água captada”, informou o comunicado, acrescentando que o serviço seria normalizado até o final de terça-feira.

Além disso, a BRK Ambiental emitiu um aviso aos clientes, destacando que, em razão da estiagem prolongada e a baixa nos níveis de água do Ribeirão Taquarussu, estão ocorrendo alterações na qualidade da água distribuída. A empresa reforçou que o tratamento está sendo ajustado e recomendou que os consumidores que percebam qualquer alteração no abastecimento entrem em contato pelos canais de atendimento para o devido esclarecimento.

Ação da Prefeitura

Diante das reclamações persistentes da população, a Prefeitura de Palmas, por meio da Agência de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (ARP), instaurou um procedimento de fiscalização para apurar os fatos. A agência também emitiu um termo de notificação à BRK, solicitando os laudos de controle de qualidade da água distribuída nos últimos dias. Além disso, a Vigilância Ambiental, setor responsável pelo monitoramento da qualidade da água, foi acionada para tomar as providências cabíveis.

A gestão municipal ressaltou que, apesar da responsabilidade pelo fornecimento e controle de qualidade ser da BRK, todas as medidas estão sendo tomadas para garantir que os padrões legais de qualidade da água sejam respeitados.

Procon Tocantins Notifica BRK Ambiental

Na tarde desta terça-feira, 1º de outubro de 2024, o Procon Tocantins emitiu uma notificação formal à BRK Ambiental após diversas denúncias e reclamações de consumidores sobre a má qualidade da água fornecida em Palmas. Segundo os relatos, a água distribuída pela empresa está turva, suja e com odor desagradável, situação que coloca em risco a saúde da população.

A notificação destaca que o fornecimento de água em condições adequadas é um direito básico dos consumidores, conforme o Código de Defesa do Consumidor (CDC). A distribuição de água imprópria constitui uma violação desses direitos e pode representar sérios riscos à saúde pública. O Procon exigiu que a BRK esclareça as causas do problema e apresente um plano de ação imediato para garantir a distribuição de água potável conforme os padrões de qualidade exigidos.

A BRK também deve informar as medidas corretivas e preventivas adotadas para resolver o problema e como está atendendo às demandas dos consumidores. A concessionária tem 48 horas para responder à notificação, sob risco de sanções administrativas e outras medidas legais.

Magno da Silva, superintendente interino do Procon Tocantins, reforçou a necessidade de uma comunicação transparente da BRK: “É fundamental que a BRK Ambiental comunique de forma clara e direta a qualidade da água fornecida, garantindo que ela atenda aos padrões legais e sanitários exigidos, para garantir a saúde e o bem-estar dos consumidores.”

Com as investigações e fiscalizações em andamento, a população de Palmas aguarda por uma solução definitiva e pelo retorno da qualidade da água.

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