Tocantins
Trilhas da História: Documentário resgata memórias da Estrada dos Tropeiros no Tocantins

O documentário “Trilhas da História: Estrada dos Tropeiros Canela-Taquarussu do Porto” foi lançado na terça-feira, 10, no Cine Cultura, em Palmas. A solenidade de lançamento contou com a presença de pessoas que participaram do filme, equipe técnica e de direção e membros da comunidade.
Dirigido por Andréa Lopes e Cristiano Viana, produzido pelo Instituto Puro Cerrado, o filme resgata as memórias e histórias da antiga Estrada dos Tropeiros, um importante caminho que marcou o desenvolvimento do norte de Goiás e da região que hoje é o Tocantins.
De acordo com a diretora Andréa Lopes, o objetivo do documentário é preservar a memória de um território marcado pela luta e cultura, promovendo o turismo de base comunitária e fortalecendo a identidade local. “É uma forma de impedir que essas histórias desapareçam e de valorizar a participação das comunidades locais na preservação de sua história e do meio ambiente”, destaca.
Já o diretor Cristiano Viana registra a memória dos moradores que vivem na região antes da criação de Palmas. “O documentário mostra também que os laços comunitários permanecem vivos no território e isso fortalece as pessoas na luta pela preservação das tradições locais, da cultura e do meio ambiente”.
Receptividade
O secretário de cultura do Tocantins, Tião Pinheiro, enfatizou que as leis de incentivo como a Lei Paulo Gustavo e PNAB contribuem com a valorização da rica cultura do Tocantins e destacou que o documentário registra a própria história da construção do estado. “Eu me senti parte dessa história, sou um desses personagens retratados aqui neste filme”, comentou.
O artista visual e presidente do Conselho de Política Cultural do Estado do Tocantins, Elpidio de Paula ressaltou os desafios enfrentados pela classe artística e elogiou a qualidade do trabalho apresentado. “Eu me emocionei com o filme, ele retrata uma parte da história que remete às nossas raízes culturais, me identifiquei muito!”, disse.
O morador da comunidade de Taquaruçu Grande e guia local, Osmar Martins, comemorou o lançamento do documentário e disse que a obra contribui com a luta para a preservação do território. “O filme aborda várias questões importantes para nós, que moramos nessa comunidade, mas creio que o aspecto mais importante é a mensagem de valorização do território e da cultura dessa região. Espero que mais pessoas tenham acesso ao filme para que conheçam essas histórias e a nossa luta na preservação dessa riqueza”, concluiu.
Exibição
Esta foi a segunda exibição do documentário, que teve sua estreia no dia 19 de novembro, na Escola de Tempo Integral Fidêncio Bogo, em Taquaruçu Grande, contando com a presença de moradores da comunidade.
Resultado de oito meses de trabalho, o filme revisita a história da Estrada dos Tropeiros, que ligava a extinta Vila do Canela a Taquarussu do Porto (atual Taquaruçu), retratando a vida antes da divisão do Estado de Goiás, que deu origem ao Tocantins. A obra também apresenta a chegada de novos moradores, conectando passado e presente por meio de histórias emocionantes e imagens da paisagem cultural e natural de Taquaruçu Grande, região rica em trilhas, sítios arqueológicos e cachoeiras.
Projeto
O projeto foi realizado com patrocínio do edital Audiovisual Tocantins, via Lei Paulo Gustavo, pela Secretaria Estadual da Cultura (Secult) e Ministério da Cultura.
Ficha Técnica:
Direção: Andrea Lopes e Cristiano Viana
Argumento: Mariah Soares e Andrea Lopes
Roteiro: Cristiano Viana
Produção executiva: Fernanda Veloso
Direção de arte/música: Cristiano Viana
Produção: Ana Cláudia Cardoso e Cristiano Viana
Pesquisa: Ana Cláudia Cardoso e Ruy Bucar
Direção de fotografia: Elton Abreu
Captação/edição: Elton Abreu, Kaio Dias e Paolo Magalhães
Imagens de Arquivo: Sidney Madalena
Assessoria de Imprensa: Cinthia Abreu e Lorena Karlla Mascarenhas
Social Mídia: Ramon Dias e Suyanne Dias
Foto cobertura lançamento: João Ricardo Ribeiro
Figuração:
José Fialho Miranda – Zé Japão
Zulmira de Sousa Fialho
Odemar de Sousa
Isac Rodrigues
Bianka Sophia Fialho Paiva
Rykelmy Fialho Paiva Rodrigues
Osmar Martins Pereira
Tarcísio Vória Carvalho
Samara Martins
Whebert Araújo
Flávio Herculano
Tercino Dias Cardoso
Olavo Cardoso Sforsin
Breno Miranda
Benício Pontes Cardoso
Entrevistados:
José Fialho Miranda – Zé Japão
Idalice Ribeiro
Ruy Bucar
Terezinha Ribeiro Damascena
Mário Benício
Noeli Stürmer
Padre Aderso Alves dos Santos
Prof. Júnio Batista do Nascimento
Governo do Tocantins
Governo do Tocantins realiza escuta ativa sobre turismo na Ilha do Bananal
Ação é prerrogativa para captação de recursos junto a instituições internacionais

Até o mês de dezembro de 2025, os criadores de gado que ainda permanecem na Ilha do Bananal terão que se retirar definitivamente da região. Dessa forma, as comunidades indígenas perderão uma importante fonte de renda, o aluguel de pastos. Com o objetivo de identificar aldeias com interesse em desenvolver o turismo e as habilidades específicas de cada uma, técnicos da Secretaria do Turismo do Tocantins percorreram diversas aldeias para reuniões com lideranças de 23 comunidades Karajá e Javaé (Povo Iny).
“Estamos falando de um grande programa de Governo que irá beneficiar diversos setores e, pela primeira vez na história do Tocantins o turismo indígena será beneficiado, durante a gestão Wanderlei Barbosa”, comemora o secretário de Turismo Hercy Filho. Segundo ele, a atenção maior é para os povos originários e tradicionais, visando o apoio a projetos de Etnoturismo e turismo de base comunitária.
Potencial e desafios
A maior ilha fluvial do mundo é lar dos povos Karajá, Javaé e Avá-Canoeiro. Circundada pelos rios Araguaia e Javaé e Coco, recortada por lagos e inundada parcialmente no verão chuvoso, a ilha é um santuário da natureza e das tradições dos povos originários.
São centenas de quilômetros de áreas propícias à pesca esportiva, observação de animais, safári fotográfico, trilhas. Mas o principal valor da Ilha do Bananal são seus moradores e sua rica cultura, que agrega festas tradicionais, lendas, cantos, danças, artesanato, culinária.
Mas tudo isso está sob ameaça. “Falta segurança e fiscalização para entrada de não indígenas”, afirma o cacique Kubli Karajá, da Aldeia Nova Tytemã, que pretende construir um rancho para hospedar visitantes, uma casa para expor o artesanato, além de atividades agregadas, como a criação de abelhas.
Apesar dos problemas existentes na Ilha, como a falta de saneamento, há muito otimismo com a possibilidade de um trabalho com o turismo. Yoló Werreria, médico e cacique da Aldeia Bela Werreria, vislumbra um projeto com foco cultural e envolvendo aldeias pequenas. Seus pais são conhecidos pelo trabalho de recuperação de indígenas alcoólicos. “A gente percebe que sozinhos a gente não faz nada”, completa sua mãe, Lenimar Werreria Kanela.
Aldeias grandes, como Fontoura e Santa Isabel, também apostam no turismo para recuperar a renda perdida com o gado. “Nossa renda acabou, temos que abraçar novos projetos”, explica o Cacique Cláudio, ao ressaltar que falta capacitação na área administrativa, um dos gargalos da gestão de projetos próprios.
As aldeias Javaé também projetam uma economia baseada no turismo. Na Aldeia Txuiri, o cacique Cleiton ressalta que sua comunidade é a porta de entrada para a Ilha do Bananal, via Formoso do Araguaia. “A gente tem buscado aperfeiçoamento para atuar no turismo, estamos em busca de parceiros para desenvolver o projeto”, revela.
Sem impedimento
O economista e técnico da Setur, Ribamar Félix, ressaltou em todas as aldeias visitadas que o programa do Governo do Tocantins é de longo prazo e o turismo não deve ser tratado isoladamente. “Nosso balanço é positivo, ouvimos as lideranças, as mulheres, os jovens e retornaremos outras vezes”, pontua.
De acordo com o procurador do Ministério Público Federal, Álvaro Manzano, que esteve nas aldeias Fontoura e Santa Isabel nesta semana, não há impedimento para as comunidades que já estejam em condições de realizar projetos de visitação.
Representantes da Funai confirmaram que, apesar de solicitar plano de visitação de acordo com normativa federal, a instituição tem a função de colaborar e não impedir o trabalho.
Tocantins
Polícia Federal deflagra segunda fase da Operação Cerberus no norte do Tocantins

Araguaína, 1º de setembro de 2025 – A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira a segunda fase da Operação Cerberus, com foco no combate ao tráfico de drogas em Araguaína e região.
Durante a ação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, expedidos pela 2ª Vara Criminal de Araguaína/TO, em desfavor de investigados por tráfico de drogas nos municípios de Araguaína e Wanderlândia.
Segundo a PF, esta etapa é um desdobramento da primeira fase da Operação Cerberus, realizada em 4 de junho de 2025, que já havia identificado crimes como comércio ilegal de armas de fogo, tráfico de drogas e organização criminosa, além do envolvimento de indivíduos de Araguaína no planejamento de ataques contra instituições financeiras.
Origem do nome
O nome da operação faz referência a Cérbero, o cão de três cabeças da mitologia grega que guardava a entrada do mundo subterrâneo, simbolizando a tríade de crimes praticados pela organização criminosa e a atuação integrada das forças de segurança no enfrentamento ao crime organizado.
Governo do Tocantins
Governo do Tocantins promove a Campanha Setembro Amarelo
Objetivo é fortalecer o cuidado com a saúde mental e a busca por ajuda

Com o objetivo de promover o cuidado com a saúde mental e incentivar a busca por ajuda, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), deu início, nesta segunda-feira, 1º de setembro, à Campanha Setembro Amarelo. A iniciativa reforça que o suicídio pode ser prevenido com acolhimento, apoio profissional e o fortalecimento das redes de cuidado.
Durante o mês, serão realizadas ações educativas nos hospitais e anexos da SES-TO, visando conscientizar os profissionais da saúde sobre acolhimento com humanização e promover a importância de buscar ajuda quando necessário. A ação abrange o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, recordado anualmente em 10 de setembro, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo dados da OMS, mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, o que representa uma a cada 100 mortes registradas. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) apontam que no Tocantins, em 2024 foram registrados 186 óbitos por suicídio; já em 2025, entre janeiro até o dia 26 de agosto, contabilizam-se 104 óbitos pela mesma causa.
“É muito importante que todos nós apoiemos essa campanha porque sabemos que o suicídio pode ser prevenido através do cuidado de todos e da assistência multiprofissional. Os profissionais da saúde acolhem pacientes nos hospitais e demais unidades de saúde, então ações educativas são sempre muito importantes para que atendam com qualidade e humanização, as pessoas que estão em sofrimento psicológico”, afirmou o titular da Pasta, Carlos Felinto.
A psicóloga do Hospital Geral de Palmas (HGP), Karla Joane Silva, falou sobre a importância de buscar ajuda. “Uma das abordagens mais eficazes para a prevenção é a conversa e ouvir, é o primeiro passo para salvarmos vidas. Expressar o que estamos sentindo, mesmo os pensamentos mais dolorosos e difíceis, é fundamental. Compartilhar esses sentimentos com amigos, familiares ou profissionais de saúde mental pode aliviar o peso emocional e abrir caminho para a busca de ajuda. Além disso, quando falamos sobre o suicídio, desmistificamos o tema e mostramos às pessoas que não estão sozinhas. Cuidar da nossa saúde mental deve ser prioridade, assim como a saúde física. Adotar hábitos saudáveis, procurar o apoio de profissionais de saúde mental, são ações preventivas que fazem diferença significativa”.
Assistência à saúde mental
Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) tocantinense de todas as faixas etárias contam o acesso à assistência em saúde mental gratuito e seguro através da Rede de Atenção Psicossocial do Tocantins (Raps), que atua com promoção da assistência médica e psicológica a pessoas em sofrimento psíquico intenso, em hospitais e unidades de saúde, promovendo reintegração à sociedade.
Para conseguir acesso primário aos cuidados à saúde mental, impedindo agravamento, o primeiro passo é se dirigir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da residência. Em caso de emergência, pode-se buscar assistência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde é verificado se o diagnóstico exige maiores intervenções médicas, se houver, o paciente é direcionado para a atenção hospitalar. Além disso, a população pode discar gratuitamente para o Centro de Valorização da Vida (CVV), por meio do telefone 188, o qual disponibiliza por 24 horas, uma equipe de apoio emocional.
No Tocantins o serviço gratuito de apoio psicossocial é composto por 22 Centros de Atenção Psicossocial (Caps Tipo I, II, AD), localizados nos municípios de Tocantinópolis, Buriti do Tocantins, Sítio Novo, Araguatins, Augustinópolis, Araguaína, Colinas, Pequizeiro, Palmas, Miracema, Porto Nacional, Paraíso, Gurupi, Formoso do Araguaia, Dianópolis e Taguatinga. Conta também com, 1 Caps Infantil em Palmas; 1 Unidade de Acolhimento Adulto (UAA) em Araguaína; 1 Serviço Residencial Terapêutico (SRT) em Araguatins e 1 em Araguaína.
Em casos que necessitam de atenção multiprofissional 24 horas, são disponibilizados Leitos de Psiquiatria em hospitais gerais e municipais, com acolhimento gratuito aos usuários do SUS tocantinense de todas as 8 regiões de saúde, são: 10 leitos psiquiátricos no Hospital Regional de Araguaína (HRA); 22 leitos psiquiátricos no Hospital Geral de Palmas (HGP); 2 leitos psiquiátricos no Hospital Municipal de Tocantinópolis; 2 leitos psiquiátricos no Hospital Regional de Porto Nacional; 1 leito psiquiátrico no Hospital Regional de Araguaçu; 4 leitos psiquiátricos no Hospital Municipal de Colinas; e 2 leitos psiquiátricos no Hospital Regional de Paraíso.
A engenheira civil A. G. S., já foi paciente na Ala Psiquiátrica do HGP e contou sobre o acolhimento recebido. “Receber a ajuda de profissionais é muito importante, quando aconteceu comigo, fui direcionada pela UPA para a ala psiquiátrica do HGP, e lá recebi ajuda todo dia de psicólogo, psiquiatra, medicação, mediram meus sinais vitais, perguntavam como eu estava. O psicólogo me levava para dar uma andada, conversava comigo. No café da manhã eu falei que eu tinha refluxo e gastrite então chamaram a nutricionista, que mudou toda a minha alimentação, minha experiência lá foi boa. Hoje faço acompanhamento psicológico e psiquiátrico, buscar ajuda é preciso”.
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