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Opinião e Editorial

8 de Março: Comemorar ou Refletir?

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O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, sempre traz à tona uma pergunta: devemos comemorar ou refletir? Enquanto flores, promoções e homenagens se espalham, a realidade grita com números alarmantes de feminicídios, desigualdade de gênero, assédio e violência.

Comemorar parece contraditório quando, apenas no Brasil, uma mulher é morta a cada seis horas pelo simples fato de ser mulher. Quando milhares ainda são vítimas de violência doméstica, abuso e opressão. Quando o mercado de trabalho segue pagando menos para elas, mesmo em cargos iguais aos dos homens.

Mas, ao mesmo tempo, o 8 de março não deve ser apenas um dia de luto. É um dia de luta. De lembrar conquistas arrancadas com muito esforço e resistência, como o direito ao voto, à educação, ao trabalho e ao próprio corpo. De reforçar que o feminismo não é um exagero, mas uma necessidade. De dar visibilidade às que ainda vivem silenciadas pelo medo e pela falta de oportunidades.

Portanto, mais do que comemorar, é preciso transformar. Transformar discursos em políticas públicas eficazes, em leis que protejam de verdade, em uma sociedade que não normalize a violência. O Dia da Mulher não deve ser um evento comercial, mas um marco de reflexão e ação para que o respeito e a igualdade não sejam apenas pautas do dia 8 de março, mas sim do ano inteiro.

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