Padre Fábio de Melo é denunciado ao Vaticano após polêmica em cafeteria
O padre e influenciador digital Fábio de Melo foi alvo de denúncia formal ao Vaticano após polêmica em que expôs o gerente de uma cafeteria Havanna em Joinville (SC). A reclamação foi levada por um bispo de Santa Catarina à Congregação para a Doutrina da Fé, órgão responsável por avaliar condutas de membros da Igreja Católica.
O episódio começou em maio quando o religioso questionou nas redes sociais um cobrador sobre a venda de doce de leite. Após divergência nos valores, o gerente Jair José Aguiar da Rosa foi exposto publicamente e acabou demitido. Segundo a denúncia, Fábio de Melo “não teve atitude cristã” ao expor o funcionário, ferindo os valores esperados de um líder religioso.
A Congregação não prevê punição severa neste momento, mas o processo passa a constar no registro disciplinar do padre. O caso ganhou destaque em veículos nacionais como Metrópoles, Veja e Terra.
Processo trabalhista e impacto pessoal
Padre Fábio de Melo e sua trajetória como influenciador
O gerente demitido ingressou com ação judicial contra o padre e a cafeteria. O Sindicato de Turismo e Hotelaria de Joinville declarou que a empresa “acabou jogando toda a culpa sobre o empregado”. Jair também enfrenta sérias consequências emocionais: afastou-se da faculdade e foi diagnosticado com depressão, síndrome de ansiedade e transtorno de estresse, segundo entrevista ao SBT.
Posicionamento do padre
Em nota oficial, o padre Fábio de Melo afirmou que não teve intenção de ferir ninguém e criticou os “julgamentos precipitados” nas redes sociais. Declarou ainda que “não carrega em mim a intenção da maldade” e reforçou seu compromisso com o diálogo e o perdão.
O que diz o Vaticano
A Congregação para a Doutrina da Fé, fundada em 1542 durante a Inquisição, atua atualmente como tribunal interno da Igreja para tratar de desvios doutrinários, condutas irregulares e delitos canônicos. No caso de Fábio de Melo, trata-se de uma análise disciplinar, sem medidas punitivas imediatas, mas que poderá impactar seu histórico clerical.
O desfecho do caso depende agora da avaliação da Congregação. A matéria será atualizada assim que surgirem novas informações ou pronunciamentos oficiais da Arquidiocese, do Vaticano ou do próprio padre.


