Fotógrafo Emerson Silva leva exposição sobre povo Krahô a Belém pelo projeto Sesc Amazônia das Artes. A mostra “Festa do Peixe e da Lontra” fica em cartaz no Sesc Ver-o-Peso até janeiro de 2026; programação inclui oficina gratuita sobre fotografia indígena. Após passar por Palmas, São Luís e Teresina, a exposição “Festa do Peixe e da Lontra – Histórias do Povo Krahô”, do fotógrafo Emerson Silva, chega a Belém (PA). A mostra será aberta ao público no Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso no dia 18 de setembro e fica em cartaz até 31 de janeiro de 2026.

A exposição é um mergulho visual na cultura do povo Krahô, etnia do Tocantins, documentando a celebração tradicional que dá nome à mostra. O conjunto reúne 20 fotografias (29,7 x 42,0 cm), um documentário e um livro, resultando em um rico panorama sobre a mitologia, crenças e o imaginário coletivo desse povo.

Além da visitação, a programação em Belém inclui a oficina “Fotografia em Contexto Indígena”, ministrada por Emerson Silva na sexta-feira, 19 de setembro, das 14h às 18h. A atividade é gratuita, voltada para pessoas acima de 16 anos, com inscrições por ordem de chegada.

Reconhecimento e sensibilidade artística

Com mais de 23 anos dedicados à documentação da cultura tocantinense, Emerson Silva tem conquistado crescente reconhecimento nacional. Sua obra, elogiada pela sensibilidade e profundidade, já foi exibida em instituições de prestígio como o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e até mesmo na sede da ONU, em Genebra (Suíça).

Profissionais das artes que acompanharam a exposição em São Luís destacam seu poder de conexão com o público. “As imagens conduzem cada expectador para as visualidades, crenças e fazeres do povo Krahô, atravessando o tempo e o espaço”, comenta Tiago Martins, arte-educador e Analista de Cultura do Sesc Maranhão.

A artista visual Dâmarys Fonseca, que colaborou com a montagem da mostra no Maranhão, enfatiza a abordagem do fotógrafo: “Ele transforma experiências coletivas em arte, sem perder a leveza no trato e a generosidade no diálogo. A exposição é um mergulho sensível naquilo que sustenta a continuidade das histórias e das práticas culturais”.

Já o fotógrafo e arte-educador Pedro Emanoel ressalta a intimidade de Emerson com a temática: “A mostra traz uma percepção intimista não somente sobre a festa, mas sobre toda uma comunidade que vive e partilha de tradições, afetos e respeito pela sua herança”.

Sobre o artista

Natural de São Paulo e radicado em Palmas (TO) desde 1995, Emerson Silva atua como repórter fotográfico há mais de duas décadas. Especializado em cultura popular e tradicional tocantinense, seu trabalho já integrou o acervo de instituições como WWF Brasil e MAM-SP. Atualmente, é colaborador dessas instituições, membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI/IFTO) e integra a Associação de Arte Ninho Cultural.

SERVIÇO

Exposição: “Festa do Peixe e Lontra – Histórias do Povo Krahô”

Vernissage (abertura): 18 de setembro (quinta-feira), às 19h

Visitação pública: 19 de setembro de 2025 a 31 de janeiro de 2026

Local: Galeria 1 – Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso (Belém-PA)

Horários: Terça a sábado, das 10h às 19h | Domingo, das 9h às 13h

Oficina: “Fotografia em Contexto Indígena” com Emerson Silva

Data: 19 de setembro (sexta-feira)

Horário: das 14h às 18h

Local: Centro de Cultura e Turismo Sesc Ver-o-Peso (Belém-PA)

Público: Pessoas a partir de 16 anos

Inscrições: Gratuitas, por ordem de chegada no local.

O cinema tocantinense ganha mais um importante capítulo com a finalização das filmagens do curta-metragem Insolação, produzido dela  Spatium Produções. A realização é através do  projeto ‘Devaneio” do Instituto Social do Tocantins,   contemplado pelo Edital Nº 014/2023 da Fundação Cultural de Palmas (Lei Paulo Gustavo – Audiovisual Municipal) e com complemento do Edital Nº 23/2023 – Audiovisual do Estado do Tocantins, A captação de imagens e gravares foram realizadas  na zona rural da cidade de Monte do Carmo, Taquarussu e Buritirana entre o final de agosto e o início de setembro, reunindo equipe técnica e elenco em um ambiente marcado pela força do cerrado e pelo simbolismo das paisagens locais.

Insolação mergulha no universo de Danilo, personagem solitário atormentado por memórias, vozes e imagens que oscilam entre realidade e delírio. Vivendo no isolamento da zona rural, ele revive dores profundas e a convicção de que o assassinato de seus pais foi resultado de conflitos agrários. O enredo se estrutura como um thriller psicológico que mescla drama, suspense e poesia visual, conduzindo o espectador a refletir sobre os limites entre a imaginação e a realidade.

“Insolação é sobre sentir o peso do passado e o impacto que os traumas podem ter na forma como enxergamos o mundo. Queremos que cada cena provoque reflexão, que o público se questione sobre os limites entre realidade e imaginação”, explica o diretor Nival Correia, destacando a relevância de trazer às telas uma narrativa que dialoga com questões universais a partir de uma identidade regional.

O sol como metáfora

A escolha da zona rural Monte do Carmo como cenário não foi aleatória. O município, conhecido por suas paisagens áridas e luminosidade intensa, oferece a atmosfera ideal para a proposta estética da obra. O sol, elemento central da narrativa, funciona como metáfora da mente em colapso, refletindo os estados emocionais do protagonista e reforçando a densidade simbólica do curta. Além dele, as gravações ocorreram também nos distritos de Buritirana e Taquaruçu.

Arte e transformação social

Mais do que uma realização artística, o projeto prevê contrapartidas sociais e culturais. Estão programadas oficinas de audiovisual e sessões de exibição gratuitas em Buritirana, especialmente na Escola de Tempo Integral Luiz Nunes, ampliando o acesso da comunidade ao cinema e estimulando reflexões sobre memória, saúde mental e justiça social.

Potência do audiovisual tocantinense

A finalização das filmagens marca uma etapa decisiva na trajetória do curta, que agora segue para a fase de pós-produção. A expectativa é que Insolação comece a circular em festivais e mostras de cinema no Brasil já em 2025, reafirmando a potência do audiovisual tocantinense e a capacidade criativa de seus realizadores.

Com uma narrativa densa, estética apurada e forte identidade regional, Insolação se anuncia como um filme que transcende fronteiras e leva ao público um recorte artístico do Tocantins que dialoga com dilemas contemporâneos da humanidade.

Ficha Técnica – Curta-metragem Insolação

Direção Cinematográfica

• Diretor e Roteirista: Nival Correia
• Diretor Assistente / Continuísta: Fausto Lena
• Primeiro Assistente: Leticia Bonato
• Preparador de Elenco / Colaborador de Roteiro: Pietro Lamonier

Direção de Arte

• Diretora de Arte e Colaboradora de Roteiro: Erika Mariano
• Contra Regra: Ronan Gonçalves
• Assistente de Arte e Figurinista: Lais Paz
• Assistente de Arte e Prod. Objetos: Dora Maria
• Caracterização: Isabella Bernardes

Direção de Fotografia

• Diretor de Fotografia: Elton Abreu
• Assistente de Câmera 1: Alef
• Assistente de Câmera 2: Ada
• Maquinaria: Arthur Lunar

Som Direto

• Captador de Som Direto: Kaio Milhomem

Produção

• Produção Executiva: Maria Clara Araújo
• Assistente de Produção: Fatyslene Lima
• Produção de Elenco / Comunicação: Cinthia Abreu
• Produção Local: Denise Gomes
•         Still: Raquel Silva
• Motorista: Josevan

Elenco / Figurantes

• Danilo Adulto: Ivo Gandra
• Danilo Adolescente: Pedro Luiz
• Menino: Guilherme
• Menina: Emanuelle
• Homem de Terno: Milne Freitas
• Homem de Chapéu: Jeferson Santos
• Esposa de Deputado: Eliana
• Filha de Fazendeiro (21 anos): Thaís Moitinho
• Filha de Fazendeiro (19 anos): Isadora
• Homem Morro de Pedra: Valdeir Santana
• Homem Morto na Cancela: Getúlio
• Pai de Danilo: Ronan Gonçalves