Opinião e Editorial
Agora a Educação Parental é lei

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, sem vetos, a lei sobre incentivo à parentalidade positiva e ao direito de brincar como forma de prevenir a violência contra crianças. A sanção da Lei 14.826, de 2024, define a parentalidade positiva como o processo de criação dos filhos baseado no respeito, no acolhimento, na firmeza com gentileza.
O texto determina ao Estado, à família e à sociedade, o dever de promover o apoio emocional, a supervisão e a educação não violenta às crianças até 12 anos de idade. Pelo texto, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios deverão adequar as suas políticas de assistência social, educação, cultura, saúde e segurança pública para promover ações de fortalecimento da parentalidade positiva. Além disso, devem, incluindo a sociedade, promover ações de proteção da vida à criança, de educação não violenta e lúdica e de estímulo à sua autonomia e ao pleno desenvolvimento das capacidades neurológicas e cognitivas.
Pais não nascem sabendo ser pais, muito menos a educar. Antigamente, amor e intuição eram suficientes porque vivíamos uma geração de educação mais autoritária. Isto obviamente não era o ideal, deixava muitos traumas, mas tinha seus resultados.
Hoje em dia amor e intuição não são suficientes e o autoritarismo só faz com que pais se afastem de seus filhos. O resultado são pais perdidos em suas funções educadoras, por não saberem agir, abusam do autoritarismo ou abusam da permissividade. E nenhum desses extremos funciona com essa geração. O incentivo ao uso da parentalidade positiva, se dá justamente para equilibrar esses extremos danosos às crianças. Usando de uma postura e de uma comunicação positiva, assertiva, com firmeza e gentileza, madura e consciente.
Como todas as funções e profissões, sempre podemos nos aprimorar e melhorar. E os ganhos em aprender com a Educação Parental vão muito além dos filhos.
Quando escutamos violência com filhos logo pensamos em agressão física. Mas a negligência também é uma forma de violência.
E negligência nem sempre é deixar uma criança suja passando fome. Negligência é não saber falar, se comunicar, proteger, dar ferramentas para que se desenvolvam, não saber lidar com crises, não saber identificar ansiedades e depressão, não orientar, não saber escutar, não saber como agir, não participar.
Stella Azulay é Educadora Parental, especialista em relacionamento pais e filhos, com foco em comunicação e ansiedade parental.TEDx Speaker, Escritora Best Seller do livro ‘Como educar se não sei me comunicar’, mãe de 4 e madrasta de 2. Formada em Jornalismo pela Casper Líbero, Neurociência Comportamental pela Faculdade Belas Artes, e Educadora Parental pela Discipline Positive Association.
Por Stella Azulay*
Opinião e Editorial
Bovarismo: a insatisfação que nunca sai de moda
O bovarismo, nascido na literatura, revela a eterna insatisfação humana. Hoje, ele vive nas redes sociais, no consumo e na busca por perfeição.

Emma era uma jovem entediada com seu casamento e com a vida provinciana. Apaixonada por romances românticos, esperava um amor arrebatador, aventuras luxuosas e emoções intensas. Ao não encontrar nada disso, mergulhou em dívidas, traições e angústias — até seu fim trágico.
Muitos vivem versões filtradas de si mesmos, projetando uma vida que não corresponde à realidade. É a nova forma de escapismo: trocar a frustração por curtidas, mesmo que o vazio continue ali.
A publicidade explora desejos, oferecendo soluções mágicas para a falta de sentido. O resultado? Compras por impulso, endividamento e uma sensação constante de que “ainda falta alguma coisa”.
Emma não queria apenas amar, mas também viver — intensamente, livremente. Em uma sociedade patriarcal, esse desejo era considerado escandaloso. Seu drama revela o preço que mulheres pagam ao tentar escapar do destino que lhes foi traçado.
Hoje, como ontem, o bovarismo é um convite à reflexão: o que está por trás da nossa constante sensação de “não ser suficiente”?
Opinião e Editorial
Juliana Marins: uma alma viajante que agora descansa em paz
Juliana Marins, apaixonada por paisagens naturais, conheceu o Jalapão em 2024 e compartilhava suas viagens pelo mundo com leveza nas redes sociais.




fotos tiradas do seu instagram ajulianamarins
A aventura que virou tragédia
Embarcou em fevereiro num mochilão pelo sudeste asiático — provando comidas, conhecendo culturas e postando cada etapa: Filipinas, Vietnã, Tailândia. Em junho, chegou à Indonésia: o destino final antes da tragédia.
No dia 20 de junho, por volta das 6h30 da manhã, Juliana começou a subida ao Monte Rinjani (3.726 m), vulcão ativo em Lombok. Durante uma parada para descanso, ela escorregou e caiu — estima-se que tenha despencado entre 300 m e 600 m em desnível, segundo diferentes fontes.
Quatro dias de mobilização e esperança
Turistas ouviram seus gritos e usaram drones para localizá-la a cerca de 500 m abaixo da trilha. A família enfrentou informações confusas — incluindo relatos de que ela teria água e comida e que o resgate era iminente, versões depois questionadas pela irmã, Mariana Marins.
Condições climáticas adversas — neblina, terreno íngreme e areia solta — impediram o acesso imediato. Helicópteros chegaram a ser cogitados, mas as autoridades locais os descartaram por segurança.
Desfecho que entristece o Brasil
Após quatro dias de buscas intensas — com até 50 profissionais envolvidos — o corpo de Juliana foi encontrado por drone e resgatado até a base de Sembalun no dia 24 de junho. As autoridades locais confirmaram que ela foi encontrada “sem sinais de vida”.
A Embaixada do Brasil em Jacarta cooperou com as equipes locais, e o Itamaraty prestou apoio à família. No Instagram, amigos e parentes agradeceram pelas milhões de mensagens recebidas durante os dias de angústia.
Legado e reflexões
Juliana Marins morava em Niterói e, além de publicitária, era dançarina de pole dance, apaixonada por fotografia e narrativa audiovisual. Sua jornada marcou o Jalapão como um dos momentos mais belos de sua vida, e suas postagens inspiraram muitos a viajar e se conectarem com a energia do mundo.
Hoje, o Monte Rinjani abriga uma lição dolorosa: natureza e aventura podem ser belas e transformadoras, mas exigem respeito aos limites e à imprevisibilidade — sobretudo em alturas extremas e terrenos traiçoeiros.
Que Juliana descanse em paz, guardada na lembrança de quem sentiu seu brilho. Que essa história sirva também de alerta — ao mundo e aos exploradores — sobre os riscos de se aventurar sem todos os cuidados.
Nossas condolências à família, amigos e admiradores — que encontrem conforto na memória vibrante da jovem que viveu intensamente.
Opinião e Editorial
Campanha por Ana Caroline: doações de sangue são essenciais para nova cirurgia oncológica
Ana Caroline precisa de doações de sangue para cirurgia oncológica no fígado. Doe no Hemocentro em seu nome ou compartilhe a campanha.

Nas próximas semanas, Ana Caroline da Silva Ribeiro Sousa passará por uma nova cirurgia oncológica no fígado. Com fé e esperança na recuperação, ela inicia uma mobilização solidária em busca de doações de sangue, fundamentais para o sucesso do procedimento.
Em sintonia com o Junho Vermelho, mês dedicado à conscientização sobre a importância da doação de sangue, Ana Caroline faz um apelo à população: quem puder doar, que procure o Hemocentro mais próximo e informe seu nome no momento da doação.
Para aqueles que não podem doar, o pedido é simples e igualmente valioso: compartilhar essa mensagem com o maior número de pessoas possível.
➤ Requisitos básicos para doar:
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Apresentar documento oficial com foto
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Ter entre 16 e 69 anos de idade
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Pesar no mínimo 50 kg
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Estar em boas condições de saúde
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Não ter ingerido alimentos gordurosos nas últimas 3 horas
Qualquer tipo sanguíneo é bem-vindo.
Dúvidas? Entre em contato com o Hemocentro pelo telefone 0800 642 8822.

Ana Caroline precisa de doações de sangue para cirurgia oncológica no fígado. Doe no Hemocentro em seu nome ou compartilhe a campanha.
A solidariedade pode salvar vidas — e neste momento, pode salvar a vida da Ana Caroline.
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