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“Araguaia”, de Hermes Leal, estreia dia 8 de maio em Palmas
Filme traz depoimentos inéditos de militares que confessam, pela primeira vez, como mataram os guerrilheiros desaparecidos durante a ditadura.
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Antes da sessão de estreia do longa, será exibido o curta-metragem “Dona Militana – A Romanceira dos Oiteiros”, também de Hermes Leal, vencedor do prêmio de Melhor Documentário no FestCine Amazônia, em 2010. O diretor estará presente na exibição, marcada para as 19h10, na Sala Sinhozinho.
O longa-metragem, derivado da série documental para TV “Guerra do Araguaia”, denuncia e reconstitui o massacre de 69 pessoas ligadas à Guerrilha do Araguaia, ocorrido entre 1972 e 1974, na floresta amazônica do sul do Pará. Pela primeira vez, militares assumem seus crimes e descrevem em detalhes como mataram dezenas de pessoas a sangue frio. O conflito resultou na maior mobilização de tropas no Brasil desde a Guerra do Paraguai e a Segunda Guerra Mundial: cerca de sete mil homens foram mobilizados para eliminar os guerrilheiros.
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O documentário lança luz sobre um dos episódios mais obscuros da história nacional. A narrativa apresenta, cronologicamente, os cinco anos de preparação e os dois anos de combates da guerrilha, reunindo depoimentos de coronéis e soldados, documentos secretos, relatos inéditos de ex-guerrilheiros, camponeses e análises de historiadores e jornalistas especializados.
Com narração do ator Paulo Betti, o filme revisita os principais eventos do conflito, revelando fatos inéditos de ambos os lados: militares e guerrilheiros. Mostra como dezenas de militantes do PCdoB — vindos do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Bahia — enfrentaram um exército bem armado, que precisou de três campanhas para derrotar, decapitar e exterminar guerrilheiros mal armados, mas adaptados à selva. Até hoje, os militares não informaram o paradeiro dos corpos de 49 pessoas desaparecidas durante o conflito.
Os depoimentos de oito guerrilheiros sobreviventes — presos no início da operação ou fugidos antes do massacre final — dão um tom realista e visceral ao dia a dia da guerrilha. Suas histórias foram testemunhadas por camponeses, que também sofreram nas mãos dos militares e carregam até hoje cicatrizes e lembranças de amigos desaparecidos.
Filmado entre Marabá (PA) e Xambioá (TO), “Araguaia” mergulha no esforço de compreender esse episódio histórico. Meses de investigação foram necessários para localizar e convencer guerrilheiros e militares a romper o silêncio. Até então, nenhum militar havia assumido publicamente seus crimes.
Um dos personagens, o coronel Lício, é apontado como o militar que mais matou durante o regime. O filme revela também o centro de tortura Casa Azul, ainda de pé em Marabá, como testemunho vivo das atrocidades. A obra encerra com uma reflexão sobre a busca pela verdade, punição dos responsáveis e a dor de quem perdeu amigos e familiares.
A narrativa detalha os sete anos do conflito, desde os antecedentes até os combates. Um dos relatos mais impactantes é o da guerrilheira Sônia, executada com oitenta tiros. Um dos militares que participou da execução ainda carrega no rosto a cicatriz do tiro que ela disparou antes de morrer. O filme inclui ainda relatos de decapitações e execuções brutais.
Ficha Técnica
- Título: Araguaia
- Gênero: Documentário
- Duração: 95 min
- País: Brasil
- Ano: 2018
- Direção e Roteiro: Hermes Leal
- Narração: Paulo Betti
- Produção: HL Filmes
- Produção Executiva: Julie Tseng
- Fotografia: Caio Brettas
- Montagem: Rafael Nantes
- Distribuição: Jalapão Filmes
Sobre Hermes Leal
Natural de Araguaína (TO), Hermes Leal é cineasta e escritor. Dirigiu mais de 10 filmes e seis séries, incluindo A Lei e o Medo (2018), Cineastas (1ª e 2ª temporadas), Na Força da Lei e Guerra do Araguaia. Em 2025, rodará A Imagem do Brasil e prepara o longa internacional Melancolia – Abismo da Existência. É também autor de oito livros, entre eles Antes que o Sonho Acabe, que será adaptado por Lírio Ferreira.
HL Filmes
Produtora sediada no Tocantins, com cinco longas e seis séries documentais. Atualmente produz o longa de ficção Chá Revelação, com direção de Pedro Amorim, e lançamento previsto para o segundo semestre de 2025 pela Imagem Filmes. Atua com foco em cultura, diversidade, direitos humanos e meio ambiente.
Jalapão Filmes
Distribuidora sediada em Palmas (TO), especializada em conteúdos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Atua em circuitos comerciais, festivais, canais fechados e plataformas de streaming. Já distribuiu títulos como Amazon Fashion, Sol da Bahia, Idade da Água e Águas Passadas.
Contato: contato@jalapaofilmes.co
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Som, rua e resistência: Meninos do Bairro viram arte
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2 dias atrássobre
24/10/2025Por
Jaciara BarrosJovens da Portelinha transformam vivências em música e cinema no projeto Meninos do Bairro, que celebra a força e os sonhos da juventude periférica de Palmas.
Olha os menino do bairro aí! O som e as histórias da periferia de Palmas ganham força e visibilidade com o projeto Meninos do Bairro, que vai transformar em videoclipes as músicas “Meninos do Bairro”, “Rasga Mortalha” e “Ex-Amores”, interpretadas pelos artistas Ekko e Kyojin. A iniciativa tem patrocínio da Lei Aldir Blanc, por meio da Secretaria Estadual da Cultura e do Ministério da Cultura.
O enredo traz memórias e vivências dos jovens da comunidade Portelinha, território que abriga histórias, sonhos e desafios que inspiraram a criação do projeto. As gravações acontecem em Palmas, especialmente dentro da comunidade. Mais do que videoclipes, Meninos do Bairro é um retrato sensível e potente da juventude periférica, que transforma dor em arte e resistência em ritmo.
As produções audiovisuais exploram temas como amizade, amor, perda, superação e fé — sentimentos que moldam a identidade de quem cresce nas margens, mas busca ocupar o centro com sua arte e sua voz. “A ideia é mostrar o que somos de verdade, sem romantizar, mas também sem esconder a beleza de resistir. O Meninos do Bairro é sobre acreditar mesmo quando o mundo tenta te convencer do contrário”, afirma Ekko, que cresceu na Portelinha e hoje usa a música como instrumento de expressão e transformação.
“A gente veio de um lugar onde o fracasso parece destino, mas quando você começa a sonhar e agir, isso se torna um ato de revolução. Esse projeto é isso: seguir acreditando, continuar rimando, continuar vivendo”, completa Kyojin, parceiro de Ekko. Ele destaca que o projeto busca dar significado às trajetórias da juventude periférica: “Dar significado à nossa própria correria, ao ato de continuar tentando, de prosseguir, já é uma forma de subversão”.
Narrativa e identidade
A proposta estética e narrativa do projeto parte de um conceito nascido dentro da própria comunidade: a naturalidade de ser e fazer. A obra traduz o espírito que ecoa pelas ruas de Palmas — “quem são esses dois?” “são os menino do bairro que cantam”. Um diálogo simples, mas carregado de reconhecimento e força de presença.
Em Meninos do Bairro, o tempo também é personagem. Os artistas dizem que os meninos do bairro são amigos do tempo — porque ele passa de qualquer forma, e eles escolhem passar com ele, deixando marcas, memórias e inspiração.
A produtora executiva do projeto, Bely Bittencourt, destaca o valor simbólico e social da iniciativa: “Essas produções representam um ato de resistência e de afirmação da identidade periférica. São jovens que constroem narrativas sobre si mesmos, sobre suas vivências, afetos e dores. O projeto é um espelho e, ao mesmo tempo, um farol para muitos outros jovens que sonham em se ver e ser vistos.”
O álbum e seus clipes expressam a jornada de dois artistas que cresceram rimando nas esquinas e hoje transformam suas experiências em arte — mostrando que da Portelinha também nasce poesia, ritmo e potência. No fim das contas, ser um menino do bairro é seguir acreditando, mesmo quando o futuro é incerto. É fazer parte de uma geração que se recusa a parar, porque entende que o simples ato de continuar já é um gesto de vitória.
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Cultura
Sarau Cultural celebra arte tocantinense no Pátio de Chile
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24/10/2025Por
Jaciara BarrosSarau Cultural reúne nesta sexta (24), no Pátio de Chile, artistas tocantinenses em uma noite de música, poesia e artes visuais com entrada gratuita.
O Pátio de Chile, em Palmas, será palco de uma grande celebração à arte tocantinense nesta sexta-feira, 24 de outubro, às 20h, com o Sarau Cultural — evento gratuito que reúne nomes expressivos da literatura, música e artes visuais do Estado.
Entre os convidados estão Nacha Moretto, cantora e ex-vocalista do grupo Raíces de América; Denyzia Brito, poeta e idealizadora do Sarau Flutuante da Deusa; Cláudio Macagi, poeta, músico e produtor audiovisual; e Orion Milhomem, escritor e membro da Academia Palmense de Letras. O artista visual Elpídio de Paula, natural de Araguaína e radicado em Palmas, também participa com obras que transitam entre o grafite, o artesanato e as artes sacras.
Durante o evento, o público poderá conferir o lançamento do livro “Não Toco Cover”, do músico e escritor Felipe Kuroda, que apresenta uma narrativa sensível sobre o universo da música autoral tocantinense e os caminhos criativos que nascem do improviso.
Mais do que uma programação artística, o Sarau Cultural propõe um encontro aberto, em que o público é convidado a participar, compartilhar sua arte e sentir o pulsar da cultura viva do Tocantins.
📍 Pátio de Chile – Palmas (TO)
🗓️ Sexta-feira, 24 de outubro, às 20h
🎟️ Entrada gratuita
O evento é realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc – PNAB, do Ministério da Cultura e do Governo Federal, operacionalizado pela Secretaria de Cultura do Estado do Tocantins.

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Cultura
Concerto ROCK.BR mistura coral e rock em Palmas
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24/10/2025Por
Jaciara BarrosConcerto ROCK.BR mistura coral e rock em Palmas nos dias 31/10 e 01/11, com entrada gratuita e regência da maestrina Renate Stephanes.
O Coral Municipal de Palmas sobe ao palco do Centro de Convenções Arnoud Rodrigues para apresentar o espetáculo Concerto ROCK.BR, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro de 2025. O evento integra a agenda cultural da Fundação Cultural de Palmas (FCP) e promete uma fusão única entre o canto coral e os clássicos do rock brasileiro.
Sob a regência da maestrina Renate Stephanes, o concerto contará com a participação especial do Coral Juvenil de Palmas e do grupo Vocifer, em um espetáculo que celebra a diversidade sonora e a força da música nacional. O repertório promete emocionar o público ao revisitar grandes sucessos do rock em arranjos vocais inéditos.
Com entrada gratuita e classificação livre, o Concerto ROCK.BR oferece uma experiência artística envolvente, aproximando gerações e estilos em uma mesma harmonia. A proposta do espetáculo é reafirmar o poder da música como expressão cultural, unindo técnica, emoção e repertório popular em um mesmo palco.
Serviço
- Evento: Concerto ROCK.BR
- Apresentação: Coral Municipal de Palmas
- Regência: Maestrina Renate Stephanes
- Participações especiais: Coral Juvenil de Palmas e Vocifer
- Datas: 31/10/2025 (às 20h) e 01/11/2025 (às 19h)
- Local: Centro de Convenções Arnoud Rodrigues, Palmas – TO
- Classificação: Livre
- Entrada: Gratuita
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