Casa e Decoração
Artista de Taquaruçu leva sua arte e suas cores para o maior festival de Arte Naif do Brasil

O Tocantins será muito bem representado no VI Festival Internacional de Arte Naif (FIAN), que acontece a partir desta quinta-feira,29, na cidade de Guarabira, na Paraíba, conhecida como a capital brasileira da Arte Naif.
E quem carrega essa missão cheia de cores e muito talento é a artista Carminha, mineira de nascimento, mas tocantinense de coração, que vive produz há 20 anos no distrito de Taquaruçu, em Palmas.
O Festival pretende reunir 95 artistas, sendo 72 brasileiros de 16 estados e do Distrito Federal, além de 23 estrangeiros. E não é só exposição, não! Tem premiaçãodois prêmios de R$ 7 mil, cinco de R$ 2 mil e cinco menções honrosas. Depois de Guarabira, as obras seguem viagem para Recife, Natal, Fortaleza e Brasília.
Artista apaixonada pelo Tocantins
Apaixonada pela estética Naif desde 2017, quando participou da Bienal Internacional de Arte Naif, em Socorro (SP), Carminha não parou mais. Suas telas, cheias de vida, detalhes e histórias, já passaram por importantes exposições, como a Bienal Naifs do Brasil, em Piracicaba (SP), onde ganhou destaque com a obra Casamento das Flores, e no IV FIAN, em 2022, quando recebeu Menção Honrosa com Legados de Tarsila. Mas engana-se quem acha que é só natureza, tradição e religiosidade que ela leva para suas obras. Este ano, Carminha chega ao festival com duas criações que fazem todo mundo pensar: Monofobia e Selfitis.
Ambas falam sobre um mundo bem diferente daquele das casinhas coloridas e da vida simples — é o universo das telas, do vício no celular, do medo de ficar offline e do desejo incontrolável de postar selfies para preencher vazios. Carminha é autodidata, dona de um olhar sensível e, claro, muito colorido.
Suas obras já estão em galerias e museus pelo país, como Guarabira (PB), Paraty (RJ) e várias cidades de São Paulo. E, claro, sempre levando um pedacinho de Taquaruçu, do Tocantins e das histórias que cruzam seu caminho.
O Festival
O festival, que conta com patrocínio do Ministério da Cultura, Caixa Residencial e Caixa Cultural, celebra a riqueza e a força da Arte Naif, reunindo obras de 15 países e 19 estados brasileiros. O resultado da seleção foi divulgado no último dia 10 de maio, após análise criteriosa de mais de 220 inscrições, das quais foram escolhidas 95 obras, 15 a mais do que o previsto inicialmente no edital.