Agronegócio
bp bioenergy reduz em 30% os incêndios em Tocantins com tecnologia e gestão integrada
Unidade Pedro Afonso registra avanço no combate a este tipo de ocorrência com estrutura do Programa Brigada 4.0, no qual a empresa já investiu mais de R$80 milhões
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Em um período marcado pelo recorde de incêndios que afetou o setor sucroenergético em 2024, a bp bioenergy, uma das líderes brasileiras em açúcar, etanol e bioeletricidade, apresenta resultados positivos em Tocantins no enfrentamento a este que é um problema histórico no segmento, sobretudo nos períodos mais secos do ano. Um balanço da companhia, referente ao período de 2019 a 2024, registrou uma redução de 30% na incidência deste tipo de ocorrência em áreas próximas à sua unidade em Pedro Afonso, no Centro-Norte do estado. Além disso, o volume de área queimada nessa localidade também diminuiu, passando de mais de 5 mil hectares em 2019, para cerca de 1,7 mil em 2024, totalizando uma redução de 66%.
Em um cenário mais amplo, considerando todas as 11 unidades da companhia, em cinco estados brasileiros, os indicadores seguem relevantes e apontam para uma diminuição de 46,5% na incidência de incêndios no mesmo intervalo, além de uma redução de 66% no tempo de resposta a acontecimentos desta natureza.
“Esses avanços são motivo de orgulho para nós, especialmente considerando os desafios do último ano. Pedro Afonso, assim como outras áreas do Tocantins localizadas no Cerrado, têm alta vulnerabilidade a incêndios na estação seca, o que torna essencial atuarmos na região com estratégia, agilidade e prevenção”, comenta Rogério Bremm, diretor agrícola da companhia.
Programa Brigada 4.0: estratégia integrada e tecnologia fortalecem prevenção e resposta ágil
Os resultados alcançados pela empresa são fruto do Programa Brigada 4.0, criado em 2019 com o objetivo de prevenir, detectar e combater incêndios de forma ágil, inteligente e integrada. Com foco na proteção de vidas, na preservação ambiental e na manutenção da eficiência operacional, a iniciativa vem se consolidando como uma importante estratégia da companhia no enfrentamento às diferentes causas que contribuem para o avanço das queimadas no campo, como as mudanças climáticas.
Os investimentos da bp bioenergy no programa já superam R$ 80 milhões, somando recursos em frentes como aquisição de equipamentos, treinamentos, práticas preventivas e soluções tecnológicas. Uma das inovações de destaque é o projeto de transformação digital em parceria com a TIM, que está levando conectividade 4G para 3 milhões de hectares, por meio da instalação de 98 torres nas regiões onde a companhia atua.
Essa infraestrutura ampliou o alcance de soluções de ponta adotadas no programa, como é o caso do Pantera – um sistema de inteligência artificial desenvolvido pela startup brasileira umgrauemeio. A ferramenta opera com câmeras térmicas de alta definição, instaladas em torres de monitoramento em cada uma das 11 unidades, que são capazes de identificar focos de incêndio em apenas alguns segundos.
O sistema também se beneficia do uso de dados de satélite, que permitem antecipar condições propícias à ocorrência de incêndios e atuar de forma preventiva. Outro destaque é a integração com tecnologias como o GPS da frota das brigadas de combate, possibilitando localizar os recursos mais próximos do foco e indicar a equipe mais adequada para o atendimento.
“Esses recursos se integram com outras iniciativas internas, como estudos de inteligência logística e geotecnologia, colaborando para a redução do tempo de resposta às ocorrências”, comenta o diretor agrícola.
Todas as informações obtidas a partir dos recursos tecnológicos convergem para o SmartHub, uma central de gestão logística integrada, instalada no escritório da empresa em São José do Rio Preto (SP), que monitora em tempo real, 24 horas por dia, as atividades no campo – do plantio à colheita. A partir desse ambiente único e conectado, as brigadas de combate são acionadas imediatamente, o que reduz o tempo de resposta e minimiza os impactos ambientais e operacionais de cada ocorrência.
Vale mencionar ainda que, para garantir a atuação em campo, a estrutura de combate do Programa Brigada 4.0 inclui 97 caminhões-bombeiro com jatos de água automatizados, 16 caminhões-pipa, 12 caminhões-tanque e um time com mais de 1.050 brigadistas treinados. As ações são reforçadas ainda por campanhas internas e externas de conscientização, especialmente durante os meses mais secos do ano, envolvendo comunidades próximas e colaboradores em práticas preventivas.
“Nosso compromisso vai muito além de combater incêndios visando assegurar um bom ambiente para nossas operações. É sobre antecipar riscos, proteger vidas e atuar de forma responsável nas regiões onde estamos presentes. Os resultados que alcançamos até aqui mostram que é possível aliar inovação e sustentabilidade em benefício das pessoas, do campo e do meio ambiente. O cenário de 2024 foi desafiador e nós o enfrentamos com preparo, agilidade e visão de longo prazo. A Brigada 4.0 é fruto dessa estratégia, e seguirá sendo um pilar essencial da nossa operação”, finaliza Bremm.
Sobre a bp bioenergy
A bp bioenergy é uma das maiores empresas de bioenergia do Brasil, com capacidade de moagem de 32 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Criada a partir da aquisição pela bp da totalidade da joint-venture BP Bunge Bioenergia, em outubro de 2024, a companhia possui mais de 9.500 colaboradores distribuídos em 11 unidades espalhadas por cinco estados brasileiros, que são responsáveis pela produção de etanol, açúcar e bioeletricidade por meio da cana-de-açúcar. Com um time e parceiros de negócio comprometidos com a segurança, ética e sustentabilidade, a bp bioenergy está pronta para atender à crescente demanda por combustíveis mais limpos e com baixo teor de carbono.
Agronegócio
COP30: Carta-Manifesto dos Produtores de Soja é apresentada no Senado
Aprosoja lança Carta-Manifesto para a COP30 com propostas de métricas tropicais, fórum internacional e revisão das metas de emissões brasileiras.
Brasil protagonista na COP30
A Carta destaca que, apesar de o Brasil ser o único grande produtor de alimentos que alia alta produtividade, conservação ambiental e geração de energia renovável, o debate global ainda ignora o papel do país e de outras nações tropicais na solução dos problemas climáticos.
O documento, com 27 páginas, foi apresentado em evento conduzido pelo senador Jaime Bagatoli (RO) e contou com a presença de Maurício Buffon, presidente da Aprosoja Brasil, e Gilson Antunes de Melo, vice-presidente Oeste da Aprosoja MT.
Sistema Nacional de Métricas e Padrões Tropicais
Entre as propostas, o texto defende que o Brasil articule órgãos científicos como Embrapa e INPE para desenvolver metodologias compatíveis com os ciclos tropicais de carbono e os sistemas integrados de produção.
O autor do documento, o professor Daniel Vargas, doutor e mestre em Direito pela Universidade de Harvard e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), destacou que o país precisa liderar o debate com base científica e tropical.
Propostas apresentadas para a COP30
A Carta-Manifesto propõe que a presidência da COP30 crie um Fórum Internacional de Agricultura e Clima Tropical com métricas e parâmetros comuns aos países tropicais.
Também defende submeter as metas de emissões brasileiras à análise do Congresso Nacional, garantindo soberania democrática e técnica nas decisões climáticas.
“O Brasil responde por apenas 2,47% das emissões globais, enquanto a China representa 28% e os EUA 15%. As metas precisam refletir essa proporção e se tornar política de Estado”, afirma o texto.
Contra o neocolonialismo ambiental
A Carta alerta que regulamentações internacionais unilaterais — como o EUDR (Regulamento Europeu de Produtos Livres de Desmatamento) e o CBAM (Mecanismo de Ajuste de Fronteira de Carbono) — impõem custos adicionais entre 15% e 20%, distorcem a concorrência e ameaçam a cooperação global.
Segundo o documento, “essas práticas criam um neocolonialismo ambiental que transfere o ônus da transição verde aos trópicos”.
Eixos temáticos da Carta para a COP30
A Carta-Manifesto apresenta três princípios centrais: Verde como Valor, Clima como Desenvolvimento e Soberania como Caminho.
• Verde como Valor: reconhecer as áreas preservadas nas propriedades rurais como ativos ambientais que prestam serviços de regulação hídrica, sequestro de carbono e estabilidade climática.
• Clima como Desenvolvimento: tratar o clima como vetor de investimento, inclusão e renda, considerando que o maior risco ambiental dos trópicos é a pobreza.
• Soberania como Caminho: fortalecer a legitimidade democrática e científica das políticas climáticas brasileiras, respeitando a Constituição e o Código Florestal.
Eixos estratégicos e oportunidades
A Carta também propõe quatro eixos estratégicos para orientar políticas públicas:
Segurança Alimentar — o Brasil poderá responder por até 40% do aumento global da produção de alimentos até 2050, segundo a FAO.
Segurança Energética — o agro já é responsável por 32% da matriz energética brasileira e 90% da eletricidade nacional é renovável.
Ciência Tropical e Governança — criação de um sistema de métricas tropicais e fórum internacional de agricultura.
Produtivismo Verde — substituição de certificações estrangeiras por padrões regionais, baseados em reconhecimento mútuo e rastreabilidade digital.
COP30 e o protagonismo brasileiro
“O Brasil, sede da COP30, tem a responsabilidade de liderar uma virada no debate global. É hora de mostrar ao mundo a contribuição do agro brasileiro”, destacou Daniel Vargas.
Ele será um dos participantes do Agrizone COP30 Grãos e Cereais, que acontece no dia 12 de novembro, em Belém, com presença de entidades como Abramilho, Abrapa, Aprofir BR, Aprosoja Brasil, Aprosoja MT e CNA.
Mais notícias
Agronegócio
Chuvas irregulares atrasam plantio da soja no Tocantins e acendem alerta para a safrinha de 2026
Vice-presidente da Aprosoja Tocantins alerta para impacto das chuvas irregulares e orienta produtores sobre mercado e safrinha de 2026
Segundo o vice-presidente da Aprosoja Tocantins, o engenheiro agrônomo Thiago Facco, a falta de umidade no solo tem impedido a continuidade do plantio. “Começamos o mês com algumas chuvas pontuais, o que permitiu o início do plantio em áreas isoladas. Mas logo depois o clima secou. As últimas precipitações significativas foram por volta do dia 14, e desde então as temperaturas estão muito elevadas. Hoje, praticamente todo o estado está parado”, explicou Facco em entrevista ao portal Notícias Agrícolas.
Ele destacou que há regiões onde o plantio ainda nem começou, enquanto outras deverão realizar o replantio das áreas semeadas no início de outubro. “Estamos apreensivos, porque as previsões indicam o retorno das chuvas apenas a partir do dia 1º de novembro. Isso representa atraso e pode comprometer a janela ideal para a safrinha de milho de 2026”, alertou.
Safrinha em risco
Com menos de 20% da área total semeada, o Tocantins registra um dos começos de safra mais lentos dos últimos anos. O atraso preocupa, já que reduz o período ideal para o plantio do milho safrinha — cultura que depende da colheita antecipada da soja.
“A melhor janela para a safrinha seria agora, em outubro. Como o plantio da soja não avançou, é provável que tenhamos redução de área e de produtividade na segunda safra”, avaliou o dirigente.
Atenção ao mercado
Mesmo diante das dificuldades climáticas, Facco recomenda que os produtores acompanhem as movimentações de mercado. “Nos últimos dias, o mercado internacional reagiu, especialmente com o avanço das negociações entre Estados Unidos e China. É um momento para avaliar custos e, quem puder, realizar algum travamento ou venda parcial”, orientou.
Para ele, é natural que o ânimo dos agricultores caia diante das adversidades, mas é preciso manter a atenção ao cenário de preços. “O produtor tocantinense é muito competente na lavoura, mas quando o clima não ajuda, o desânimo aparece. Ainda assim, é hora de olhar para Chicago, acompanhar o câmbio e buscar oportunidades. Mesmo com incertezas, este pode ser um bom momento para garantir parte da rentabilidade.”
Expectativa para novembro
Enquanto o clima não se regulariza, a expectativa do setor é de que as chuvas retornem no início de novembro, permitindo retomar o plantio e minimizar os prejuízos. “A gente segue com fé e esperança de que as condições melhorem. O produtor tocantinense é resiliente e vai seguir firme, como sempre fez”, concluiu Facco.
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→ Agricultura tocantinense mantém resiliência diante do clima
→ Produtores discutem estratégias sustentáveis para a próxima safra
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→ Governo anuncia incentivos à agricultura familiar no Tocantins
Agronegócio
GIIR Agro lança livro que propõe um novo olhar sobre a falência
Durante o GIIR Agro em Palmas, juíza Clarissa Somesom Tauk lança o livro Fresh Start e propõe um olhar humanista sobre a falência e o recomeço empresarial.
Com uma abordagem humanista e contemporânea, Clarissa Tauk desafia o olhar tradicional de que a falência é sinônimo de fracasso. Inspirada no conceito norte-americano de Fresh Start, a magistrada defende que o recomeço empresarial deve ser tratado como um instrumento de justiça econômica e social.“Permitir o recomeço não é premiar o insucesso, e sim reconhecer o valor da honestidade e da transparência na atividade empresarial”, afirma a autora.
A proposta do livro é ampliar o debate sobre as leis de insolvência e recuperação judicial, aproximando o Direito das realidades humanas que permeiam o empreendedorismo. Clarissa argumenta que o empresário de boa-fé merece o direito de reconstruir sua vida profissional e contribuir novamente com a economia, em um sistema que valorize o esforço, a ética e a reintegração produtiva.
Evento reúne inovação, sustentabilidade e diálogo jurídico
O lançamento integra a programação do GIIR Agro, evento que se consolida como um dos principais fóruns de diálogo sobre inovação, gestão e sustentabilidade no agronegócio tocantinense. O encontro ocorre a partir das 17 horas, na Chácara Recantto do Petrel, reunindo produtores, empresários, investidores, magistrados e startups empenhados em fortalecer um campo mais tecnológico, sustentável e colaborativo.
Idealizado pela advogada e administradora judicial Jéssica Farias, o GIIR Agro nasceu da convicção de que o conhecimento e a conexão são pilares para o futuro do agronegócio.
“O GIIR Agro é uma oportunidade de unir o setor produtivo e o judiciário em torno de soluções inteligentes para os desafios do campo. Queremos fortalecer produtores, estimular a inovação e criar pontes entre a realidade rural e as exigências de um mercado cada vez mais competitivo e responsável”, ressalta Jéssica.
O evento reflete uma nova fase de integração entre o mundo jurídico e o setor produtivo, propondo um diálogo que ultrapassa fronteiras e incentiva o empreendedorismo responsável como caminho de prosperidade e renovação.
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