Internacional
Brasileiros em Gaza aguardam abertura da fronteira egípcia para voltar ao Brasil

Um grupo de 28 pessoas permanece abrigado nas cidades de Rafah e Khan Yunis, em Gaza, aguardando autorização do governo egípcio para cruzar a fronteira e poder se deslocar até o aeroporto do Cairo. De lá, eles serão trazidos para o Brasil no avião VC-2 da Presidência da República, que tem capacidade para transportar até 40 passageiros.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vêm negociando a abertura da fronteira desde a semana passada para poder resgatar o grupo. Entre sexta e sábado, o presidente abordou a questão em telefonemas com o presidente de Israel, Isaac Herzog, o presidente do Egito, Abdul Fatah al-Sisi, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Das 28 pessoas que aguardam resgate, 18 (três homens, cinco mulheres e dez crianças) foram deslocadas para Rafah, onde passaram a noite em um imóvel alugado pelo Itamaraty. Elas estavam na Cidade de Gaza, onde se abrigaram em uma escola — a Rosary Sisters School, que fica na periferia da capital, ao sul — durante os primeiros dias da ofensiva de Israel.
As outras dez pessoas (três homens, três mulheres e quatro crianças) são moradoras de Khan Yunis e aguardam a liberação em suas casas. A cidade fica a poucos quilômetros de Rafah. Ao todo, o grupo é composto por 22 brasileiros e 6 palestinos com residência no Brasil. Todos têm recebido acompanhamento psicológico, por profissional palestina contratada em Gaza, pelo escritório de representaçãodo Brasil junto à autoridade palestina.
O avião VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República foi deslocado e aterrissou em Roma, na Itália, às 10h25 desta sexta-feira (dia 13), no horário local. A aeronave aguarda autorização de trâmites diplomáticos com Egito, Israel e o lado palestino para que os brasileiros cruzem a fronteira com segurança e embarquem do Egito para o Brasil.
OPERAÇÃO VOLTANDO EM PAZ — A viagem dos brasileiros que estão na fronteira de Gaza com o Egito deve encerrar a primeira fase da operação Voltando em Paz, deflagrada pelo Governo Federal após o início da violência na região. Na madrugada deste domingo, dia 15, chegou ao Rio de Janeiro o quinto voo, com 215 brasileiros que estavam em território israelense. No total, foram trazidas de volta 916 pessoas.
Os primeiros 211 brasileiros repatriados desembarcaram em um voo da FAB que chegou na quarta-feira à Base Aérea de Brasília (DF). Outros 214 chegaram na quinta-feira ao Aeroporto do Galeão, no Rio.
O terceiro voo de resgate trouxe 69 passageiros e aterrissou na manhã de sexta-feira. Cinco desceram em uma escala em Recife (PE) às 6h07 e os demais no destino final da aeronave — a Base Aérea de Guarulhos (SP). A quarta aeronave com repatriados chegou ao Rio de Janeiro com 207 passageiros na madrugada deste sábado (14).
Internacional
EUA oficializam tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto; carta de Trump a Lula provoca crise diplomática
Medida deve afetar gigantes como Petrobras, Vale, JBS e Suzano, e já gera reações do governo brasileiro

Uma carta oficial da Casa Branca, assinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os EUA. A nova tarifa entra em vigor a partir do dia 1º de agosto de 2025 e se soma às taxas setoriais já existentes, configurando o maior tarifaço da história recente entre os dois países.
A medida foi anunciada por Trump na quarta-feira (9processo) e ganhou corpo com a divulgação da carta, escrita em papel timbrado da presidência americana. No texto, Trump critica diretamente o judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, classificado por ele como uma “caça às bruxas” e um “constrangimento internacional”. Segundo o atual presidente norte-americano, a decisão é uma resposta às “ameaças” feitas pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro a empresas americanas de tecnologia, em razão de ordens judiciais contra desinformação e discursos de ódio.
“A partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre qualquer produto brasileiro enviado aos Estados Unidos, além das tarifas setoriais já existentes”, afirma Trump no documento. “Mercadorias transbordadas para tentar evitar essa tarifa estarão sujeitas a taxas ainda mais altas.”
Setores e empresas mais afetados
Com a medida, os setores mais impactados serão petróleo, celulose, carnes, aço e papel. Entre as empresas brasileiras diretamente prejudicadas estão:
- Petrobras, com grandes volumes de petróleo e derivados exportados;
- Vale, Gerdau e CSN, exportadoras de ferro e aço;
- Suzano, maior produtora global de celulose;
- JBS, Marfrig e BRF, líderes em proteína animal;
- Cooperativas como a CitrusBR, que dominam o mercado de suco de laranja nos EUA.
Segundo analistas, as tarifas podem inviabilizar parte das exportações, prejudicar as cadeias produtivas e abrir espaço para concorrentes de países como México, Canadá e Argentina.
Resposta do governo Lula
A carta gerou reação imediata do governo brasileiro. Em nota oficial publicada nas redes sociais, o presidente Lula afirmou que o Brasil é um país soberano, com instituições independentes, e que não aceitará ser tutelado por qualquer nação estrangeira.
“O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de Estado é de competência exclusiva da Justiça brasileira. Não cabe qualquer tipo de ameaça que fira nossa soberania ou a independência de nossos poderes”, afirmou o presidente em comunicado.
Além disso, o governo brasileiro contestou a alegação de prejuízo comercial feita por Trump. De acordo com dados da diplomacia brasileira, os Estados Unidos acumulam superávit de US$ 410 bilhões no comércio com o Brasil nos últimos 15 anos.
Caminhos possíveis e cenário futuro
A carta de Trump abre um precedente inédito na relação bilateral, elevando a tensão comercial e diplomática entre os dois países. Embora o presidente norte-americano tenha indicado que empresas brasileiras podem evitar a tarifa se optarem por produzir dentro dos Estados Unidos, analistas avaliam que isso beneficiaria apenas grandes multinacionais com capacidade de relocalização.
Ainda não está claro se a tarifa será aprovada pelo Congresso dos EUA ou publicada oficialmente pelo USTR (Representante Comercial dos Estados Unidos), mas, sendo Trump o atual presidente, é provável que a implementação ocorra com celeridade.
O Itamaraty já estuda aplicar a Lei de Reciprocidade Econômica, o que pode incluir restrições a produtos americanos no Brasil.
📄 Veja a carta oficial enviada por Donald Trump a Lula:

A equipe do Portal Jaciara Barros seguirá acompanhando os desdobramentos da crise comercial e diplomática entre Brasil e Estados Unidos.
Internacional
Elon Musk enfrenta prejuízo de R$ 40 milhões após provocar Carlos Slim, dono da Claro

Em uma série de publicações nas redes sociais, o bilionário Elon Musk, fundador da Starlink e CEO da Tesla e SpaceX, provocou Carlos Slim, dono da Claro e um dos homens mais ricos do mundo. Musk insinuou que Slim teria ligações com cartéis de drogas no México, o que gerou uma onda de repercussões negativas e resultou em um prejuízo financeiro estimado em R$ 40 milhões para as empresas associadas ao empresário.
As declarações de Musk, feitas em sua conta no X (antigo Twitter), foram rapidamente compartilhadas e criticadas por usuários e especialistas. A acusação, feita sem apresentar provas concretas, levou a uma queda significativa no valor das ações das empresas ligadas a Musk, refletindo a sensibilidade do mercado a declarações polêmicas de figuras públicas de alto perfil.
Carlos Slim, que construiu seu império principalmente no setor de telecomunicações, negou veementemente as insinuações. Representantes de Slim afirmaram que as acusações são “infundadas e irresponsáveis”, e destacaram que o empresário sempre atuou dentro da legalidade em seus negócios.
A repercussão do caso também levantou debates sobre o impacto das redes sociais no mundo dos negócios. Especialistas em comunicação alertam que declarações impulsivas, especialmente vindas de líderes influentes como Musk, podem ter consequências financeiras e reputacionais graves.
Até o momento, Elon Musk não se pronunciou novamente sobre o assunto, e não está claro se ele pretende retratar-se ou fornecer evidências para sustentar suas acusações. Enquanto isso, o mercado segue atento aos desdobramentos dessa controvérsia, que já deixou marcas significativas no patrimônio do empresário.
Internacional
Donald Trump Retorna à Casa Branca: A Reviravolta Política na Eleição Presidencial dos EUA em 2024

Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos em 5 de novembro de 2024, derrotando a candidata democrata Kamala Harris. Esta vitória marca o retorno de Trump à Casa Branca após sua derrota em 2020, consolidando um notável retorno político.
A campanha de Trump focou em temas como economia e imigração, buscando reconquistar eleitores em estados-chave. Ele obteve vitórias significativas em estados como Pensilvânia, Geórgia, Carolina do Norte e Wisconsin, revertendo resultados anteriores e assegurando uma maioria no Colégio Eleitoral.
A vitória de Trump gerou reações diversas no cenário internacional. No Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro parabenizou Trump, destacando o “marco histórico” da eleição e expressando esperança de que o resultado inspire o Brasil a seguir um caminho semelhante.P
Por outro lado, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, manifestou preocupação, afirmando que a vitória de Trump é um “sinal de alerta para o campo democrático no mundo todo” e que a extrema direita no Brasil já se sente encorajada pelo resultado.
A eleição de Trump também foi celebrada por líderes de extrema direita em outros países. O presidente argentino Javier Milei parabenizou Trump e ofereceu apoio, afirmando que os Estados Unidos são um aliado chave para a Argentina.
Internamente, a vitória de Trump levanta questões sobre o futuro da democracia americana. Analistas apontam que seu retorno ao poder pode representar desafios significativos para as instituições democráticas dos EUA, dado seu histórico de confrontos com a imprensa e o sistema judiciário.
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