Turismo
Chef Idolo Giusti resgata cultura de feijões e farinhas em Festival Gastronômico de Canaã dos Carajás

Desde segunda-feira, 29 de agosto, o chef mateiro Idolo Giusti, de São Paulo, faz uma vivência na cultura dos feijões e farinhas de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará. Giusti é um dos chefs convidados para fazer apresentação teórica (02/09) e degustação (03/09), durante a 5ª edição do Festival Gastronômico da cidade, que acontecerá no Espaço de Eventos, do bairro Ouro Preto.
“Eu já tive contato com muitos feijões desta região, mas poder saber a origem deles, as peculiaridades da colheita e comercialização está sendo incrível, vai além do paladar, é mergulhar na cultura”, ressalta animado o chef. “A ideia é fazer um resgate destes grãos antigos trazidos por colonizadores de diversas partes do país, entender de onde eles vieram e como se ambientaram”, afirma.
A apresentação teórica, sexta, será um apanhado dos conhecimentos do chef associado à atual pesquisa de campo. “Para se ter ideia, o feijão em Canaã ainda é vendido em garrafa pet de dois litros, medido em lata”, conta. “É essa e outras histórias que quero evidenciar para o público do festival, para estimular o pertencimento e a valorização dos ingredientes da região”, completa Giusti, que pretende nos próximos meses se dedicar ao estudo e “redescobrimento” de feijões do país.
Já conhecido por criar ambientes que estimulam o “comer com os olhos”, como varal de carnes e de legumes e lindas tachadas, desta vez o chef preparará um “terrário” para degustação, no sábado. Sim, uma alusão aos ecossistemas comuns em jardinagem. A ideia é reproduzir a paisagem da cidade de Canaã, que abriga a maior jazida de minério de ferro explorada do mundo.
Para isso, Giusti substituirá as terras por algumas das cerca de oito farinhas existentes na cidade, transformadas em farofas. Já alguns dos 10 a 15 tipos de feijões endêmicos de diversas cores e tamanhos – entre eles o coruja, roxinho, bolinha, João vara e manteiguinha – formarão as montanhas: os mais claros na base e os mais escuros no topo, em referência ao minério de ferro. Para assemelhar com a vegetação, plantas comestíveis, brotos, temperos darão forma a uma salada fria, também com feijão. “Vou usar várias técnicas de cozimento de acordo com o tipo de feijão: cozido, assado, frito ou no vapor, por exemplo”, conta.
O festival será de 01 a 04 de setembro e terá atrações como competições de chefs amadores e profissionais, shows regionais e nacionais, exposição de carros antigos, oficinas de churrasco, apresentações de chefs renomados e expositores de empreendedores gastronômicos do município.
Idolo Giusti
Especializado em culinária mateira, o chef Idolo Giusti aproveitou o isolamento para aprimorar técnicas e, principalmente, aprofundar os estudos sobre o cerrado. Para isso, realizou uma imersão de cerca de um ano e meio na região sul do estado de Minas, da forma que mais gosta: em contato com folhas, plantas, raízes, frutos e cultura da região.
Retomados os eventos, tem participado de grandes festivais de churrasco e feito curadorias, como no Churrascada, sobre assuntos do mato, sempre que possível enfatizando a utilização de ingredientes locais.
Na bagagem, leva participações em programas como “Hell´s kitchen”, do Sbt e “A Batalha – Food Truck”, transmitido pela GNT. Em 2014, o chef subiu o Aconcágua. Pelo projeto ‘Cozinhando nas Alturas’, que surgiu em 2012, o chef foi convidado pela equipe da Mercedes-Benz a cozinhar a bordo do veleiro interoceânico de Mike Horn, famoso explorador e aventureiro sul-africano.
De origem italiana, portuguesa e espanhola, Giusti vem de um berço de ouro em termos culinários. Há um século, seus bisavós e avós, com muita garra e determinação, chegaram ao Brasil e à Serra da Cantareira. Colonizadores, agricultores e fazendeiros, deram origem à história do chef. Com essa predisposição, que está no sangue da família, e experiência somadas à paixão pela comida, o chef cozinha e troca experiências com grandes mestres da gastronomia – de forma profissional há 15 anos, tempo que o permitiu passar por diversas cozinhas no Brasil e Argentina.

Um barco desliza lentamente por um cenário deslumbrante. À beira do Lago de Palmas, o público contempla o pôr do sol ao som do saxofonista Bruno Barreto, regendo melodias suaves enquanto a luz dourada do entardecer pinta o céu.
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A experiência, ao mesmo tempo sensorial e estética, une música, natureza e uma atmosfera de contemplação, criando o que muitos chamam de verdadeira “sunset vibe”. Tudo isso acontece diante de um dos mais belos pores do sol do Brasil, à margem da Prainha do Campus da Universidade Federal do Tocantins (UFT), em Palmas.
Essa magia faz parte da nova temporada do projeto Som das Águas, que acontece todas as quintas-feiras dos meses de julho e agosto, a partir das 17h30. O evento é gratuito e aberto à comunidade, reunindo estudantes, professores, servidores, turistas e moradores da capital.
Segundo o professor da UFT Francisco Pereira de Sousa, o Som das Águas, mais do que uma atividade cultural, também carrega uma importante missão educativa:
“O projeto promove uma mensagem de educação ambiental, com ações de conscientização sobre o uso responsável dos espaços naturais e a preservação da fauna e da flora locais.”
Dicas para aproveitar a experiência
Para curtir sua tarde de encantamento e reflexão com mais conforto, leve:
hapéu ou boné; óculos escuros; repelente; garrafa de água; canga ou esteira para sentar na areia.
Reflexão
Embora encantador, o evento ainda carece de estrutura para se consolidar como um produto turístico de referência. Boa música e um pôr do sol magnífico são atrativos naturais — mas é preciso planejamento, investimento e promoção estratégica.
Algumas medidas simples podem fazer a diferença: instalação de banheiros ecológicos e bebedouros; sinalização turística e orientações ambientais no local; barracas padronizadas com comida regional leve, bebidas e artesanato; espaço com estrutura mínima de apoio ao público, como bancos e som ambiente.
Com esses ajustes, o Som das Águas pode se firmar como uma das experiências culturais mais marcantes da capital tocantinense — unindo arte, bem-estar e consciência ambiental.
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Turismo
Descobertas ao redor: o valor de viver o que está ao alcance dos olhos
Por Arlete Carvalho -Jornalista, Diretora de Finanças da Abrajet Nacional

Era o último fim de semana de junho quando encarei, pela primeira vez, o desafio de andar num quadriciclo em meio à natureza exuberante de Socorro (SP). A aventura aconteceu sob os cuidados da equipe do Parque Aui Mauê, que oferece experiências de ecoturismo com segurança, acolhimento e muita adrenalina. Tudo muito novo, empolgante, encantador. E, acima de tudo, revelador.
Entre uma curva e outra, pedras, poeira e cenários maravilhosos, fui tomada por um pensamento quase incômodo: por que só agora? Há anos tenho acesso a um quadriciclo na fazenda de uma pessoa próxima. Nunca dei muita atenção. Sempre havia algo mais urgente, ou mais cômodo, ou simplesmente deixava para depois. Era como se aquilo, por estar tão próximo, perdesse o brilho do inédito.
A experiência, proporcionada aos participantes da reunião do Conselho Nacional da Abrajet e do V Fórum de Turismo da Abrajet São Paulo, me fez pensar sobre o que significa, de fato, aprender e viver. Aprendemos muito ouvindo – com os conselhos dos mais velhos, os ensinamentos dos professores, as histórias dos amigos. Também aprendemos pela leitura – mergulhando nas experiências dos outros, ampliando nosso repertório. Mas existe uma terceira via, a mais marcante de todas: aprender pela vivência. Sentir, experimentar, arriscar, errar e acertar. E, muitas vezes, isso está ao nosso redor, só esperando um olhar mais atento, uma vontade de sair da rotina.
Socorro me socorreu, proporcionou-me essa redescoberta. O passeio promovido pela equipe do Parque Aui Mauê não foi apenas uma diversão de fim de semana, mas um lembrete de que há beleza e aprendizado em coisas simples e próximas. Não é preciso cruzar fronteiras para viver o novo – às vezes, basta atravessar o portão da fazenda, aceitar um convite antigo, dizer “sim” a algo que estava ali o tempo todo.
A gente vive correndo atrás de grandes aventuras, esquecendo que algumas delas estão logo ali, no quintal da vida. Talvez valha a pena parar um pouco, olhar em volta e perguntar: o que estou deixando de viver por achar que já conheço?
Uma outra pergunta, agora direcionada aos paulistas, em especial aos socorrenses, vocês conhecem e aproveitam as coisas boas, acolhida, comida e passeios maravilhosos que o Socorro oferece? Detalhe: Socorre está a apenas 120 km da capital São Paulo.
Ah, a propósito, façam fotos. Eu fiquem tão empolgada que só fiz fotos dos companheiros de passeio, nenhuma minha.
Tudo sobre as vivências que o Parque Aui Mauê oferecer, entre elas o passeio de quadriciclo e detalhes de como chegar ou marcar sua atividade com antecedência, você pode encontrar clicando aqui. (https://auimaue.com.br/)
Turismo
Muito além da estadia
Por Arlete Carvalho -Jornalista, Diretora de Finanças da Abrajet Nacional

Receber bem é uma arte que vai além de abrir as portas — é um gesto de generosidade, cuidado e empatia. Seja em casa, no ambiente de trabalho ou em um hotel ou pousada, o verdadeiro acolhimento se revela nos detalhes: no sorriso, no olhar atencioso, na escuta generosa e no desejo sincero de fazer o outro se sentir parte.
Em Socorro (SP), essa arte floresce com naturalidade. A cidade, envolta pelas montanhas da Serra da Mantiqueira, acolhe como quem convida para sentar na varanda e tomar um café coado na hora. Ali, cada espaço tem alma. O hotel que é extensão do lar dos anfitriões, a pousada onde cada quarto carrega histórias, o restaurante que serve comida com afeto…
O trade turístico de Socorro domina essa arte com maestria. Os profissionais, a maioria deles também moradores e empreendedores locais, entendem que hospitalidade é interação. É fazer o visitante se sentir único, mesmo em meio a tantos. É transformar o destino em lembrança inesquecível.
O município, a 120 km da capital São Paulo, oferece um menu variado de atividades turísticas e de lazer que vão desde o tranquilo apreciar do pôr-do-sol à adrenalina do voo de tirolesa ou rafting no Rio Peixe. E as hospedagens são um capítulo a parte, onde o turista pode escolher entre pousadas e hotéis Fazenda ou urbano. Todos preparados para orientações sobre o que fazer ou aonde ir, dependendo o gosto do visitante.
No site https://socorro.tur.br/ estão disponibilizadas todas as informações que facilitam a programação de uma visita ao município.
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