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Coalizão Vozes do Tocantins é finalista no Prêmio LED 2024, da Rede Globo

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Rede tocantinense por justiça climática está entre os 15 finalistas no Prêmio Luzes da Educação

O Curso de Formação de Jovens em Comunicação e Justiça Climática está entre os finalistas do Prêmio LED 2024, da Globo em parceria com a Mastertech e que busca valorizar iniciativas inovadoras na educação. Com mais de 2 mil inscritos, a seleção está na terceira e última etapa, em que seis dos 15 finalistas serão premiados com R$ 200 mil (cada), além da oportunidade de ter sua história contada em um programa especial na TV Globo.

A iniciativa da Coalizão Vozes do Tocantins, rede que hoje reúne quatorze organizações com o objetivo comum de justiça climática, foi inscrita pela assessora do Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN), Silvana Bastos, que conta que tinha grandes esperanças, mas que não sabia que o projeto poderia receber tanto reconhecimento.

“Nós sempre soubemos do potencial de transformação do Curso, que reuniu juventudes indígenas, quilombolas, ribeirinhas, da agricultura familiar e de acampados da reforma agrária, em territórios tradicionais, para desenvolver capacidades de liderança climática e comunicação. Mas ver essa iniciativa recebendo esse alcance já é uma grande vitória”, comenta.

Os 15 finalistas ganharão visibilidade e terão acesso a uma jornada de desenvolvimento que inclui acesso a rede de relacionamento, mentorias, eventos e instituições de referência. Mais um incentivo para que possam aumentar a atuação e potencializar o alcance e o futuro da educação no Brasil, independentemente do resultado.

A iniciativa premiada

O Curso de Formação de Jovens em Comunicação e Justiça Climática foi um dos principais eixos de atuação da Coalizão Vozes do Tocantins em 2023. Sendo um sucesso, também pelo baixo índice de evasão, a formação capacitou 28 dos 30 jovens indicados pelas organizações que integram a Coalizão. Foram temas centrais do curso: comunicação, mudanças do clima, direitos, incidência em políticas públicas, gestão de projetos e habilidades sociais para a arte de liderar. A capacitação teve início no mês de março e chegou ao fim em agosto deste ano, espalhando agora seus frutos: jovens e suas vozes ecoadas em eventos importantes, como o Diálogos Amazônicos e a COP 28, em Dubai.

Depoimentos

“Participar do curso propiciou significativo crescimento, tanto na melhor compreensão sobre justiça climática e o impacto negativo que atividades exploradoras de recursos naturais podem afetar nos territórios, quanto para expansão de conhecimento com as ferramentas digitais e como podemos utilizá-las, principalmente para divulgar nossas perspectivas. Além disso, ao realizar uma auto análise percebi o quanto me desenvolvi enquanto pessoa, uma vez que as atividades efetuadas durante o curso, como oficina de teatro, simulados de seminários, leituras a frente de todos e entre outras, impulsionaram minha evolução. Sou imensamente grata à Coalizão Vozes do Tocantins”, relata a jovem que multiplicou a prática de agroflorestas em Caseara/TO a partir do curso, Caylane Gleize (19 anos).

Para Raiane Arcanjo (18 anos), indicada pela Associação Quilombola Kalunga do Mimoso do Tocantins (AKMT), a participação também foi de grande impacto. “Literalmente uma jornada incrível que me aperfeiçoou como ser humano e como jovem liderança da minha comunidade. Sem sombras de dúvidas os meses mais proveitosos do ano de 2023. A Coalizão Vozes do Tocantins abre portas, te apresenta a realidade e te faz pensar seriamente sobre ela. Hoje sou uma jovem de comunidade tradicional que sabe e conhece as dificuldades enfrentadas e que luta por uma sociedade mais cuidadosa e igualitária, que rege por um Cerrado em pé e pelo cuidado do mesmo”, conta a jovem residente do município de Paranã/TO.

Já Olavo Lisboa (22 anos), que representou a juventude da Coalizão na COP 28, em Dubai, afirma que a mudança foi ainda mais profunda. ”Abriu uma possibilidade de crescimento pessoal e profissional, permitiu conhecer jovens interessantes e que se preocupam com o agora e o futuro. O curso também eliminou muitas visões distorcidas das comunidades tradicionais e de alguns povos, possibilitando que eu aprendesse culturas, saberes novos e oportunidades de melhorar”, compartilha.

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