Conheça a diversidade da cultura indígena com jovens criadores de conteúdo do Kwai

Comemorado desde 1943 no Brasil em 19 de abril, o Dia dos Povos Indígenas celebra anualmente a diversidade cultural dos mais de 1,7 milhão de indígenas que vivem no país (segundo censo de 2022 do IBGE). A amplitude da cultura dos povos originários até hoje permanece eloquente e presente: existem mais de 8,5 mil localidades indígenas no país, espalhadas por todos os Estados e no Distrito Federal, representando mais de 300 etnias que mantêm vivas pelo menos 274 línguas diferentes.

No Kwai, há um espaço significativo para conteúdos sobre os povos originários e muitos indígenas têm se destacado como criadores na plataforma. Por meio de vídeos curtos, compartilham conhecimento sobre a cultura e modo de vida, revelam curiosidades sobre diferentes etnias e, acima de tudo, reforçam as suas próprias histórias e lutam para acabar com preconceitos.

O jovem Gilmar Mendes é um representante LGBT que mostra seu dia a dia na reserva indígena Guajajara, localizada entre os municípios de Grajaú e Barra do Corda, no Maranhão. Com ótimo humor, o indígena abusa de bordões e simpatia para responder dúvidas dos seguidores, além de mostrar looks e apresentar comidas típicas (como quando experimenta um prato de feijão-verde com casca, abóbora e farinha), derrubando muitos preconceitos nas suas postagens.

Já a Cunhã Poranga Oficial do Kwai, também conhecida como “pega-moça”, é indígena da etnia Tatuyo, no Amazonas, e reúne mais de um milhão de fãs no seu canal. Ela busca responder dúvidas sobre costumes, como mostrar uma aliança indígena e ensina receitas típicas, tal qual o mingau, feito com goma de mandioca e polpa de açaí. Oziel Ticuna, indígena do povo Ticuna Maguta, do Amazonas, é ator, bacharel em Administração pela Universidade de Brasília e produz conteúdos com ótimas reflexões, como por que não devemos usar o termo “índio” ao se referir aos povos originários.
Mayra Takawane é indígena kuikuro, o povo com a maior população no Alto Xingu, Mato Grosso. Ela faz vlogs, revela looks e também traz algumas curiosidades, como neste vídeo, em que filma meninas lutando huka-huka – arte marcial indígena brasileira oriunda dos povos do Alto Xingu – e celebra a cultura das etnias que vivem na região. Neiva Nenezokae também mora no Mato Grosso e é da etnia Paresi Haliti. Em seus vídeos, ela compartilha o cotidiano ao lado do marido, no cenário repleto de natureza onde vive e conquista a atenção de cerca de 200 mil fãs. Também responde a curiosidades como dúvidas sobre sua língua materna, o idioma Aruaki, e perguntas a respeito de instrumentos ritualísticos usados em sua comunidade, como a flauta sagrada.