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Dia da Consciência Negra: Governo do Tocantins celebra a data e destaca projetos da nova Secretaria da Igualdade Racial

O Governo do Tocantins celebra o Dia da Consciência Negra, comemorado nesta quarta-feira, 20, pontuando as ações adotadas pelo estado para assegurar o desenvolvimento de políticas públicas de valorização e promoção da igualdade racial. No mês de outubro, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, nomeou Adão Francisco de Oliveira para liderar a Secretaria de Estado da Igualdade Racial.
Publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 31 de outubro, a nomeação do secretário faz parte de uma série de ações adotadas pela gestão para assegurar o devido e plural amparo a todos os que constituem a população tocantinense, bem como dar seguimento à criação da pasta, que ocorreu por meio da Medida Provisória n° 3, assinada pelo chefe do Executivo e publicada no DOE no dia 30 de janeiro de 2024.
“Acreditamos que a atuação da Secretaria da Igualdade Racial nos auxiliará no reforço do combate ao racismo e, também, na implementação de políticas públicas afirmativas que agreguem à população negra do nosso estado. Estamos dando um passo histórico no Tocantins com a criação desta pasta, um compromisso com a construção de um Tocantins mais justo e inclusivo para todos”, destaca o governador Wanderlei Barbosa.
O secretário de Estado da Igualdade Racial, Adão Francisco de Oliveira, ressalta que a data não é apenas um marco histórico para relembrar a luta de Zumbi dos Palmares e o legado da resistência negra; é, sobretudo, um momento para reafirmar o compromisso com a justiça social e a igualdade de oportunidades para todas as pessoas negras que enriquecem o estado com sua cultura, força e sabedoria. “Justamente para reforçar o zelo e a memória das pessoas negras que construíram e constroem nossa história, vamos realizar cada vez mais políticas públicas inclusivas, que serão desenvolvidas no estado, a exemplo do Centro Cultural Memorial Quilombo Zumbi dos Palmares, que está em tratativa para construção em breve em Palmas”, pontua o gestor.
Atuação
A Secretaria de Estado da Igualdade Racial nasceu com os objetivos de ouvir, dialogar e agir em prol da equidade, promovendo ações que vão desde a valorização da cultura afrodescendente até o combate ao racismo estrutural, que ainda limita o acesso de muitos a direitos básicos. Conforme dados do segundo trimestre de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Tocantins é o 9º estado brasileiro no ranking de população negra, com 76,6% da população autodeclarada preta ou parda, ficando atrás da Bahia (80,9%), Maranhão (80,9%) e Piauí (78,7%) no Nordeste; e Pará (80%), Acre (79,5%), Amazonas (79,1%), Amapá (78,5%) e Roraima (77,2%) no Norte.
A secretaria vai iniciar suas atividades com as seguintes frentes de atuação: o fortalecimento do monitoramento do combate ao racismo, com a criação de conselhos municipais de igualdade racial; a realização de conferências regionais e estadual de igualdade racial, para posterior participação na nacional; a promoção de ações e programas que idealizam a educação e o letramento antirracista; o desenvolvimento de atividades sustentáveis para comunidades tradicionais; a organização de festivais regionais e, também, a premiação de iniciativas de combate ao racismo no Tocantins.
“As frentes não só respondem ao orientado pelo Ministério da Igualdade Racial, como também colocam o estado como um dos primeiros a desenvolver ações como essas. Com o andar dessas ações que a secretaria irá trabalhar, pretendemos criar um Sistema Estadual de Igualdade Racial, algo inovador no país, que nos permitirá monitorar com mais excelência o combate ao racismo em todas as regiões do estado”, enfatiza o secretário Adão Francisco de Oliveira.
Políticas afirmativas garantem inclusão
As políticas afirmativas são uma realidade consolidada no Tocantins. Desde 2019, a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) aplica a Lei Estadual nº 3.458, de 17 de abril de 2019, que determina a reserva de vagas em seus cursos de graduação. Conforme o Art. 1º da legislação, no mínimo 50% das vagas oferecidas em cada curso e turno devem ser destinadas a estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. O Art. 2º da lei vai além: dentro dessa reserva, as vagas devem atender, em proporção ao censo do IBGE, candidatos autodeclarados pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência. Essa determinação visa refletir a composição populacional do estado do Tocantins, garantindo equidade no acesso ao ensino superior.
Para assegurar a aplicação correta das políticas afirmativas, a Unitins implementou, em 2022, a banca de heteroidentificação nos processos seletivos. Essa etapa é parte do compromisso da instituição em destinar as vagas a quem se enquadra nos critérios estabelecidos. Além disso, o Governo do Tocantins sancionou um Projeto de Lei (PL) que institui a reserva de vagas em concursos públicos do Poder Executivo para pessoas negras, indígenas e quilombolas. O texto reserva 10% das vagas para pessoas negras, 5% indígenas e 5% quilombolas em concursos públicos estaduais e de entidades do Poder Executivo. O PL foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), no final de 2023, sendo uma iniciativa da gestão do governador Wanderlei Barbosa, por meio de uma ação conjunta entre as Secretarias de Estado dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot), da Administração (Secad) e da Casa Civil.
A universitária Débora Ribeiro, estudante de Sistemas de Informação, entrou na Unitins em 2020. A jovem é natural de Dianópolis e veio para a Capital estudar na universidade, onde ingressou por meio da política de cotas. Ela conta que a iniciativa é fundamental para reduzir desigualdades e garantir acesso à educação superior para grupos historicamente menos privilegiados. “No Tocantins, temos uma parcela significativa da população formada por negros, indígenas e quilombolas. Vindo do sudeste do estado, onde há comunidades quilombolas, acredito que é essencial garantir o acesso dessas comunidades às cotas e, principalmente, divulgar essa política”, salienta a estudante.
Na área da cultura, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), lançou os editais de Culturas Indígenas e Culturas Quilombolas da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), que já se encontram com resultados preliminares divulgados. O edital de Culturas Quilombolas registrou 508 inscrições: 502 de pessoas físicas e seis de pessoas jurídicas. Entre as inscrições de pessoas físicas, 100 foram direcionadas à categoria Bolsa Cultural e 400 à Premiação Cultural, incluindo duas propostas de pessoas com deficiência (PcD) na categoria de premiação.
Feriado nacional
Em 2023, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou o Projeto de Lei que tornou o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra feriado nacional em todo o Brasil. Anteriormente, a data já era reconhecida como feriado em seis estados. Na época, o governo federal informou, em comunicado oficial, que reconhecer o Dia da Consciência Negra é entender que a luta por igualdade é coletiva. E também compreender que as mudanças começam no cotidiano, seja no respeito ao próximo, na promoção da educação antirracista ou no estímulo ao empreendedorismo negro, que fortalece a nossa economia e gera oportunidades.
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Nacha Moretto apresenta emocionante “Tributo a Mercedes Sosa” no Teatro Sesc Palmas

Ex-integrante do Raíces de América, a cantora sobe ao palco nos dias 17 e 18 de julho para celebrar o legado da icônica artista argentina em um espetáculo que promete repetir o sucesso de sua primeira temporada.
A força e a emoção da música latino-americana têm um encontro marcado com o público tocantinense. Nos dias 17 e 18 de Julho, o Teatro Sesc Palmas será o palco do espetáculo “Tributo a Mercedes Sosa”, estrelado pela cantora Nacha Moretto. O projeto, que retorna após uma primeira temporada de grande sucesso em 2016, promete uma imersão profunda no universo de uma das maiores vozes do continente.
Nacha Moretto, conhecida por sua passagem marcante pelo renomado grupo Raíces de América, carrega em sua voz a responsabilidade e a maestria de interpretar o repertório de Mercedes Sosa. Sua interpretação visceral e respeitosa conecta o público à essência de canções que se tornaram hinos de liberdade, amor e resistência por toda a América Latina.
“Voltar com este tributo é uma emoção indescritível. A obra de Mercedes Sosa é imortal e atemporal. Ela cantou a nossa gente, nossas dores e nossas esperanças. Levar essa mensagem ao palco é mais que uma homenagem, é um ato de celebração da nossa identidade cultural”, comenta Nacha Moretto.
O espetáculo é uma viagem musical que percorre os grandes clássicos imortalizados por “La Negra”, como “Gracias a la Vida”, “La Cigarra” e “Solo le Pido a Dios”. O repertório foi cuidadosamente selecionado para proporcionar uma experiência que vai da nostalgia à exaltação, emocionando tanto os fãs de longa data quanto as novas gerações que descobrem a potência de sua obra.
O projeto “Tributo a Mercedes Sosa com Nacha Moretto” é realizado com patrocínio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), e conta com o apoio fundamental da Fundação Cultural de Palmas e do Governo do Estado do Tocantins, reforçando o compromisso com a valorização da cultura na região.
Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos exclusivamente pela plataforma Sympla.
SERVIÇO:
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O quê: Show “Tributo a Mercedes Sosa com Nacha Moretto”
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Quando: 17 e 18 de julho
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Onde: Teatro Sesc Palmas – Quadra 502 Sul, Av. Teotônio Segurado
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Horário: 20h
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Ingressos: Venda online pela Sympla
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Link para compra: https://encurtador.com.br/
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Sobre Nacha Moretto:
Cantora de voz potente, Nacha Moretto tem uma carreira consolidada na música latino-americana. Como ex-integrante do icônico grupo Raíces de América, viajou o Brasil e o mundo difundindo a riqueza musical da América Latina. Sua profunda admiração e conexão com a obra de Mercedes Sosa a transformaram em uma de suas mais fiéis e talentosas intérpretes, recebendo elogios por onde passa com seu tributo.
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‘Racismo Inverso?’: Grupo Vozes de Ébano aborda o tema com humor e reflexão em novo vídeo”
Com quase 30 mil visualizações em menos de dois dias, grupo lança conteúdo bem-humorado e potente que denuncia o racismo ao inverter situações reais vividas por pessoas negras

O grupo artístico Vozes de Ébano lançou um vídeo que vem movimentando as redes sociais e gerando discussões importantes sobre racismo e desigualdade. Com quase 30 mil visualizações em menos de dois dias, o conteúdo, disponível no Instagram e TikTok do grupo, traz uma abordagem inusitada e provocadora sobre o chamado “racismo inverso”.
A proposta do vídeo é simples e ao mesmo tempo potente: apresentar situações reais de racismo e preconceito sofridas diariamente por pessoas negras — só que ao contrário, com pessoas negras reproduzindo essas falas e atitudes em relação a pessoas brancas. O resultado é desconcertante, engraçado e, sobretudo, revelador.
“Queremos provocar o riso, sim, mas também a reflexão. Porque, quando a gente inverte a situação, fica evidente o quanto não faz sentido. E mais: mostra como o racismo é estrutural, cruel e está naturalizado na nossa sociedade”, afirma a cantora Cinthia Abreu, integrante do grupo.
O vídeo reúne cenas cotidianas de discriminação — do ambiente de trabalho às abordagens na rua — para escancarar a hipocrisia do discurso de “racismo reverso”, conceito frequentemente usado para invalidar denúncias legítimas de racismo sofridas por pessoas negras.
“O humor pode ser uma forma poderosa de educar e sensibilizar. Rir é um caminho, mas queremos mesmo é abrir espaço para conversas sérias e necessárias”, destaca a cantora Fran Santos.
Apesar de ser um grupo majoritariamente formado por artistas negros, a direção do vídeo ficou a cargo de Mello Júnior, artista e diretor-geral do espetáculo, um homem branco, que também contribuiu com o roteiro. Para ele, é fundamental que pessoas brancas também se posicionem contra o racismo de forma ativa.
“Fingir que o racismo não existe ou dizer que ele ‘acontece dos dois lados’ é ignorar séculos de opressão. Inverter ou minimizar a dor do racismo só atrapalha a luta por equidade. Nosso papel é ouvir, aprender e amplificar vozes negras, não tentar neutralizar a discussão”, afirma Mello.
A cantora Malusa, que também integra o Vozes de Ébano, reforça: “A gente cansou de ver nossas dores sendo silenciadas ou ridicularizadas. Por isso, decidimos usar a arte como arma. É pela nossa vivência, mas também por quem vem depois.”
Grupo
O Vozes de Ébano atua com foco na valorização da cultura afro-brasileira e na promoção da consciência racial por meio da música, performance e conteúdos digitais. O grupo vem crescendo nas plataformas e fortalecendo sua atuação como um coletivo que mistura arte, educação e militância.
O Grupo Vozes de Ébano é uma referência na valorização da cultura negra por meio da música e da arte. O coletivo é composto pelas cantoras Cinthia Abreu, Fran Santos e Malusa. Com composições que dialogam com temas sociais e históricos, o grupo busca transformar vivências e lutas em inspiração para a sociedade.
Show
Em celebração ao Julho das Pretas, o Grupo Vozes de Ébano apresenta neste mês o espetáculo “Minha Voz é Resistência”, que teve estreia no dia 19 de Junho em Porto Nacional e realiza a próxima apresentação no sábado e domingo, 5 e 6/07, no Teatro Sesc Palmas. O show traz músicas de Elza Soares, Alcione, Leci Brandão, Iza e Liniker, e também incorpora composições autorais e textos de autoras como Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus, Elisa Lucinda e Victoria Santa Cruz, dentre outras. As apresentações contam com banda ao vivo, iluminação cênica e forte apelo visual e sonoro.
Com mais de 50 profissionais envolvidos – cerca de 90% mulheres e 80% negras, incluindo pessoas trans e com deficiência – o projeto reafirma o compromisso com a inclusão, a equidade racial e a valorização de artistas negros no Tocantins. O projeto tem a cantora e produtora cultural Fran Santos como proponente, apresentação do Grupo Vozes de Ébano e é patrocinado pelo edital Edital nº 22/2024 – Projetos Culturais – Palmas, Categoria A – Área 6 – Música, via Lei Aldir Blanc (PNAB), da Secretaria Estadual da Cultura e Ministério da Cultura.
Ficha Técnica – Vídeo “Racismo Inverso?”:
Direção-geral e roteiro: Cinthia Abreu
Produção: Cinthia Abreu e Fran Santos
Gravação e edição: Hyvanna Correa
Elenco Vozes de Ebano: Cinthia Abreu, Fran Santos e Malusa
Participação especial: Ana Kárita Mendes, Hudson Ralf, Kleyde Farias, Ivo Gandra, Matheus Gomes, Rodolfo Herculano, Sheyla Virginio e Shelsea Lima.
Link do vídeo: https://www.instagram.com/reel/DLcdFFqOT4y/?igsh=MWdxYzUyYnV3NGNyaw==
Acesse o vídeo completo no Instagram e TikTok do grupo: @vozesdebano
TikTok: @vozesdebano
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Grupo Vozes de Ébano celebra “Julho das Pretas” com nova temporada de espetáculo musical
“Minha Voz é Resistência será apresentado em Palmas na próxima semana

A força da mulher negra será ecoada em forma de música e poesia no mês em que se reforça a visibilidade do protagonismo feminino negro, conhecido como o “Julho das Pretas”. Por isso, o grupo Vozes de Ébano preparou apresentações especiais que vão marcar esta segunda temporada do espetáculo, nos próximos dias 05 e 06/07 (sábado e domingo), no Teatro Sesc Palmas. “Iniciamos este novo show na Semana Cultural de Porto Nacional, um evento tradicional de muita representatividade e, agora, apresentaremos ao público de Palmas esse espetáculo numa celebração tão necessária como é o Julho das Pretas”, conta o diretor-geral do grupo, Mello Júnior.
As novas músicas, arranjos, cenas renovadas desta segunda temporada são uma combinação perfeita para o período em que se evidencia o empoderamento negro, no “Julho das Pretas”. “Trazer a nova temporada exatamente neste mês tem um significado ainda maior para a nossa proposta. A ideia do Vozes de Ébano é enaltecer a mulher negra a qualquer tempo, mas fazer isso neste período cheio de simbolismo subiu a nossa régua e, por isso, estamos trazendo um trabalho ainda mais potente”, afirma a produtora e cantora Cinthia Abreu.
A temporada de 2025 traz músicas novas e cenas que nasceram de vivências da equipe após a primeira temporada. Segundo a cantora e produtora do Vozes de Ébano, Malusa, “o grupo volta ao palco com tudo o que aprendemos na caminhada. O espetáculo cresceu, está mais forte, mais emocionante e cheio de representatividade” e, conforme Fran Santos, voz que completa o trio e produção do Vozes de Ébano, “ cantar e contar histórias em voz alta é uma forma de mostrar resistência”.
A nova versão traz outros arranjos musicais assinados pelo diretor-geral Mello Júnior e o produtor musical Japa, além de trechos inéditos inspirados em textos e vivências de mulheres negras. E além de Palmas, o “Julho das Pretas” será celebrado pelo Vozes de Ébano, em Paraíso do Tocantins, no próximo dia 10.
Julho das Pretas
No Brasil, o “Julho das Pretas” surgiu em 2013, a partir de uma iniciativa do Instituto Odara, em Salvador-BA, que mobilizou mulheres negras a fazerem atividades durante o mês, para chamar a atenção, principalmente, sobre os problemas vividos por elas.
A ideia surgiu porque, desde 1992, o dia 25 de julho é comemorado como o Dia da Mulher Afrolatino-americana, Afrocaribenha e da Diáspora, marcado por um encontro histórico em Santo Domingo, na República Dominicana. Porém, a data ficou apenas no calendário, sem ações efetivas que evidenciassem o empoderamento negro.
A partir do movimento criado pelo Instituto Odara, como consolidação do Julho das Pretas, desde 2015 é realizada Marcha Nacional de Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver. Por todo o país, o “Julho das Pretas” mobiliza ações em diversas áreas, como cultura, educação, saúde, política, com o objetivo de promover a participação e a representação das mulheres negras em todos os espaços da sociedade.
Por que é preciso empoderar?
No Tocantins, por exemplo, cerca de 75% da população se identifica como negra – pretos(as) e pardos(as). No entanto, são minoria na ocupação de espaços representativos, a exemplo das prefeituras, em que apenas 7,3% dos eleitos no último pleito se declaram pretos.
Por outro lado, números negativos estão involuntariamente atrelados aos negros, especialmente às mulheres. O último levantamento do disque 180 mostra que 71% das vítimas de denúncias de violência, recebidas do Tocantins, são de negras. Com relação às mortes violentas, as mulheres negras são 80% das vítimas do gênero no Estado. “São números que demonstram porque o debate sobre racismo, sexismo, representatividade precisa acontecer e é por isso que colocamos a nossa arte para reforçar essa pauta”, diz a produtora e cantora Cinthia Abreu.
Equipe
Com mais de 50 profissionais envolvidos – cerca de 90% mulheres e 80% negras, incluindo pessoas trans e com deficiência – o projeto reafirma o compromisso com a inclusão, a equidade racial e a valorização de artistas negros no Tocantins. “A estrutura da primeira temporada continua, mas conseguimos amadurecer o espetáculo. Musicalmente, o público pode esperar surpresas. Cenicamente, temos elementos que tocam mais profundo. É um projeto com identidade, beleza e urgência”, afirma o diretor-geral e preparador vocal Mello Júnior.
Além de homenagear nomes como Elza Soares, Alcione, Leci Brandão, Iza e Liniker, a nova temporada também incorpora composições autorais e textos de autoras como Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus, Elisa Lucinda e Victoria Santa Cruz, dentre outras. As apresentações contam com banda ao vivo, iluminação cênica e forte apelo visual e sonoro.
Ingressos
Em Palmas, nos dias 05 e 06/07, “Minha Voz e Resistência” será apresentado no teatro do Sesc (502 N), às 19h30, com ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), disponível no Sympla. Encerrando a temporada, o grupo se apresenta no Teatro Cora Coralina, em Paraíso do Tocantins, no dia 10/07, também às 19h30, com entrada gratuita.
O grupo
O projeto tem a cantora e produtora cultural Fran Santos como proponente, apresentação do Grupo Vozes de Ébano e é patrocinado pelo edital Edital nº 22/2024 – Projetos Culturais – Palmas, Categoria A – Área 6 – Música, via Lei Aldir Blanc (PNAB), da Secretaria Estadual da Cultura e Ministério da Cultura.
Ficha Técnica
Patrocínio: Lei Aldir Blanc, via Secretaria Estadual da Cultura e Ministério da Cultura.
Administração: Fran Santos
Cantoras: Cinthia Abreu, Fran Santos e Malusa
Direção-geral: Mello Júnior
Produção musical: Japa
Banda: Cleyton Silva – Teclado, Japa- Guitarra e violão, Alves Bass – Baixo, Rudson Ferreira- Bateria, Bruno Barreto- Saxofone ,Joao Santos -Trompete e Jônatas-Trombone.
Produção Executiva: Cinthia Abreu, Fran Santos e Malusa
Assistente de Produção: Francilda Santos e Wanda Citó
Mestre de Cerimônias: Maria José Cotrim
Preparação cênica-corporal: Leoa do Norte
Videomaker: Elton Abreu
Fotografia: Ronalda Pinto
Coordenação Comunicação e Publicidade: Cinthia Abreu
Assessoria de Imprensa: Shelsea Lima
Social Media: Hyvanna Corrêa
Designer gráfico: Ana Kárita Mendes
Intérprete de Libras: Camila Pinheiro
Prestação de Contas: Francilda Santos e Vilma Silva
Iluminação: Lúcio Miranda
Video Mapping: Luiz Izidoro
Sonoplastia: Daniel Mangaba
Roadie: Eliaby
Coordenação de portaria: Emivaldo Andrade
Apoio técnico: Ana Valéria Nepomuceno, Keila Oliveira, Iva de Oliveira, Francisca Rocha, Luana Porto, Kleyde Farias, Yuri Mendes, Gabrielle Rezende, Matheus Gomes, Juh e Odara Albuquerque
Coordenadora de Acessibilidade: Mônica Costa
Maquiagem: Isabela Bernardes
Articulação/ Coletivos: Diego Panhussatti (Enegrescer), Lena Rodrigues (Movimento Negro Unificado) e Jéssica Rossane (Ajunta Preta)
Apoio: Gazeta do Cerrado, Luky Comunicação Visual e Star Outdoor
Serviço
Palmas – 05 e 06 de julho (sexta e sábado), às 19h30 – Teatro Sesc Palmas
Ingressos: R$ 20 (inteira) | R$ 10 (meia) – à venda na bilheteria do teatro e online
Paraíso do Tocantins – 10 de julho (quinta), às 19h30 – Teatro Cora Coralina – Entrada Franca
Informações
E-mail: vozesdebano@gmail.com
Instagram: @vozesdebano
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