Economia
DIA DE CAMPO DO SENAR MOSTRA EFICIÊNCIA DA ADOÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS

Propriedade em Nova Olinda obteve aumento de mais de 50% na taxa de lotação do pasto
As novas práticas de manejo e a adoção do sistema de pastejo rotacionado resultaram em benefícios para a fazenda Voo da Morte, em Nova Olinda. Depois de dois anos de assistência técnica e gerencial do Senar na propriedade, a taxa de lotação das pastagens passou de menos de 0,8 UA/ha (unidade animal por hectare) para 1,6 UA/ha, um aumento de mais de 50% no indicador.
O resultado apresentado no Dia de Campo do Senar, realizado na propriedade localizada na região norte do estado, comprovou na prática a importância da Assistência Técnica e Gerencial, demonstrando os avanços obtidos, basicamente, a partir da adoção de novas práticas de manejo, sem a necessidade de altos investimentos em calagem e adubação de pastagem, por exemplo.
Com o início do atendimento do Senar foi realizado um diagnóstico na propriedade, que conta com uma área produtiva de 203 hectares. Segundo o técnico de campo, Geanderson Rodrigues, “primeiro elaboramos um planejamento e começamos a fazer algumas adequações, como o tratamento da água e a mudança no curral para um modelo antiestresse, como forma de garantir o bem-estar aos animais.
Durante o Dia de Campo, o supervisor da ATeG, Léo Batista, explicou que “o foco principal foi intensificar a utilização das pastagens, aprimorando o ganho de peso e produzindo arroba com preço competitivo”. Segundo ele, antes o ganho médio diário era de 400 gramas, passando agora para 1 kg por dia”, destacou.
Para o produtor rural, Wellington Pereira, a assistência foi fundamental também para ter maior controle na questão gerencial. “Querendo ou não, hoje a gente tem que tratar da fazenda como uma empresa rural. Antes eu não tinha hábito de controlar essa movimentação, mas com a ajuda do Senar já sei mais dos custos de produção da arroba e graças a isso, estou tendo mais liquidez”, disse.
O DIA DE CAMPO
O evento reuniu mais de 100 pessoas, entre produtores, técnicos de campo e acadêmicos de cursos de Veterinária, Zootecnia e Agronomia. Além das apresentações, os participantes também foram a campo avaliar a capacidade de suporte da pastagem e conhecer mais sobre as técnicas de monitoramento do desempenho realizadas pelo Senar.
“Me chamou muita atenção a produtividade, o animal já estar ganhando no inverno 1kg por dia, que é meu sonho na minha fazenda. Para nós que estamos tentando implantar esse sistema, ver esses resultados nos motiva demais”, declarou o produtor Osvaldo Mendonça. Já para o produtor Cláudio Henrique Filho, do município de Filadélfia, “os números mostraram que vale a pena investir no manejo da pastagem, por isso ele já avalia a possibilidade de receber a assistência do Senar.
A superintendente do Senar, Rayley Luzza, esteve presente no evento e destacou a importância da realização dos dias de campo. “Mostramos que nossa assistência tem feito a diferença no campo e é também uma oportunidade para ouvirmos o que os produtores assistidos tem a dizer sobre esse trabalho e ao mesmo tempo estimular que mais produtores conheçam a assistência técnica do Senar, fazendo uso desse benefício”, destacou.
Segundo o diretor da ATeG, André Abreu, no Tocantins ainda existe uma certa resistência à implantação de novas tecnologias nas propriedades de gado de corte, acostumadas com o sistema extensivo. Por essa razão, a realização de eventos como esse são fundamentais para difundir tecnologias. “São em eventos como esses que nós conseguimos mostrar para os produtores, na prática, o que foi implementado e os resultados que isso trouxe”, pontuou. Ele lembrou que embora a fazenda tenha condições de aprimorar ainda mais o seu desempenho, a taxa de lotação obtida com poucas ações já permitiu que ela superasse a média Tocantins e também a média nacional, que é de 0.9UA e de 0.7UA, respectivamente.
Energisa
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Agronegócio
7° Simpósio de Reprodução Bovina destaca avanços tecnológicos e atrai grande público em Palmas

O 7º Simpósio de Reprodução Bovina movimentou a pecuária tocantinense na sexta-feira, 12, reunindo cerca de 500 participantes no auditório da Ulbra, em Palmas. Produtores, pesquisadores, consultores e estudantes acompanharam um dia de debates sobre os desafios e as novas tecnologias aplicadas à reprodução bovina, com palestrantes de referência no Brasil e no exterior.
De acordo com dados do Governo do Estado, o Tocantins vem batendo recordes na produção de gado e hoje ocupa a 9ª posição no ranking nacional de produção de carne bovina. Em 2023, o rebanho estadual alcançou a marca de 11,3 milhões de cabeças, número que continua em expansão e coloca o estado com média de oito a nove bovinos por habitante. Esses resultados reforçam o potencial da região e a importância de eventos técnicos como o simpósio para a evolução da pecuária local.
A programação contou com especialistas nacionais e internacionais: o professor da USP Pietro Baruselli, que falou sobre as transformações no manejo reprodutivo de novilhas; o argentino Gabriel Bó, presidente do Instituto de Reprodução Animal de Córdoba (IRAC), que trouxe reflexões sobre biotecnologia e protocolos de IATF; Rodolfo Mingoti, especialista em fisiologia e sanidade reprodutiva; Isabella Cavalcante, que discutiu tendências da pecuária de corte; Pedro Veiga, com foco em resultados reprodutivos em fazendas de cria; e Márcio de Oliveira Rezende, que apresentou a identificação individual bovina como ferramenta de sanidade.
O médico veterinário Pietro Baruselli destacou as mudanças no manejo reprodutivo das novilhas ao longo das últimas décadas. “Hoje inseminamos novilhas zebuínas já a partir de um ano de idade, resultado da evolução no manejo nutricional, na genética e na seleção dos animais. Isso exige ajustes nos protocolos de sincronização para manter a eficiência reprodutiva. A categoria novilha continua sendo desafiadora, mas é essencial para garantir avanços genéticos e produtivos nas fazendas”, explicou.
O argentino Gabriel Bó ressaltou a importância do uso da biotecnologia para aumentar a taxa de prenhez e reduzir o tempo de anestro das vacas.“Se utilizarmos apenas touros, no máximo 5% das vacas emprenham nos primeiros 21 dias da estação de monta. Com as biotecnologias atuais, esse índice pode chegar a 60%, impactando diretamente no peso à desmama e na qualidade da carne. Isso pode representar até meio bezerro a mais por vaca em serviço, o que é extremamente relevante para a pecuária latino-americana”, destacou.
Para Danilo Pincinato, gestor da Clivar Reprodução Bovina e organizador do simpósio, o resultado superou as expectativas. “Ver o auditório cheio e o interesse do público foi gratificante. Tivemos palestras de altíssimo nível e muito conteúdo prático para o campo. Além do aprendizado, o evento também proporcionou networking e novos negócios. Já começamos a pensar nos desafios e novidades da próxima edição”, afirmou.
A médica veterinária Isabela Bonavigo, participante do simpósio, avaliou a experiência como positiva. “Foi minha primeira vez no evento e fiquei impressionada com a qualidade. O Tocantins precisa de iniciativas como esta, que aproximam os produtores das principais referências da reprodução bovina”, disse.
Instituições parceiras também destacaram a relevância do encontro. Fabrício Vasconcelos, do SENAR Tocantins, lembrou que técnicos e instrutores da instituição participaram das atividades. “Eles acompanharam as atualizações mais recentes em inseminação e reprodução, conhecimento que será aplicado nas propriedades e vai contribuir para otimizar a produção e aumentar a rentabilidade do produtor rural”, explicou.
Já Josely Sobreira, médico veterinário e gerente de demanda da MSD Saúde Animal, reforçou o papel da inovação. “Para a MSD, é fundamental estar presente. Nossa história está ligada ao desenvolvimento de tecnologias para a pecuária, e hoje o grande desafio é aliar biotecnologia, manejo eficiente e gestão para reduzir custos e aumentar a produtividade das fazendas”, pontuou.
O evento foi realizado pela Clivar Reprodução Bovina, em parceria com a MSD Saúde Animal e o Senar Tocantins, e contou com apoio da Remate 63, Cargill/Nutron, Ulbra Palmas, ST Repro, Pronto Fibra, MF Cast e SmartPEC.
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