Cotidiano
Dizer “Não” também é uma maneira de educar

Ana Paula Yazbek*
Quando queremos muito alguma coisa, a última resposta que desejamos ouvir é um sonoro “Não”. Isso vai além da idade. Ora, um trabalhador pode receber uma negativa do chefe ao pedir um aumento, um candidato a um emprego pode ser recusado pela empresa que ele quer muito trabalhar, ou uma adolescente também pode ouvir um “Não” de seus pais quando pede para viajar com o namorado.
Ao longo da vida nem sempre teremos aquilo que desejamos. Por isso, considero de extrema importância discutir a importância de dizer “Não” às crianças como forma de fazê-las entrar em contato de que nem tudo ocorre como elas desejam, embora isso ainda confundido como não as escutar ou desampará-las. Colocar limites nunca é algo confortável, ainda mais para os/as pais/mães, por diferentes motivos: querem agradar os filhos a todo custo, acreditam que têm a obrigação de sempre deixar um sorriso nos seus rostos, querem que os/as filhos/as tenham mais do que eles tiveram naquela idade, temem parecerem autoritários e gerar repulsa nas crianças, entre outros motivos.
Mas, esse desconforto é necessário para mostrar às crianças a importância das regras de convivência social, além de gerar um grau de resiliência que vai acompanhá-la para sempre. Exatamente por isso, o ato de dizer “Não” deve vir acompanhado da explicação sobre os motivos que levam à essa negativa com o objetivo de conscientizar os filhos. A simples negativa jogada para a criança pode até funcionar de imediato, mas ela vai perder força e não vai contribuir para sua educação.
Vamos ver alguns exemplos: crianças adoram brincar com plantas e muitas vezes isso pode estragá-las. Melhor do que punir os/as filhos/as com castigos físicos, ou dizer apenas “Não faça isso!”, é uma oportunidade de ouro para explicar sobre o papel que essas plantas têm na nossa vida e sobre como elas devem ser bem tratadas. Ou então, ao invés de dar uma bronca vaga na filha que mexe na gaveta da cozinha, é importante explicar a ela que existem objetos perigosos que podem machucá-la.
Vou além: sou uma defensora da ideia que os/as pais/mães devem entender os motivos que levam as crianças a tomarem determinadas atitudes. Muitos/as pais/mães acreditam que quando o/a filho/a ou filha faz algo errado é apenas uma maneira de fazer birra. Se sentarem para entender as motivações da criança, vão ver que pode não ser isso, mas apenas um ato de brincadeira inocente. Voltando aos exemplos anteriores, mais importante do que dar um castigo ou uma bronca apenas pela atitude em si, os/as pais/mães devem entender: ora, por que ela arrancou a planta do vaso? E o que leva ela a mexer na gaveta da cozinha?
Muitas vezes essas atitudes são deixadas de lado diante da rotina cansativa e a falta de tempo em conversar. Afinal, dar uma bronca simples é muito mais rápido do que um diálogo. Mas tente escutar o que seu/a filho/a tem a dizer. Às vezes isso é mais do que suficiente para evitar que aquela atitude se repita. Um outro problema é quando a criança dá aquela resposta que os/as pais/mães tanto temem: “a mãe do meu amigo deixou”. Nesse caso, a conversa se faz ainda mais necessária para dizer que isso não pode justificar as atitudes da criança, já que a mãe do amigo não é a mãe dele.
Lembrem-se que filhos/as precisam de exemplos e crianças observam atentamente os padrões dos/as pais/mães. Elas vão criar consciência da importância dessas regras ao ouvirem as explicações. Isso ajuda a criança a entrar em contato com as consequências do que fazem e promove um grau de autonomia sobre como lidar com as interdições necessárias ao convívio social.
Com o perdão do trocadilho, dizer “Não” é sim um ato de educação, com a condição de que ele sirva para ensinar a criança sobre seu significado. Isso impõe o tão necessário limite que qualquer ser humano, do mais rico ou mais pobre, deve ter para viver em sociedade. Ao receber uma negativa dos/as pais/mães de maneira construtiva, a criança desenvolve sua moralidade, cria resiliência para enfrentar adversidades e frustrações ao longo da vida, além de se conscientizar sobre regras essenciais.
*Ana Paula Yazbek é pedagoga, formada pela Faculdade de Educação da USP, com especialização em Educação de Crianças de zero a três anos pelo Instituto Singularidades, com mestrado em Educação pela Faculdade de Educação da USP. É Diretora Pedagógica do espaço ekoa, casada com Marcos Mourão com quem tem dois filhos, Marina e Pedro.
Senado Federal
Vice-presidente do Senado Eduardo Gomes participa de evento sobre inovação e inteligência artificial em Portugal

O vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, participou nesta terça-feira, 1º de julho, de um evento preliminar ao XIII Fórum Jurídico de Lisboa, realizado no Auditório do Templo da Poesia, no Parque dos Poetas, na Área Metropolitana de Lisboa, em Portugal. O encontro teve como tema “Diálogos sobre Inovação e Direito” e reuniu autoridades brasileiras e portuguesas em debates sobre os desafios jurídicos e sociais da era digital.
Durante o painel “Inovação e Confiança Digital na Área de IA: como regular para proteger direitos fundamentais”, o senador dividiu a mesa com o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ricardo Villas Bôas Cueva, com a professora Laura Schertel, e com a conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Samara Castro. A mediação foi feita pela jornalista Bárbara Baião. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, também esteve presente e participou do evento.
Relator no Senado do projeto de regulamentação da Inteligência Artificial no Brasil, o senador Eduardo Gomes destacou a importância do debate internacional para garantir que a regulação acompanhe os avanços tecnológicos sem abrir mão da proteção aos direitos fundamentais.
“O Brasil tem avançado com responsabilidade na construção de um marco regulatório para a inteligência artificial. Esse tipo de encontro, com especialistas e autoridades de vários países, fortalece o diálogo global sobre como desenvolver e usar a IA com ética, transparência e segurança jurídica”, afirmou o senador.
Sobre o Fórum
O XIII Fórum Jurídico de Lisboa terá início oficial nesta quarta-feira, 2, e seguirá até sexta-feira, 4 de julho, com o tema “O Mundo em Transformação – Direito, Democracia e Sustentabilidade na Era Inteligente”. O evento será realizado na Universidade de Lisboa e reunirá ministros do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, ministros de Estado, governadores, parlamentares e representantes de empresas e órgãos públicos do Brasil e de Portugal.
Também participa da programação o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa. O fórum é realizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e o Jusbrasil.
Comunicação Transformadora por Munyque Fernandes
Generosidade: um gesto que transforma a vida
Por Munyque Fernandes

Ser generoso vai muito além de doar o que sobra. A verdadeira generosidade exige presença, escuta e empatia. É quando escolhemos olhar para o outro com interesse real, partilhar tempo, palavras e atitudes que confortam e edificam.
E não falo aqui apenas de ações grandiosas e, sim, nos detalhes: em oferecer um sorriso, em responder com paciência quando o mundo só grita, em se interessar sinceramente por uma dor que não é sua. É também ser generoso consigo mesmo, oferecendo-se pausas, perdão e coragem para recomeçar.
Costuma-se pensar que o generoso é quem perde, quem abre mão, quem se doa sem garantia de retorno. Mas a verdade é outra: quem é generoso experimenta a mais profunda das riquezas, aquela que o dinheiro não compra e a vaidade não sustenta. A riqueza de ser canal de mudança, de cura e acolhimento.
Num mundo em que tanto se fala sobre produtividade, performance e poder, ser generoso é quase um ato de resistência. É escolher o caminho da compaixão e da partilha em meio a um sistema que nos empurra para o egoísmo.
Um exemplo é a minha amiga, responsável por este portal, a jornalista Jaciara Barros, que traz na sua identidade a mais pura forma de generosidade. Caladinha, no privado, ela dispende do seu valioso tempo para compreender o outro. E este é o verdadeiro impacto de um coração generoso, que não precisa de holofotes. Ele reverbera no silêncio das vidas que foram tocadas e nunca mais serão as mesmas.
Conteúdo Religioso
Carminha Paróquia Monte do Carmo será dias 28 e 29
A Carminha da Paróquia Monte do Carmo acontece em Palmas nos dias 28 e 29 de junho com fé, comidas típicas e alegria. Participe!

A tradicional Carminha da Paróquia Nossa Senhora do Monte do Carmo será realizada nos dias 28 e 29 de junho, na Quadra 108 Norte, em Palmas (TO). A festa junina une fé, cultura e partilha em dois dias de muita alegria, música, comidas típicas e devoção.
🎉 O que esperar da Carminha Paróquia Monte do Carmo
A programação da festa inclui celebrações religiosas, apresentações culturais, quadrilhas, comidas típicas e um ambiente acolhedor para toda a comunidade. É o momento ideal para reunir família e amigos em um espaço de fé e convivência.
📍 Local da festa
Quadra 108 Norte, Alameda 02 – Palmas, TO
Tel: (63) 3218-8308
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