Governo do Tocantins
Em Belém, governador Wanderlei Barbosa participa da aprovação do Plano Regional do Desenvolvimento da Amazônia

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, participou nesta sexta-feira, 14, de uma importante reunião do Conselho Deliberativo (Condel) da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), realizada na cidade de Belém, capital do Pará. Presidido pelo ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o encontro da Sudam foi o primeiro do ano e teve como objetivos a aprovação do Plano Regional do Desenvolvimento da Amazônia (PRDA); a destinação de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) para microcrédito e irrigação; além de outros pontos elencados para o desenvolvimento da região Amazônica.
A reunião deliberativa contou com a presença do superintendente da Sudam, Paulo Rocha, como secretário-executivo; de gestores dos nove estados da Amazônia Legal como conselheiros; do presidente do Banco da Amazônia (Basa), Luiz Lessa; e do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues; representando a Associação Brasileira de Municípios (ABM), e a governadora em exercício do Pará, Hana Ghassan; também se fizeram presentes como anfitriões do evento.
Durante a reunião, o governador do Tocantins destacou a importância de um planejamento integrado entre os estados da Amazônia Legal, visando à promoção e ao desenvolvimento econômico sustentável da região. “Discutimos, com o ministro Waldez Góes e o superintendente da Sudam, Paulo Rocha, as matérias que estavam em pauta. Além disso, eles se colocaram à disposição para ir ao Tocantins, com o propósito de falar com o setor produtivo e com o setor de serviço, para a fomentação da nossa economia”, ressaltou o gestor.
Já durante seu voto no conselho, Wanderlei Barbosa comentou sobre a possibilidade do Fundo Amazônia passar a ser gerido pelo Basa, banco da região, em vez do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele ainda destacou que o Tocantins vem se desenvolvendo de maneira sustentável. “Nossos controles ambientais têm funcionado e estamos aparelhando os produtores nesse sentido”, enfatizou.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, apontou os três pontos importantes decididos no encontro. “O PRDA [Plano Regional do Desenvolvimento da Amazônia], que vai junto do PPA [Plano Plurianual] para o Congresso Nacional agora em agosto, foi aprovado hoje aqui; e também o microcrédito, a partir da resolução proposta pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, destinando obrigatoriamente 3% do FNO para o microcrédito, uma exigência do presidente Lula. Ainda destacamos a política de irrigação, pois o país possui atualmente 55 milhões de hectares passíveis de irrigação”, explicou o ministro.
O superintendente da Sudam, Paulo Rocha, em sua fala, deixou claro a relevância dos governadores, que são conselheiros no Condel, na construção do PRDA. “O centro da estratégia nesse processo é exatamente a presença dos governadores. Foi pensando em um plano de desenvolvimento para a região em que cada Estado tem sua estratégia própria, mas atrelada conforme a região pensa coletivamente’’, finalizou.
Participaram, ainda, da agenda em Belém, os secretários de Estado da Fazenda (Sefaz), Júlio Edstron; e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcello Lelis; e a secretária-executiva do Meio Ambiente; Karynne Sotero Campos.
PRDA
O PRDA, que abrange os anos de 2024 a 2027, possui seis eixos e 11 programas. Os eixos são o desenvolvimento produtivo; pesquisa, inovação e educação; infraestrutura econômica e urbana; meio ambiente; fortalecimento das capacidades governativas dos entes subnacionais; desenvolvimento social e acesso a serviços públicos essenciais.
Para a consolidação da proposta, a Sudam submeteu o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia à consulta pública, fez o alinhamento com os estados e ministérios setoriais, além da pactuação de projetos e ações. Agora, segue para apreciação e aprovação no Condel. Em seguida, o PRDA 2024-2027 será enviado ao MIDR e, depois, para a Presidência da República, que fará o envio ao Congresso Nacional.
Conselho Deliberativo da Sudam
O Conselho Deliberativo (Condel) é o órgão máximo de articulação e decisões estratégicas da Sudam. É responsável pelo estabelecimento de diretrizes e prioridades para iniciativas que promovam setores relevantes da economia regional; bem como para a operacionalização de instrumentos como o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e os incentivos fiscais. O Conselho Deliberativo tem como conselheiros os governadores dos Estados que compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins e Maranhão.
Governo do Tocantins
Em Portugal, governador Wanderlei Barbosa articula parceria com a Universidade de Lisboa
Governador Wanderlei Barbosa articula parceria com a Universidade de Lisboa para trabalhos de iniciação científica e pesquisa em conjunto com a Unitins – Foto: Tharson Lopes/Governo do Tocantins

O objetivo é estreitar os laços entre as instituições para promover trabalhos de iniciação científica e pesquisa. “Esta é uma oportunidade de realizar pesquisas e formações conjuntas, abrir horizontes e trocar experiências que vão gerar um impacto muito positivo para as duas instituições”, ressaltou o governador Wanderlei Barbosa, durante a visita.
O reitor da Unitins, Augusto Rezende, que participou do encontro por videochamada, reforçou a importância da iniciativa. “É uma possibilidade de avançar com o intercâmbio institucional de acadêmicos, como também ampliarmos as pesquisas e os eventos científicos”, pontuou.
Na ocasião, também foi discutida uma parceria com a Escola de Governo do Tocantins (Egov) e a Escola de Gestão Fazendária (Egefaz), para ofertar capacitações na área de gestão pública para os servidores do Estado.
O secretário de Estado de Parcerias e Investimentos, Thomas Jefferson, enfatizou que esta é uma ação estratégica que vai possibilitar resultados na área de gestão. “Ofertar esse tipo de qualificação fomenta a qualidade do trabalho desenvolvido pelos nossos servidores, que desempenham um papel tão significativo e propositivo para o Governo do Tocantins”, salientou.
“Este é mais um passo, do ponto de vista internacional, para a nossa instituição. Para nós, é importante estreitar laços com as instituições de ensino do Tocantins”, evidenciou o coordenador do departamento administração pública do ISCSP, João Catarino.
Instituto superior de ciências sociais e políticas
O ISCSP é uma unidade da Universidade de Lisboa, fundada em 1906. É uma das instituições de ensino superior mais antigas de Portugal dedicadas às ciências sociais e políticas.
O Instituto oferece formação acadêmica em áreas como Ciência Política, Relações Internacionais, Administração Pública, Antropologia, Serviço Social, Sociologia, Gestão, Recursos Humanos e Comunicação Social. Dispõe de cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento, além de investigação científica, por meio de centros como o Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP).
Governo do Tocantins
Governador Wanderlei Barbosa reforça compromisso com o campo em acordo histórico para governança fundiária

Com o objetivo de garantir segurança jurídica aos produtores rurais e avançar na regularização fundiária no Tocantins, o presidente do Republicanos e governador, Wanderlei Barbosa, assinou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Governo Federal, nesta sexta-feira (27), que contempla a governança fundiária de aproximadamente 1,9 milhão de hectares no estado.
A iniciativa vai permitir a identificação, mapeamento e a titulação de imóveis rurais em diversas regiões do Tocantins, beneficiando diretamente famílias que vivem e produzem no campo.
O ACT prevê a criação de uma Unidade Estadual de Cadastro, além do intercâmbio de tecnologias e informações entre os órgãos envolvidos, otimizando processos e promovendo mais transparência e agilidade nos pedidos de regularização.
“Temos muitos projetos de assentamento em andamento e já publicamos edital para asfaltar trechos de vias estaduais, com previsão de início das obras em agosto. Desenvolvemos diversas ações em parceria porque, aqui no Tocantins, valorizamos o trabalho conjunto”, afirmou o governador.
A partir do novo acordo, serão realizados mutirões técnicos com foco em georreferenciamento, cadastro e titulação das terras, etapa essencial para garantir o direito à propriedade aos produtores e promover o desenvolvimento sustentável no meio rural.
Governo do Tocantins
Governo do Tocantins contribui para o resgate da língua Inỹ entre o povo Karajá-Xambioá

A aldeia Ixybiowa, do povo Karajá-Xambioá, em Santa Fé do Araguaia, será transformada numa sala de aula ao ar livre a partir desta terça-feira, 1° de julho. Até o dia nove, um grupo, comandado por Mairu Karajá, desenvolverá a fase inicial do projeto “Inỹrybè – Fortalecimento e Revitalização da Cultura Inỹ”, com foco no resgate da língua materna. A Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (SEPOT) apoia a realização do trabalho de campo com suporte logístico.
O diretor de Proteção aos Povos Originários da SEPOT, Igor Pankará, ressalta que apoiar ações como o projeto é uma das atribuições da pasta, visando ao fortalecimento da identidade e do modo de vida dos povos indígenas. “A proteção dos povos originários passa pela preservação dos seus costumes, e contribuir para que as atividades de campo sejam realizadas é uma forma de fortalecer o povo e o seu território”, explica o diretor.
Contemplado pelo Edital 31/2024, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o projeto propõe uma imersão linguística e cultural intensa, com aulas planejadas a partir do cotidiano da comunidade para ensinar o alfabeto, números e nomes dos frutos típicos da região, por exemplo. Outro ponto que também receberá atenção é o grafismo, para que haja entendimento da função de cada elemento e como desenhar. Transmissão oral, visual e material de apoio impresso serão usados no decorrer do projeto, que também tem como meta a produção de materiais pedagógicos para as escolas indígenas.
Mairu Karajá explica que a língua é um componente essencial da identidade dos povos originários e que vem se perdendo em muitas comunidades, restando poucos falantes – geralmente os anciãos, como é o caso das cinco aldeias que serão impactadas pelo projeto. Mairu lembra que muitos indígenas até compreendem a língua, mas não conseguem se comunicar.
As histórias contadas pelos anciãos na língua Inỹ farão parte da metodologia de ensino. As aulas têm como público prioritário pessoas de 10 a 40 anos e serão voltadas a toda comunidade, incluindo lideranças e professores. Após a imersão, a comunidade poderá contar com material impresso e videoaulas gravadas. Mairu diz que a intenção é retornar ao território a cada seis meses para mensurar os avanços da iniciativa.
Legado
Ciente da sua responsabilidade social, Mairu Karajá, nascido na aldeia São Domingos, na região do Araguaia, estado do Mato Grosso, relata que certa vez se deu conta que ele próprio estava deixando de falar o Inỹ e que não havia muito material disponível na sua língua materna. Junto com este despertar, veio a preocupação de como seria a realidade do povo Karajá dentro de 50 anos. “Precisamos manter a língua viva em memória dos nossos antepassados. A língua é um elo muito forte para entender a nossa cultura”, observa.
Mairu acredita que o processo de resgate e revitalização da língua também afetará a autoestima da população, especialmente entre os mais jovens. “A negação da nossa língua, muitas vezes, está relacionada a necessidade de se adequar à cultura fora do território. É essencial que nosso povo entenda a importância das duas línguas, sendo o Português a segunda língua, para esse resgate de pertencimento ancestral”, considera.
Atenção internacional
O projeto junto aos Karajá-Xambioá é apenas a base de uma aspiração maior: a criação de um instituto que seja referência para outras línguas indígenas do Brasil. Mairu Karajá informa que até o ano de 2032 estamos na “Década Internacional das Línguas Indígenas”, uma iniciativa da Unesco e da Organização das Nações Unidas, com o objetivo de sensibilizar a população sobre as línguas dos povos originários de todos os continentes e mobilizar esforços para que sejam preservadas. “Essa demonstração de apoio institucional, como o da SEPOT e da Funai, é muito importante para que tenhamos projetos mais robustos”, enfatizou Mairu, acrescentando que o aporte financeiro, por meio de parcerias e editais como os da Lei Aldir Blanc/Secult, faz toda a diferença.
Equipe
Mairu Karajá, formado em Relações Internacionais, é mestre em Direito e faz doutorado na mesma área. A equipe de campo conta com a expertise da linguista Clarissa Prado; da antropóloga Marília Moraes; do advogado e antropólogo Henrique Entratice; e da professora auxiliar Tuinaki Karajá. Todo o trabalho será registrado pela equipe de comunicação, formada por Milena Kanela, Nandiala Karajá e Wellis Carvalho.
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