Economia
Entenda como o Banking as a Service (BaaS) entra na mira da PF

No fim de agosto, a Polícia Federal identificou uma quadrilha que movimentou R$ 7,5 bilhões por meio de fintechs ilegais usando “contas bolsão”. Essas contas são usadas pelos bancos para armazenar e transacionar fundos de clientes finais, dificultando a rastreabilidade da origem dos valores.
Essas “contas bolsão” são abertas em nomes de empresas que utilizam soluções de banking as a service (BaaS) de instituições financeiras ou de pagamento reguladas; essas contas ainda não são regulamentadas, mas devem seguir as normas existentes para instituições de pagamento.
Sob uma perspectiva de cibersegurança e prevenção a fraudes, a adoção de Banking as a Service (BaaS) por fintechs e corretoras de câmbio intensifica a necessidade de uma estratégia robusta para mitigação de riscos. Ao integrar parceiros externos, esses players se tornam alvos preferenciais para ataques cibernéticos, fraudes e exploração de vulnerabilidades.
Além disso, as diretrizes do COAF desempenham um papel crucial na identificação e prevenção de atividades suspeitas, reforçando a importância de monitorar transações e implementar controles rigorosos para prevenir a lavagem de dinheiro.
Para enfrentar esses desafios, a regulamentação — principalmente as diretrizes do BACEN — exige controles rigorosos alinhados aos padrões de mercado, como a ISO 27001, SOC 2 e PCI-DSS. No entanto, apenas atender à regulamentação não é suficiente. É necessário construir uma gestão de confiança, onde o controle preventivo e proativo esteja no centro da operação, com processos contínuos de auditoria e verificação. A regulamentação serve como base, mas deve ser complementada por uma infraestrutura cibernética que antecipe ataques e responda com eficiência.
A ABRACAM (Associação Brasileira de Câmbio) desempenha um papel fundamental ao criar orientações e promover boas práticas de compliance e segurança para corretoras associadas. Ao fornecer diretrizes sobre a importância de controles robustos contra fraudes e prevenção à lavagem de dinheiro, a ABRACAM se alinha às diretrizes do COAF e Banco Central do Brasil, fortalecendo o ecossistema de fintechs e câmbio e garantindo que as corretoras atuem com maior segurança e confiabilidade.
Adotar o BaaS sem a devida atenção à blindagem digital e à prevenção de fraudes é arriscar expor dados sensíveis e comprometer a integridade das transações financeiras. Isso significa que a segurança não deve ser vista apenas como um custo operacional, mas como um elemento estratégico para proteger a reputação da empresa e garantir a confiança de clientes e parceiros.
A regulamentação constrói a base de uma cultura de segurança digital ativa, com foco na antecipação e mitigação de ameaças. Governança em segurança combinada com uso de tecnologias práticas, como tokens de de acesso tornam-se indispensáveis nesse momento, fortalecendo a identificação, autenticação, não repúdio e a rastreabilidade dos acessos e transações digitais.
Diante de um cenário onde as ameaças são contínuas, devemos antecipar os riscos, cercando-os com estratégias de segurança onde o imprevisível é constante e a única certeza é a mudança.
Energisa
Orientações de segurança sobre riscos da rede elétrica são temas de palestras gratuitas em Porto Nacional
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Sebrae
Sebrae Tocantins leva empresários e gestores à Barcelona em missão internacional sobre cidades inteligentes
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Agronegócio
7° Simpósio de Reprodução Bovina destaca avanços tecnológicos e atrai grande público em Palmas

O 7º Simpósio de Reprodução Bovina movimentou a pecuária tocantinense na sexta-feira, 12, reunindo cerca de 500 participantes no auditório da Ulbra, em Palmas. Produtores, pesquisadores, consultores e estudantes acompanharam um dia de debates sobre os desafios e as novas tecnologias aplicadas à reprodução bovina, com palestrantes de referência no Brasil e no exterior.
De acordo com dados do Governo do Estado, o Tocantins vem batendo recordes na produção de gado e hoje ocupa a 9ª posição no ranking nacional de produção de carne bovina. Em 2023, o rebanho estadual alcançou a marca de 11,3 milhões de cabeças, número que continua em expansão e coloca o estado com média de oito a nove bovinos por habitante. Esses resultados reforçam o potencial da região e a importância de eventos técnicos como o simpósio para a evolução da pecuária local.
A programação contou com especialistas nacionais e internacionais: o professor da USP Pietro Baruselli, que falou sobre as transformações no manejo reprodutivo de novilhas; o argentino Gabriel Bó, presidente do Instituto de Reprodução Animal de Córdoba (IRAC), que trouxe reflexões sobre biotecnologia e protocolos de IATF; Rodolfo Mingoti, especialista em fisiologia e sanidade reprodutiva; Isabella Cavalcante, que discutiu tendências da pecuária de corte; Pedro Veiga, com foco em resultados reprodutivos em fazendas de cria; e Márcio de Oliveira Rezende, que apresentou a identificação individual bovina como ferramenta de sanidade.
O médico veterinário Pietro Baruselli destacou as mudanças no manejo reprodutivo das novilhas ao longo das últimas décadas. “Hoje inseminamos novilhas zebuínas já a partir de um ano de idade, resultado da evolução no manejo nutricional, na genética e na seleção dos animais. Isso exige ajustes nos protocolos de sincronização para manter a eficiência reprodutiva. A categoria novilha continua sendo desafiadora, mas é essencial para garantir avanços genéticos e produtivos nas fazendas”, explicou.
O argentino Gabriel Bó ressaltou a importância do uso da biotecnologia para aumentar a taxa de prenhez e reduzir o tempo de anestro das vacas.“Se utilizarmos apenas touros, no máximo 5% das vacas emprenham nos primeiros 21 dias da estação de monta. Com as biotecnologias atuais, esse índice pode chegar a 60%, impactando diretamente no peso à desmama e na qualidade da carne. Isso pode representar até meio bezerro a mais por vaca em serviço, o que é extremamente relevante para a pecuária latino-americana”, destacou.
Para Danilo Pincinato, gestor da Clivar Reprodução Bovina e organizador do simpósio, o resultado superou as expectativas. “Ver o auditório cheio e o interesse do público foi gratificante. Tivemos palestras de altíssimo nível e muito conteúdo prático para o campo. Além do aprendizado, o evento também proporcionou networking e novos negócios. Já começamos a pensar nos desafios e novidades da próxima edição”, afirmou.
A médica veterinária Isabela Bonavigo, participante do simpósio, avaliou a experiência como positiva. “Foi minha primeira vez no evento e fiquei impressionada com a qualidade. O Tocantins precisa de iniciativas como esta, que aproximam os produtores das principais referências da reprodução bovina”, disse.
Instituições parceiras também destacaram a relevância do encontro. Fabrício Vasconcelos, do SENAR Tocantins, lembrou que técnicos e instrutores da instituição participaram das atividades. “Eles acompanharam as atualizações mais recentes em inseminação e reprodução, conhecimento que será aplicado nas propriedades e vai contribuir para otimizar a produção e aumentar a rentabilidade do produtor rural”, explicou.
Já Josely Sobreira, médico veterinário e gerente de demanda da MSD Saúde Animal, reforçou o papel da inovação. “Para a MSD, é fundamental estar presente. Nossa história está ligada ao desenvolvimento de tecnologias para a pecuária, e hoje o grande desafio é aliar biotecnologia, manejo eficiente e gestão para reduzir custos e aumentar a produtividade das fazendas”, pontuou.
O evento foi realizado pela Clivar Reprodução Bovina, em parceria com a MSD Saúde Animal e o Senar Tocantins, e contou com apoio da Remate 63, Cargill/Nutron, Ulbra Palmas, ST Repro, Pronto Fibra, MF Cast e SmartPEC.
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