Academia Brasileira de Contadores de Histórias
A Academia Brasileira de Contadores de Histórias ganhou um novo e importante nome vindo do Tocantins. A escritora, cordelista e contadora de histórias Galhardo tomou posse como representante oficial da região Norte na instituição, fortalecendo a presença da literatura tocantinense no cenário nacional. A cerimônia ocorreu no dia 8 de novembro, em Garanhuns (PE), durante a I Conferência Nacional de Contadores de Histórias, reunindo artistas, pesquisadores e mestres da palavra de todas as regiões do país.
Reconhecimento nacional à Academia Brasileira de Contadores de Histórias
Em um discurso emocionado, Galhardo celebrou sua entrada na Academia Brasileira de Contadores de Histórias como um marco de valorização cultural. Para ela, o momento representa muito mais do que um título honorífico, simbolizando reconhecimento, pertencimento e afirmação da identidade literária produzida no Norte do Brasil.
“Entrar para a ABCH é muito mais do que receber um título. É ver minha caminhada, minhas raízes e minha voz reconhecidas nacionalmente. Venho de uma terra onde contar histórias é uma forma de existir e resistir. Estar na Academia representa a força da cultura do Norte e o compromisso de seguir multiplicando encantamentos por meio da palavra”, destacou a escritora.
Trajetória marcada pela infância, tradições e identidade regional
Galhardo se consolidou como um dos principais nomes da literatura infantil do Tocantins. Mestra em Literatura pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Mestra da Cultura Popular pelo Ministério da Cultura, ela possui 10 livros publicados, coleciona prêmios e participou de editais nacionais e regionais de fomento à cultura.
Sua obra valoriza a infância, o imaginário popular e as narrativas tradicionais que brotam das vivências regionais — histórias de quintal, memórias das avós, lendas do cerrado e contos que atravessam gerações. Para ela, contar histórias é um ato de proteção da memória coletiva.
A autora já representou o Tocantins em importantes eventos literários internacionais, participando de Salões do Livro na Suíça e na Itália, onde apresentou suas obras e dialogou com escritores de diversos países. Sua presença em eventos fora do Brasil reforça a internacionalização da literatura produzida no Norte do país.
Representatividade na literatura e impacto no cenário cultural brasileiro
Além de escritora e cordelista, Galhardo é membro da Academia Palmense de Letras e corresponde a outras instituições literárias brasileiras. Sua entrada na Academia Brasileira de Contadores de Histórias amplia seu alcance no cenário cultural, fortalecendo a representatividade das vozes tocantinenses em nível nacional.
Para a artista, a posse simboliza uma conquista coletiva: da literatura do Tocantins, dos contadores de histórias da região e de todos que veem na palavra uma forma de preservar memória, cultura e pertencimento. Sua trajetória inspira novos talentos e reafirma a força da produção artística do Norte.
A importância da Academia Brasileira de Contadores de Histórias no país
A Academia Brasileira de Contadores de Histórias reúne representantes de todas as regiões com atuação reconhecida no campo da oralidade, das narrativas populares, da literatura infantil e das tradições culturais brasileiras. Sua missão inclui preservar saberes ancestrais, fomentar a arte de narrar e fortalecer ações educativas em escolas, bibliotecas e comunidades.
A entrada de representantes de estados do Norte e Nordeste amplia a diversidade da instituição e fortalece o reconhecimento de práticas culturais que, historicamente, sustentam a tradição oral do país.
A presença do Tocantins na ABCH e seus reflexos futuros
Com a posse de Galhardo, o Tocantins passa a ter maior visibilidade nas discussões sobre políticas culturais, formação de leitores, ações educativas e produção literária. A expectativa é que essa representatividade abra portas para novos projetos, parcerias institucionais e intercâmbios culturais que beneficiem escolas públicas, bibliotecas e iniciativas comunitárias.
Além disso, a presença da escritora na ABCH reforça a importância da produção intelectual tocantinense e cria oportunidades para que jovens escritores e contadores de histórias ganhem espaço no cenário nacional.
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