Opinião e Editorial
Está na hora de viajar!

O ser humano está, recorrentemente, recebendo sinais. Seja do corpo, quando emite, por exemplo, aquela sensação de estômago oco, com direito até a um ronco indiscreto, para avisar que está com fome; seja do coração, quando eventualmente começa a bater com mais força ao rever alguém, avisando que ainda existe uma fagulha acesa.
Agora, uma provocação: quais serão os sinais para mostrar que está na hora de viajar? Sim, porque eles também existem, ah, se existem! E variam, conforme o receptor. Há casos em que o sinal surge em forma de uma irritabilidade recorrente; outros em que se manifesta por meio de um suspiro lento e sofrido a cada foto ou texto sobre destinos turísticos que aparece diante dos olhos; outros, ainda, que atendem pelo nome de “crise conjugal”. Esse sinal é ótimo, porque acende uma luz de alerta não só em uma, mas em duas pessoas. O esforço para resolver o problema é potencializado e, consequentemente, as chances de solução aumentam.
O certo é que, não importa como os sinais da necessidade iminente de viajar se manifestam, mas sim a urgência de resolver o problema. Afinal, protelar pra quê?
Ah, mas o trabalho não permite neste momento… Ah, mas não tenho condições financeiras agora… Ah, estou estudando para o concurso… E as desculpas são infindáveis.
Mas quem está falando de viagens longas, caras, complicadas? Viagem é viagem, não importa o destino, a quantidade de dias ou os hotéis escolhidos. Dois dias à beira de um rio, debaixo de uma barraca de lona podem ser mais divertidos e prazerosos do que uma semana em Paris. Depende das circunstâncias, da companhia, do estado de espírito, das necessidades e expectativas do momento.
Por isso, vale anotar esta fórmula mágica: ter disposição para abrir o coração a novas emoções, a novas experiências e emoções. Afinal, se for para tudo continuar igual à rotina, é melhor que fiquemos em casa, não é?
Então, um lembrete àqueles que se dizem “amantes de viagens” mas não acham a hora nem o roteiro ideal: não esperem por isso. Esse tal momento ideal, destino ideal ou o que quer que seja ideal nunca chega. E façam o seguinte: fiquem atentos aos sinais, que não se restringem ao que foi dito neste texto. As manifestações são inesgotáveis, individuais e podem ser provocadas, inclusive. É ótimo fabricar os sinais, eventualmente. Ninguém vai perder com isso, só ganhar.
*Tania Moschini é formada em Letras, com habilitação em Língua Portuguesa e Francesa. Aposentada e aficionada por viagens, também se dedica à literatura e agora estreia com a obra E agora, pra onde?.
Opinião e Editorial
Bovarismo: a insatisfação que nunca sai de moda
O bovarismo, nascido na literatura, revela a eterna insatisfação humana. Hoje, ele vive nas redes sociais, no consumo e na busca por perfeição.

Emma era uma jovem entediada com seu casamento e com a vida provinciana. Apaixonada por romances românticos, esperava um amor arrebatador, aventuras luxuosas e emoções intensas. Ao não encontrar nada disso, mergulhou em dívidas, traições e angústias — até seu fim trágico.
Muitos vivem versões filtradas de si mesmos, projetando uma vida que não corresponde à realidade. É a nova forma de escapismo: trocar a frustração por curtidas, mesmo que o vazio continue ali.
A publicidade explora desejos, oferecendo soluções mágicas para a falta de sentido. O resultado? Compras por impulso, endividamento e uma sensação constante de que “ainda falta alguma coisa”.
Emma não queria apenas amar, mas também viver — intensamente, livremente. Em uma sociedade patriarcal, esse desejo era considerado escandaloso. Seu drama revela o preço que mulheres pagam ao tentar escapar do destino que lhes foi traçado.
Hoje, como ontem, o bovarismo é um convite à reflexão: o que está por trás da nossa constante sensação de “não ser suficiente”?
Opinião e Editorial
Juliana Marins: uma alma viajante que agora descansa em paz
Juliana Marins, apaixonada por paisagens naturais, conheceu o Jalapão em 2024 e compartilhava suas viagens pelo mundo com leveza nas redes sociais.




fotos tiradas do seu instagram ajulianamarins
A aventura que virou tragédia
Embarcou em fevereiro num mochilão pelo sudeste asiático — provando comidas, conhecendo culturas e postando cada etapa: Filipinas, Vietnã, Tailândia. Em junho, chegou à Indonésia: o destino final antes da tragédia.
No dia 20 de junho, por volta das 6h30 da manhã, Juliana começou a subida ao Monte Rinjani (3.726 m), vulcão ativo em Lombok. Durante uma parada para descanso, ela escorregou e caiu — estima-se que tenha despencado entre 300 m e 600 m em desnível, segundo diferentes fontes.
Quatro dias de mobilização e esperança
Turistas ouviram seus gritos e usaram drones para localizá-la a cerca de 500 m abaixo da trilha. A família enfrentou informações confusas — incluindo relatos de que ela teria água e comida e que o resgate era iminente, versões depois questionadas pela irmã, Mariana Marins.
Condições climáticas adversas — neblina, terreno íngreme e areia solta — impediram o acesso imediato. Helicópteros chegaram a ser cogitados, mas as autoridades locais os descartaram por segurança.
Desfecho que entristece o Brasil
Após quatro dias de buscas intensas — com até 50 profissionais envolvidos — o corpo de Juliana foi encontrado por drone e resgatado até a base de Sembalun no dia 24 de junho. As autoridades locais confirmaram que ela foi encontrada “sem sinais de vida”.
A Embaixada do Brasil em Jacarta cooperou com as equipes locais, e o Itamaraty prestou apoio à família. No Instagram, amigos e parentes agradeceram pelas milhões de mensagens recebidas durante os dias de angústia.
Legado e reflexões
Juliana Marins morava em Niterói e, além de publicitária, era dançarina de pole dance, apaixonada por fotografia e narrativa audiovisual. Sua jornada marcou o Jalapão como um dos momentos mais belos de sua vida, e suas postagens inspiraram muitos a viajar e se conectarem com a energia do mundo.
Hoje, o Monte Rinjani abriga uma lição dolorosa: natureza e aventura podem ser belas e transformadoras, mas exigem respeito aos limites e à imprevisibilidade — sobretudo em alturas extremas e terrenos traiçoeiros.
Que Juliana descanse em paz, guardada na lembrança de quem sentiu seu brilho. Que essa história sirva também de alerta — ao mundo e aos exploradores — sobre os riscos de se aventurar sem todos os cuidados.
Nossas condolências à família, amigos e admiradores — que encontrem conforto na memória vibrante da jovem que viveu intensamente.
Opinião e Editorial
Campanha por Ana Caroline: doações de sangue são essenciais para nova cirurgia oncológica
Ana Caroline precisa de doações de sangue para cirurgia oncológica no fígado. Doe no Hemocentro em seu nome ou compartilhe a campanha.

Nas próximas semanas, Ana Caroline da Silva Ribeiro Sousa passará por uma nova cirurgia oncológica no fígado. Com fé e esperança na recuperação, ela inicia uma mobilização solidária em busca de doações de sangue, fundamentais para o sucesso do procedimento.
Em sintonia com o Junho Vermelho, mês dedicado à conscientização sobre a importância da doação de sangue, Ana Caroline faz um apelo à população: quem puder doar, que procure o Hemocentro mais próximo e informe seu nome no momento da doação.
Para aqueles que não podem doar, o pedido é simples e igualmente valioso: compartilhar essa mensagem com o maior número de pessoas possível.
➤ Requisitos básicos para doar:
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Apresentar documento oficial com foto
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Ter entre 16 e 69 anos de idade
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Pesar no mínimo 50 kg
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Estar em boas condições de saúde
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Não ter ingerido alimentos gordurosos nas últimas 3 horas
Qualquer tipo sanguíneo é bem-vindo.
Dúvidas? Entre em contato com o Hemocentro pelo telefone 0800 642 8822.

Ana Caroline precisa de doações de sangue para cirurgia oncológica no fígado. Doe no Hemocentro em seu nome ou compartilhe a campanha.
A solidariedade pode salvar vidas — e neste momento, pode salvar a vida da Ana Caroline.
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