Educação
Estudantes têm até dia 20 de setembro para inscreverem projetos na Fecit 2023
Feira de Empreendedorismo, Ciência, Inovação e Tecnologia será realizada entre os dias 13 e 17 de novembro, em Palmas

As unidades escolares da rede pública e privada de ensino do Estado têm até o dia 20 de setembro para se inscreverem na 8ª edição da Feira de Empreendedorismo, Ciência, Inovação e Tecnologia (Fecit 2023), promovida pela Secretaria Municipal da Educação (Semed). A Feira será realizada entre os dias 13 e 17 de novembro, em Palmas. As inscrições dos projetos são feitas exclusivamente pela internet, no site https://www.educacao.palmas.to.gov.br/fecit-2023.
A Fecit, que tem como temática ‘Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável’, já faz parte do calendário oficial da Capital e é realizada anualmente com a finalidade de investir na formação científica de alunos da rede pública e privada, nos diversos níveis e modalidades de ensino, oferecendo várias atividades, como: oficinas, palestras, debates, apresentações artísticas e exposição de trabalhos científicos elaborados pelos estudantes.
Na primeira etapa da programação da Feira, realizada no mês de agosto, foram apresentados os trabalhos desenvolvidos dentro dos projetos das instituições de ensino. A partir da exposição desses projetos científicos nas unidades educacionais é que são escolhidos os trabalhos que serão expostos na mostra científica da Fecit 2023.
Os projetos inscritos são divididos nas seguintes categorias: Educação Infantil (a partir dos três anos de idade); Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano); Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano); Educação ao Longo da Vida/EJA (Alfabetização: 1º, 2º e 3º Segmentos e UMA); Programas de Aprendizagem Profissional; Ensino Médio Regular; Ensino Médio Técnico: integrado, concomitante ou subsequente; Graduação; Pós-graduação/Especialização; e Educação Especial (expositor não concorrente).
Seduc é parceira
Constituída como um movimento de estímulo ao jovem cientista e docentes envolvidos, a Fecit é realizada com o apoio de diversas instituições e por meio de parcerias. O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), são parceiros da Feira. A Seduc disponibilizará um estande amplo no local para atendimento às unidades escolares e divulgação dos trabalhos dos estudantes da rede estadual.
Criada em 2014, a Fecit objetiva mobilizar a população em torno de atividades de empreendedorismo, inovação, ciência e tecnologia com a finalidade de identificar talentos, valorizar a criatividade na elaboração e execução dos projetos; propiciar o debate sobre as estratégias e mudanças necessárias para a popularização da ciência; despertar nos discentes e docentes o gosto e o interesse pela pesquisa científica.
Educação
IEL Tocantins oferta estágios remunerados em 8 municípios do Estado

Educação
Instituto Coca-Cola Brasil apoia jovens no futuro
ratuito e 100% digital, o Coletivo Online do Instituto Coca-Cola Brasil capacita jovens de 16 a 25 anos para o mercado de trabalho, com certificado e acesso a vagas.

Educação
Volta às aulas: escolas recebem alimentos diretamente da produção indígena, da agricultura familiar e do agroextrativismo

Uma boa aprendizagem depende de algumas condições, e a alimentação escolar rica em nutrientes é um desses importantes requisitos. Nessa volta às aulas, a escola Xerente, São José, localizada em Tocantínia (TO), é um exemplo do avanço na compra direta de agricultores e extrativistas da própria comunidade. São tios, pais e avós que contribuem para uma alimentação escolar com menos produtos industrializados e mais alimentos frescos, saudáveis e adequados ao costume alimentar das crianças indígenas.
A professora e mãe, Belcilene Sibakadi Xerente, reforça o impacto da alimentação na aprendizagem das crianças. “Desde que surgiu o alimento diretamente da roça para as escolas eu fiquei muito feliz por meus alunos – meus filhos, porque comparo como filhos – estarem comendo um alimento saudável, um alimento fresco e riquíssimo em ferro e nutrientes, e não com validade, enlatado. É um desenvolvimento melhor ver as crianças de barriga cheia com comida típica Xerente, ficam mais espertos”, conta.
Além dos benefícios nutricionais, a compra direta tem logística de transporte de alimentos simplificada e fortalece a comunidade com a geração de renda sustentável e de baixo carbono. O procurador do Ministério Público Federal (MPF) e coordenador da Catrapovos Tocantins, Dr. Álvaro Mazano, reforça a relevância das políticas de alimentação escolar.
“O fato de o alimento ser adquirido no próprio local onde a escola está inserida faz com que esse alimento tenha uma maior pertinência com as crianças, melhora a qualidade dos alimentos que são servidos e permite que haja geração de renda para os pais dessas crianças. E queremos que chegue a 100% do PNAE. O ideal é que toda a alimentação seja produzida no próprio local onde ele é consumido”, explica o procurador.
Alimentação escolar em números
Das 139 escolas localizadas na zona rural do Tocantins, 95 são indígenas, 43 são do campo (rurais) e duas são quilombolas, de acordo com a Secretaria de Educação do Estado. Essas instituições atendem milhares de alunos em contextos culturais e territoriais diversos e requerem uma abordagem diferenciada para garantir a qualidade alimentar.
O Tocantins registra 9.770 matriculados em área de assentamento, 7.659 matrículas em escolas indígenas e 1.933 matrículas em escolas quilombolas, indicando uma demanda significativa por intervenções alimentares culturalmente adequadas.
Compra direta da comunidade
A Lei nº 11.947/2009 determina que no mínimo 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) devem ser utilizados na compra de produtos da agricultura familiar. No entanto, embora seja observado avanço, muitos municípios ainda não cumprem a legislação, que pode ser a solução para uma alimentação mais saudável no contexto escolar.
Segundo dados do PNAE, entre os municípios com povos e comunidades tradicionais que ainda não cumprem os 30% e que poderiam se desenvolver a partir dessa política, destacam-se Arraias, Paranã, Carrasco Bonito, Itacajá, Itaguatins, Mateiros, Maurilândia, Muricilândia, São Bento, São Félix do Tocantins e Tocantínia.
Já os municípios que atingiram a exigência mínima, podem expandir sua atuação, especialmente frente à tramitação do PL 5352/2016, que pretende aumentar para 40% o percentual de alimentos provenientes da agricultura familiar. Conforme o projeto, esse percentual deve chegar a 70% até o final de 2028.
No entanto, não é necessário aguardar a legislação. Gestores podem sair na frente e aplicar recursos do PNAE, do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e recursos complementares do município, tudo em alimentos produzidos localmente, inclusive contemplando a diversidade alimentar presente nos territórios.
E para preparar as comunidades para acessar o mercado institucional, a servidora da Funai, Maria Clara Bernardes, conta que desde 2023 têm sido realizadas oficinas nos territórios indígenas. “Foi identificada uma lacuna de informações sobre a realidade da produção e o mapeamento de agricultores. Então a Funaipassou a organizar as consultas e oficinas nos territórios, com diagnóstico de roças para identificar a abundância de alimentos tradicionais nos territórios, quebrando o paradigma de que a produção não seria o suficiente”, explica.
Catrapovos
A Mesa Permanente de Diálogo Catrapovos Brasil é uma iniciativa que visa estimular a alimentação regionalizada em escolas de territórios indígenas e tradicionais. A Catrapovos foi criada em 2021 pela Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (MPF) para replicar em todo o país a boa prática desenvolvida pela Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas (Catrapoa).
A mesa é composta por representantes de órgãos públicos e da sociedade civil e discute os entraves e soluções, buscando juntos as formas de viabilizar as compras públicas da produção de comunidades indígenas e tradicionais, garantindo o cumprimento da lei sobre a aquisição de, no mínimo, 30% de produtos da agricultura familiar, além do direito à alimentação escolar adequada aos processos de produção e cultura local.
No Tocantins a Catrapovos é composta pelo MPF, Funai, Cecane/UFT, Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática, Conab, Seduc, Consea, Ruraltins, entre outras organizações que trabalham para otimizar a alimentação escolar tradicional, sendo a participação popular, sempre bem-vinda.
-
Governo do Tocantins1 dia atrás
Laurez Moreira nomeia Paulo Ricardo Silva Machado presidente da ATS
-
Governo do Tocantins1 dia atrás
Eurípedes Fernandes Cunha assume secretaria-executiva da Educação
-
Governo do Tocantins4 dias atrás
Governador em exercício Laurez Moreira designa novos titulares para a Secretaria da Mulher, Governadoria, PMTO e Corpo de Bombeiros
-
Palmas4 dias atrás
Prefeitura de Palmas firma cooperação com Conselho de Arquitetura e Urbanismo para fortalecer habitação social e fiscalização urbana
-
Entretenimento2 dias atrás
Fotógrafo do Tocantins, Emerson Silva, ganha destaque nacional circulando pelo Brasil com seu trabalho sobre as tradições do Povo Indígena Krahô