Economia
Exportações aos árabes avançam 30% no quadrimestre

Avanço foi puxado pelas vendas de açúcar, carnes e minerais, produtos que foram negociados a preços mais altos no período
As exportações brasileiras para os 22 países da Liga Árabe cresceram 30,31% nos primeiros quatro meses do ano, totalizando US$ 7,395 bilhões, informa a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.
O avanço foi puxado pelas vendas de açúcar, que avançaram 104,83%, para US$ 2,089 bilhões, além das carnes (bovina e de frango), com aumento de 29,90%, total de US$ 1,834 bilhão e, por fim, das commodities minerais, principalmente o minério de ferro, com registro de vendas 37,61% maiores, ou US$ 1,214 bilhão.
Os três produtos, que respondem por 76% das receitas geradas no período, foram negociados a preços mais altos. A tonelada média de açúcar foi vendida na Liga Árabe a US$ 513,86, 16,18% mais em relação a janeiro-abril do ano anterior. A das carnes foi negociada a US$ 2451,83, aumento de 2,97%. Já as commodities minerais tiveram alta de 10,20% no preço médio, ou US$ 109,18 a tonelada.
Para Tamer Mansour, secretário-geral da entidade, o resultado é um indicativo da resiliência das economias árabes, sobretudo as do Golfo, que seguem com os investimentos em infraestrutura previstos nos planos governamentais de transição econômica, as chamadas Visões 2030, que demandam ferro e aço, e continuam apostando na aquisição de alimentos para fins de reexportação.
Mansour chama atenção para o fato de os Emirados Árabes Unidos, o principal hub de exportação da região e um país que tem na triangulação de mercadorias um componente importante de seu sistema econômico, terem sido responsáveis por 22,72% das receitas de externas brasileiras, ou US$ 1,680 bilhão, com aumento de 80,98% sobre o ano anterior.
“O país tem 46 zonas francas, de processamento de exportações, que fazem dele um grande reexportador de alimentos para todo o mundo islâmico. Cresceram também as exportações brasileiras para Omã, que, assim como o vizinho, utiliza sua posição estratégica para potencializar a triangulação de mercadorias”, explicou Mansour.
Para ele, a perspectiva é que o comércio mantenha o ritmo nos próximos meses, já que o próximo quadrimestre é tradicionalmente um período em que os países árabes costumam reforçar seus estoques de alimentos para o consumo da população local e para triangulação.
No último quadrimestre do ano também deve haver novo período de acúmulo de mercadorias em preparação ao Ramadã de 2025, o mês sagrado dos muçulmanos, durante o qual as exportações tradicionalmente têm um fluxo menor.
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Agronegócio
7° Simpósio de Reprodução Bovina destaca avanços tecnológicos e atrai grande público em Palmas

O 7º Simpósio de Reprodução Bovina movimentou a pecuária tocantinense na sexta-feira, 12, reunindo cerca de 500 participantes no auditório da Ulbra, em Palmas. Produtores, pesquisadores, consultores e estudantes acompanharam um dia de debates sobre os desafios e as novas tecnologias aplicadas à reprodução bovina, com palestrantes de referência no Brasil e no exterior.
De acordo com dados do Governo do Estado, o Tocantins vem batendo recordes na produção de gado e hoje ocupa a 9ª posição no ranking nacional de produção de carne bovina. Em 2023, o rebanho estadual alcançou a marca de 11,3 milhões de cabeças, número que continua em expansão e coloca o estado com média de oito a nove bovinos por habitante. Esses resultados reforçam o potencial da região e a importância de eventos técnicos como o simpósio para a evolução da pecuária local.
A programação contou com especialistas nacionais e internacionais: o professor da USP Pietro Baruselli, que falou sobre as transformações no manejo reprodutivo de novilhas; o argentino Gabriel Bó, presidente do Instituto de Reprodução Animal de Córdoba (IRAC), que trouxe reflexões sobre biotecnologia e protocolos de IATF; Rodolfo Mingoti, especialista em fisiologia e sanidade reprodutiva; Isabella Cavalcante, que discutiu tendências da pecuária de corte; Pedro Veiga, com foco em resultados reprodutivos em fazendas de cria; e Márcio de Oliveira Rezende, que apresentou a identificação individual bovina como ferramenta de sanidade.
O médico veterinário Pietro Baruselli destacou as mudanças no manejo reprodutivo das novilhas ao longo das últimas décadas. “Hoje inseminamos novilhas zebuínas já a partir de um ano de idade, resultado da evolução no manejo nutricional, na genética e na seleção dos animais. Isso exige ajustes nos protocolos de sincronização para manter a eficiência reprodutiva. A categoria novilha continua sendo desafiadora, mas é essencial para garantir avanços genéticos e produtivos nas fazendas”, explicou.
O argentino Gabriel Bó ressaltou a importância do uso da biotecnologia para aumentar a taxa de prenhez e reduzir o tempo de anestro das vacas.“Se utilizarmos apenas touros, no máximo 5% das vacas emprenham nos primeiros 21 dias da estação de monta. Com as biotecnologias atuais, esse índice pode chegar a 60%, impactando diretamente no peso à desmama e na qualidade da carne. Isso pode representar até meio bezerro a mais por vaca em serviço, o que é extremamente relevante para a pecuária latino-americana”, destacou.
Para Danilo Pincinato, gestor da Clivar Reprodução Bovina e organizador do simpósio, o resultado superou as expectativas. “Ver o auditório cheio e o interesse do público foi gratificante. Tivemos palestras de altíssimo nível e muito conteúdo prático para o campo. Além do aprendizado, o evento também proporcionou networking e novos negócios. Já começamos a pensar nos desafios e novidades da próxima edição”, afirmou.
A médica veterinária Isabela Bonavigo, participante do simpósio, avaliou a experiência como positiva. “Foi minha primeira vez no evento e fiquei impressionada com a qualidade. O Tocantins precisa de iniciativas como esta, que aproximam os produtores das principais referências da reprodução bovina”, disse.
Instituições parceiras também destacaram a relevância do encontro. Fabrício Vasconcelos, do SENAR Tocantins, lembrou que técnicos e instrutores da instituição participaram das atividades. “Eles acompanharam as atualizações mais recentes em inseminação e reprodução, conhecimento que será aplicado nas propriedades e vai contribuir para otimizar a produção e aumentar a rentabilidade do produtor rural”, explicou.
Já Josely Sobreira, médico veterinário e gerente de demanda da MSD Saúde Animal, reforçou o papel da inovação. “Para a MSD, é fundamental estar presente. Nossa história está ligada ao desenvolvimento de tecnologias para a pecuária, e hoje o grande desafio é aliar biotecnologia, manejo eficiente e gestão para reduzir custos e aumentar a produtividade das fazendas”, pontuou.
O evento foi realizado pela Clivar Reprodução Bovina, em parceria com a MSD Saúde Animal e o Senar Tocantins, e contou com apoio da Remate 63, Cargill/Nutron, Ulbra Palmas, ST Repro, Pronto Fibra, MF Cast e SmartPEC.
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