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Filme tocantinense “O Barulho da Noite”, de Eva Pereira, rompe fronteiras e concorre no “Inffinito Brazilian Film Festival”, em Miami

O longa-metragem “O Barulho da Noite”, da cineasta Eva Pereira, uma obra genuinamente tocantinense, será exibido no “O Cinema de South Beach” em Miami, dentro da Mostra competitiva do 28ª edição do Inffinito Brazilian Film Festival. A produção é da MZN Filmes e Cunhã Porã Filmes (Palmas- TO), produção associada da Pixel Produções ( Paraíso – TO) e Luiz Carlos Teixeira (Palmas- TO).
O filme, que tem a co-produção da Bananeira Filmes e Distribuição da Lira Filmes, é um dos oito longas selecionados para a 28ª edição do Infinito Brazilian Film Festival em Miami e disputa o prêmio Lente de Cristal nas categorias Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia, Melhor Ator e Melhor Atriz na Mostra Competitiva de Longas-Metragens. “O principal prêmio é chegar até aqui representando o Tocantins e o Norte do Brasil’, declara Eva Pereira.
O filme tem como missão ecoar um grito que todos os dias é silenciado pela nação brasileira. “Falamos do que não querem ouvir, retratamos um dos milhares brasis invisíveis que incomodam só pelo simples fato de existirem. Mas resistimos e gritamos para que nosso país se olhe no Espelho. Chegar aqui, já é uma gratidão imensa”, complementa a cineasta.
Estão em Miami pela produção de “O Barulho da Noite” a diretora Eva Pereira, a distribuidora Juliana Lira, o diretor de arte de lançamento Lee Swain e a pesquisadora Walkiria Wilson. “É uma honra para “O Barulho da Noite” fazer parte do Inffinito Brazilian Film Festival, especialmente ao lado de filmes e diretores tão prestigiados. Esse momento é ainda mais especial por marcar a primeira direção de Eva Pereira, uma conquista importante para o cinema tocantinense. Estamos felizes em representar o Tocantins na estreia do audiovisual internacional”, disse Juliana Lira.
Filme
Rodada em Palmas, no Tocantins, a história do longa se apresenta a partir da relação delicada das irmãs Maria Luiza e Ritinha, interpretadas por Alícia Santana e Anna Alice Dias, com Agenor (Marcos Palmeira), seu dedicado e afetuoso pai. Castigada pelas lembranças e traumas da infância e sobrecarregada com as tarefas que lhe cabem, a mãe, Sônia (Emanuelle Araujo), vive à flor da pele. A fragilidade daquela estrutura familiar é profundamente abalada com a chegada de Athayde (Patrick Sampaio), suposto sobrinho de Agenor que vem para ajudar na lavoura. À primeira vista, ele parece ser um rapaz prestativo, mas que aos poucos se revela monstruoso.
O elenco conta também com Tonico Pereira no papel do caixeiro-viajante Chico Mascate. O Inffinito Brazilian Film Festival é realizado pelas produtoras Adriana L. Dutra, Cláudia Dutra e Viviane B. Spinelli desde 1997 em 14 cidades (Miami, Nova Iorque, Vancouver, Barcelona, Madri, Londres, Roma, Frascau, Milão, Bogotá, Montevidéu, Buenos Aires, Xangai e, no Brasil, em Canudos), o Inffinito Brazilian Film Festival é a principal porta de entrada para produções brasileiras no mercado norte-americano e latino. Neste ano, o fes>val homenageará a produtora Renata Almeida Magalhães, presidente da Academia Brasileira de Cinema e primeira mulher a ocupar o cargo, com uma mostra dedicada às suas produções, com filmes como “5x Favela – Agora Por Nós Mesmos”, “Deus é Brasileiro”, “Tieta do Agreste” e outros.
Festival
Os demais filmes selecionados para o Inffinito Film Festival são “Meu nome é Gal”, de Dandara Ferreira e Lô Poli; “Tia Virgínia”, de Fábio Meira; “Mais Pesado é o Céu”, de Petrus Cariry; “O Sequestro do Voo 375”, de Marcus Baldini; “Grande Sertão”, de Guel Arraes, “Evidências do Amor”, de Pedro Antônio, e o 100% inédito “Viva a Vida”, de Cris D’Amato, que terá sua primeira exibição durante o festival.
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Entre luzes, gestos e silêncios: exposição fotográfica transforma o teatro universitário em poesia visual

O que fica depois que o pano cai? Para a fotógrafa e professora Ronalda Pinto, o teatro não termina com o último aplauso. Ele sobrevive no instante congelado da imagem, na curva de um gesto, no brilho de um olhar capturado em cena. É essa permanência do efêmero que ela compartilha com o público na exposição “Sala Aberta em foco: fotografias de cena”, que será inaugurada no próximo 5 de junho, no Bloco Hôôxwa – Complexo Laboratorial de Teatro, no câmpus de Palmas da Universidade Federal do Tocantins (UFT).
A mostra reúne imagens poéticas de cenas teatrais criadas por estudantes do Curso de Licenciatura em Teatro da UFT entre os anos de 2021 e 2024. O objetivo é valorizar os processos artísticos em formação por meio do olhar sensível da fotografia de cena. A exposição ficará aberta à visitação por quatro semanas e contará com visitas guiadas para estudantes da Educação Básica, mediadas pela própria artista. O projeto também contempla medidas de acessibilidade, como interpretação em Libras na abertura, etiquetas em braille e textos adaptados para leitores de tela.
Com curadoria de Ricardo Malveira, professor do curso de Licenciatura em Teatro da universidade, a exposição convida o público a adentrar o universo do teatro universitário por meio de registros que capturam movimentos, expressões e composições cênicas em momentos únicos. “As fotografias escolhidas revelam mais do que cenas de espetáculos. Elas testemunham processos criativos, encontros humanos e camadas de sentido que emergem quando a arte do teatro encontra a arte da imagem”, afirma Malveira. “Foi um processo de curadoria delicado, com o compromisso de respeitar o olhar da Ronalda e, ao mesmo tempo, compor uma narrativa visual que dialogue com o espectador, com a cena teatral e a singularidade dos registros fotográficos da artista.”
Perfil
Egressa do próprio curso de Teatro da UFT, Ronalda iniciou sua atuação como fotógrafa em 2021, por meio de uma oficina no Sesc Tocantins com a fotógrafa Flaviana OX. Desde então, vem documentando diversas apresentações cênicas acadêmicas. “A fotografia me permite reviver a intensidade das cenas que presencio e, ao mesmo tempo, homenagear os artistas em formação que fazem do palco um lugar de descoberta. Cada imagem desta exposição guarda um instante de entrega e potência”, relata Ronalda.
Ela complementa ainda que “Sala Aberta em foco” é um mergulho na memória do teatro universitário tocantinense. “É uma homenagem à efemeridade da cena e uma celebração da presença. Um convite a olhar o teatro com novos olhos — por meio da lente que transforma o instante em permanência”, conclui a fotógrafa.
Projeto
O projeto é uma iniciativa da fotógrafa Ronalda Pinto com patrocínio de edital de Artes Visuais, da Lei Aldir Blanc (PNAB), via Secretaria Estadual da Cultura (Secult) e Ministério da Cultura (MinC).
Serviço:
Exposição “Sala Aberta em foco: fotografias de cena”
📷 Fotografias de Ronalda Pinto
🎨 Curadoria: Ricardo Malveira
📅 Abertura: 5 de junho de 2025
📍 Local: Bloco Hôôxwa – Complexo Laboratorial de Teatro, UFT – Câmpus de Palmas
🕒 Visitação gratuita por quatro semanas
🎓 Visitas guiadas para estudantes da Educação Básica (datas a confirmar)
Realização: Projeto contemplado pelo Primeiro Fomento às Artes Visuais
Apoio: Curso de Licenciatura em Teatro da UFT | Fundação Cultural de Palmas
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Exposição “Cerâmica do Tocantins: Tradição e Contemporaneidade” celebra a cultura material e artística do estado no Espaço Cultural em Palmas

A iniciativa faz parte do projeto “Cerâmica do Tocantins: Tradição e Contemporaneidade”, realizado pelo Pote de Ouro Arts com apoio do Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet Norte. A proposta busca valorizar a tradição cerâmica do estado, reunindo obras de 10 artistas e artesãos de diversas regiões tocantinenses, destacando a diversidade de técnicas, estilos e narrativas que unem o rústico ao refinado, o passado ao presente.
Para a produtora executiva do projeto, Daniella Aires, a exposição é muito mais do que um espaço de contemplação. “A cerâmica é mais do que arte; é uma manifestação viva da nossa identidade cultural. Este projeto nos permite preservar e valorizar as técnicas herdadas dos povos indígenas, enquanto celebramos o potencial de inovação dos nossos artistas atuais”, afirma.
O artesão e palestrante Wanderley Batista, um dos artistas que assina obras na exposição e que participou das atividades formativas do projeto, também destaca o papel transformador da iniciativa: “Este projeto cria um elo essencial entre a história e a contemporaneidade, mostrando que o patrimônio cultural pode e deve ser dinâmico”, reforça. Wanderley também ressalta a importância do projeto para fortalecer a identidade regional: “A cerâmica não é apenas um elemento do passado, mas também um instrumento poderoso para refletir a identidade brasileira e tocantinense no presente e inspirar o futuro”.
Resultado de um amplo programa de formação
A exposição é o culminar de um processo que envolveu diversas ações de formação e capacitação, realizadas ao longo de 2025 em sete cidades do Tocantins. O projeto promoveu oficinas práticas, palestras e encontros que reuniram artesãos, artistas, estudantes e comunidades locais, fomentando a troca de experiências entre mestres da tradição e novas gerações.
Para Daniella Aires, essas ações foram fundamentais: “As atividades buscam estimular o aprendizado e promover a troca de saberes entre artistas, artesãos e a população, criando pontes entre diferentes gerações e contextos culturais”.
Além do impacto cultural, o projeto também visa fomentar a economia criativa e promover a inclusão social, fortalecendo a cadeia produtiva do artesanato e incentivando práticas sustentáveis. “Ao conectar tradições locais com o mercado contemporâneo, o projeto também incentiva uma produção responsável e sustentável”, acrescenta Wanderley Batista.
Curadoria
O curador da Mostra, Ronan Gonçalves, afirma que a cerâmica contemporânea transcende sua função utilitária e emerge como linguagem artística potente, capaz de refletir as tensões, os gestos e os afetos do nosso tempo. “Ao manipular a terra, o artista ceramista dialoga com uma tradição ancestral ao mesmo tempo em que a desafia, expandindo os limites formais, simbólicos e expressivos da matéria. Longe de se restringir à repetição de técnicas herdadas, a cerâmica contemporânea incorpora processos experimentais, mistura materiais, resignifica símbolos e se apropria de discursos contemporâneos — identidade, território, memória, gênero, corpo e natureza. O barro, moldado, queimado e transformado, carrega vestígios do tempo, do gesto humano e da paisagem de onde veio.”
Sobre o Pote de Ouro Arts
Sediado no distrito de Taquaruçu, em Palmas (TO), o Pote de Ouro Arts tem como missão valorizar e promover a cultura tocantinense, especialmente a arte da cerâmica, resgatando técnicas ancestrais e explorando novas formas de expressão artística. Além disso, oferece experiências turísticas imersivas que conectam visitantes às tradições e histórias locais.
FICHA TÉCNICA
Coordenação geral: Daniella Aires Borges
Curadoria da exposição: Ronan Gonçalves – ROGO
Palestrante: Wanderley Batista
Artistas expositores e instrutores de oficinas: Wanderley Batista, Renato da Silva Moura, Maria Elza de Oliveira, Emerson Leitão, Antônio das Neves – Tauru
Artistas expositores: Maria do Carmo – Carminha, Odete de Arraias, Lora de Pindorama, Seu Bené
Instrutor de oficina: Kleber Almeida
Assessoria de imprensa: Cinthia Abreu e Shelsea Lima
Fotografia: Emerson Silva
Assessoria de mídias: Fabiana Barbosa
Assessoria contábil e administrativa: Carla Lisboa
Serviço:
06 a 30 de junho de 2025
8h às 20h
Galeria NILA – Espaço Cultural José Gomes Sobrinho – Palmas (TO)
Entrada gratuita
Realização: Ministério da Cultura, Governo Federal e Pote de Ouro Arts
Parceria: Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Correios, Caixa Econômica Federal
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Espetáculo “Negras: Vozes Silenciadas, Histórias Reveladas” será apresentado neste sábado, 31, em Araguaína, com entrada franca

O Grupo Artpalco, em parceria com o Grupo Vozes de Ébano, realiza neste sábado, dia 31, duas apresentações gratuitas do espetáculo cênico-musical “Negras: Vozes Silenciadas, Histórias Reveladas”, em Araguaína (TO). A primeira acontece às 14 horas, na Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), e a segunda será realizada às 18 horas, na Escola Estadual Campos Brasil. Ambas com entrada franca e classificação de 10 anos.
O espetáculo propõe um potente mergulho nas vivências e desafios enfrentados por mulheres negras brasileiras, trazendo à cena histórias de resistência, silenciamento e superação. A montagem reúne dramaturgia de Luiz Navarro, direção geral de Mello Júnior, e é protagonizada pelas atrizes e cantoras Cinthia Abreu, Fran Santos e Malusa, do Grupo Vozes de Ébano.
Por meio de uma linguagem teatral direta, realista e fortemente ancorada na ancestralidade afro-brasileira, o espetáculo dá voz a três mulheres negras — Isabel, Corina e Dora — que compartilham suas dores e esperanças, convidando o público a refletir sobre questões como racismo estrutural, violência, maternidade, intolerância religiosa e resistência. “Este projeto nasceu do desejo profundo de criar um espaço de fala e escuta para as mulheres negras, que historicamente foram silenciadas em nossa sociedade. Mais do que um espetáculo, é um ato político e cultural de afirmação e resistência”, destaca George Henrique Silva, idealizador e coordenador-geral do projeto.
Para Mello Júnior, diretor-geral do espetáculo, a obra é um convite à reflexão e à empatia: “A potência deste espetáculo está na forma como essas histórias são compartilhadas, tocando as pessoas na alma. Queremos provocar não só emoção, mas também a consciência de que ainda há muito a ser transformado. É um trabalho que me enche de orgulho e que cumpre uma função social fundamental.”
As apresentações fazem parte do circuito promovido pelo Grupo Artpalco com produção do Instituto Social e Cultural Araguaia (Isca) e patrocínio da Lei Aldir Blanc (PNAB), com apoio da Secretaria Municipal de Esportes, Cultura e Lazer de Araguaína e Ministério da Cultura. Há ainda apoio da Comissão Especial para a Promoção de Políticas de Igualdade Racial na UFT (CEPPIR, UseMaya Artesanatos e Grupo de Capoeira Herança dos Pombais.
Após cada sessão, será realizada uma roda de conversa com o público, com a presença das atrizes, promovendo um espaço de troca sobre as experiências apresentadas no palco. A proposta é sensibilizar, fortalecer a autoestima e fomentar discussões sobre representatividade e empoderamento das mulheres negras.
Acessibilidade
Reafirmando esse compromisso com a inclusão, ambas as apresentações contarão com recursos de acessibilidade, como intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e audiodescrição, garantindo que pessoas com deficiência auditiva e visual possam desfrutar plenamente da experiência artística.
Vozes de Ébano
O Grupo Vozes de Ébano é uma referência na valorização da cultura negra por meio da música e da arte. O coletivo é composto pelas cantoras Cinthia Abreu, Fran Santos e Malusa. Com composições que dialogam com temas sociais e históricos, o grupo busca transformar vivências e lutas em inspiração para a sociedade.
Para Cinthia Abreu, atriz e cantora do Grupo Vozes de Ébano, participar do espetáculo é um ato transformador: “Cada apresentação é uma oportunidade de reverenciar nossas ancestrais e, ao mesmo tempo, dialogar com quem muitas vezes nunca parou para refletir sobre o peso e a beleza dessas histórias. É um grito coletivo contra o apagamento, é sobre memória, resistência e futuro”.
Fran Santos, também atriz e cantora do grupo, reforça a importância da representatividade: “Este espetáculo é a prova de que nossas vozes não podem mais ser silenciadas. É emocionante ver o público se identificar com nossas histórias, perceber que a dor e a luta que atravessam as nossas personagens são vividas diariamente por tantas mulheres negras Brasil afora. Estamos aqui para afirmar nossa existência com orgulho e arte.”
Já Malusa, atriz e cantora que integra a montagem, destaca o caráter afetivo e espiritual do espetáculo: “Subir ao palco com este texto e estas músicas é um exercício de cura, de conexão com nossa ancestralidade e de fortalecimento coletivo. Cada cena é um chamado para que o público nos escute, mas também se reconheça, se sensibilize e, sobretudo, se mobilize por uma sociedade mais justa.”
Serviço:
Data: Sábado, 31
Horários: 14h – UFNT | 18h – Escola Estadual Campos Brasil
Entrada: Franca
Local: Araguaína (TO)
Realização: Grupo Artpalco
Parceria: Grupo Vozes de Ébano
Realização: Grupo Artpalco com produção do Instituto Social e Cultural Araguaia (Isca)
Patrocínio: Lei Aldir Blanc (PNAB), com apoio da Secretaria Municipal de Esportes, Cultura e Lazer de Araguaína e Ministério da Cultura.
Apoio: Comissão Especial para a Promoção de Políticas de Igualdade Racial na UFT (CEPPIR, UseMaya Artesanatos e Grupo de Capoeira Herança dos Pombais.
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