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Fotógrafo Emerson Silva destaca a arte e espiritualidade de Dona Romana no 38º Panorama da Arte Brasileira

O 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil Graus, que acontece no Museu de Arte Moderna de São Paulo, traz um olhar especial sobre a obra da artista mística Dona Romana, do Tocantins, por meio das lentes do fotógrafo Emerson Silva. Com curadoria de Germano Dushá e Thiago de Paula Sousa, a exposição explora temas contemporâneos e urgentes, trazendo a produção de artistas de várias regiões do Brasil, e fica em cartaz até 26 de janeiro de 2025, no Museu de Arte Contemporânea da USP.
Emerson Silva foi responsável por registrar as obras e o santuário de Dona Romana em Natividade (TO). Conhecida por suas esculturas e seu legado espiritual, Romana mantém um espaço que mistura arte, fé e misticismo, onde produz peças de cimento e pedra tapiocanga, além de guardar objetos e manuscritos que, segundo ela, serão úteis para os necessitados no futuro. Por orientação da própria artista, que prefere não retirar suas obras do local, a curadoria decidiu apresentar esses registros fotográficos na exposição, proporcionando uma experiência imersiva no universo da criadora.
Para Emerson Silva, o convite do MAM foi uma honra e uma oportunidade de capturar não apenas a arte, mas também a essência e a devoção de Dona Romana. “Ser contratado pelo MAM para fotografar um ícone e ter fotos expostas no MAC é incrível, mas nada supera a experiência de passar uma semana com Dona Romana. Esta exposição fala da arte e da fé dessa Mestra, e eu fui apenas o veículo que levou isso aos museus”, comenta o fotógrafo.
Durante o processo de produção, Emerson Silva mergulhou no cotidiano do santuário, convivendo com a artista e seus filhos. Ele relata que a imersão foi essencial para compreender o verdadeiro espírito das obras de Dona Romana e trazer esse sentimento para as imagens. “Foi uma experiência enriquecedora. Dormi e me alimentei na casa dela, participei de alguns dos ritos e aprendi muito sobre a espiritualidade que permeia suas criações. Sou grato ao universo e à comunidade de Natividade, que me apoiou nessa jornada,” acrescenta Silva.
A presença do fotógrafo tocantinense no Panorama do MAM é mais um marco em sua carreira dedicada à valorização da cultura do Tocantins. “Tudo o que conquistei vem do registro da cultura do povo tocantinense,” afirma Emerson, que acredita que a exposição é uma oportunidade de dar visibilidade não apenas ao seu trabalho, mas também ao legado artístico e espiritual de Dona Romana.
O 38º Panorama da Arte Brasileira busca refletir sobre temas como ecologia, espiritualidade e tecnologia, explorando a noção de “calor-limite” — uma metáfora para as urgências contemporâneas que, segundo os curadores, exigem transformação. As fotografias de Emerson Silva, que documentam o santuário de Dona Romana, são um exemplo de como a arte pode servir como um portal para compreendermos realidades diferentes, conectando espectadores a tradições e vivências profundas.
A exposição é gratuita e pode ser visitada de terça a domingo, das 10h às 21h, no MAC USP. Mais informações estão disponíveis no site oficial do MAM São Paulo.
Serviço: 38º Panorama da Arte Brasileira: Mil Graus
Curadoria: Germano Dushá, Thiago de Paula Sousa
Curadoria-adjunta: Ariana Nuala
Período expositivo: 5 de outubro de 2024 a 26 de janeiro de 2025
Realização: Museu de Arte Moderna de São Paulo
Local: Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC USP
Entrada gratuita
Texto: Seleucia Fontes
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Equipe de Produção das músicas Akwē em Ação grava canções tradicionais na Aldeia Morrão
Equipe Akwē em Ação grava músicas tradicionais na Aldeia Morrão, valorizando a cultura e identidade do povo Xerente no Tocantins.

Com o compromisso de valorizar e preservar a cultura ancestral do povo Xerente, a equipe de produção das músicas Akwē em Ação realizou uma importante expedição até a Aldeia Morrão, localizada no território indígena Xerente, no Tocantins. O objetivo da missão foi gravar músicas tradicionais indígenas, entoadas pelos próprios membros da comunidade, registrando cantos que atravessam gerações.
O produtor de gravação e demais integrantes da equipe se deslocaram até a aldeia levando equipamentos e estrutura necessários para captar, com qualidade, os sons, vozes e ritmos que expressam a identidade e espiritualidade do povo Akwē (Xerente). As gravações fazem parte de um projeto que une cultura, memória e resistência, buscando ecoar a força da música indígena além das fronteiras territoriais.
As canções, que serão lançadas futuramente em formato físico e digital, integram um movimento de salvaguarda do patrimônio imaterial indígena, além de dar visibilidade à riqueza cultural dos povos originários do Brasil.
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Fotolyricas do Cerrado ganha versão impressa em 2025
Angel Lima lança versão impressa de Fotolyricas do Cerrado, livro de haikais e fotos sobre o bioma tocantinense, com tiragem para escolas públicas.

A jornalista e artista visual Angel Lima lança em 2025 a versão impressa de seu primeiro livro autoral, Fotolyricas do Cerrado. A obra, que une haikais e fotografias do bioma cerrado, revela um olhar poético e visual sobre o Tocantins. A publicação marca uma nova etapa do projeto iniciado com o lançamento da versão digital em dezembro de 2024.
Livro terá distribuição para escolas públicas
Com apoio da Lei Paulo Gustavo Tocantins, por meio da Secretaria da Cultura e do Ministério da Cultura, a versão impressa de Fotolyricas do Cerrado terá parte da tiragem distribuída para bibliotecas de escolas públicas em diferentes municípios tocantinenses, por meio de parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc/TO).
“A distribuição para bibliotecas públicas é uma das contrapartidas do projeto, mas o público em geral também poderá adquirir o livro em livrarias de Palmas e pela internet”, ressalta a autora.
Natureza em verso e imagem
Em Fotolyricas do Cerrado, Angel entrelaça poesia e fotografia em uma proposta sensível e documental. Os haikais e imagens capturam a essência do Cerrado, abordando desde os ciclos naturais até contrastes simbólicos, como o fogo, a chuva e a resistência da semente.
A obra busca despertar um olhar mais atento e afetuoso para o bioma, promovendo consciência ambiental e valorização cultural.
Sobre a autora
Angel Lima é jornalista, fotógrafa e pesquisadora. Atua com temas ligados às culturas originárias, relações de gênero, natureza e territórios. É mestranda em Comunicação e Sociedade (PPGCom/UFT), com especializações em Estudos Latino-Americanos, Documentação Audiovisual e Ensino de Comunicação.
Com mais de 20 anos de trajetória na comunicação, Angel une técnica, sensibilidade e crítica em suas criações.
Ficha técnica
- Poemas e fotos: Angel Lima
- Apresentação e revisão: Luciana Andradito
- Prefácio: Ivan Cupertino
- Diagramação: Jackie Melo
- Capa: Angel Lima e Jackie Melo
- Assessoria de comunicação: Henrique Lopes
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Fotografia que encena memórias: exposição “Sala Aberta em foco” segue aberta até 30 de junho na UFT

Instantes de pura entrega, gestos que falam, olhares que atravessam a cena e o tempo. É esse o universo capturado pela fotógrafa e professora Ronalda Pinto na exposição “Sala Aberta em foco: fotografias de cena”, que segue aberta à visitação até o dia 30 de junho, no bloco Hôôxwa – Complexo Laboratorial de Teatro da Universidade Federal do Tocantins (UFT), câmpus de Palmas.
A mostra apresenta imagens poéticas de cenas teatrais criadas por estudantes do Curso de Licenciatura em Teatro da UFT entre 2021 e 2024, revelando os bastidores criativos do teatro universitário tocantinense. Mais do que registros visuais, as fotografias celebram a efemeridade do palco e a permanência da arte na memória sensível da imagem.
Com curadoria do professor Ricardo Malveira, a exposição convida o público a mergulhar nos processos artísticos que antecedem o espetáculo final. “As fotografias escolhidas revelam mais do que cenas. Elas testemunham processos, encontros humanos e camadas de sentido que emergem quando a arte do teatro encontra a arte da imagem”, ressalta Malveira.
A exposição contemplou também medidas de acessibilidade, com interpretação em Libras na solenidade de abertura, etiquetas em braille e textos adaptados para leitores de tela. Também estão previstas visitas guiadas para estudantes da Educação Básica, mediadas pela própria artista.
Sobre a fotógrafa
Egressa do curso de Teatro da UFT, Ronalda Pinto iniciou sua trajetória como fotógrafa em 2021, a partir de uma oficina promovida pelo Sesc Tocantins com a fotógrafa Flaviana OX. Desde então, tem se dedicado ao registro de apresentações cênicas com um olhar afetuoso e atento às sutilezas da cena teatral.
“A fotografia me permite reviver a intensidade dos espetáculos e homenagear os artistas em formação que fazem do palco um espaço de descobertas. Cada imagem guarda um instante de entrega e potência”, afirma Ronalda. Para ela, Sala Aberta em foco é uma forma de preservar a memória da cena e celebrar sua presença. “É um convite a olhar o teatro com novos olhos — por meio da lente que transforma o instante em permanência.”
Projeto
A exposição é uma iniciativa da fotógrafa Ronalda Pinto, com patrocínio do edital de Artes Visuais da Lei Aldir Blanc (PNAB), via Secretaria Estadual da Cultura (Secult) e Ministério da Cultura (MinC).
Serviço
Exposição “Sala Aberta em foco: fotografias de cena”
Local: Bloco Hôôxwa – Complexo Laboratorial de Teatro, UFT – Câmpus de Palmas
Visitação: até 30 de junho de 2025
Fotografias: Ronalda Pinto
Curadoria: Ricardo Malveira
Visitas guiadas para estudantes da Educação Básica (datas a confirmar)
Entrada gratuita
Realização: Projeto contemplado pelo 1º Edital de Fomento às Artes Visuais
Apoio: Curso de Licenciatura em Teatro da UFT | Fundação Cultural de Palmas
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