Faet e Senar
FRENTE PARLAMENTAR DO AGRONEGÓCIO E FAET AVANÇAM NA CONSTRUÇÃO DE NOVO CÓDIGO FLORESTAL DO TOCANTINS

Foram três reuniões importantes da Frente Parlamentar em Defesa do Agronegócio. Muita discussão entre produtores, parlamentares, representantes de entidades rurais, órgãos ambientais e profissionais ligados ao tema. Na pauta, o novo Código Florestal do Tocantins.
“Saio daqui hoje otimista e convicto de duas coisas: vamos caminhar para uma definição sobre o novo Código Florestal do Tocantins e os ZEEs (Zoneamento Ecológico-Econômico) e também, que agimos certo quando a FAET saiu na frente e fomentou a implantação da Frente Parlamentar do Agro na Assembleia. Agora sim, estamos tendo o espaço e o respeito que o produtor rural merece”, destacou Paulo Carneiro, presidente da Federação.
Encerrada as rodadas de conversação, o presidente acredita que esse momento histórico que o Tocantins está vivendo com uma ampla discussão de assuntos de interesse do setor vai marcar um diferencial na atividade agropecuária no Tocantins. Para o presidente da FAET, a insegurança jurídica no campo, que inibe investimentos no setor, está sendo combatida com o esforço das entidades rurais e do parlamento para a definição de regras claras para a atividade rural.
Segundo o presidente da FPA, Deputado Gutierres Torquato, o próximo passo será o de fazer o projeto do Código caminhar. Vamos analisar o conteúdo das propostas e tão logo o assunto volte à discussão na Assembleia, a Frente vai propor os ajustes, caso sejam necessários. “Queremos agir, já conversamos muito sobre esse assunto. Os produtores não podem ficar tanto tempo aguardando definições. Precisamos reestabelecer a segurança jurídica no campo”, destacou.
Na última reunião da FPA, além da FAET, também participaram representantes do Sindicato Rural de Araguaína, APROSOJA, ADSTO, Secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura e do Naturatins.
PONTOS RELEVANTES
O presidente do Naturatins, Renato Jayme, esclareceu aos presentes que cabe ao órgão a aplicação da lei e que depende do Código para agilizar as demandas dos produtores para licenciamento ambiental e outras funções de competência do órgão.
Aos produtores, a equipe do Naturatins disse ainda que eventuais alterações de limites de exploração econômica nas propriedades rurais e seus respectivos licenciamentos, dependem do zoneamento econômico para serem validados.
A questão preocupa os produtores, porque tanto o presidente da ADSTO, Arnardino dos Santos e do SR de Araguaína, Wagner Borges, afirmaram que sem segurança, muita gente pode desistir de investir no estado e buscar outras regiões do país.
Já a deputada Claudia Lelis destacou que o diferencial do Tocantins é que o avanço da atividade rural no estado precisa estar em consonância com as questões ambientais, para evitar o que ocorreu em estados como o Mato Grosso, onde a legislação construída entrou em conflito com a legislação federal. Por conta disso, o assunto está agora nas mãos da Justiça.
Faet e Senar
Jornada Técnica do Senar Tocantins destaca apicultura
Senar Tocantins realiza Jornada Técnica do Agronorte com foco em apicultura e capacitação de técnicos. Evento ocorreu em Tocantinópolis.

Tocantinópolis (TO) – Técnicos de campo, supervisores e instrutores do Senar Tocantins participaram da primeira Jornada Técnica do programa Agronorte no estado, com foco nas atividades de apicultura e meliponicultura, consideradas de alto potencial produtivo para a região.
Realizada de forma simultânea nos sete estados da Região Norte, a Jornada Técnica é uma iniciativa do Senar Central e tem como objetivo qualificar o corpo técnico das administrações regionais para ampliar os serviços de assistência técnica e extensão rural nos estados nortistas.
Capacitação estratégica
A etapa do Tocantins foi realizada em Tocantinópolis, e contou com a presença do zootecnista e consultor Heber Luiz Pereira, que ministrou, durante dois dias, conteúdos sobre novas técnicas de manejo de abelhas com e sem ferrão, com foco na produção de mel e seus derivados.
“A iniciativa do Senar Central é apoiar as administrações regionais com o que há de mais recente na apicultura e meliponicultura, para que os técnicos levem aos produtores informações mais relevantes e atualizadas”, destacou Heber.
Diagnóstico regional e ações planejadas
O assessor técnico da Diretoria de Educação Profissional do Senar, Vilton Francisco de Assis Júnior, acompanhou a jornada e explicou que o programa é resultado de um levantamento feito nos estados:
“Mapeamos as dificuldades e limitações dos produtores rurais e construímos um planejamento estratégico com ações eficazes para atender cada realidade”, ressaltou.
Expansão e impacto local
A diretora de Educação Profissional e Promoção Social do Senar Tocantins, Klísia Oliveira, informou que até o final do ano novas jornadas técnicas serão realizadas:
“Vamos promover capacitações em cadeias como bovinocultura, olericultura, fruticultura, entre outras, para atualizar nossos profissionais e melhorar ainda mais o atendimento ao produtor rural.”
Para a técnica de campo Bruna Dias Tavares, a jornada é uma oportunidade de aprimorar o que já se conhece:
“Mesmo com experiência, sempre aprendemos algo novo e adaptamos esse conhecimento à realidade do produtor.”
A supervisora de ATeG, Gabriella Souza Lima, também destacou a troca entre os participantes:
“Além do conteúdo técnico, a troca de experiências entre profissionais de diferentes regiões agrega muito à nossa prática.”
Já o técnico de campo Jefferson Melo apontou o acesso a novas tecnologias como diferencial:
“Essas capacitações nos permitem levar o que há de mais moderno aos produtores atendidos.”
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Lideranças do Agro discutem ampliação de programas do Sistema CNA/Senar e desafios ambientais na região norte

O anúncio foi feito pelo diretor geral do Senar, Daniel Carrara, durante reunião da Comissão Nacional de Desenvolvimento da Região Norte da CNA (Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil), realizada no estande do Sistema FAET/Senar, na 25a. Agrotins (Feira de Tecnologia Agropecuária do Estado do Tocantins).
Também foram tratados de assuntos como os desafios ambientais na região e a ampliação da parceria com o Sebrae no projeto “Juntos pelo Agro”, que visa desenvolver iniciativas que apoiem o produtor rural “da porteira pra fora” como na comercialização e formatação dos produtos para atender demandas do mercado.
Além dos presidentes das federações de agricultura do Amazonas, Muni Lourenço Silva Júnior, que preside a comissão, do Acre, Assuero Veronez, do Amapá, Luiz Iraçu Guimarães Colares, e do anfitrião do evento, Paulo Carneiro, presidente do Sistema FAET/Senar, também participaram Rayley Luzza e Jean,s Alves, superintendentes do Senar Tocantins e Amazonas; e Cláudia Stehling , coordenadora da Unidade de Agronegócio do Sebrae.
Saúde e assistência técnica no campo
Entre as medidas anunciadas, Daniel Carrara destacou a importância do programa Saúde no Campo, iniciativa lançada nacionalmente agora em maio pelo presidente da CNA João Martins, que visa oferecer atendimento preventivo e educativo a famílias rurais nos moldes da metodologia do Senar.
Segundo ele, a proposta é expandir significativamente o alcance da ação, especialmente na região Norte, onde há carência de serviços básicos. “O programa é para tratar da saúde dos produtores e suas famílias, que sejam atendidos pela assistência técnica e gerencial do Senar”.
Outro ponto de destaque foi a ampliação da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). A proposta é dobrar o número de propriedades atendidas na região — das atuais 10 mil para 20 mil — dentro do programa “Agronorte”, levando modelos tecnológicos para cadeias produtivas como pecuária, agricultura anual, fruticultura, piscicultura e recuperação econômica de áreas de preservação permanente (APPs).
Carrara também frisou a necessidade de investir na formação de técnicos e instrutores, buscar parcerias com instituições como a Embrapa e fortalecer a comunicação para difundir boas práticas e casos de sucesso. “Hoje nosso maior gargalo é encontrar técnicos capacitados para promover o desenvolvimento que a região precisa”, alertou.
Crédito rural e inovação
O diretor do Senar abordou ainda o papel do Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), apontando que o Sistema CNA é investidor da iniciativa. A proposta é compreender e testar o funcionamento do fundo como alternativa de crédito para os produtores rurais, com vistas a sua futura ampliação.
Parceria com o Sebrae e desafios ambientais
Cláudia Stehling apresentou os objetivos do projeto “Juntos pelo Agro”, conduzido em parceria com o Sebrae. A iniciativa busca fortalecer a gestão e a sustentabilidade dos negócios rurais, promovendo capacitação e apoio direto aos produtores.
A reunião também tratou de um tema sensível: as notificações ambientais do Ibama a produtores rurais. As lideranças manifestaram preocupação com o clima de insegurança jurídica no campo, apontando que as autuações, muitas vezes sem diálogo prévio, podem levar à falência de produtores e ao colapso de atividades produtivas em várias regiões.
O presidente da FAET, Paulo Carneiro, considerou que a questão ambiental é prioridade na pauta do agro na região norte. “O produtor precisa ter tranquilidade para fazer o que ele sabe fazer que é produzir”.
O encontro reforçou o compromisso das entidades com o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal e o apoio direto aos homens e mulheres do campo que enfrentam os desafios de produzir em uma das regiões mais estratégicas do país.
“Tivemos uma reunião com temas muito importantes, como a questão dos embargos ambientais, e a CNA e as federações vão dar encaminhamentos muitos concretos em defesa dos interesses dos produtores da região”, concluiu o presidente da Comissão.
Faet e Senar
Mercado Pecuário Passa por Fase Rara de Alta e Requer Estratégia, Alerta Especialista em Evento do Sistema FAET/Senar/Sindicatos
Durante palestra realizada no estande do Sistema FAET/Senar/Sindicatos, a médica veterinária e especialista em mercado pecuário, Lygia Pimentel, apresentou uma análise sobre o atual momento da pecuária brasileira e os reflexos do cenário econômico internacional na cadeia produtiva.

A exportação tem sido um fator-chave. O Brasil bateu recordes de vendas para o mercado externo, mas, paradoxalmente, o preço pago ao produtor não refletiu esse desempenho. “Vendemos muito, mas não vendemos bem. O produtor não viu essa valorização chegar no campo”, pontuou.
Contexto Global Influi no Mercado
A palestra também trouxe um panorama do cenário econômico internacional, especialmente nos Estados Unidos e China — os dois maiores compradores da carne brasileira. A dívida pública dos EUA atingiu um patamar recorde de 35 trilhões de dólares, com aumento de 6,5%. Os juros médios giram em torno de 4% ao ano, consumindo 3,2% do PIB americano.
Lygia destacou a atuação do presidente Donald Trump, que adotou medidas protecionistas para estimular a indústria interna. “Foi um discurso populista, mas jogou duro nas negociações. Depois recuou, mas conseguiu impor uma taxação média de 10% e a impressão que os países gostaram”, afirmou.
Nesse contexto, a China, maior cliente dos EUA e do Brasil, acabou sentando à mesa para negociar, diante de um enfraquecimento econômico interno agravado por problemas demográficos e excesso de imóveis desocupados.
Segundo Lygia, tanto Trump quanto Xi Jinping são “negociadores habilidosos” e o Brasil não deve ser prejudicado, já que a soja e carne brasileiras continuam sendo commodities altamente competitivas.
Desafios Internos
O cenário interno, no entanto, preocupa. Lygia alertou que, apesar do aumento na arrecadação, os gastos públicos também cresceram em ritmo acelerado. “Com juros a 14,75% e inflação em 5%, o governo precisa arrecadar 20% a mais só para fechar as contas. E quer fazer isso criando impostos sobre tudo”, criticou.
O Ciclo Pecuário e as Oportunidades
Sobre o comportamento do mercado da pecuária, Lygia enfatizou que o chamado “ciclo pecuário” não é invenção dos frigoríficos, mas uma realidade histórica do setor. “Quando há retenção de fêmeas, os preços sobem, mas não por muito tempo. Depois, vem a queda”, explicou.
Ela orientou os produtores a entenderem esse ciclo e aproveitarem o momento atual de margem positiva. “Agora é hora de reposição. Commodity se ganha no giro, não em vender na alta. A jogada é comprar com preço baixo e vender com margem”, aconselhou.
A expectativa é que o mercado da arroba siga valorizado nos próximos anos. A projeção para 2027 é de R$ 415,00, com o segundo semestre de 2025 podendo atingir R$ 340,00. No entanto, a seca que se aproxima pode provocar uma tendência de baixa a curto prazo.
Por fim, Lygia reforçou que, apesar do aumento nos custos, o preço da carne brasileira segue competitivo no mercado internacional. “Com o dólar valorizado, mesmo em um cenário interno difícil, a exportação continua rentável. É hora de fazer caixa”, concluiu.
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