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Cultura

Galega Preta leva cultura afro a 4 escolas na Consciência Negra

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Galega Preta leva cultura afro-brasileira às escolas de Palmas

Projeto Galega Preta leva cultura afro a 4 escolas de Palmas na Semana da Consciência Negra, com música, oficinas e diálogo contra o racismo.

Galega Preta iniciou nesta terça-feira, 18, sua segunda edição com o propósito de fortalecer identidade, cultura afro-brasileira e autoestima de crianças e jovens das escolas públicas de Palmas. A iniciativa, idealizada pela cantora tocantinense Núbia Dourado e realizada pelo Instituto Terra Dourada, integra a programação da Semana da Consciência Negra e foi contemplada pela Política Nacional Aldir Blanc (PAAR 2024).Durante dois dias de atividades, quatro unidades de ensino recebem rodas de conversa, oficinas culturais, apresentações musicais e conteúdos voltados à valorização da ancestralidade afro-brasileira. As ações acontecem em um período marcado nacionalmente pela reflexão sobre a luta contra o racismo, celebrado no dia 20 de novembro, data instituída em memória de Zumbi dos Palmares.

O projeto aprofunda discussões essenciais ao ambiente educacional, contribuindo para práticas culturais que unem afeto, educação e inclusão. A primeira edição, realizada em 2021, resultou em um documentário reunindo relatos de meninas e mulheres que sofreram racismo no ambiente escolar. Agora, a proposta retorna ampliada, fortalecendo um diálogo contínuo sobre diversidade, memória e representatividade.

Cultura, autoestima e pertencimento

Núbia Dourado destaca a emoção em retomar o Galega Preta. “Estou muito feliz em trazer novamente o projeto, agora com o apoio da Lei Aldir Blanc. Em 2024, realizamos ações independentes em algumas escolas e sempre fomos muito bem recebidos. As crianças adoram e os convites são constantes. Unir cultura e educação é essencial para contribuir na formação das crianças e jovens, especialmente no debate sobre identidade e combate ao racismo”, afirma.

As vivências incluem oficinas de turbantes, contação de histórias afrocentradas, rodas de conversa sobre identidade e apresentações musicais que celebram ritmos e narrativas de matriz africana. A presença de convidadas e convidados especiais enriquece o diálogo e amplia repertórios simbólicos para os estudantes.

Entre os parceiros culturais desta edição estão Jardilene Gualberto, escritora e contadora de histórias, Suelene de Paiva, trancista e cabeleireira, e o mestre Márcio Bello, do Tambora do Tocantins. As ações combinam conhecimento tradicional, expressão artística e práticas corporais afro-indígenas, valorizando a diversidade cultural brasileira.

Programação

18 de novembro – Terça-feira

8h30 – ETI Olga Benário
Roda de conversa e apresentação musical com Núbia Dourado
Convidada: Jardilene Gualberto
Atividade: Contação de histórias

14h – CEMEI Cantinho do Saber
Roda de conversa e apresentação musical com Núbia Dourado
Convidada: Suelene de Paiva
Atividade: Oficina de turbante

19 de novembro – Quarta-feira

9h – Escola Estadual Setor Sul
14h30 – Colégio Uperimm
Roda de conversa e apresentação musical com Núbia Dourado
Convidado: Mestre Márcio Bello
Atividade: Oficina de ritmos tradicionais afro-indígenas

Importância do projeto no contexto educacional

Segundo o Ministério da Cultura (gov.br/cultura), iniciativas que unem arte e educação são fundamentais para fortalecer políticas públicas de diversidade cultural. A Fundação Palmares (gov.br/palmares) destaca que ações como o Galega Preta contribuem para ampliar repertórios culturais e combater o racismo estrutural no país.

No Tocantins, outras iniciativas culturais também reforçam o protagonismo de artistas e agentes culturais, como a posse de Regina Chaves na Secretaria da Cultura (leia aqui) e eventos como o Festival Estudantil Salve Cerrado (confira). Esses movimentos revelam um ambiente cultural mais ativo, diverso e comprometido com políticas afirmativas.

Objetivo central

Promover diálogos abertos sobre identidade, diversidade, racismo e ancestralidade é o eixo principal do projeto. Criar espaços de escuta e acolhimento possibilita que crianças e jovens reconheçam sua história, desenvolvam autoestima e compreendam a força de sua herança cultural. A cultura, aqui, torna-se instrumento de transformação social e de construção de respeito e empatia.

Realização

Proponente: Instituto Terra Dourada
Projeto realizado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc – PAAR 2024, do Ministério da Cultura, operacionalizados pela Secretaria da Cultura do Tocantins.

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