Quem é Júlio Edstron
Advogado, mestre em Direito pela Universidade Católica de Brasília e doutor em Direito pelo UniCEUB. Atuou como Controlador Geral da Prefeitura de Palmas, secretário de Fazenda do Tocantins, assessor especial no Tribunal de Contas e membro da Comissão de Ensino Jurídico da OAB de Minas Gerais. No meio acadêmico, é professor do curso de Direito da FBR, pesquisador convidado do UniCEUB e editor executivo da Revista Eletrônica de Políticas e Ação no Terceiro Setor.
Valor agregado e industrialização
A proposta é ir além da extração e priorizar cadeias de beneficiamento no Tocantins. Exemplos citados incluem fábricas de cimento que utilizem calcário local e unidades de processamento de minerais estratégicos para tecnologia, com o objetivo de reter riqueza no estado e gerar empregos qualificados.
Desenvolvimento regional e impacto social
Com tecnologia e responsabilidade, a mineração é vista como vetor de investimentos, arrecadação e royalties que podem fortalecer infraestrutura, saúde e educação, criando um ciclo virtuoso de oportunidades nas comunidades.
Inclusão produtiva e diversidade de portes
O plano abrange grandes projetos e também empreendimentos de médio e pequeno porte, com estímulo a cooperativas de mineração. A ideia é distribuir benefícios de forma ampla e fortalecer a resiliência econômica.
A hora e a vez da mineração no Tocantins
O Tocantins, um estado jovem com alma de gigante, é uma terra de contrastes e riquezas. Embora a agricultura e as belezas naturais dominem o cenário, há um pilar econômico silencioso e poderoso pronto para emergir: a mineração. Longe de ser apenas a extração de rochas, o setor se posiciona como a próxima grande fronteira para o desenvolvimento sustentável, prometendo diversificar a economia e impulsionar uma nova era de prosperidade.
O solo tocantinense guarda um tesouro geológico. Sua riqueza mineral, que inclui calcário, agregados para construção e até gemas, já movimenta uma cadeia produtiva essencial, gerando empregos e injetando recursos nos municípios. No entanto, o verdadeiro potencial reside nas jazidas ainda a serem plenamente exploradas. A mineração, quando realizada com tecnologia e responsabilidade, pode ser a chave para atrair investimentos de grande porte, aumentando a arrecadação de impostos e royalties, que se traduzem em mais infraestrutura, saúde e educação para a população.
O Estado do Tocantins não pode se limitar a exportar sua matéria prima. O futuro do setor está na agregação de valor. A verdadeira revolução na mineração do Tocantins não está apenas em escavar, mas em transformar. Em vez de enviar o minério bruto para outras regiões, o estado tem a oportunidade de construir suas próprias indústrias de beneficiamento. Imagine fábricas de cimento que utilizam o calcário local, ou unidades de processamento de minerais raros essenciais para a alta tecnologia.
Essa mudança de paradigma cria um ciclo virtuoso. Gera empregos mais qualificados, fortalece a cadeia produtiva ao atrair empresas de logística e serviços, e garante independência econômica ao tornar a economia mais resiliente às flutuações do mercado global. Ao dar esse passo estratégico, o Tocantins deixa de ser apenas um fornecedor e se torna um produtor de valor, retendo no estado uma parte muito maior da riqueza gerada pelo seu subsolo.
A mineração, quando conduzida com responsabilidade social e ambiental, vai muito além da extração de recursos. Ela se torna um motor para a construção de futuros melhores. Os projetos de mineração podem impulsionar o desenvolvimento de comunidades inteiras.
Ao gerar empregos e renda, reduzem a informalidade e oferecem oportunidades de qualificação profissional. Além disso, a arrecadação de impostos e royalties pode ser direcionada para aprimorar serviços públicos como escolas, hospitais e saneamento básico, melhorando a qualidade de vida. É essa visão que o Tocantins deve abraçar. Uma mineração que não apenas retira, mas que também devolve, criando um legado de prosperidade e bem estar para as próximas gerações.
O futuro da mineração no Tocantins reside na diversidade e na inclusão. Para que o setor floresça de forma completa e equitativa, não se pode depender apenas de projetos de grande porte. É crucial incentivar também empreendimentos de médio e pequeno porte, especialmente por meio de cooperativas. Assim, a riqueza mineral é distribuída de maneira mais ampla, empoderando comunidades e gerando oportunidades para pequenos mineradores. Ao integrar todos os níveis da atividade, desde grandes empresas até iniciativas comunitárias organizadas, o Tocantins constrói uma mineração mais robusta, resiliente e socialmente justa.
A hora e a vez da mineração no Tocantins é agora. Este não é apenas um chamado para a exploração, mas um convite para o desenvolvimento inteligente e sustentável. Ao aliar a riqueza de seu subsolo com a visão de industrializar e agregar valor, o Tocantins pode pavimentar um caminho de crescimento robusto e duradouro, garantindo que o futuro do estado seja tão brilhante quanto as gemas que ele guarda.
Júlio Edstron Secundino Santos
Diretor presidente da Mineratins