Educação
Governo do Tocantins destina 230 vagas para educadores indígenas em concurso público da Educação

O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Administração (Secad) e da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), está com inscrições abertas, até o dia 10 de abril, do concurso para provimento de 230 vagas para Professor da Educação Básica do quadro de Cargos, Carreiras e Remuneração dos profissionais da educação básica do Estado.
Indígenas, com a devida formação, podem concorrer a 143 vagas ofertadas para o cargo de Professor da Educação Básica; 25 vagas para Orientador Educacional e 62 vagas para Coordenador Pedagógico. As provas estão agendadas para o dia 11 de junho de 2023. Os editais completos estão disponíveis no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O governador Wanderlei Barbosa destaca a realização do certame como apenas uma das diversas ações que garantirão a proximidade da Gestão Estadual com as comunidades indígenas, garantindo-lhes acesso a direitos básicos, neste caso, à educação. “Estamos trabalhando e vamos sempre trabalhar para que as populações indígenas tenham suas culturas preservadas e para que cada indivíduo possa desenvolver sua autonomia por meio da educação”, pontua o Governador.
O secretário de Estado da Administração, Paulo César Benfica Filho, enfatiza o certame para educação indígena como mais um ato que revalida o compromisso da Gestão Estadual com toda a população tocantinense. “A oferta de vagas para professores na educação indígena é um grande investimento para toda a população e prova do compromisso do governador Wanderlei Barbosa com os estratos sociais”, afirma.
Educação e desenvolvimento
O Governo do Tocantins atende 130 escolas indígenas, sendo 95 escolas criadas e 35 extensões, somando 5.966 estudantes, distribuídos em seis Diretorias Regionais de Educação (Dres), nos municípios de Gurupi, Paraíso do Tocantins, Miracema, Pedro Afonso, Araguaína e Tocantinópolis. Estão inseridos nessa estrutura de atendimento educacional os povos tocantinenses Apinajé, Javaé, Karajá, Karajá-Xambioá, Krahõ, Krahô-Kanela e Xerente.
Para a secretária de Estado dos Povos Originários e Tradicionais do Tocantins, Narubia Werreria, a realização desse certame é uma iniciativa que precisa ser permanente e ampliada para a população indígena do Estado. “A educação escolar indígena é uma conquista histórica dos povos originários e é muito importante que essa educação conte com profissionais que entendam essa realidade cultural. Hoje, contamos com indígenas capacitados para atender as comunidades nas suas especificidades, pois a educação indígena prevê, dentre outros pontos, o ensino da língua materna e a inclusão das nossas festividades. E essa iniciativa é muito importante para fixar profissionais que fomentem essas especificidades”, esclarece Narubia Werreria.
O gerente da Educação Indígena, da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Waxiy Maluá Karajá, explica que, desde 2008, não é realizado um concurso que atenda a demanda de professores na educação indígena do Tocantins. “A efetivação desses professores garante a participação dos indígenas de forma efetiva no processo educacional dentro das aldeias, visto que a escola indígena é criada especificamente para atender as demandas de estudantes indígenas onde estarão aprendendo sobre sua própria cultura”, pontua Waxiy Maluá.
Atualmente, as escolas indígenas tocantinenses atendem do 1° ao 9° ano do ensino fundamental, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) contando com um efetivo de 453 professores indígenas e não indígenas.
Inscrições e provas
As inscrições seguem até o dia 10 de abril e os candidatos às vagas para a educação indígena terão isenção na taxa de inscrição. O concurso será realizado em uma única etapa de execução com duas fases. Sendo a primeira, de exame de habilidades e conhecimentos aferidos por meio de aplicação de provas objetivas e discursivas, de caráter eliminatório e classificatório; e a segunda, de avaliação de títulos, de caráter unicamente classificatório.
As provas ocorrerão em sete municípios tocantinenses: Araguaína, Araguatins, Arraias, Gurupi, Miracema do Tocantins, Palmas e Paraíso do Tocantins.
O edital completo pode ser acessado pelo Diário Oficial do Estado do Tocantins e no site da Fundação Getúlio Vargas, no endereço eletrônico https://conhecimento.fgv.br/
Educação
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Educação
Volta às aulas: escolas recebem alimentos diretamente da produção indígena, da agricultura familiar e do agroextrativismo

Uma boa aprendizagem depende de algumas condições, e a alimentação escolar rica em nutrientes é um desses importantes requisitos. Nessa volta às aulas, a escola Xerente, São José, localizada em Tocantínia (TO), é um exemplo do avanço na compra direta de agricultores e extrativistas da própria comunidade. São tios, pais e avós que contribuem para uma alimentação escolar com menos produtos industrializados e mais alimentos frescos, saudáveis e adequados ao costume alimentar das crianças indígenas.
A professora e mãe, Belcilene Sibakadi Xerente, reforça o impacto da alimentação na aprendizagem das crianças. “Desde que surgiu o alimento diretamente da roça para as escolas eu fiquei muito feliz por meus alunos – meus filhos, porque comparo como filhos – estarem comendo um alimento saudável, um alimento fresco e riquíssimo em ferro e nutrientes, e não com validade, enlatado. É um desenvolvimento melhor ver as crianças de barriga cheia com comida típica Xerente, ficam mais espertos”, conta.
Além dos benefícios nutricionais, a compra direta tem logística de transporte de alimentos simplificada e fortalece a comunidade com a geração de renda sustentável e de baixo carbono. O procurador do Ministério Público Federal (MPF) e coordenador da Catrapovos Tocantins, Dr. Álvaro Mazano, reforça a relevância das políticas de alimentação escolar.
“O fato de o alimento ser adquirido no próprio local onde a escola está inserida faz com que esse alimento tenha uma maior pertinência com as crianças, melhora a qualidade dos alimentos que são servidos e permite que haja geração de renda para os pais dessas crianças. E queremos que chegue a 100% do PNAE. O ideal é que toda a alimentação seja produzida no próprio local onde ele é consumido”, explica o procurador.
Alimentação escolar em números
Das 139 escolas localizadas na zona rural do Tocantins, 95 são indígenas, 43 são do campo (rurais) e duas são quilombolas, de acordo com a Secretaria de Educação do Estado. Essas instituições atendem milhares de alunos em contextos culturais e territoriais diversos e requerem uma abordagem diferenciada para garantir a qualidade alimentar.
O Tocantins registra 9.770 matriculados em área de assentamento, 7.659 matrículas em escolas indígenas e 1.933 matrículas em escolas quilombolas, indicando uma demanda significativa por intervenções alimentares culturalmente adequadas.
Compra direta da comunidade
A Lei nº 11.947/2009 determina que no mínimo 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) devem ser utilizados na compra de produtos da agricultura familiar. No entanto, embora seja observado avanço, muitos municípios ainda não cumprem a legislação, que pode ser a solução para uma alimentação mais saudável no contexto escolar.
Segundo dados do PNAE, entre os municípios com povos e comunidades tradicionais que ainda não cumprem os 30% e que poderiam se desenvolver a partir dessa política, destacam-se Arraias, Paranã, Carrasco Bonito, Itacajá, Itaguatins, Mateiros, Maurilândia, Muricilândia, São Bento, São Félix do Tocantins e Tocantínia.
Já os municípios que atingiram a exigência mínima, podem expandir sua atuação, especialmente frente à tramitação do PL 5352/2016, que pretende aumentar para 40% o percentual de alimentos provenientes da agricultura familiar. Conforme o projeto, esse percentual deve chegar a 70% até o final de 2028.
No entanto, não é necessário aguardar a legislação. Gestores podem sair na frente e aplicar recursos do PNAE, do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e recursos complementares do município, tudo em alimentos produzidos localmente, inclusive contemplando a diversidade alimentar presente nos territórios.
E para preparar as comunidades para acessar o mercado institucional, a servidora da Funai, Maria Clara Bernardes, conta que desde 2023 têm sido realizadas oficinas nos territórios indígenas. “Foi identificada uma lacuna de informações sobre a realidade da produção e o mapeamento de agricultores. Então a Funaipassou a organizar as consultas e oficinas nos territórios, com diagnóstico de roças para identificar a abundância de alimentos tradicionais nos territórios, quebrando o paradigma de que a produção não seria o suficiente”, explica.
Catrapovos
A Mesa Permanente de Diálogo Catrapovos Brasil é uma iniciativa que visa estimular a alimentação regionalizada em escolas de territórios indígenas e tradicionais. A Catrapovos foi criada em 2021 pela Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (MPF) para replicar em todo o país a boa prática desenvolvida pela Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas (Catrapoa).
A mesa é composta por representantes de órgãos públicos e da sociedade civil e discute os entraves e soluções, buscando juntos as formas de viabilizar as compras públicas da produção de comunidades indígenas e tradicionais, garantindo o cumprimento da lei sobre a aquisição de, no mínimo, 30% de produtos da agricultura familiar, além do direito à alimentação escolar adequada aos processos de produção e cultura local.
No Tocantins a Catrapovos é composta pelo MPF, Funai, Cecane/UFT, Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática, Conab, Seduc, Consea, Ruraltins, entre outras organizações que trabalham para otimizar a alimentação escolar tradicional, sendo a participação popular, sempre bem-vinda.
Educação
3 cursos extracurriculares que toda criança deveria fazer para desenvolver novas habilidades
Especialista destaca como o acesso a novos conhecimentos na infância impulsiona o aprendizado e o desenvolvimento integral das crianças.

Em um mundo cada vez mais conectado e dinâmico, o aprendizado infantil precisa ser completo e prático. O estímulo de novos conhecimentos na infância é muito importante e ultrapassa as salas de aula convencionais. É o que explica Vinícius Diégues Fuzessy Colares, responsável pela Jumper! Profissões e Idiomas, de Gurupi no Tocantins. “Cursos como robótica, informática e inglês infantil têm se mostrado grandes aliados no reforço escolar, ampliando o raciocínio lógico, a criatividade e até a autonomia dos pequenos. Essas formações ajudam a despertar o interesse pelo conhecimento de forma leve, lúdica e interativa”, comenta. Pesquisas do Afterschool Alliance mostram que alunos em atividades pós-escolares de qualidade têm melhor frequência, comportamento e desempenho em testes e notas, com ganhos de até 38 % em taxa de promoção e notas melhores em leitura e matemática. Isso se traduz em mais engajamento nas atividades escolares e até melhora no rendimento. O especialista listou os benefícios desses cursos e os impactos positivos no desenvolvimento.
Robótica
A robótica é uma atividade que estimula diversas competências importantes, como raciocínio lógico, pensamento crítico, resolução de problemas e trabalho em equipe. De maneira lúdica e interativa, permite que as crianças tenham contato com conceitos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O curso é indicado para crianças entre 8 e 12 anos que demonstram interesse por matemática, programação, mecânica e elétrica, além de possuírem raciocínio lógico mais desenvolvido. Ao mesmo tempo, ajuda os pequenos a compreender, na prática, como a tecnologia pode ser aplicada para tornar a vida das pessoas melhor.
Inglês
Aprender um segundo idioma na infância não só amplia as possibilidades de comunicação no futuro, como também fortalece a memória, o foco e a capacidade de resolver problemas. Para que o aprendizado de inglês seja efetivo, é fundamental que seja divertido, contextualizado e respeite o ritmo de cada criança. A metodologia pode variar conforme a idade e os objetivos do curso, permitindo que os alunos comecem a se comunicar em inglês desde o primeiro dia. Além disso, o estudo da língua ajuda a exercitar o cérebro, ampliando conexões neurais e estimulando funções cognitivas. Aprender inglês na infância facilita a fluência e a desenvoltura no idioma, constrói habilidades de comunicação, como alternar entre idiomas, e é essencial para a comunicação global, cada vez mais presente no dia a dia das crianças.
Informática
Mais do que apenas aprender a “mexer no computador”, os alunos desenvolvem pensamento lógico, autonomia e criatividade para realizar tarefas escolares com mais eficiência. Destinado a crianças de 7 a 11 anos, o curso é ideal para quem tem interesse em tecnologia e deseja ampliar seus conhecimentos desde cedo. De forma lúdica e interativa, os pequenos aprendem conceitos essenciais de informática, como sistema operacional, componentes do computador, internet, Excel, PowerPoint, Word, Paint e e-mail. Além de despertar habilidades práticas, o curso também é um excelente aliado nos estudos, auxiliando na realização de trabalhos escolares e projetos acadêmicos.
“Aprender de forma prática, divertida e próxima da realidade da criança torna o conhecimento mais fácil e significativo. Cursos como Robótica, Inglês e Informática desenvolvem autonomia, entusiasmo e mostram que aprender pode ser leve e transformador”, finaliza.
Sobre a Jumper! Profissões e Idiomas
Criada em 2003, a Jumper! Profissões e Idiomas é uma rede de ensino que conta com mais de 40 cursos profissionalizantes e de língua estrangeira para crianças e adultos. Com mais de 600 mil alunos formados pela instituição, a empresa tem 60 unidades espalhadas pelo país. Além de transformar o futuro das pessoas através da educação, a Jumper! Planeja dobrar o número de franquias em 2025.
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