Governo do Tocantins dialoga com representantes da Embrapa Mato Grosso do Sul sobre protocolo de redução de carbono no setor agropecuário

Conceito Carne Carbono Neutro (CCN) garante produção sustentável no sistema pecuário.

Com o objetivo de conhecer soluções para a mitigação e/ou neutralização das emissões de gases de efeito estufa (GEE), o Governo do Tocantins, por meio da Tocantins Parcerias, dialogou com representantes da Embrapa do estado de Mato Grosso do Sul (MS), sobre a marca-conceito Carne Carbono Neutro (CCN). O protocolo visa atestar a carne bovina que apresenta seus volumes de emissão de GEEs neutralizados durante o processo de produção pela presença de árvores em sistemas de integração do tipo silvipastoril (pecuária-floresta, IPF) ou agrossilvipastoril (lavoura-pecuária-floresta, ILPF), por meio de processos produtivos parametrizados e auditados. A reunião aconteceu nesta quarta-feira, 24, de forma virtual.

O marca-conceito Carbono Neutro (CCN), desenvolvido pela Embrapa, é representada por um selo alusivo à produção de bovinos de corte sob sistemas de integração, com a introdução obrigatória do componente arbóreo como diferencial. Este conceito contribuirá para fomentar a implementação de sistemas de produção pecuários mais sustentáveis, especialmente quanto ao aspecto ambiental, com a introdução do componente arbóreo, capaz de neutralizar o metano emitido pelo rebanho, de forma a agregar valor à carne produzida nestes sistemas.

Conforme o presidente da Tocantins Parcerias, Aleandro Lacerda, a expectativa é viabilizar a política de carbono neutro no setor produtivo com base nas experiências do protocolo criado pela Embrapa, com a integração entre a Secretaria de Agricultura e Pecuária, Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Embrapa e demais órgãos, para levar apoio técnico em projetos de carbono ao pequeno, médio e grande produtor rural, no sistema de pecuária.

“No Tocantins, temos o programa REDD+, com diálogo aberto com o setor do agro, que sempre busca agregar valor na pauta de redução de carbono em suas propriedades. Dessa forma, a criação de gado de corte permite que o produtor faça uma adicionalidade na propriedade gerando maior número de créditos de carbono a receber, dentro de um projeto privado”, explicou o gestor.

A marca tem um grande potencial de valorização da carne, ao longo de toda a cadeia, desde o produtor até o consumidor, com forte apelo para a sustentabilidade e menor impacto ambiental. Com isso, há uma perspectiva de visibilidade e competitividade nos mercados interno e, principalmente, externo, melhorando a imagem da pecuária do país.

Também participaram do encontro a equipe técnica da Tocantins Parcerias e os representantes técnicos da Embrapa Mato Grosso do Sul, Roberto Giolo de Almeida, Manuel Motta Macedo e Ademir Fontana.