Educação
Grupo de teatro palmense prepara adaptação de clássico para comemorar 10 anos de história

Uma versão abrasileirada de Romeu e Julieta estreia em junho
O Grupo Um Ponto Dois de teatro nasceu em 2012, em uma Escola de Tempo Integral de Palmas, e de lá para cá já atingiu um público de mais de 30 mil pessoas, com espetáculos teatrais, obras audiovisuais e oficinas. A trupe agora prepara a estreia do espetáculo Maria Julieta e Zé Romeu, uma versão abrasileirada do clássico de Shakespeare, dirigida por Barbara Tavares. A obra a ser encenada é também uma adaptação da peça Senhor Rei, Senhora Rainha escrita em 1970 pelo dramaturgo piauiense Benjamim Santos, que já se inspirava no romance mais encenado da história. A produção do Grupo Um Ponto Dois é assinada pela dramaturga Nadia João, de Brasília, e homenageia as obras dos outros dois autores, trazendo elementos do maracatu, um pedido do grupo à autora.
Para o fundador do grupo, Justino Vettore, a nova montagem representa bem o fazer teatral dos artistas. “Palmas é uma cidade que reúne pessoas de diversos lugares do País, e nosso grupo é resultante dessa migração de artistas que se encontraram aqui e se erradicaram tocantinenses e desejam narrar histórias que enalteçam nossas regionalidades. Por isto, para comemorar nossos dez anos de existência, é que o grupo é dirigido pela primeira vez por uma diretora externa, e com uma dramaturga convidada, sob a perspectiva de um clássico mundial narrado por Benjamim Santos, importante dramaturgo da literatura infantil brasileira”. Justino assina também a produção e a assistência de direção do espetáculo.
A diretora do espetáculo, Bárbara Tavares, é professora efetiva do curso de licenciatura em Teatro, da Universidade Federal do Tocantins, natural do Rio de Janeiro (RJ), mas foi em Brasília que dirigiu seus principais trabalhos. Barbara reside no Tocantins, desde 2013, e fala da importância do Grupo Um Ponto Dois para o Estado. “É lindo acompanhar a existência deles, ver a evolução do grupo e a dedicação dos artistas em produzir obras que enalteçam nossas culturas. E esta parceria entre o grupo e a Universidade Federal do Tocantins, é antiga e fortalece ambas as partes e quem sai ganhando é o tocantinense que é contemplado com histórias tão bonitas e bem feitas por estes artistas”.
O novo espetáculo do grupo conta com a participação de Amanda Nobre, atriz e ex-aluna da Escola de Tempo Integral Padre Josimo Tavares e que retornou ao grupo este ano para a montagem comemorativa. “O teatro sempre me foi uma fonte de energia positiva, estive no Um Ponto Dois nos cinco primeiros anos e, assim que pude voltar, retornei. Só eu sei o quanto o teatro contribuiu na minha vida e se eu puder aconselhar, eu digo: façam teatro, façam arte e reconheçam o trabalho dos artistas.”
Com estreia prevista para a primeira quinzena de junho, a história conta sobre o romance entre dois jovens de famílias rivais, que tramam um plano para ficarem juntos. A dramaturga Nadia João conta um pouco mais sobre a narrativa “Recebi com imensa alegria a missão de contribuir com esta dramaturgia de acordo com os desejos do grupo, o texto de Benjamim Santos traduz de maneira poética e lúdica os versos de Shakespeare, o que fizemos nesta adaptação foi constituir um enlace com as culturas do maracatu e toda mística da cultura popular brasileira, espero que gostem” concluiu a escritora.
O Grupo UPD
Com dez anos completados em agosto do ano passado, o grupo palmense já produziu oito espetáculos, três curtas metragens, dois documentários e um seriado disponível no You Tube com oito episódios. Atingindo um público estimado de mais de trinta mil pessoas, o grupo é reconhecido pelo Ministério da Cultura como Ponto de Cultura e é referência da arte teatral realizada no norte do Brasil.
O nono espetáculo do grupo é produzido de forma independente e conta no elenco com: Amanda Nobre, Ana Kamila Castaño, Icaro Railan, Karla Pollyanna, Sávio Danrlley, Patrícia de Sá. A artista Vivian Oliveira assina a cenografia e figurino, já a iluminação é de Lúcio Miranda, o espetáculo conta ainda com melodias inéditas do músico Heitor Oliveira.
Educação
Instituto Coca-Cola Brasil apoia jovens no futuro
ratuito e 100% digital, o Coletivo Online do Instituto Coca-Cola Brasil capacita jovens de 16 a 25 anos para o mercado de trabalho, com certificado e acesso a vagas.

Educação
Volta às aulas: escolas recebem alimentos diretamente da produção indígena, da agricultura familiar e do agroextrativismo

Uma boa aprendizagem depende de algumas condições, e a alimentação escolar rica em nutrientes é um desses importantes requisitos. Nessa volta às aulas, a escola Xerente, São José, localizada em Tocantínia (TO), é um exemplo do avanço na compra direta de agricultores e extrativistas da própria comunidade. São tios, pais e avós que contribuem para uma alimentação escolar com menos produtos industrializados e mais alimentos frescos, saudáveis e adequados ao costume alimentar das crianças indígenas.
A professora e mãe, Belcilene Sibakadi Xerente, reforça o impacto da alimentação na aprendizagem das crianças. “Desde que surgiu o alimento diretamente da roça para as escolas eu fiquei muito feliz por meus alunos – meus filhos, porque comparo como filhos – estarem comendo um alimento saudável, um alimento fresco e riquíssimo em ferro e nutrientes, e não com validade, enlatado. É um desenvolvimento melhor ver as crianças de barriga cheia com comida típica Xerente, ficam mais espertos”, conta.
Além dos benefícios nutricionais, a compra direta tem logística de transporte de alimentos simplificada e fortalece a comunidade com a geração de renda sustentável e de baixo carbono. O procurador do Ministério Público Federal (MPF) e coordenador da Catrapovos Tocantins, Dr. Álvaro Mazano, reforça a relevância das políticas de alimentação escolar.
“O fato de o alimento ser adquirido no próprio local onde a escola está inserida faz com que esse alimento tenha uma maior pertinência com as crianças, melhora a qualidade dos alimentos que são servidos e permite que haja geração de renda para os pais dessas crianças. E queremos que chegue a 100% do PNAE. O ideal é que toda a alimentação seja produzida no próprio local onde ele é consumido”, explica o procurador.
Alimentação escolar em números
Das 139 escolas localizadas na zona rural do Tocantins, 95 são indígenas, 43 são do campo (rurais) e duas são quilombolas, de acordo com a Secretaria de Educação do Estado. Essas instituições atendem milhares de alunos em contextos culturais e territoriais diversos e requerem uma abordagem diferenciada para garantir a qualidade alimentar.
O Tocantins registra 9.770 matriculados em área de assentamento, 7.659 matrículas em escolas indígenas e 1.933 matrículas em escolas quilombolas, indicando uma demanda significativa por intervenções alimentares culturalmente adequadas.
Compra direta da comunidade
A Lei nº 11.947/2009 determina que no mínimo 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) devem ser utilizados na compra de produtos da agricultura familiar. No entanto, embora seja observado avanço, muitos municípios ainda não cumprem a legislação, que pode ser a solução para uma alimentação mais saudável no contexto escolar.
Segundo dados do PNAE, entre os municípios com povos e comunidades tradicionais que ainda não cumprem os 30% e que poderiam se desenvolver a partir dessa política, destacam-se Arraias, Paranã, Carrasco Bonito, Itacajá, Itaguatins, Mateiros, Maurilândia, Muricilândia, São Bento, São Félix do Tocantins e Tocantínia.
Já os municípios que atingiram a exigência mínima, podem expandir sua atuação, especialmente frente à tramitação do PL 5352/2016, que pretende aumentar para 40% o percentual de alimentos provenientes da agricultura familiar. Conforme o projeto, esse percentual deve chegar a 70% até o final de 2028.
No entanto, não é necessário aguardar a legislação. Gestores podem sair na frente e aplicar recursos do PNAE, do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e recursos complementares do município, tudo em alimentos produzidos localmente, inclusive contemplando a diversidade alimentar presente nos territórios.
E para preparar as comunidades para acessar o mercado institucional, a servidora da Funai, Maria Clara Bernardes, conta que desde 2023 têm sido realizadas oficinas nos territórios indígenas. “Foi identificada uma lacuna de informações sobre a realidade da produção e o mapeamento de agricultores. Então a Funaipassou a organizar as consultas e oficinas nos territórios, com diagnóstico de roças para identificar a abundância de alimentos tradicionais nos territórios, quebrando o paradigma de que a produção não seria o suficiente”, explica.
Catrapovos
A Mesa Permanente de Diálogo Catrapovos Brasil é uma iniciativa que visa estimular a alimentação regionalizada em escolas de territórios indígenas e tradicionais. A Catrapovos foi criada em 2021 pela Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (MPF) para replicar em todo o país a boa prática desenvolvida pela Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas (Catrapoa).
A mesa é composta por representantes de órgãos públicos e da sociedade civil e discute os entraves e soluções, buscando juntos as formas de viabilizar as compras públicas da produção de comunidades indígenas e tradicionais, garantindo o cumprimento da lei sobre a aquisição de, no mínimo, 30% de produtos da agricultura familiar, além do direito à alimentação escolar adequada aos processos de produção e cultura local.
No Tocantins a Catrapovos é composta pelo MPF, Funai, Cecane/UFT, Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática, Conab, Seduc, Consea, Ruraltins, entre outras organizações que trabalham para otimizar a alimentação escolar tradicional, sendo a participação popular, sempre bem-vinda.
Educação
3 cursos extracurriculares que toda criança deveria fazer para desenvolver novas habilidades
Especialista destaca como o acesso a novos conhecimentos na infância impulsiona o aprendizado e o desenvolvimento integral das crianças.

Em um mundo cada vez mais conectado e dinâmico, o aprendizado infantil precisa ser completo e prático. O estímulo de novos conhecimentos na infância é muito importante e ultrapassa as salas de aula convencionais. É o que explica Vinícius Diégues Fuzessy Colares, responsável pela Jumper! Profissões e Idiomas, de Gurupi no Tocantins. “Cursos como robótica, informática e inglês infantil têm se mostrado grandes aliados no reforço escolar, ampliando o raciocínio lógico, a criatividade e até a autonomia dos pequenos. Essas formações ajudam a despertar o interesse pelo conhecimento de forma leve, lúdica e interativa”, comenta. Pesquisas do Afterschool Alliance mostram que alunos em atividades pós-escolares de qualidade têm melhor frequência, comportamento e desempenho em testes e notas, com ganhos de até 38 % em taxa de promoção e notas melhores em leitura e matemática. Isso se traduz em mais engajamento nas atividades escolares e até melhora no rendimento. O especialista listou os benefícios desses cursos e os impactos positivos no desenvolvimento.
Robótica
A robótica é uma atividade que estimula diversas competências importantes, como raciocínio lógico, pensamento crítico, resolução de problemas e trabalho em equipe. De maneira lúdica e interativa, permite que as crianças tenham contato com conceitos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O curso é indicado para crianças entre 8 e 12 anos que demonstram interesse por matemática, programação, mecânica e elétrica, além de possuírem raciocínio lógico mais desenvolvido. Ao mesmo tempo, ajuda os pequenos a compreender, na prática, como a tecnologia pode ser aplicada para tornar a vida das pessoas melhor.
Inglês
Aprender um segundo idioma na infância não só amplia as possibilidades de comunicação no futuro, como também fortalece a memória, o foco e a capacidade de resolver problemas. Para que o aprendizado de inglês seja efetivo, é fundamental que seja divertido, contextualizado e respeite o ritmo de cada criança. A metodologia pode variar conforme a idade e os objetivos do curso, permitindo que os alunos comecem a se comunicar em inglês desde o primeiro dia. Além disso, o estudo da língua ajuda a exercitar o cérebro, ampliando conexões neurais e estimulando funções cognitivas. Aprender inglês na infância facilita a fluência e a desenvoltura no idioma, constrói habilidades de comunicação, como alternar entre idiomas, e é essencial para a comunicação global, cada vez mais presente no dia a dia das crianças.
Informática
Mais do que apenas aprender a “mexer no computador”, os alunos desenvolvem pensamento lógico, autonomia e criatividade para realizar tarefas escolares com mais eficiência. Destinado a crianças de 7 a 11 anos, o curso é ideal para quem tem interesse em tecnologia e deseja ampliar seus conhecimentos desde cedo. De forma lúdica e interativa, os pequenos aprendem conceitos essenciais de informática, como sistema operacional, componentes do computador, internet, Excel, PowerPoint, Word, Paint e e-mail. Além de despertar habilidades práticas, o curso também é um excelente aliado nos estudos, auxiliando na realização de trabalhos escolares e projetos acadêmicos.
“Aprender de forma prática, divertida e próxima da realidade da criança torna o conhecimento mais fácil e significativo. Cursos como Robótica, Inglês e Informática desenvolvem autonomia, entusiasmo e mostram que aprender pode ser leve e transformador”, finaliza.
Sobre a Jumper! Profissões e Idiomas
Criada em 2003, a Jumper! Profissões e Idiomas é uma rede de ensino que conta com mais de 40 cursos profissionalizantes e de língua estrangeira para crianças e adultos. Com mais de 600 mil alunos formados pela instituição, a empresa tem 60 unidades espalhadas pelo país. Além de transformar o futuro das pessoas através da educação, a Jumper! Planeja dobrar o número de franquias em 2025.
-
Social4 dias atrás
Déborah Lopes fecha contrato nacional e prêmio de R$ 50 mil
-
Governo do Tocantins4 dias atrás
Wanderlei Barbosa destaca Tocantins no LIDE 2025
-
Social4 dias atrás
Crivelari Arquitetura inaugura escritório em Palmas
-
Turismo4 dias atrás
Deu Praia, Tem Sicredi recolhe mais de uma tonelada de lixo e reforça educação ambiental em Miracem
-
Sebrae5 dias atrás
Pousada Casa de Naná é inaugurada em Taquaruçu com apoio do Sebrae Tocantins