IBGE divulga pesquisa Gestão do Território 2024

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, publicou hoje, 26, dados relacionados à gestão de territórios no país, quanto aos vínculos entre os agentes econômicos e políticos que ajudam a definir o papel das cidades. Foram contabilizados fluxos imateriais que possuem grande força na organização do espaço, das empresas e de organismos públicos.

A pesquisa teve como objetivos compreender como as diferentes cidades e regiões se articulam através das redes de gestão de territórios e a elucidação dos centros urbanos que concentram a capacidade de comando e controle no Brasil.

Na média aritmética obtida ao observar o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) 2020 e 2021, sobre a gestão empresarial, o Tocantins somou 7174,5 sedes e filiais de empresas multilocalizadas em seu território. Palmas foi a cidade com maior número da variável, sendo 1878,5. Araguaína (870) e Gurupi (558) formam o resto do ranking.

A capital tocantinense teve 201 ligações de gestão empresarial com São Paulo, sendo o maior elo da categoria. Em seguida vieram Goiânia, com 166, e a capital federal, Brasília, que teve 157 ligações. Os dados foram possíveis a partir dos CNPJs de unidades empresariais selecionadas, entre sedes e filiais, sendo traçada a intensidade entre essas relações. Assim, a articulação das empresas nos territórios pôde ser mensurada.

O levantamento também trouxe informações referentes à gestão pública no país, partindo de dois pressupostos: o Estado como estruturador do espaço, atuando por meio de suas organizações, e a distribuição espacial dos órgãos públicos como geradora de centralidade.

Foram levantadas a presença de instituições públicas em cada um dos municípios. No âmbito federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); Secretaria da Receita Federal; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Justiça Federal; Justiça Eleitoral e Justiça do Trabalho. Já na esfera estadual, foram contabilizados os números de Secretarias estaduais de educação e Secretarias estaduais de saúde.

A partir daí, foram classificados os níveis de cada localidade, tendo em vista a quantidade de órgãos de gestão pública em cada uma. Palmas foi a de maior grau registrado no estado, e uma das 116 cidades do mesmo nível, que foi o quatro. Na classificação, quanto mais próximo do número um, mais centralizador o município é. Araguaína e Gurupi, a segunda e terceira maiores cidades do estado, respectivamente, possuem nível de centros de gestão de territórios número seis.

De acordo com Marcelo Motta, gerente da pesquisa, “Os relacionamentos a distância dos agentes econômicos e políticos ajudam a definir o papel das cidades. De um lado, o Estado, através de seus organismos públicos, atende a população, levanta dados, recolhe tributos, executa políticas públicas. De outro, as empresas que, para garantirem lucratividade, vão ter suas estratégias particulares de atuação e de organização no espaço”, disse.