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Polícia Militar do TO

II Curso de Operações Especiais da Polícia Militar do Tocantins forma 17 novos caveiras

Os formandos estão aptos para atuar nas atividades de maior complexidade, como resgate de reféns, invasões de imóveis e ações em ambientes hostis.

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Na tarde desta terça-feira, 22, a segurança pública ganhou 17 novos “caveiras”, como são conhecidos os policiais que passarão a atuar nos grupos de elite das polícias. A habilitação oficial aconteceu durante a solenidade de Formatura do II Curso de Operações Especiais – COEsp, no pátio do Quartel do Comando Geral da PMTO, em Palmas.

Dos 58 inscritos no curso, 17 concluíram a habilitação sendo: nove da Polícia Militar do Tocantins, dois da PM do Rio Grande do Norte, dois da PM de Sergipe, um da PM de Roraima, um da Polícia Rodoviária Federal, um da Polícia Penal do Tocantins e um da Polícia Penal do Rio Grande do Norte.

Com a conclusão do curso, os militares se tornaram capacitados para atuar nas atividades de Operações Especiais, operando em situações de crise e de maior complexidade, como resgate de reféns, invasões de imóveis urbanos e rurais e ações em ambientes considerados hostis, garantindo mais segurança à sociedade. Os novos “Caveiras do Sol” do Tocantins passarão a atuar no Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

No início da solenidade, o pelotão com os 17 formandos surpreendeu a todos ao adentrar o pátio do quartel simulando uma ação de resgate a reféns. Os policiais demonstraram técnicas verticais de descida de rapel e também simularam uma abordagem a criminosos onde foi preciso colocar em prática, todo o aprendizado do curso para gerenciar a crise.

Para o soldado Jardiel Andrade, incluso no último concurso à PMTO, ostentar o brevê de caveira e usar o gorro preto, símbolo maior do policial de Operações Especiais, é a realização de um sonho.

“É um sentimento indescritível, um sentimento de gratidão por agora fazer parte desse seleto grupo de Operações Especiais que foi tão desafiador. Por isso, será com muito orgulho que a partir de agora irei fazer valer o lema do BOPE, em qualquer missão, a qualquer hora e de qualquer maneira”

O Chefe do Estado Maior da PMTO, Coronel QOPM Cláudio Thomaz Coelho de Souza, habilitou-se “Caveira” no I Curso de Operações Especiais da Polícia Militar do Tocantins, que foi realizado em 2003.

“Há 20 anos, realizei o sonho de ser caveira, abracei o desafio e hoje comemoro a conquista da realização deste novo curso da Polícia Militar do Tocantins que estará ainda mais preparada para garantir a segurança da sociedade”

Para o Comandante-Geral da PMTO, Coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça, a realização do COEsp irá fortalecer o policiamento especializado. “Não tenho dúvidas de que hoje, os formandos têm o conhecimento adequado para desempenhar a função na qual vocês foram forjados e preparados. Temos aqui 17 novos guerreiros que darão orgulho com certeza a nossa Polícia Militar do Tocantins e as demais coirmãs”.

O Curso

O II Curso de Operações Especiais da Polícia Militar do Tocantins aconteceu ao longo de 130 dias com carga horária total de 1.320 horas/aula distribuídas, conforme o plano de curso em 33 disciplinas, iniciando as instruções (fase rústica) no Tocantins e viajando para o Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Bahia.

O primeiro Curso de Operações Especiais da Polícia Militar do Tocantins COEsp/PMTO aconteceu no dia 13 de janeiro de 2003, mesmo ano que foi criada a Companhia Independente de Operações Especiais – CIOE que em 2021 foi elevada à Batalhão de Operações Especiais – Bope, a Unidade de Elite da PMTO que tem como objetivo combater as ocorrências de alta complexidade e também participar do processo de formação e instrução da tropa ordinária.

A unidade atua em todo território tocantinense, agindo em ocorrências que envolvem artefatos explosivos e quadrilhas fortemente armadas.

Gerações de dedicação às Operações Especiais 

No II COEsp PMTO, dois soldados da PMTO, novos caveiras, seguiram o exemplo de seus pais, hoje militares da reserva e galgaram o árduo caminho para se tornarem operadores especiais.

O Soldado Felipe Batista de Almeida, que ingressou na corporação no último concurso ocorrido em 2021, e se formou no II COEsp 2023 PMTO, como Caveira 30, conta sobre sua inspiração no pai, o 1º Sargento da Reserva Remunerada Francisco Batista de Almeida, Caveira 65, formado no I COEsp 2003 da PMTO, para seguir a carreira policial militar e integrar as operações especiais, “eu era muito jovem, mas lembro quando ele retornou do curso trazendo consigo a Caveira do Sol, foi daí que minha admiração aumentou pela vida militar e principalmente as operações especiais”.

O 1º SGT Batista, que servia na Base Avançada em Araguaína, conta que o filho sempre seguiu seus passos e que cresceu em meio ao ambiente castrense, inclusive desfilando com ele e os militares da Companhia, quando tinha 11 anos de idade, em uma solenidade de 7 de setembro de 2004, juntamente com filhos de outros militares, vestindo fardas pretas, os “mascotes do CIOE”.  “Sei que o curso não é fácil, mas é possível. Então quero aqui deixar a seguinte reflexão: se você tem um sonho na vida não desista dele, pois tá aí, o Caveira 30 do ll COEsp da nossa gloriosa Polícia Militar. Entrego o meu filho, Caveira, para trabalhar em prol da segurança da nossa comunidade tocantinense”, relata o Sargento.

Já o Soldado Máryton Aires Lopes Rodrigues, Caveira do Sol 35, fala sobre o orgulho em se formar “Caveira” assim como seu pai, o Soldado da Reserva Remunerada da Polícia Militar do Maranhão, Antônio Aires Rodrigues, “Caveira do Mangue” 09, do Grupo de Operações Especiais da PMMA, onde serviu até ingressar na reserva no 4º Batalhão de Polícia Militar em Balsas – MA.

“Muito antes de ingressar na PM, eu já havia decidido que faria o COEsp, pois eu via o exemplo de irmandade e a importância de um Operações Especiais, eu sempre tive o sentimento de pertencimento e a determinação de lutar por isso, poder construir o meu legado”,

O BOPE

A finalidade do BOPE é o combate a crimes de alta complexidade, especialmente crimes contra o patrimônio dito como domínio de cidades, novo cangaço, também atendimento de ocorrências com tomada de reféns onde se tem a necessidade de utilizar atiradores policiais de precisão tanto em área urbana quanto em áreas rurais.

Os integrantes do BOPE passam por rigoroso e constante treinamento, tanto no campo de Operações Especiais, abordagens gerais, tomada de ambiente tubular, treinamento constante, aperfeiçoamento técnico, buscando minimizar ao máximo os riscos onde se faz necessário o emprego de tropa de Operações Especiais.

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