Infecções urinárias podem indicar descontrole glicêmico
As infecções urinárias podem ser um importante sinal de alerta para pessoas com diabetes, indicando possíveis falhas no controle glicêmico. O quadro, comum e muitas vezes recorrente, exige atenção redobrada dos mais de 20 milhões de brasileiros que convivem com a doença. Especialistas reforçam que episódios repetidos podem revelar vulnerabilidade imunológica e risco aumentado de complicações.
Por que pessoas com diabetes têm mais infecções urinárias
Segundo a endocrinologista e consultora médica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Ana Clara D’Acampora, a maior predisposição às infecções ocorre porque o corpo de quem vive com diabetes apresenta menor capacidade de resposta imune. “Pessoas com diabetes têm maior risco de complicações infecciosas, e quando esses quadros acontecem, podem ser mais graves e difíceis de tratar”, explica.
Um dos fatores apontados em estudos internacionais é a redução de moléculas de defesa natural do organismo. Pesquisas mostram que a queda na produção de psoriasina — proteína que ajuda a impedir a proliferação da bactéria E. Coli — pode tornar o trato urinário mais vulnerável.
Sintomas como ardência ao urinar, urgência frequente, sensação de bexiga cheia e desconforto abdominal devem acender um alerta em pessoas com diabetes, especialmente quando associados a episódios repetidos.
Excesso de glicose na urina aumenta risco de infecções
Quando a glicemia está elevada, parte da glicose excedente é eliminada pela urina. Esse ambiente mais “doce” favorece a proliferação de bactérias e fungos. “O excesso de açúcar na urina aumenta o risco de infecções genitais e urinárias. Dependendo das condições de higiene, esse cenário pode se agravar”, afirma D’Acampora.
A médica destaca que a infecção urinária, quando aparece, deve ser vista como possível sinal de descompensação e motivo para reavaliar o tratamento. O acompanhamento próximo com o endocrinologista ajuda a ajustar medicação, hábitos comportamentais e alimentação.
Prevenção e controle: hábitos que fazem diferença
Manter a glicose estável é a principal forma de reduzir o risco de infecções urinárias. De acordo com D’Acampora, um organismo com menor inflamação responde melhor às agressões externas. “Com o diabetes controlado, o corpo funciona de maneira mais equilibrada”, explica.
Além do tratamento medicamentoso, a especialista reforça práticas essenciais para a prevenção: beber bastante água, adotar alimentação equilibrada, evitar ultraprocessados e manter uma rotina de atividade física. “Movimentar o corpo melhora a imunidade e ajuda o organismo a se defender de infecções”, destaca.
Quando procurar atendimento médico
Ao apresentar sintomas, o paciente deve buscar avaliação clínica para definir os exames necessários. O EAS (urina tipo 1) aponta sinais iniciais de inflamação e possível infecção; já a urocultura confirma o diagnóstico e identifica a bactéria causadora.
Casos confirmados exigem tratamento adequado para evitar que o problema evolua para infecções mais graves, como pielonefrite. “As infecções urinárias podem ser o primeiro sinal de que algo não vai bem com o controle glicêmico. É um alerta que precisa ser levado a sério”, reforça a especialista.
Sobre o Sabin no Tocantins
Presente no Tocantins desde 2012, o Sabin oferece serviços de excelência em exames laboratoriais, vacinação e saúde integrada. A empresa atua em cidades como Palmas, Porto Nacional, Gurupi, Paraíso do Tocantins, Guaraí e Colinas, e mantém a vacinação exclusivamente na Unidade Matriz de Palmas. Mais informações estão disponíveis no site oficial da empresa e na plataforma Rita Saúde.
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