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Longa “O Barulho da Noite”, de Eva Pereira, é exibido no Marché Du Film, em Cannes

O cinema brasileiro ganhou destaque no Marché du Film, um dos principais eventos do Festival de Cannes, com a exibição do drama-thriller O Barulho da Noite, longa-metragem da diretora Eva Pereira. A sessão aconteceu na quarta-feira, 14, e marcou não apenas mais uma projeção internacional do filme diante de profissionais da indústria audiovisual, mas também a oficialização de uma importante parceria com a renomada distribuidora italiana Minerva Pictures International, que será responsável pelas vendas internacionais da obra.
A diretora Eva Pereira celebrou a exibição em Cannes e a parceria com a Minerva Pictures Internacional como um marco na trajetória do projeto. “Trazer ‘O Barulho da Noite’ para o Marché du Film é, para mim, mais do que uma conquista profissional – é um reconhecimento do poder das histórias brasileiras contadas com coragem e sensibilidade. Nosso filme fala de dor, mas também de resistência. Espero que ele reverbere além das fronteiras, como um sussurro que se transforma em grito”, aspira.
Este é o terceiro ano que Eva Pereira participa do Festival de Cannes. Na edição de 2025, a diretora cumpre a agenda de 35 reuniões de coprodução com agentes de venda de todo o mundo, com apresentação de carteira com seis projetos. Além disso, no próximo domingo, 18, a cineasta participa de painel sobre coprodução como representante da Cone – Conexão Norte e Nordeste do Audiovisual.
Sobre a parceria com a Minerva Pictures Internacional, Eva considera que garante ainda mais fôlego para alcançar públicos diversos ao redor do mundo. “O Marché du Film é o maior mercado audiovisual do mundo e acontece paralelamente ao Festival de Cannes, reunindo produtores, distribuidores, programadores e compradores de todos os continentes. A presença de O Barulho da Noite reafirma a força e a diversidade do cinema brasileiro contemporâneo em espaços de projeção global”.
Filme
Rodada em Palmas, no Tocantins, a história do longa se apresenta a partir da relação delicada das irmãs Maria Luiza e Ritinha, interpretadas por Alícia Santana e Anna Alice Dias, com Agenor (Marcos Palmeira), seu dedicado e afetuoso pai. Castigada pelas lembranças e traumas da infância e sobrecarregada com as tarefas que lhe cabem, a mãe, Sônia (Emanuelle Araujo), vive à flor da pele. A fragilidade daquela estrutura familiar é profundamente abalada com a chegada de Athayde (Patrick Sampaio), suposto sobrinho de Agenor que vem para ajudar na lavoura. À primeira vista, ele parece ser um rapaz prestativo, mas que aos poucos se revela monstruoso.
O elenco conta também com Tonico Pereira no papel do caixeiro-viajante Chico Mascate e atores consagrados na cena tocantinense, como Mercês Campelo, Cicero Belém e Wertemberg Nunes. Com uma estética sensorial e uma narrativa de forte impacto emocional, o filme reafirma o vigor do cinema de autor produzido no Brasil.
Prêmios
Fruto de 20 anos de pesquisas e roteiro da diretora junto a histórias reais de mulheres e crianças vítimas de violência, “O Barulho da Noite” já conquistou prêmios em festivais internacionais, incluindo Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Alícia Santana) e Melhor Direção (Eva Pereira) no Miami Brazilian Film Festival; e Melhor Roteiro, Melhor Filme e Melhor Atriz (Emanuelle Araújo) no Los Angeles Brazilian Film Festival. Também foi premiado no Fenavid (Bolívia) como Melhor Filme Ficção e Melhor Filme 2024 e no Festival Internazionale di Cinema Brasiliano (Itália) como Melhor Filme do Público. Na segunda-feira, 02, o filme O Barulho da Noite será exibido na abertura do Festin – Festival de Cinema de Lisboa, em Portugal.
A produção é da MZN Filmes e Cunhã Porã Filmes, em coprodução com a Bananeira Filmes, Canal Brasil e Telecine. A distribuição no Brasil será da Lira Filmes, e as vendas internacionais estão a cargo da Minerva Pictures Internacional.
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Equipe de Produção das músicas Akwē em Ação grava canções tradicionais na Aldeia Morrão
Equipe Akwē em Ação grava músicas tradicionais na Aldeia Morrão, valorizando a cultura e identidade do povo Xerente no Tocantins.

Com o compromisso de valorizar e preservar a cultura ancestral do povo Xerente, a equipe de produção das músicas Akwē em Ação realizou uma importante expedição até a Aldeia Morrão, localizada no território indígena Xerente, no Tocantins. O objetivo da missão foi gravar músicas tradicionais indígenas, entoadas pelos próprios membros da comunidade, registrando cantos que atravessam gerações.
O produtor de gravação e demais integrantes da equipe se deslocaram até a aldeia levando equipamentos e estrutura necessários para captar, com qualidade, os sons, vozes e ritmos que expressam a identidade e espiritualidade do povo Akwē (Xerente). As gravações fazem parte de um projeto que une cultura, memória e resistência, buscando ecoar a força da música indígena além das fronteiras territoriais.
As canções, que serão lançadas futuramente em formato físico e digital, integram um movimento de salvaguarda do patrimônio imaterial indígena, além de dar visibilidade à riqueza cultural dos povos originários do Brasil.
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Fotolyricas do Cerrado ganha versão impressa em 2025
Angel Lima lança versão impressa de Fotolyricas do Cerrado, livro de haikais e fotos sobre o bioma tocantinense, com tiragem para escolas públicas.

A jornalista e artista visual Angel Lima lança em 2025 a versão impressa de seu primeiro livro autoral, Fotolyricas do Cerrado. A obra, que une haikais e fotografias do bioma cerrado, revela um olhar poético e visual sobre o Tocantins. A publicação marca uma nova etapa do projeto iniciado com o lançamento da versão digital em dezembro de 2024.
Livro terá distribuição para escolas públicas
Com apoio da Lei Paulo Gustavo Tocantins, por meio da Secretaria da Cultura e do Ministério da Cultura, a versão impressa de Fotolyricas do Cerrado terá parte da tiragem distribuída para bibliotecas de escolas públicas em diferentes municípios tocantinenses, por meio de parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc/TO).
“A distribuição para bibliotecas públicas é uma das contrapartidas do projeto, mas o público em geral também poderá adquirir o livro em livrarias de Palmas e pela internet”, ressalta a autora.
Natureza em verso e imagem
Em Fotolyricas do Cerrado, Angel entrelaça poesia e fotografia em uma proposta sensível e documental. Os haikais e imagens capturam a essência do Cerrado, abordando desde os ciclos naturais até contrastes simbólicos, como o fogo, a chuva e a resistência da semente.
A obra busca despertar um olhar mais atento e afetuoso para o bioma, promovendo consciência ambiental e valorização cultural.
Sobre a autora
Angel Lima é jornalista, fotógrafa e pesquisadora. Atua com temas ligados às culturas originárias, relações de gênero, natureza e territórios. É mestranda em Comunicação e Sociedade (PPGCom/UFT), com especializações em Estudos Latino-Americanos, Documentação Audiovisual e Ensino de Comunicação.
Com mais de 20 anos de trajetória na comunicação, Angel une técnica, sensibilidade e crítica em suas criações.
Ficha técnica
- Poemas e fotos: Angel Lima
- Apresentação e revisão: Luciana Andradito
- Prefácio: Ivan Cupertino
- Diagramação: Jackie Melo
- Capa: Angel Lima e Jackie Melo
- Assessoria de comunicação: Henrique Lopes
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Fotografia que encena memórias: exposição “Sala Aberta em foco” segue aberta até 30 de junho na UFT

Instantes de pura entrega, gestos que falam, olhares que atravessam a cena e o tempo. É esse o universo capturado pela fotógrafa e professora Ronalda Pinto na exposição “Sala Aberta em foco: fotografias de cena”, que segue aberta à visitação até o dia 30 de junho, no bloco Hôôxwa – Complexo Laboratorial de Teatro da Universidade Federal do Tocantins (UFT), câmpus de Palmas.
A mostra apresenta imagens poéticas de cenas teatrais criadas por estudantes do Curso de Licenciatura em Teatro da UFT entre 2021 e 2024, revelando os bastidores criativos do teatro universitário tocantinense. Mais do que registros visuais, as fotografias celebram a efemeridade do palco e a permanência da arte na memória sensível da imagem.
Com curadoria do professor Ricardo Malveira, a exposição convida o público a mergulhar nos processos artísticos que antecedem o espetáculo final. “As fotografias escolhidas revelam mais do que cenas. Elas testemunham processos, encontros humanos e camadas de sentido que emergem quando a arte do teatro encontra a arte da imagem”, ressalta Malveira.
A exposição contemplou também medidas de acessibilidade, com interpretação em Libras na solenidade de abertura, etiquetas em braille e textos adaptados para leitores de tela. Também estão previstas visitas guiadas para estudantes da Educação Básica, mediadas pela própria artista.
Sobre a fotógrafa
Egressa do curso de Teatro da UFT, Ronalda Pinto iniciou sua trajetória como fotógrafa em 2021, a partir de uma oficina promovida pelo Sesc Tocantins com a fotógrafa Flaviana OX. Desde então, tem se dedicado ao registro de apresentações cênicas com um olhar afetuoso e atento às sutilezas da cena teatral.
“A fotografia me permite reviver a intensidade dos espetáculos e homenagear os artistas em formação que fazem do palco um espaço de descobertas. Cada imagem guarda um instante de entrega e potência”, afirma Ronalda. Para ela, Sala Aberta em foco é uma forma de preservar a memória da cena e celebrar sua presença. “É um convite a olhar o teatro com novos olhos — por meio da lente que transforma o instante em permanência.”
Projeto
A exposição é uma iniciativa da fotógrafa Ronalda Pinto, com patrocínio do edital de Artes Visuais da Lei Aldir Blanc (PNAB), via Secretaria Estadual da Cultura (Secult) e Ministério da Cultura (MinC).
Serviço
Exposição “Sala Aberta em foco: fotografias de cena”
Local: Bloco Hôôxwa – Complexo Laboratorial de Teatro, UFT – Câmpus de Palmas
Visitação: até 30 de junho de 2025
Fotografias: Ronalda Pinto
Curadoria: Ricardo Malveira
Visitas guiadas para estudantes da Educação Básica (datas a confirmar)
Entrada gratuita
Realização: Projeto contemplado pelo 1º Edital de Fomento às Artes Visuais
Apoio: Curso de Licenciatura em Teatro da UFT | Fundação Cultural de Palmas
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