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Meliponicultura: uma estratégia para a sustentabilidade e um campo fértil para o empreendedorismo

A importância das abelhas sem ferrão é objeto de estudo de estudantes da Escola Estadual Liberdade.
Já ouviu falar em meliponicultura ou criação de abelhas sem ferrão? E mais, já imaginou alunos manejando uma colmeia? É o que os alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Liberdade, de Palmas, estão fazendo com o projeto ‘Meliponicultura e Ciências na Escola’.
A proposta surgiu com a preocupação do atual cenário mundial com o desaparecimento das espécies de abelhas, e consequentemente a queda na polinização natural, uma vez que a conservação e proteção destes insetos garantem a integridade dos ecossistemas onde habitam e a produção de alimentos no mundo.
A meliponicultura, que é a criação racional de abelhas sem ferrão (meliponíneos), é um negócio ainda pouco explorado, mas extremamente promissor. A atividade se encaixa nos quatro eixos da sustentabilidade: economicamente viável, ecologicamente correta, socialmente justa e culturalmente aceita. E o empreendedorismo, quando incentivado desde a escola, não só promove o desenvolvimento econômico, mas também contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e engajados com o futuro de suas comunidades.
Abelhas sem ferrão no Tocantins
A bióloga e mestre em Ecologia, Biodiversidade e Conservação da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Andreia de Sousa Coêlho, que também é a autora do projeto na escola, relata que a diversidade de abelhas é muito numerosa no Brasil e no mundo, mas que no Tocantins há poucos estudos e oficialmente já foram identificadas 122 espécies.
“Os estudantes que são os protagonistas, aceitaram muito bem a proposta do projeto, se empenharam e continuam dedicados ao assunto. Além de pensar em estratégias de conservação e preservação, enfatizando a importância das abelhas, também objetivamos contribuir em novas pesquisas”, afirmou.
Em recente pesquisa realizada pela pesquisadora no município de Palmas, foram identificadas 36 espécies de abelhas sem ferrão, esse número representa 14,4% da fauna brasileira e 48% dos gêneros de Meliponini que ocorrem no Brasil, sendo que muitas dessas espécies têm potencial para serem criadas em caixas racionais e gerar renda.
Meliponário didático
Certos de que a abelha sem ferrão é um ativo sustentável que deve ser levado em consideração, além de alternativa de negócio, a criação do meliponário, como ferramenta didática, é um projeto em fase de desenvolvimento realizado na Escola Estadual Liberdade.
Guilherme Lopes dos Santos, estudante do 2º ano do Ensino Médio da Escola Liberdade, relata o desejo de espalhar o projeto para outras escolas e outros estados.
“O projeto é muito interessante porque precisamos entender que não são apenas abelhas sem ferrão, mas entender a importância delas e conscientizar outras pessoas sobre sustentabilidade ambiental”.
O projeto educativo que recebe apoio financeiro da Secretaria de Educação do Estado (Seduc) buscará parcerias com universidades, como também com a Associação dos Criadores de Abelhas de Palmas (ACAP).
Os estudantes além de trocarem conhecimento, fazem parte do público que acreditam que a polinização é uma das alternativas no ponto de vista da sustentabilidade para melhorar a produção e produtividade de diferentes culturas, e apostam na criação destas espécies de abelhas como fonte de renda futuramente.
A estudante do 2º ano do Ensino Médio, Camila de Sousa Nascimento, fala da importância desse projeto para preservação das abelhas. “Entender que as abelhas são indispensáveis para que continue existindo plantas e flores na natureza, é devido ao papel que elas exercem polinizando as flores que temos alimento, e a minha missão é repassar este conhecimento para as outras pessoas para que tenham um olhar diferente e consciente sobre esses insetos”.
Diferenciais
Também conhecidas como melíponas, as abelhas sem ferrão apresentam como diferencial a facilidade no manejo por não apresentarem riscos de acidentes, como as abelhas africanas (com ferrão).
“É um projeto promissor, porque as abelhas sem ferrão também produzem mel e outros produtos. Isso torna a criação viável e quanto mais as pessoas tiverem conhecimento da existência e da importância das abelhas, poderão conserva-las e desenvolver a atividade da meliponicultura como empreendedores”, pontuou Paulo Issac Borges, professor de biologia da unidade escolar.
Os recursos para a criação de espécies de abelhas nativas são mais simples e mais baratos do que os utilizados na Apicultura. Além da produção do mel, própolis, pólen e cera, os meliponicultores podem lucrar com o aluguel e venda das colmeias para a polinização de culturas agrícolas. E por apresentarem o ferrão atrofiado, o manejo dessa espécie não representa riscos de acidentes às crianças e adolescentes, promovendo condições seguras para observação e criação dessas espécies na escola.
Meliponicultura X Apicultura: Entenda a diferença
Apicultura é a criação de abelhas com ferrão, espécie Apis Mellifera, introduzida no Brasil por africanos e europeus, por isso denominada como abelha européia ou africanizada. Conhecida pela maioria da população, seu mel é facilmente encontrado nas farmácias e supermercados.
Já as abelhas sem ferrão, são espécies da tribo Meliponini e denominadas também de melíponas, por isso o termo meliponicultura. São típicas de regiões tropicais, como a América do Sul. No Brasil, são nativas e presentes em todo território nacional.
Desafios e Perspectivas
Apesar de ser uma atividade muito antiga, praticada pelos antigos povos indígenas que habitavam a América Latina, principalmente em países como Brasil e México. A população em geral não tem conhecimento sobre essa atividade. Ainda não existia no estado do Tocantins uma lei referente a meliponicultura.
Em maio deste ano foi assinado pelo Governador, Wandrelei Barbosa o Decreto e Projeto de Lei (6.87) que institui a Política Estadual de incentivo à utilização da tecnologia da polinização dirigida-Poliniza Tocantins.
O Poliniza Tocantins tem por objetivo fomentar a polinização dirigida como insumo da agricultura sustentável; aumentar a produção agrícola com sustentabilidade; elevar a produtividade do apicultor; reduzir a emissão de dióxido de carbono na agricultura, entre outros. Já o Projeto de Lei estabelece diretrizes para o exercício da atividade, da abertura de mercado e do fortalecimento da cadeia produtiva.

Abelhas sem ferrão são espécies essenciais à sustentabilidade do ecossistema e fonte viável de renda.

Alunos da Escola Estadual Liberdade manipulando o Meliponário Didático.
Fotos e texto: Anne Deise Lopes
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Conexão LetsLo valoriza o autocuidado como ferramenta de liderança entre médicas empreendedoras da Capital
Evento, realizado nesta quinta-feira, propôs um respiro consciente para mulheres que cuidam, lideram e transformam

Na véspera do Dia Internacional das Micro e Pequenas Empresas (MPEs), celebrado nesta sexta-feira, 27, a LetsLo realizou em Palmas o evento Conexão LetsLo: a Importância da Pausa, uma imersão sensorial voltada para médicas empreendedoras. A ação, que ocorreu nesta quinta-feira, 26, propôs um respiro intencional na rotina dessas mulheres que lideram negócios e cuidam de vidas diariamente.
Idealizado por Leticia Coelho, CEO da LetsLo, o encontro propôs uma resposta prática à pergunta que norteia a marca desde sua criação, quem cuida de quem cuida? “As mulheres estão cada vez mais à frente de pequenos negócios, especialmente no setor da saúde. Mas, muitas vezes, colocam suas próprias necessidades por último. Criamos este momento para lembrá-las que o autocuidado também é uma ferramenta de sustentação dos seus empreendimentos”, destaca Letícia.
Ainda segundo a empresária, o projeto nasceu da escuta ativa às dores e desafios enfrentados por mulheres da área médica. “Essas profissionais se dedicam ao cuidado de centenas de pessoas, muitas vezes em jornadas exaustivas, e quase sempre deixam o próprio bem-estar em segundo plano. Pensar nesse evento foi, antes de tudo, reconhecer que quem cuida também precisa ser cuidado”, afirmou Letícia.
Na ocasião, a psicóloga Cris Ferro ministrou uma palestra sobre saúde emocional, abordando estratégias para lidar com a sobrecarga, estabelecer limites e reconhecer sinais de esgotamento. O encontro também incluiu uma prática de respiração guiada com a professora de yoga Anna, encerrando a noite com um momento de interiorização.
De acordo com a CEO, a proposta da LetsLo com o evento foi abrir espaço para o diálogo sobre as consequências da rotina intensa enfrentada por médicas e oferecer ferramentas simples, mas eficazes, para incorporar pausas conscientes no cotidiano.
A iniciativa ganha ainda mais relevância diante do crescimento das micro e pequenas empresas no Estado. Segundo dados do Sebrae Tocantins, nos últimos 10 anos, o número de pequenos negócios mais que dobrou, passando de 71.059 para 148.636 empresas, o que representa um crescimento de 109,17%. O setor de serviços é o mais representativo, com 46,5% das empresas, seguido pelo comércio (35,2%), construção (8,9%), indústria (7,8%) e agropecuária (1,6%).
Neste cenário, a LetsLo, segundo Letícia, surge como uma aliada do bem-estar e da performance sustentável das mulheres empreendedoras. “Empreender não precisa ser sinônimo de esgotamento. Ao contrário, acreditamos que um negócio saudável começa por uma mulher que se sente respeitada em seus limites, ciclos e necessidades”, afirma Letícia.
Letícia destacou ainda que o evento reforça o compromisso da marca com o desenvolvimento humano de mulheres profissionais. “Nosso papel é criar pontes entre a vida que se vive e a vida que se deseja viver. E isso começa quando há tempo, espaço e permissão para a pausa”, concluiu.
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Tocantins conquista destaque nacional com quatro Salas do Empreendedor
Estado é o único da região norte a receber a mais alta distinção do Sebrae em 2024 e ocupa o 9º lugar no ranking nacional de excelência em atendimento

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Sebrae Tocantins realiza curso de presença digital
Curso do Sebrae em Paraíso ensina empreendedores a fortalecerem sua presença digital com conteúdo, imagem e proteção jurídica.

O Sebrae Tocantins promove, nesta terça (24) e quarta-feira (25), o curso Presença – Seja marcante no digital, voltado para empreendedores que desejam se destacar nas redes sociais e no ambiente online. O evento acontece das 19h às 23h, no auditório da instituição em Paraíso do Tocantins, com 8 horas de imersão prática.
Comunicação, conteúdo e proteção jurídica
O curso reúne três nomes de peso:
- Graziela Guardiola, jornalista premiada e referência em comunicação estratégica
- Cleiton Bastos, advogado especialista em Direito Digital
- Glauber Matos, fotógrafo com prêmios internacionais e expertise em conteúdo visual com celular
Durante a capacitação, os participantes vão aprender:
- Como criar vídeos e fotos profissionais com o celular
- Estratégias de marketing pessoal
- Noções jurídicas para se proteger nas redes sociais
Identidade com propósito
Para a jornalista Graziela Guardiola, o curso mostra como transformar imagem pessoal em autoridade digital.
“O marketing pessoal deixa de ser vaidade e passa a ser estratégia. O curso Presença mostra exatamente isso: como transformar sua identidade em autoridade, com segurança e propósito.”
Profissionalização acessível
Segundo Renata Moura, gerente do Sebrae, o curso é ideal para quem quer se profissionalizar digitalmente sem grandes investimentos.
“Com recursos certos e orientação especializada, é possível alcançar mais clientes, criar conexões verdadeiras e se proteger de riscos como uso indevido de imagem ou cancelamentos.”
Inscrições abertas
As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas pelo link:
Informações: WhatsApp (63) 99981-9714
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