Educação
Pé-de-Meia vai beneficiar mais de 2,4 milhões de estudantes

O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, anunciaram, nesta segunda-feira, 25 de março, o pagamento do primeiro incentivo financeiro-educacional do programa Pé-de-Meia, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. Estudantes dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal participaram do anúncio e receberam os cartões de suas contas, criadas pela Caixa Econômica Federal, para poderem sacar a primeira parcela da poupança do ensino médio.
Na cerimônia, Lula destacou que o Brasil tem uma dívida eterna com a educação brasileira e que, durante muitos anos, a educação de qualidade e em boas escolas era um privilégio dos estudantes que tinham pais ricos. Ele afirmou que diversos educadores tentaram mudar essa realidade ao longo da história do Brasil, como o educador Paulo Freire. O Presidente lamentou que atualmente 480 mil jovens larguem os estudos por ano.
“Isso é muito grave, porque são meio milhão de adolescentes na idade mais extraordinária da vida da gente, a idade que a gente mais sonha, a idade que a gente mais tem aspiração. Um jovem que desiste de ir na escola porque tem que ajudar o pai, tem que ajudar no orçamento da família, tem que ajudar a mãe, esse jovem está jogando fora a perspectiva de um futuro brilhante, de um futuro promissor, de ele fazer uma carreira em uma universidade e virar uma figura intelectualmente importante. Então, surgiu a ideia de criar o Pé-de-Meia”, ressaltou.
Segundo Lula, o programa foi criado para salvar a juventude brasileira, para que ela não desista dos estudos e possa ingressar nas universidades públicas, por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “É sagrado para um país, e eu tenho certeza de que é sagrado para o pai e a mãe de cada um de vocês a gente garantir que vocês fiquem na escola. Eu peço agora, como Presidente, pai, irmão, amigo e como companheiro: não desistam nunca, porque a desistência pode ser um caminho sem volta e, muitas vezes, leva a gente para um caminho torto. A escola é o grande lugar em que a gente, além de aprender, vai conviver com outras pessoas, trocar ideias, viver democraticamente, fazer amizades, compartilhar a fraternidade, compartilhar solidariedade”, considerou.
O Presidente ainda lembrou que os ensinos fundamental e médio são de responsabilidade dos governos estaduais, já o papel do governo federal é contribuir com a ajuda necessária para a escola ser boa e de qualidade.
Segundo o Ministro Camilo Santana, um dos principais motivos de os estudantes deixarem os estudos é a questão financeira, pois, de acordo com o último Censo Escolar, mais de 40% da população brasileira de 25 a 64 anos não concluiu o ensino médio no País — ou seja, 69 milhões de brasileiros não concluíram a educação básica no Brasil. O Ministro também informou que o Pé-de-Meia está interligado a outros programas (como o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada e o Programa Escola em Tempo Integral e de conectividade nas escolas), já que a educação brasileira está sendo pensada de forma sistêmica, desde a educação infantil até a universidade.
“Talvez as pessoas não imaginem o impacto que esse programa poderá ter na vida de milhões de jovens brasileiros. O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro e tem um aspecto pedagógico muito forte. A Caixa Econômica Federal vai trabalhar nas escolas a educação financeira, e cada aluno já tem a sua conta individual. Cerca de 1.430.000 contas já foram abertas, aproximadamente, para os alunos de baixa renda do ensino médio brasileiro”, contou.
O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro e tem um aspecto pedagógico muito forte. A Caixa Econômica Federal vai trabalhar nas escolas a educação financeira, e cada aluno já tem a sua conta individual.”
Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana
Camilo Santana informou que, no aplicativo Jornada do Estudante, os alunos poderão encontrar as informações necessárias, como: canais de atendimento do programa, participação no programa, status de pagamentos e calendários de pagamentos. O Ministro lamentou o fato de, nos últimos anos, muitos estudantes do ensino médio não terem feito a prova do Enem, mas disse que o Pé-de-Meia vai incentivá-los. “Fazendo a prova do Enem, o estudante recebe mais R$ 200 como incentivo. Apenas a metade dos alunos do ensino médio regular no ano de 2023 fizeram a prova, e nós queremos que todos façam, porque é gratuita e é a porta de entrada em uma universidade. Hoje, 50% das vagas das universidades federais são para escola pública no Brasil. Então, não há motivo para o aluno não fazer a prova e deixar de ter uma esperança de ir para a universidade”, comentou.
O Ministro ressaltou, ainda, que o Presidente Lula marcou a educação pública do País, sendo o Presidente que mais garantiu acesso aos estudantes, que muitas vezes não tinham condições de ir para a universidade e ter o sonho de fazer um curso de educação superior. “Não tenha dúvida que hoje o senhor está marcando a história deste país com o programa Pé-de-Meia, garantindo esperança de um futuro para as nossas crianças e jovens”, concluiu.
Cerimônia – A cerimônia também foi marcada pelo depoimento de diversos estudantes, cada um de um estado do Brasil, que representaram as 27 unidades da Federação. Eles receberam os cartões para acessarem a primeira parcela da poupança, que será paga na terça-feira, 26 de março. O calendário seguirá a data de nascimento dos estudantes. O encontro contou, ainda, com a presença de professores, parlamentares e diversas autoridades.
A estudante Aylda da Silva Carneiro, do estado de Goiás, disse ser “um privilégio participar desse momento histórico do Brasil, que abre muitas portas para todos os estudantes, que não podem parar de estudar para trabalhar para ajudar a família”.
Já o estudante Mateus da Silva Sousa, do Colégio Estadual Padre Anchieta, do Rio de Janeiro, agradeceu ao governo pelo programa e considerou que o valor é de extrema importância para todos os alunos. “Acredito que essa é uma iniciativa totalmente necessária. Digo isso por mim, meus pais não tiveram a condição de terminar os seus estudos, e eu estou aqui, para poder dar um orgulho a eles e a mim mesmo. Eu também quero poder alcançar os meus sonhos e realizar o que eu desejo”, disse.
A estudante Ludmilla Costa de Oliveira, do estado do Tocantins, acredita que o Pé-de-Meia vai mudar a história de muita gente. “Eu sonho em ser dentista, quero fazer odontologia, e o programa vai ajudar muito. O dinheiro vai me ajudar muito na renda mensal”, afirmou.
Anúncio – Durante a solenidade, o Presidente Lula anunciou que, no dia 2 de abril, será inaugurado, no Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada, uma Faculdade de Matemática para receber alunos que conquistarem a medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas (Obmep).
Lula ainda recordou que, em 2003, as olímpiadas de matemática eram realizadas por escolas particulares, porque não se acreditava que os alunos de escolas públicas teriam condições de participar. No entanto, em 2005 houve a primeira Olimpíada de Matemática. “Nós tivemos a coragem de fazer a primeira inscrição das Olimpíadas, e 10 milhões de crianças se inscreveram. Em 2006, 14 milhões de crianças se inscreveram e, quando eu deixei a presidência, em 2010, tinham 18 milhões de meninos e meninas que se inscreveram nas Olimpíadas de Matemática”, disse o Presidente, destacando que a iniciativa passou a ser a maior olimpíada de matemática do mundo.
Educação
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ratuito e 100% digital, o Coletivo Online do Instituto Coca-Cola Brasil capacita jovens de 16 a 25 anos para o mercado de trabalho, com certificado e acesso a vagas.

Educação
Volta às aulas: escolas recebem alimentos diretamente da produção indígena, da agricultura familiar e do agroextrativismo

Uma boa aprendizagem depende de algumas condições, e a alimentação escolar rica em nutrientes é um desses importantes requisitos. Nessa volta às aulas, a escola Xerente, São José, localizada em Tocantínia (TO), é um exemplo do avanço na compra direta de agricultores e extrativistas da própria comunidade. São tios, pais e avós que contribuem para uma alimentação escolar com menos produtos industrializados e mais alimentos frescos, saudáveis e adequados ao costume alimentar das crianças indígenas.
A professora e mãe, Belcilene Sibakadi Xerente, reforça o impacto da alimentação na aprendizagem das crianças. “Desde que surgiu o alimento diretamente da roça para as escolas eu fiquei muito feliz por meus alunos – meus filhos, porque comparo como filhos – estarem comendo um alimento saudável, um alimento fresco e riquíssimo em ferro e nutrientes, e não com validade, enlatado. É um desenvolvimento melhor ver as crianças de barriga cheia com comida típica Xerente, ficam mais espertos”, conta.
Além dos benefícios nutricionais, a compra direta tem logística de transporte de alimentos simplificada e fortalece a comunidade com a geração de renda sustentável e de baixo carbono. O procurador do Ministério Público Federal (MPF) e coordenador da Catrapovos Tocantins, Dr. Álvaro Mazano, reforça a relevância das políticas de alimentação escolar.
“O fato de o alimento ser adquirido no próprio local onde a escola está inserida faz com que esse alimento tenha uma maior pertinência com as crianças, melhora a qualidade dos alimentos que são servidos e permite que haja geração de renda para os pais dessas crianças. E queremos que chegue a 100% do PNAE. O ideal é que toda a alimentação seja produzida no próprio local onde ele é consumido”, explica o procurador.
Alimentação escolar em números
Das 139 escolas localizadas na zona rural do Tocantins, 95 são indígenas, 43 são do campo (rurais) e duas são quilombolas, de acordo com a Secretaria de Educação do Estado. Essas instituições atendem milhares de alunos em contextos culturais e territoriais diversos e requerem uma abordagem diferenciada para garantir a qualidade alimentar.
O Tocantins registra 9.770 matriculados em área de assentamento, 7.659 matrículas em escolas indígenas e 1.933 matrículas em escolas quilombolas, indicando uma demanda significativa por intervenções alimentares culturalmente adequadas.
Compra direta da comunidade
A Lei nº 11.947/2009 determina que no mínimo 30% dos recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) devem ser utilizados na compra de produtos da agricultura familiar. No entanto, embora seja observado avanço, muitos municípios ainda não cumprem a legislação, que pode ser a solução para uma alimentação mais saudável no contexto escolar.
Segundo dados do PNAE, entre os municípios com povos e comunidades tradicionais que ainda não cumprem os 30% e que poderiam se desenvolver a partir dessa política, destacam-se Arraias, Paranã, Carrasco Bonito, Itacajá, Itaguatins, Mateiros, Maurilândia, Muricilândia, São Bento, São Félix do Tocantins e Tocantínia.
Já os municípios que atingiram a exigência mínima, podem expandir sua atuação, especialmente frente à tramitação do PL 5352/2016, que pretende aumentar para 40% o percentual de alimentos provenientes da agricultura familiar. Conforme o projeto, esse percentual deve chegar a 70% até o final de 2028.
No entanto, não é necessário aguardar a legislação. Gestores podem sair na frente e aplicar recursos do PNAE, do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e recursos complementares do município, tudo em alimentos produzidos localmente, inclusive contemplando a diversidade alimentar presente nos territórios.
E para preparar as comunidades para acessar o mercado institucional, a servidora da Funai, Maria Clara Bernardes, conta que desde 2023 têm sido realizadas oficinas nos territórios indígenas. “Foi identificada uma lacuna de informações sobre a realidade da produção e o mapeamento de agricultores. Então a Funaipassou a organizar as consultas e oficinas nos territórios, com diagnóstico de roças para identificar a abundância de alimentos tradicionais nos territórios, quebrando o paradigma de que a produção não seria o suficiente”, explica.
Catrapovos
A Mesa Permanente de Diálogo Catrapovos Brasil é uma iniciativa que visa estimular a alimentação regionalizada em escolas de territórios indígenas e tradicionais. A Catrapovos foi criada em 2021 pela Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (MPF) para replicar em todo o país a boa prática desenvolvida pela Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas (Catrapoa).
A mesa é composta por representantes de órgãos públicos e da sociedade civil e discute os entraves e soluções, buscando juntos as formas de viabilizar as compras públicas da produção de comunidades indígenas e tradicionais, garantindo o cumprimento da lei sobre a aquisição de, no mínimo, 30% de produtos da agricultura familiar, além do direito à alimentação escolar adequada aos processos de produção e cultura local.
No Tocantins a Catrapovos é composta pelo MPF, Funai, Cecane/UFT, Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática, Conab, Seduc, Consea, Ruraltins, entre outras organizações que trabalham para otimizar a alimentação escolar tradicional, sendo a participação popular, sempre bem-vinda.
Educação
3 cursos extracurriculares que toda criança deveria fazer para desenvolver novas habilidades
Especialista destaca como o acesso a novos conhecimentos na infância impulsiona o aprendizado e o desenvolvimento integral das crianças.

Em um mundo cada vez mais conectado e dinâmico, o aprendizado infantil precisa ser completo e prático. O estímulo de novos conhecimentos na infância é muito importante e ultrapassa as salas de aula convencionais. É o que explica Vinícius Diégues Fuzessy Colares, responsável pela Jumper! Profissões e Idiomas, de Gurupi no Tocantins. “Cursos como robótica, informática e inglês infantil têm se mostrado grandes aliados no reforço escolar, ampliando o raciocínio lógico, a criatividade e até a autonomia dos pequenos. Essas formações ajudam a despertar o interesse pelo conhecimento de forma leve, lúdica e interativa”, comenta. Pesquisas do Afterschool Alliance mostram que alunos em atividades pós-escolares de qualidade têm melhor frequência, comportamento e desempenho em testes e notas, com ganhos de até 38 % em taxa de promoção e notas melhores em leitura e matemática. Isso se traduz em mais engajamento nas atividades escolares e até melhora no rendimento. O especialista listou os benefícios desses cursos e os impactos positivos no desenvolvimento.
Robótica
A robótica é uma atividade que estimula diversas competências importantes, como raciocínio lógico, pensamento crítico, resolução de problemas e trabalho em equipe. De maneira lúdica e interativa, permite que as crianças tenham contato com conceitos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática. O curso é indicado para crianças entre 8 e 12 anos que demonstram interesse por matemática, programação, mecânica e elétrica, além de possuírem raciocínio lógico mais desenvolvido. Ao mesmo tempo, ajuda os pequenos a compreender, na prática, como a tecnologia pode ser aplicada para tornar a vida das pessoas melhor.
Inglês
Aprender um segundo idioma na infância não só amplia as possibilidades de comunicação no futuro, como também fortalece a memória, o foco e a capacidade de resolver problemas. Para que o aprendizado de inglês seja efetivo, é fundamental que seja divertido, contextualizado e respeite o ritmo de cada criança. A metodologia pode variar conforme a idade e os objetivos do curso, permitindo que os alunos comecem a se comunicar em inglês desde o primeiro dia. Além disso, o estudo da língua ajuda a exercitar o cérebro, ampliando conexões neurais e estimulando funções cognitivas. Aprender inglês na infância facilita a fluência e a desenvoltura no idioma, constrói habilidades de comunicação, como alternar entre idiomas, e é essencial para a comunicação global, cada vez mais presente no dia a dia das crianças.
Informática
Mais do que apenas aprender a “mexer no computador”, os alunos desenvolvem pensamento lógico, autonomia e criatividade para realizar tarefas escolares com mais eficiência. Destinado a crianças de 7 a 11 anos, o curso é ideal para quem tem interesse em tecnologia e deseja ampliar seus conhecimentos desde cedo. De forma lúdica e interativa, os pequenos aprendem conceitos essenciais de informática, como sistema operacional, componentes do computador, internet, Excel, PowerPoint, Word, Paint e e-mail. Além de despertar habilidades práticas, o curso também é um excelente aliado nos estudos, auxiliando na realização de trabalhos escolares e projetos acadêmicos.
“Aprender de forma prática, divertida e próxima da realidade da criança torna o conhecimento mais fácil e significativo. Cursos como Robótica, Inglês e Informática desenvolvem autonomia, entusiasmo e mostram que aprender pode ser leve e transformador”, finaliza.
Sobre a Jumper! Profissões e Idiomas
Criada em 2003, a Jumper! Profissões e Idiomas é uma rede de ensino que conta com mais de 40 cursos profissionalizantes e de língua estrangeira para crianças e adultos. Com mais de 600 mil alunos formados pela instituição, a empresa tem 60 unidades espalhadas pelo país. Além de transformar o futuro das pessoas através da educação, a Jumper! Planeja dobrar o número de franquias em 2025.
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