Economia
Piscicultor de São Miguel do Tocantins comemora o resultado da safra.

Assistência técnica do sistema Senar foi importante para alcançar o resultado
O piscicultor Rubinélio Paiva é um exemplo de superação. Do povoado de Imbiral, em São Miguel do Tocantins, o produtor vem sendo assistido pelo programa de assistência técnica e gerencial do Senar há dois anos. Na última safra, mesmo fazendo a comercialização dos peixes fora do período tradicional e elevando os custos de produção, ele conseguiu obter resultados acima do esperado.
Na safra de 2022, com a alta oferta de pescado no mercado, o produtor não conseguiu um preço satisfatório para a produção. A estratégia foi segurar os peixes nos tanques por mais algum tempo, na expectativa do cenário mudar. Apesar de arriscada, a ideia deu certo. Os custos aumentaram, mas os ganhos valeram a pena. Comparada à safra anterior, o piscicultor conseguiu ganhar R$ 1,94 a mais por kilo do produto vendido.
Segundo o zootecnista e supervisor da ATEG/Senar na região, Vicente Neto, um dos fatores que contribuiu para o excesso de oferta ao final da safra foram as enchentes no rio Tocantins. Ele explicou que muitos ribeirinhos conseguiram pegar peixes que escaparam dos tanques de cultivo que transbordaram. A oferta subiu e o preço despencou.
EVOLUÇÃO
A evolução nos números da propriedade é nítida. Segundo levantamento feito pelo Senar, por conta do maior valor no preço comercializado, o produtor elevou a margem bruta por kg vendido do pescado de 41,26% em 2021/22 para 45,02% na última safra.
O técnico responsável pelo acompanhamento da propriedade, Wilkinson Vinícius, relata que outro feito do trabalho realizado na propriedade de Rubinélio foi a redução do tempo dos peixes para ficarem em condições de comercialização. E essa prática garante a realização de até duas safras no ano.
O piscicultor também fez a parte dele. Ele investiu mais na produção e comprou um aerador para os tanques. Animado com os resultados e a assistência técnica do Senar, o piscicultor pretende comprar uma nova área porque quer aumentar o número de tanques.
O técnico de campo destacou, contudo, que apesar do sucesso no caso de Rubinélio, a prática de “segurar” a produção não costuma ser a melhor saída por conta da elevação dos custos. Atualmente, o sistema atende cerca de 30 produtores na região, fora os que estão no cadastro reserva.
Energisa
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Sebrae
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Agronegócio
7° Simpósio de Reprodução Bovina destaca avanços tecnológicos e atrai grande público em Palmas

O 7º Simpósio de Reprodução Bovina movimentou a pecuária tocantinense na sexta-feira, 12, reunindo cerca de 500 participantes no auditório da Ulbra, em Palmas. Produtores, pesquisadores, consultores e estudantes acompanharam um dia de debates sobre os desafios e as novas tecnologias aplicadas à reprodução bovina, com palestrantes de referência no Brasil e no exterior.
De acordo com dados do Governo do Estado, o Tocantins vem batendo recordes na produção de gado e hoje ocupa a 9ª posição no ranking nacional de produção de carne bovina. Em 2023, o rebanho estadual alcançou a marca de 11,3 milhões de cabeças, número que continua em expansão e coloca o estado com média de oito a nove bovinos por habitante. Esses resultados reforçam o potencial da região e a importância de eventos técnicos como o simpósio para a evolução da pecuária local.
A programação contou com especialistas nacionais e internacionais: o professor da USP Pietro Baruselli, que falou sobre as transformações no manejo reprodutivo de novilhas; o argentino Gabriel Bó, presidente do Instituto de Reprodução Animal de Córdoba (IRAC), que trouxe reflexões sobre biotecnologia e protocolos de IATF; Rodolfo Mingoti, especialista em fisiologia e sanidade reprodutiva; Isabella Cavalcante, que discutiu tendências da pecuária de corte; Pedro Veiga, com foco em resultados reprodutivos em fazendas de cria; e Márcio de Oliveira Rezende, que apresentou a identificação individual bovina como ferramenta de sanidade.
O médico veterinário Pietro Baruselli destacou as mudanças no manejo reprodutivo das novilhas ao longo das últimas décadas. “Hoje inseminamos novilhas zebuínas já a partir de um ano de idade, resultado da evolução no manejo nutricional, na genética e na seleção dos animais. Isso exige ajustes nos protocolos de sincronização para manter a eficiência reprodutiva. A categoria novilha continua sendo desafiadora, mas é essencial para garantir avanços genéticos e produtivos nas fazendas”, explicou.
O argentino Gabriel Bó ressaltou a importância do uso da biotecnologia para aumentar a taxa de prenhez e reduzir o tempo de anestro das vacas.“Se utilizarmos apenas touros, no máximo 5% das vacas emprenham nos primeiros 21 dias da estação de monta. Com as biotecnologias atuais, esse índice pode chegar a 60%, impactando diretamente no peso à desmama e na qualidade da carne. Isso pode representar até meio bezerro a mais por vaca em serviço, o que é extremamente relevante para a pecuária latino-americana”, destacou.
Para Danilo Pincinato, gestor da Clivar Reprodução Bovina e organizador do simpósio, o resultado superou as expectativas. “Ver o auditório cheio e o interesse do público foi gratificante. Tivemos palestras de altíssimo nível e muito conteúdo prático para o campo. Além do aprendizado, o evento também proporcionou networking e novos negócios. Já começamos a pensar nos desafios e novidades da próxima edição”, afirmou.
A médica veterinária Isabela Bonavigo, participante do simpósio, avaliou a experiência como positiva. “Foi minha primeira vez no evento e fiquei impressionada com a qualidade. O Tocantins precisa de iniciativas como esta, que aproximam os produtores das principais referências da reprodução bovina”, disse.
Instituições parceiras também destacaram a relevância do encontro. Fabrício Vasconcelos, do SENAR Tocantins, lembrou que técnicos e instrutores da instituição participaram das atividades. “Eles acompanharam as atualizações mais recentes em inseminação e reprodução, conhecimento que será aplicado nas propriedades e vai contribuir para otimizar a produção e aumentar a rentabilidade do produtor rural”, explicou.
Já Josely Sobreira, médico veterinário e gerente de demanda da MSD Saúde Animal, reforçou o papel da inovação. “Para a MSD, é fundamental estar presente. Nossa história está ligada ao desenvolvimento de tecnologias para a pecuária, e hoje o grande desafio é aliar biotecnologia, manejo eficiente e gestão para reduzir custos e aumentar a produtividade das fazendas”, pontuou.
O evento foi realizado pela Clivar Reprodução Bovina, em parceria com a MSD Saúde Animal e o Senar Tocantins, e contou com apoio da Remate 63, Cargill/Nutron, Ulbra Palmas, ST Repro, Pronto Fibra, MF Cast e SmartPEC.
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