Educação
PROJETO DA UFT DESENVOLVE JOGO PEDAGÓGICO PARA ESTUDANTES INDÍGENAS

Aluno do mestrado profissional do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação-PROFNIT da Universidade Federal do Tocantins – UFT, desenvolveu projeto que criou um jogo pedagógico virtual para estudantes indígenas Xerente.
Atualmente a tecnologia se faz presente nas vidas de diversas pessoas e a sociedade cada dia mais necessita dela para seu desenvolvimento, o advento da internet e de ferramentas para o uso da mesma alteraram nosso modo de ver o mundo e transforma tudo a nossa volta, incluindo a educação e a forma de aprender e de ensinar.
Esta mesma tecnologia e a internet hoje não se abstém unicamente aos centros urbanos e cada dia mais está presente no interior do país e apesar da infra-estrutura ainda escassa, estes avanços tecnológicos são realidade também nas pequenas cidades, nas zonas rurais e em comunidades indígenas. Locais onde a cultura tradicional ainda persiste e onde os impactos destas grandes mudanças são sentidos com maior grandeza.
Como se comportará a educação daqui a 10 anos ou mais? O uso da tecnologia nas profissões e no dia a dia fazem das ferramentas tecnológicas aparatos essenciais para educação, estamos vivendo uma revolução nas salas de aula e na maioria das vezes o aluno está mais avançado em dominar estas novas ferramentas do que o próprio professor, é necessário que a educação caminhe junto as inovações que cada dia são mais constantes e transformadoras da nossa sociedade e do mercado de trabalho.
Inspirado nestas questões acerca das transformações sociais e impactos que as tecnologias trazem para a educação e para os povos tradicionais o aluno de mestrado Arthur Prudente Junqueira do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação – PROFNIT da Universidade Federal do Tocantins – UFT, teve a ideia de criar um projeto que unisse a ferramentas tecnológicas pedagógicas e a educação indígena.
Formado em Relações Internacionais e em Direito, Arthur sempre se identificou com o mundo da tecnologia e das inovações, trabalhando durante anos na Universidade Estadual do Tocantins com propriedade intelectual e difusão tecnológica. Entre os diversos aplicativos que ele utiliza em seu smartphone, existe um em especial que durante a pandemia lhe chamou muito a atenção, um jogo em que o jogador ao mesmo tempo que se diverte aprende uma língua nova, no caso Arthur, se aventurou no francês e se surpreendeu quando viu que realmente a metodologia de ensino funcionava, visto que ele estava conseguindo aprender francês. E foi durante uma aula do mestrado em que questionado pelo professor sobre qual ideia teria para a dissertação de seu mestrado que veio a seguinte resposta “criar um aplicativo que ajude crianças a aprenderem a ler português ou outra língua”, o professor incitou ainda mais o aluno provocando dizendo que isto não é inovador e já existe, interessante seria criar algo similar mas para atender uma população mais especifica.
Com essa ideia fervilhando, Arthur então buscou comentar sobre o interesse com outros professores do mestrado, quando um deles veio com a resposta que ele tanto queria, comunidades indígenas, por que não fazer um aplicativo pedagógico em forma de jogo que ensine estudantes indígenas a praticarem sua língua materna e o português?
Mas com qual população indígena trabalhar? Arthur não conhecia ninguém que poderia auxilia-lo nesse essencial detalhe, mas este mesmo professor o ajudou e passou o contato de outra professora da UFT que desenvolve a anos projetos de pesquisa e extensão com comunidades indígenas do estado do Tocantins e assim que pode, Arthur entrou em contato marcando uma reunião.
A professora adorou a ideia e incentivou Arthur a trabalhar com o povo Xerente, em especial porque ela já estava desenvolvendo um projeto de redação de material didático para professores indígenas utilizarem em sala de aula e o jogo poderia ser um complemento a este material. Com o Prof. Dr. Warley Gramacho da Silva como orientador e a Profa. Dra. Raquel Castilho Souza como co-orietadora o projeto oficialmente começou no final do segundo semestre de 2020.
A comunidade escolhida para o desenvolvimento do projeto e do jogo foi a pequena comunidade Riozinho Kakumhu, população com quem a Profa. Raquel já havia trabalhado outras vezes, distante da estrada que corta o território indígena Akwe-Xerente, a comunidade foi escolhida em especial por não receber tanta atenção quanto outras maiores e com mais estrutura. Apesar do seu isolamento e das dificuldades a comunidade Riozinho Kakumhu possui uma escola, a escola indígena Wakõmẽkwa que atende a alunos de cinco comunidades da região. E é de uma antena da escola que chega o sinal de internet que a população da comunidade utiliza em seus celulares, com a autorização do cacique, Sr. Domingos Xerente, a equipe passou a reunir-se para o desenvolvimento do projeto.
Apesar da falta de estrutura a escola indígena Wakõmẽkwa possui professores dedicados e apaixonados em fazer da educação ferramenta transformadora das novas gerações e entre eles está o professor e diretor Edimar Xerente que auxiliou muito todo o projeto, em especial nas traduções de português para o Akwe, língua materna do povo Xerente.
Mesmo com a pandemia do COVID 19 a equipe do projeto conseguia reunir com os professores e líderes indígenas da comunidade por meio de reuniões virtuais que foram de grande ajuda para os pesquisadores aprenderem acerca da cultura Akwe, do passado e do presente do povo Xerente. Nestas reuniões também se decidiam tudo acerca do jogo que estava sendo desenvolvido, entre estas decisões estava uma essencial que era definir o nome do jogo, ficou acordado que os professores fariam uma enquete com os estudantes para eles escolherem a melhor nomenclatura para o jogo e o nome escolhido pela maioria foi DASIHÂZEKMÃ DAKRÊWAIHKU – O JOGO, que significa “jogo divertido” na língua Akwe.
Os meses foram de muito trabalho e o jogo era desenvolvido e sempre uma nova versão era testada pelos professores indígenas, corrigida, melhorada e aperfeiçoada, até que em junho de 2022 a versão final foi apresentada, desta vez com a presença dos pesquisadores na comunidade, onde os professores, os líderes e principalmente, os estudantes aprovaram o aplicativo e se divertiram durante horas com o jogo que trazia ali não só as palavras em sua língua materna, mas era bilíngue, com sua versão também em português, com desenhos, ilustrações, cores e cânticos de sua cultura na tela do celular ou do computador. Experiência muito empoderadora para eles que antes nunca tinham visto nada com a língua Akwe exposta em ferramentas tecnológicas. Os professores também aprovaram a importância do papel didático do jogo como ferramenta para o aprendizado dos estudantes.
Arthur disponibilizou o jogo para ser baixado na PlayStore e defendeu seu projeto de mestrado no segundo semestre de 2022 sendo aprovado. Mas para além da conquista de se tornar um mestre, Arthur ficou muito satisfeito pois sabe que seu projeto tornous-se um produto que esta fazendo a diferença para toda uma comunidade, sua expectativa é de que as outras escolas indígenas do território Akwe-Xerente e suas populações também façam o download do jogo e desfrutem do mesmo, que seu projeto torne-se modelo para inspirar outros pesquisadores como ele foi inspirado anos atrás e que não só os Xerente mais outras populações indígenas do estado do Tocantins e quiça do Brasil também criem jogos pedagógicos semelhantes que auxiliem estes povos a conservarem suas línguas e suas culturas com o uso da tecnologia e da inovação.
Link para download do jogo DASIHÂZEKMÃ DAKRÊWAIHKU – O JOGO na PlayStore:
https://play.google.com/store/apps/details?id=com.akwen.app.flutter_akwen
Link para jogar o jogo DASIHÂZEKMÃ DAKRÊWAIHKU – O JOGO em seu navegador da web: https://n0tfake.github.io/Akwen—projeto/
Educação
APM Cursos inaugura unidade em Palmas e amplia acesso à especialização médica no Tocantins

No próximo dia 04 de julho, Palmas receberá a inauguração da unidade da Academia de Cursos Médicos (APM), que oferece cursos de pós-graduação e capacitação técnica voltados a profissionais da saúde. A chegada da instituição ao Tocantins representa um marco para a educação médica no Estado, que passa a contar com uma opção local para formação especializada, antes concentrada em outras regiões do País.
A programação de abertura começa às 7 horas, no auditório do Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed), com uma aula magna sobre osteoporose, ministrada pelo médico e professor Dr. Frederico Barra, ortopedista especialista em dor e doenças osteometabólicas.
Das 10h às 13h, será realizado um workshop na Clínica Ortopédica do Tocantins (COT), com atividades práticas. Ainda pela manhã, os participantes poderão acompanhar uma oficina sobre Desintometria Óssea, exame utilizado no diagnóstico de doenças como a osteoporose. Em seguida, serão apresentadas tecnologias aplicadas ao tratamento da dor, como a Terapia por Ondas de Choque (TOC) e o Laser de Alta Intensidade, ambos indicados para lesões e dores musculoesqueléticas.
À noite, a partir das 18h20, a programação retorna ao Simed com as palestras: “IA: o estado da arte e a prática médica”, conduzida pelo professor Dr. Leonardo Ludovico Póvoa e, o tema “Cannabis na dor musculoesquelética: O que você precisa saber”, ministrada pelo professor Dr. Frederico Barra. Em seguida, ocorre o coquetel de inauguração, na área social do sindicato.
Educação médica mais próxima da realidade local
Para o coordenador acadêmico da APM em Palmas, Dr. Elton Stecca Santana, a instalação da unidade no Tocantins representa uma importante descentralização do ensino médico especializado. “A proposta é facilitar o acesso de médicos e profissionais da saúde a formações presenciais de qualidade, que antes exigiam deslocamento para regiões como Sudeste e Sul. A expectativa é que a unidade funcione como um polo regional de educação continuada, atendendo demandas e contribuindo para a qualificação da prática médica no Estado”, afirma.
Segundo ele, a iniciativa também ajuda a reduzir desigualdades no acesso à atualização profissional, especialmente para médicos que atuam em cidades do interior. “É uma oportunidade para que esses profissionais se qualifiquem sem precisar sair do Tocantins”, destaca.
Educação
Projeto Bela Escola reúne grafiteiras e estudantes para transformar escolas com arte
Projeto Bela Escola leva murais criados por mulheres às regiões norte e sul de Palmas, com protagonismo de alunas do ensino médio

Financiado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, por meio do Ministério da Cultura e Governo Federal, o projeto pode ser acompanhado pelo Instagram: @belaescola_.
A diretora da Escola Estadual Vale do Sol, Kátia Macedo, conta que os murais trouxeram um novo clima à escola. “Vai ser um impacto quando os alunos chegarem e verem a escola assim. Quando a gente falou do projeto, muitos não tinham noção da magnitude. São imagens maravilhosas, indígenas, figuras da cultura tocantinense, e tudo com muito respeito ao espaço escolar”, afirmou. Ela também celebrou o envolvimento das meninas no projeto: “As alunas que participaram do concurso agora têm uma chance real de expandir seus talentos. Elas viram que têm habilidade, e isso puxa outras. Vão se tornar multiplicadoras.”
Para Angélica Ribeiro, de 16 anos, estudante do segundo ano do ensino médio e uma das autoras dos desenhos escolhidos, a experiência foi marcante. “Eu saltei quando soube que meu desenho tinha sido escolhido! Foi a primeira vez que participei de uma pintura assim, e ainda com grafite, que era algo muito distante da minha realidade. Eu quero cursar Artes Visuais, e isso foi uma oportunidade enorme”, conta. “Me senti muito confortável com a equipe, principalmente por ser toda formada por mulheres. A temática do Cerrado me inspirou, e acho que combinou muito com a escola.”
No Colégio Estadual Criança Esperança, a professora Michele Marques dos Santos, que também é coordenadora da área de Linguagens, destacou a importância de projetos como esse em uma escola bilíngue e inclusiva. “Já tivemos experiências com grafite antes, mas essa é ainda mais especial porque as alunas participam de tudo, desde o desenho até a pintura. Isso estimula a criatividade, o senso de pertencimento e ainda deixa a escola mais bonita e acolhedora.”
O projeto também garante acessibilidade para estudantes com deficiência: há intérprete de Libras nas apresentações, acompanhamento para alunas com deficiência durante as oficinas e recursos como audiodescrição e resumo em braile dos murais, acessíveis via QR Code nas escolas.
“É muito bom ver arte com essa qualidade e esse respeito dentro do espaço escolar. Toda escola merecia ter algo assim”, reforça a diretora Kátia.
Meio Ambiente
Semarh e Sindjor promovem oficina de jornalismo climático e cobertura ambiental no Tocantins

Com o tema “Jornalista bem informado, informa melhor!”, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins (Semarh) em parceria com o Sindicato dos Jornalistas (Sindjor) e o Programa de Pós-Graduação em Ciências do Ambiente (PPGCIAMB) da Universidade Federal do Tocantins (UFT), promovem no dia 05 de junho, às 18h30, no Auditório da Semarh, na Praça dos Girassóis, a Oficina de Jornalismo Climático e Cobertura Ambiental. A iniciativa tem como objetivo capacitar jornalistas, acadêmicos e comunicadores para uma cobertura mais precisa e inspiradora sobre temas ambientais complexos, como mudanças climáticas, o Programa Jurisdicional REDD+, educação ambiental e unidades de conservação, incentivando a promoção de ações positivas para o clima.
A atividade inclui fundamentos teóricos e debates oferecendo aos participantes ferramentas para relatar de maneira ética e eficaz as transformações ambientais e seus impactos sociais e econômicos. Também na oficina serão exemplificados os mecanismos de cadastro e cobertura da Conferência das Partes (COP30) que acontece em Belém – PA em novembro próximo. Ao final, haverá certificação emitida pelo Sinjor em parceria com o Ciamb/UFT, reconhecendo a importância de uma comunicação qualificada e comprometida com a sustentabilidade.
- Faet e Senar4 dias atrás
Jornada Técnica do Senar Tocantins destaca apicultura
- Governo do Tocantins5 dias atrás
Entenda o papel do Consórcio Brasil Central na missão internacional a Israel
- Social5 dias atrás
Clube da Leitura e Amizade transforma infância em Palmas
- Comunicação Transformadora por Munyque Fernandes4 dias atrás
A comunicação que convence e vende
- Palmas4 dias atrás
Novos guardas metropolitanos de Palmas são capacitados para atuar contra perturbação do sossego