Ressurgindo no Jalapão: A Jornada de Sara Batista de Almeida Sousa na Reconstrução de Vida e Sucesso Empresarial

Em meio às belezas naturais do Jalapão, no estado do Tocantins, Sara Batista de Almeida Sousa, uma jalapoeira nata, encontrou não apenas um meio de subsistência, mas uma forma de ressignificar sua vida após um período de intensa dor e luto. Em 2019, Sara enfrentou a perda devastadora de seu filho Gabriel, que tinha apenas 4 anos e lutava contra a anemia falciforme, uma doença crônica que trouxe complicações irreversíveis para o pequeno.

Naquele ano, residindo na cidade de Mateiros, Sara viu-se à beira da depressão, enfrentando crises de ansiedade que a levaram a buscar refúgio e força em sua fé. Era um período de súplicas e pedidos diários a Deus para que encontrasse uma forma de seguir adiante, de encontrar luz em meio à escuridão que a envolvia.

A resposta para suas preces veio em outubro de 2020, quando, no pós-pandemia, sua mãe, proprietária do atrativo turístico composto pela Prainha e pelo Fervedouro Mumbuca, decidiu arrendar o local. Sara não hesitou em se oferecer para gerir o espaço, mudando-se para lá juntamente com seu esposo. O casal assumiu a responsabilidade de cuidar do local que, até então, estava desabitado.

No coração do Jalapão, Sara e seu esposo Leandro Rodrigues de Sousa iniciaram um processo de cura e restauração emocional. Sara descobriu que, ao se dedicar ao que amava, a cozinha e o atendimento ao público, poderia encontrar alegria e satisfação novamente. “Meu trabalho é um lazer”, confessa ela, com um brilho renovado no olhar.

A Prainha e o Fervedouro Mumbuca começaram a ganhar vida novamente sob os cuidados de Sara. O casal se dedicou de corpo e alma para transformar o atrativo em um dos destinos mais procurados da região. “Recebemos muitas pessoas e já conhecemos muitas pessoas maravilhosas que, vendo nosso desejo de empreender, nos ajudaram e continuam nos ajudando”, relata Sara.

Com o apoio do Sebrae, Sara tem se aperfeiçoado na arte da culinária típica jalapoeira, oferecendo pratos como carne de sol, chambari e quibebe de mandioca. O restaurante, que funciona todos os dias, tem sido um sucesso, atraindo cada vez mais visitantes, seja para uma refeição agendada ou não.

Sara faz questão de destacar que a experiência de visitar o atrativo vai além da apreciação da comida caseira e da prosa gostosa. É uma oportunidade de se reconectar com a natureza, de usufruir da prainha e do fervedouro, e de levar na memória sabores e histórias inesquecíveis.

Hoje, Sara olha para trás e vê que, através da fé e do trabalho duro, conseguiu transformar uma fase de profunda tristeza em um período de renovação e esperança. Ela acredita que as dificuldades enfrentadas foram uma forma de fortalecimento, uma preparação para a construção de um futuro promissor à frente do atrativo turístico que, dia após dia, tem sido palco de belos encontros e experiências inesquecíveis para todos que o visitam.

Fotos e Texto: Jaciara Barros