Governo do Tocantins
Secretaria de Povos Originários e Tradicionais do Tocantins leva demandas dos povos indígenas ao Governo Federal

Sepot participou de série de reuniões com representantes do Poder Executivo Federal e lideranças indígenas
Durante este mês, em que várias partes do país se voltam para o Abril Indígena, a Secretaria de Povos Originários e Tradicionais do Tocantins (Sepot) levou diversas demandas dos 16 povos indígenas do Estado ao Governo Federal, por meio de agendas com dirigentes do Palácio do Planalto, em Brasília.
Estiveram na capital federal para as agendas em prol dos povos indígenas, a secretária da Sepot, Narubia Werreria; o diretor de Proteção aos Indígenas, Paulo Waikarnãse Xerente; o diretor de Fomento e Proteção à Cultura, Célio Thorkã Kanela; o gerente de Planejamento e Captação de Recursos, Filipi Holanda; e os (as) servidores (as) Igor Pankará, Lorayne Ferreira de Jesus, Milene Pereira de Souza e Marcos André Izidoro de Menezes.
A Sepot esteve com a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, para discutir a realidade dos povos indígenas do Tocantins e alinhar parcerias para a promoção de mais qualidade de vida para aqueles que habitam no Tocantins. Com a ministra Sonia, a Sepot também participou do II 2º Seminário sobre Direitos dos Povos Indígenas: desafios, garantias e perspectivas, promovido pela Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara dos Deputados.
Com o secretário Nacional de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba, a Sepot solicitou um Termo de Cooperação Técnica para os trabalhos de saúde mental e saneamento básico para comunidades indígenas do Tocantins, entre o Governo Federal e o Governo do Tocantins. A Sepot também requisitou dados de violência contra a mulher indígena levantados pelos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) que atendem o Estado.
Na ocasião, a secretária Narubia agradeceu por ter sido recebida por Tapeba, pois a saúde indígena tem sido a demanda mais urgente no Tocantins. “Fiquei encantada com o trabalho da Secretaria Nacional de Saúde Indígena, pois o trabalho desenvolvido é estruturante e a parceria com o Governo do Estado para que possamos trabalhar juntos pelos nossos povos do Tocantins já está formada. Estamos à disposição da Secretaria para o que for necessário”, afirmou.
Tapeba agradeceu pela vinda da secretária e de sua equipe à Brasília. “Para nós, a ocupação desses espaços institucionais também por nossos parentes nos traz uma alegria muito grande, sobretudo pelo reforço da política pública para os territórios indígenas. Da parte da nossa secretaria, nós estamos combinando uma agenda institucional no Tocantins. Queremos fazer essa parceria com o Governo do Estado para entender os problemas dos territórios e começar de fato a solucionar a realidade precária vivenciada pelos povos indígenas do Brasil. Estamos empenhados em reelaborar e aperfeiçoar a política nacional de atenção à saúde dos povos indígenas, baseada especificamente no cuidado integral, como sendo a principal diretriz da nossa política indígena”, acrescentou.
A convite do secretário especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, André Ceciliano, a secretária Narubia também participou da reunião de instalação da câmara técnica Políticas Sociais e Combate às Desigualdades, no Palácio do Planalto, em Brasília, onde estiveram presentes Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais; Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial; e Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
O objetivo da reunião foi promover um encontro de agendas entre os entes federativos sobre os temas debatidos, em um esforço conjunto para o combate à fome, a promoção da igualdade de gênero e de raça, a preservação do ambiente e o desenvolvimento da primeira infância.
ATL
A Sepot também esteve presente no Acampamento Terra Livre (ATL), mobilização indígena que reúne anualmente milhares de participantes de centenas de etnias em Brasília. Lá, apoiou a participação da delegação de 302 indígenas tocantinenses, dos povos Krahô, Apinajé, Xerente, Karajá Ixambioá, Karajá Javaé, Krahô Kanela e Krahô Takaywrá. Servidores da pasta e a secretária Narubia se reuniram com coordenadores e líderes indígenas do Estado, com o intuito de discutir questões que pudessem ser solucionadas através do trabalho do Governo do Tocantins.
O cacique Tuila Silva Karajá, da aldeia Santa Isabel, na Ilha do Bananal, está em Brasília participando da ATL. “É muito importante a nossa vinda para a ATL, para que possamos ouvir associações indígenas de todo o país. Dessa forma, temos uma articulação melhor e, consequentemente, teremos um trabalho mais aprofundado nas nossas comunidades”, disse.
Ele acrescenta que o apoio da Sepot na ida à Brasília foi fundamental. “A Secretaria de Povos Originários e Tradicionais nos apoiou de uma forma grande, por meio de apoio logístico para que a nossa vinda fosse possível e para que pudéssemos reivindicar nossas demandas junto ao Governo Federal. Agradeço à secretária e a toda a sua equipe pela oportunidade”, finalizou. Líderes indígenas tocantinenses estiveram no Palácio do Planalto e puderam dialogar diretamente com o presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Governo do Tocantins
Em Portugal, governador Wanderlei Barbosa articula parceria com a Universidade de Lisboa
Governador Wanderlei Barbosa articula parceria com a Universidade de Lisboa para trabalhos de iniciação científica e pesquisa em conjunto com a Unitins – Foto: Tharson Lopes/Governo do Tocantins

O objetivo é estreitar os laços entre as instituições para promover trabalhos de iniciação científica e pesquisa. “Esta é uma oportunidade de realizar pesquisas e formações conjuntas, abrir horizontes e trocar experiências que vão gerar um impacto muito positivo para as duas instituições”, ressaltou o governador Wanderlei Barbosa, durante a visita.
O reitor da Unitins, Augusto Rezende, que participou do encontro por videochamada, reforçou a importância da iniciativa. “É uma possibilidade de avançar com o intercâmbio institucional de acadêmicos, como também ampliarmos as pesquisas e os eventos científicos”, pontuou.
Na ocasião, também foi discutida uma parceria com a Escola de Governo do Tocantins (Egov) e a Escola de Gestão Fazendária (Egefaz), para ofertar capacitações na área de gestão pública para os servidores do Estado.
O secretário de Estado de Parcerias e Investimentos, Thomas Jefferson, enfatizou que esta é uma ação estratégica que vai possibilitar resultados na área de gestão. “Ofertar esse tipo de qualificação fomenta a qualidade do trabalho desenvolvido pelos nossos servidores, que desempenham um papel tão significativo e propositivo para o Governo do Tocantins”, salientou.
“Este é mais um passo, do ponto de vista internacional, para a nossa instituição. Para nós, é importante estreitar laços com as instituições de ensino do Tocantins”, evidenciou o coordenador do departamento administração pública do ISCSP, João Catarino.
Instituto superior de ciências sociais e políticas
O ISCSP é uma unidade da Universidade de Lisboa, fundada em 1906. É uma das instituições de ensino superior mais antigas de Portugal dedicadas às ciências sociais e políticas.
O Instituto oferece formação acadêmica em áreas como Ciência Política, Relações Internacionais, Administração Pública, Antropologia, Serviço Social, Sociologia, Gestão, Recursos Humanos e Comunicação Social. Dispõe de cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento, além de investigação científica, por meio de centros como o Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP).
Governo do Tocantins
Governador Wanderlei Barbosa reforça compromisso com o campo em acordo histórico para governança fundiária

Com o objetivo de garantir segurança jurídica aos produtores rurais e avançar na regularização fundiária no Tocantins, o presidente do Republicanos e governador, Wanderlei Barbosa, assinou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Governo Federal, nesta sexta-feira (27), que contempla a governança fundiária de aproximadamente 1,9 milhão de hectares no estado.
A iniciativa vai permitir a identificação, mapeamento e a titulação de imóveis rurais em diversas regiões do Tocantins, beneficiando diretamente famílias que vivem e produzem no campo.
O ACT prevê a criação de uma Unidade Estadual de Cadastro, além do intercâmbio de tecnologias e informações entre os órgãos envolvidos, otimizando processos e promovendo mais transparência e agilidade nos pedidos de regularização.
“Temos muitos projetos de assentamento em andamento e já publicamos edital para asfaltar trechos de vias estaduais, com previsão de início das obras em agosto. Desenvolvemos diversas ações em parceria porque, aqui no Tocantins, valorizamos o trabalho conjunto”, afirmou o governador.
A partir do novo acordo, serão realizados mutirões técnicos com foco em georreferenciamento, cadastro e titulação das terras, etapa essencial para garantir o direito à propriedade aos produtores e promover o desenvolvimento sustentável no meio rural.
Governo do Tocantins
Governo do Tocantins contribui para o resgate da língua Inỹ entre o povo Karajá-Xambioá

A aldeia Ixybiowa, do povo Karajá-Xambioá, em Santa Fé do Araguaia, será transformada numa sala de aula ao ar livre a partir desta terça-feira, 1° de julho. Até o dia nove, um grupo, comandado por Mairu Karajá, desenvolverá a fase inicial do projeto “Inỹrybè – Fortalecimento e Revitalização da Cultura Inỹ”, com foco no resgate da língua materna. A Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (SEPOT) apoia a realização do trabalho de campo com suporte logístico.
O diretor de Proteção aos Povos Originários da SEPOT, Igor Pankará, ressalta que apoiar ações como o projeto é uma das atribuições da pasta, visando ao fortalecimento da identidade e do modo de vida dos povos indígenas. “A proteção dos povos originários passa pela preservação dos seus costumes, e contribuir para que as atividades de campo sejam realizadas é uma forma de fortalecer o povo e o seu território”, explica o diretor.
Contemplado pelo Edital 31/2024, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o projeto propõe uma imersão linguística e cultural intensa, com aulas planejadas a partir do cotidiano da comunidade para ensinar o alfabeto, números e nomes dos frutos típicos da região, por exemplo. Outro ponto que também receberá atenção é o grafismo, para que haja entendimento da função de cada elemento e como desenhar. Transmissão oral, visual e material de apoio impresso serão usados no decorrer do projeto, que também tem como meta a produção de materiais pedagógicos para as escolas indígenas.
Mairu Karajá explica que a língua é um componente essencial da identidade dos povos originários e que vem se perdendo em muitas comunidades, restando poucos falantes – geralmente os anciãos, como é o caso das cinco aldeias que serão impactadas pelo projeto. Mairu lembra que muitos indígenas até compreendem a língua, mas não conseguem se comunicar.
As histórias contadas pelos anciãos na língua Inỹ farão parte da metodologia de ensino. As aulas têm como público prioritário pessoas de 10 a 40 anos e serão voltadas a toda comunidade, incluindo lideranças e professores. Após a imersão, a comunidade poderá contar com material impresso e videoaulas gravadas. Mairu diz que a intenção é retornar ao território a cada seis meses para mensurar os avanços da iniciativa.
Legado
Ciente da sua responsabilidade social, Mairu Karajá, nascido na aldeia São Domingos, na região do Araguaia, estado do Mato Grosso, relata que certa vez se deu conta que ele próprio estava deixando de falar o Inỹ e que não havia muito material disponível na sua língua materna. Junto com este despertar, veio a preocupação de como seria a realidade do povo Karajá dentro de 50 anos. “Precisamos manter a língua viva em memória dos nossos antepassados. A língua é um elo muito forte para entender a nossa cultura”, observa.
Mairu acredita que o processo de resgate e revitalização da língua também afetará a autoestima da população, especialmente entre os mais jovens. “A negação da nossa língua, muitas vezes, está relacionada a necessidade de se adequar à cultura fora do território. É essencial que nosso povo entenda a importância das duas línguas, sendo o Português a segunda língua, para esse resgate de pertencimento ancestral”, considera.
Atenção internacional
O projeto junto aos Karajá-Xambioá é apenas a base de uma aspiração maior: a criação de um instituto que seja referência para outras línguas indígenas do Brasil. Mairu Karajá informa que até o ano de 2032 estamos na “Década Internacional das Línguas Indígenas”, uma iniciativa da Unesco e da Organização das Nações Unidas, com o objetivo de sensibilizar a população sobre as línguas dos povos originários de todos os continentes e mobilizar esforços para que sejam preservadas. “Essa demonstração de apoio institucional, como o da SEPOT e da Funai, é muito importante para que tenhamos projetos mais robustos”, enfatizou Mairu, acrescentando que o aporte financeiro, por meio de parcerias e editais como os da Lei Aldir Blanc/Secult, faz toda a diferença.
Equipe
Mairu Karajá, formado em Relações Internacionais, é mestre em Direito e faz doutorado na mesma área. A equipe de campo conta com a expertise da linguista Clarissa Prado; da antropóloga Marília Moraes; do advogado e antropólogo Henrique Entratice; e da professora auxiliar Tuinaki Karajá. Todo o trabalho será registrado pela equipe de comunicação, formada por Milena Kanela, Nandiala Karajá e Wellis Carvalho.
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