Turismo sustentável foi o eixo central de um debate promovido pelo Ministério do Turismo durante a programação do Dia do Turismo na COP30, realizada nos dias 19 e 20 de novembro. O encontro, realizado no estande “Conheça o Brasil”, na Green Zone em Belém (PA), reuniu especialistas, gestores públicos e representantes do setor para discutir caminhos jurídicos, ambientais e sociais para fortalecer o turismo sustentável em meio às crises climáticas.
Turismo sustentável depende de bases jurídicas sólidas
Na abertura do painel, o professor Álvaro Espírito Santo, da Universidade Federal do Pará, destacou que o turismo sustentável só se consolida quando fundamentado por marcos regulatórios modernos e consistentes. Segundo ele, a Amazônia tem potencial para ser um dos maiores destinos sustentáveis do mundo, mas isso exige legislação clara e políticas públicas contínuas. “Se quisermos um futuro em que a natureza amazônica seja um ponto turístico fortalecido, precisamos de respaldo jurídico”, afirmou.
Turismo sustentável e financiamento internacional
O advogado Leonardo Volpatti reforçou que o turismo sustentável deve ser visto como política estratégica para atrair visitantes internacionais. Para ele, a COP30 representa um marco para consolidar normas e mecanismos de incentivo. “O Fungetur já oferece crédito para iniciativas sustentáveis, como transição energética e economia circular. Esse precisa ser o caminho”, destacou. O Fungetur é uma das principais linhas de financiamento do Ministério do Turismo e pode ser acessado no portal oficial:
https://www.gov.br/turismo
Turismo sustentável exige desenvolvimento equilibrado
O chefe do departamento jurídico do Ministério do Turismo, Márcio Dutra, apresentou ações que reforçam o compromisso da Pasta com o turismo sustentável. Ele destacou que sustentabilidade vai muito além dos atrativos naturais. “Sustentabilidade não é só trilha e natureza. É desenvolvimento econômico equilibrado, proteção ambiental e inclusão social”, afirmou.
Turismo sustentável e a proteção das florestas tropicais
Encerrando o painel, o procurador do Ministério Público do Estado do Pará, Manoel Santino, ressaltou que o turismo sustentável precisa colocar as florestas tropicais no centro da pauta climática. Ele reforçou que o uso responsável das florestas pode gerar renda, preservar ecossistemas e fortalecer ações de mitigação climática. “O Ministério Público está engajado nesse grande trabalho para garantir sustentabilidade real”, concluiu.
Além das discussões técnicas, o debate reforçou que o turismo sustentável depende de cooperação internacional, investimentos contínuos e participação ativa do setor privado. Para ampliar conhecimento, recomenda-se consultar também o painel da COP30 sobre políticas ambientais:
https://unfccc.int.


