Opinião e Editorial
Vamos aposentar a Tabela de Medidas e pensar fora da calça

Será que realmente toda escolha é uma renúncia? Fazer escolhas envolve tantas coisas que, muitas vezes, não tomamos consciência de como e porque a fazemos.
Às vezes uma escolha nos agride física ou moralmente. Às vezes essa escolha adversa é uma decisão pensada. Mas então porque nos sujeitamos a alguns sofrimentos e o que estamos buscando com tudo isso?
Refletindo sobre o que é comum entre seres humanos, independente de classe social, cultura ou profissão, identifiquei a “busca pelo bem-estar”. Não foi simples entender do que se trata o tal do bem-estar, tampouco chegar a essa conclusão. Mas fiquei confortável em aceitar que bem-estar é um estado.
E esse estado ou nível de bem-estar é a consequência do equilíbrio de várias coisas que são importantes para cada um de nós. A escolha é muito individual, é personalizada. A minha história, origem e cultura impactarão diretamente na maneira que eu enxergo o mundo e, consequentemente, nas decisões que vou tomar ao longo da vida. Por isso, é tudo tão relativo e complexo. A compreensão sobre o motivo das nossas escolhas nos faz questionar esse movimento, que vai se modificando com a idade, a situação ou o lugar em que nos encontramos.
Assim, para alcançar o maior nível de bem-estar possível, em cada situação que vivencio, cabe somente a mim tentar entender o que é, de fato, aceitável ou não. Tentarei considerar o que atende minhas várias necessidades, fazendo um contrapeso entre tudo que é desconfortável pra mim.
Bem-estar é estar bem, é estar confortável com o que estou fazendo, escolhendo e sentindo. É interessante como existe uma relação direta entre as palavras bem-estar e conforto.
Mas, afinal, o que é conforto? Entendi o conforto como a sensação daquilo que não me incomoda físico, emocional e/ou mentalmente. Medimos o conforto pela ausência do desconforto. Quando algo não nos aperta, não nos faz sentir mal, podemos considerá-lo confortável. Posso não estar vivenciando uma situação incrível, mas se consigo equilibrar tudo que é desconfortável pra mim daquela situação, serei capaz de aceitá-la.
Em cada momento, ao fazer minhas escolhas, vou tentar minimizar tudo que é desconfortável e manter o que é aceitável e mais relevante. Por exemplo, quando eu estou com pessoas próximas, não tenho tanta preocupação com a minha estética. O conforto físico é prioridade máxima quando estou em casa. Porém, ao me preparar para uma festa ou uma reunião importante de trabalho, a mensagem que irei transmitir aos outros com a minha roupa é um fator importante para mim e, por isso, considero a possibilidade de passar por algum tipo de desconforto físico em detrimento do meu conforto estético.
A maior compreensão sobre a existência de muitos fatores que tenho que equilibrar e considerar, fez-me denominá-los como “tipos de confortos”. Quanto melhor equilibro todos os tipos de conforto que são relevantes em cada situação, maior será o meu nível de bem-estar alcançado. Quando considero tudo isso, percebo o quão longe estou indo no estudo dos produtos ou inovações que ofereço às pessoas.
Em um estudo científico que fizemos, constatamos que a variação da medida da nossa cintura, ou do tamanho de uma calça é muito significativa quando comparamos a posição de pé e sentados. Quando nos sentamos, é fato que a calça que não tem flexibilidade (elástico) na cintura vai comprimir nosso abdômen.
Então por que, desde a sua criação, a ‘Tabela de Medidas’ tem uma medida fixa, como se tivéssemos um corpo de tamanho único e imutável? Deveria se chamar “Tabela de Medidas – posição de pé”.
A história da medida das calças remonta há séculos atrás, quando as vestimentas começaram a ser padronizadas pela medida da cintura. A importância da roupa sob medida, com maior valorização do fit justo e de caimento impecável sacrificou o conforto físico em prol do conforto estético, priorizando as medidas as pessoas quando elas estavam de pé.
Nos acostumamos com a pressão abdominal, desrespeitando nosso corpo e trazendo impactos negativos na nossa saúde. Se já existem alternativas para garantir o conforto estético e ainda respeitar nossas medidas quando nos movimentamos, acredito que chegou a hora de reavaliar a Tabela de Medidas e pensar “fora da calça”.
Hoje tenho mais clareza sobre como a solução moovexx, uma das tecnologias que criei – onde elásticos invisíveis proporcionam flexibilidade ao cós da calça e aumentam em pelo menos 30% a chance de o produto vestir os mais diversos biotipos corporais -, pode colaborar com as marcas. E entendi que o moovexx não é só mais um tipo de elástico. A mudança simples na forma de aplicá-lo nas calças carrega um conceito muito especial: a possibilidade de colaborar positivamente com o nível de alguns desses tipos de confortos e, então, consequentemente, com o maior bem-estar das pessoas.
A tecnologia – com patente já concedida no Brasil, Estados Unidos, México, Índia, Japão, Canadá, além da União Europeia – pode expandir, em média, 6,5cm (2,5 polegadas) no cós (medida cintura) sem comprometer a estética do produto – variação equivalente a quase dois tamanhos, ajustando-se automaticamente aos movimentos do corpo, equilibrando necessidades estéticas e físicas na mesma peça.
Não se trata de apresentar a minha tecnologia em si, mas de dividir com as pessoas o quão interessante é o conceito que um sistema de elásticos pode carregar e impactar verdadeiramente nas necessidades humanas e no alcance de maior bem-estar.
O bem-estar não é um destino final, mas um estado em constante mudança.
Opinião e Editorial
Juliana Marins: uma alma viajante que agora descansa em paz
Juliana Marins, apaixonada por paisagens naturais, conheceu o Jalapão em 2024 e compartilhava suas viagens pelo mundo com leveza nas redes sociais.




fotos tiradas do seu instagram ajulianamarins
A aventura que virou tragédia
Embarcou em fevereiro num mochilão pelo sudeste asiático — provando comidas, conhecendo culturas e postando cada etapa: Filipinas, Vietnã, Tailândia. Em junho, chegou à Indonésia: o destino final antes da tragédia.
No dia 20 de junho, por volta das 6h30 da manhã, Juliana começou a subida ao Monte Rinjani (3.726 m), vulcão ativo em Lombok. Durante uma parada para descanso, ela escorregou e caiu — estima-se que tenha despencado entre 300 m e 600 m em desnível, segundo diferentes fontes.
Quatro dias de mobilização e esperança
Turistas ouviram seus gritos e usaram drones para localizá-la a cerca de 500 m abaixo da trilha. A família enfrentou informações confusas — incluindo relatos de que ela teria água e comida e que o resgate era iminente, versões depois questionadas pela irmã, Mariana Marins.
Condições climáticas adversas — neblina, terreno íngreme e areia solta — impediram o acesso imediato. Helicópteros chegaram a ser cogitados, mas as autoridades locais os descartaram por segurança.
Desfecho que entristece o Brasil
Após quatro dias de buscas intensas — com até 50 profissionais envolvidos — o corpo de Juliana foi encontrado por drone e resgatado até a base de Sembalun no dia 24 de junho. As autoridades locais confirmaram que ela foi encontrada “sem sinais de vida”.
A Embaixada do Brasil em Jacarta cooperou com as equipes locais, e o Itamaraty prestou apoio à família. No Instagram, amigos e parentes agradeceram pelas milhões de mensagens recebidas durante os dias de angústia.
Legado e reflexões
Juliana Marins morava em Niterói e, além de publicitária, era dançarina de pole dance, apaixonada por fotografia e narrativa audiovisual. Sua jornada marcou o Jalapão como um dos momentos mais belos de sua vida, e suas postagens inspiraram muitos a viajar e se conectarem com a energia do mundo.
Hoje, o Monte Rinjani abriga uma lição dolorosa: natureza e aventura podem ser belas e transformadoras, mas exigem respeito aos limites e à imprevisibilidade — sobretudo em alturas extremas e terrenos traiçoeiros.
Que Juliana descanse em paz, guardada na lembrança de quem sentiu seu brilho. Que essa história sirva também de alerta — ao mundo e aos exploradores — sobre os riscos de se aventurar sem todos os cuidados.
Nossas condolências à família, amigos e admiradores — que encontrem conforto na memória vibrante da jovem que viveu intensamente.
Opinião e Editorial
Campanha por Ana Caroline: doações de sangue são essenciais para nova cirurgia oncológica
Ana Caroline precisa de doações de sangue para cirurgia oncológica no fígado. Doe no Hemocentro em seu nome ou compartilhe a campanha.

Nas próximas semanas, Ana Caroline da Silva Ribeiro Sousa passará por uma nova cirurgia oncológica no fígado. Com fé e esperança na recuperação, ela inicia uma mobilização solidária em busca de doações de sangue, fundamentais para o sucesso do procedimento.
Em sintonia com o Junho Vermelho, mês dedicado à conscientização sobre a importância da doação de sangue, Ana Caroline faz um apelo à população: quem puder doar, que procure o Hemocentro mais próximo e informe seu nome no momento da doação.
Para aqueles que não podem doar, o pedido é simples e igualmente valioso: compartilhar essa mensagem com o maior número de pessoas possível.
➤ Requisitos básicos para doar:
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Apresentar documento oficial com foto
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Ter entre 16 e 69 anos de idade
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Pesar no mínimo 50 kg
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Estar em boas condições de saúde
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Não ter ingerido alimentos gordurosos nas últimas 3 horas
Qualquer tipo sanguíneo é bem-vindo.
Dúvidas? Entre em contato com o Hemocentro pelo telefone 0800 642 8822.

Ana Caroline precisa de doações de sangue para cirurgia oncológica no fígado. Doe no Hemocentro em seu nome ou compartilhe a campanha.
A solidariedade pode salvar vidas — e neste momento, pode salvar a vida da Ana Caroline.
Opinião e Editorial
A teoria da internet morta: uma reflexão sobre o futuro do mundo digital
A teoria da “internet morta” aponta para a perda de liberdade online devido à comercialização, vigilância governamental e censura, mas a Web 3.0 oferece esperança.

Nos últimos meses, o TikTok tem sido um dos maiores alvos dessa enxurrada de conteúdo gerado por IA. É comum que um a cada dois ou três vídeos no app seja totalmente criado por inteligência artificial – desde o roteiro, passando pela narração, até as imagens. Alguns usuários já estão chamando isso de “slime de IA” – porque, de tanto aparecer, parece que gruda no seu feed.
É importante ressaltar, também, que a teoria da internet morta não afirma que a maioria das interações pessoais na internet são falsas. Em contrapartida, ela levanta outra questão, a de que a internet não é mais um espaço para os seres humanos, feita por seres humanos e, portanto, esse espaço, anteriormente amado pela humanidade, se perdeu.
A comercialização e a perda de liberdade
Um dos exemplos mais claros dessa transformação pode ser observado nas redes sociais. Plataformas como Facebook, Instagram e YouTube, que inicialmente eram espaços de troca livre e de criação de conteúdo independente, agora priorizam o conteúdo pago e impulsionado por algoritmos. Segundo um estudo de 2023 da Pew Research Center, 64% dos usuários de redes sociais afirmam que as empresas controlam o que veem online com base em algoritmos de recomendação, geralmente favorecendo conteúdos patrocinados ou com maior potencial de gerar lucro.
Esse modelo de negócios está restringindo a visibilidade de publicações de usuários comuns, favorecendo conteúdos de empresas e influenciadores pagos. Esse fenômeno tem sido amplamente criticado por comprometer a espontaneidade e a diversidade de opiniões e expressões que a internet um dia proporcionou. A internet “morta”, então, seria aquela em que a liberdade de expressão e a democratização da informação são limitadas por interesses comerciais.
A vigilância e o controle governamental
Outro exemplo alarmante da “internet morta” é a crescente vigilância digital e o controle governamental sobre a internet. Países como a China e a Rússia já implementam sistemas de monitoramento digital robustos, com uma censura em larga escala. Na China, por exemplo, a “Great Firewall” bloqueia o acesso a plataformas como Facebook, Google e Twitter, além de monitorar constantemente a atividade online dos cidadãos.
Nos Estados Unidos, o debate sobre a privacidade digital ganhou força, especialmente após a revelação de programas de vigilância em massa pela Agência Nacional de Segurança (NSA). O monitoramento de dados pessoais pelos governos e pelas empresas de tecnologia tem gerado preocupações sobre a liberdade individual e a segurança online, um aspecto crucial da teoria da internet morta.
A censura e a manipulação de informações
A manipulação da informação também tem se tornado um tema central na teoria da “internet morta”. Em várias partes do mundo, especialmente em tempos de crise política, governantes e empresas de tecnologia têm sido acusados de manipular ou censurar conteúdos que não se alinham com seus interesses. No Brasil, por exemplo, durante as eleições de 2018 e 2022, houve inúmeras alegações de disseminação de fake news e manipulação de plataformas digitais para influenciar o voto da população.
Em 2021, o caso de WhatsApp e Telegram bloqueando conteúdos considerados “falsos” ou “enganosos” levantou debates sobre os limites da liberdade de expressão online. Embora as medidas de combate à desinformação sejam necessárias, muitos argumentam que essas ações também podem ser vistas como uma forma de censura, o que afeta a pluralidade de vozes e pontos de vista na web.
A Revolução da Web 3.0 e a possível restauração
Apesar de os exemplos apontados indicarem uma possível morte da internet original, existe uma corrente de otimismo no campo digital. A ascensão da Web 3.0, também conhecida como a internet descentralizada, traz esperanças de que a liberdade online ainda possa ser resgatada. Tecnologias como blockchain e contratos inteligentes têm o potencial de devolver o controle dos dados para os usuários, em vez de depender exclusivamente de gigantes da tecnologia como Google, Amazon e Facebook.
Proponentes dessa nova versão da internet acreditam que a Web 3.0 pode restaurar a autonomia e a liberdade online, com sistemas que possibilitam maior privacidade e controle sobre as informações pessoais. Exemplos disso incluem plataformas descentralizadas de mídia social como Mastodon e sistemas de pagamento via criptomoedas, que operam fora do alcance de bancos e governos.
O futuro da Internet está nas nossas mãos
Embora a teoria da internet morta tenha ganhado força com o crescente controle sobre a web, o conceito de uma internet viva, descentralizada e democrática ainda é possível. Iniciativas para preservar a liberdade online, como a Campanha por uma Internet Livre promovida pela Fundação Wikimedia e a Defesa da Privacidade Digital realizada por ONGs, estão sendo fundamentais para resistir às ameaças de regulação excessiva.
O futuro da internet dependerá, em grande parte, da capacidade de usuários e organizações de pressionamr por mais transparência, justiça e liberdade no mundo digital. A luta pela preservação dos ideais da internet original continua, e o cenário da “internet morta” pode ser apenas uma fase transitória até uma nova revolução digital.
Relatório da Europol: Um relatório da Europol, agência de segurança da União Europeia, publicado em 2022, já alertava: especialistas estimam que até 90% de todo o conteúdo na internet poderá ser produzido por IA até 2026. Repetindo: 90%!
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