Cotidiano
5 desafios de uma mulher na política

Em tempos eleitorais, tudo parece mais extremo, inclusive os preconceitos. Mesmo com a tentativa de diminuir o machismo, inclusive com a criação de cotas para mulheres nos partidos, ainda assim, estão nas notícias exemplos de candidatas que só estão fazendo número nos partidos, além da usual desacreditação de candidatas mulheres. Para se ter ideia, mais da metade da população brasileira (51,13%) é feminina, e elas representam, segundo Tribunal Superior Eleitoral, 53% do eleitorado. No entanto, ocupam hoje menos de 15% dos cargos eletivos, segundo dados do IBGE.
As mulheres enfrentam dificuldades em diversas áreas, mas no cenário político é ainda mais agravado. Há menos de 100 anos, o voto feminino foi autorizado em todo o Brasil, mas até hoje tivemos apenas uma única presidente, Dilma Rousseff. Para termos mais mulheres nas lideranças é fundamental pensar em políticas de inclusão de mulheres que sejam mais robustas.
É fundamental o estímulo ao lançamento de mais candidaturas femininas, especialmente de mulheres vítimas de violência doméstica, negras, indígenas e de identidades LGBTQIA+. Precisamos falar sobre pautas femininas como aborto, saúde, assédio, maternidade e igualdade de gênero.
De olho nesse cenário, a Emenda Constitucional 111, promulgada em setembro de 2021, determinou a contagem em dobro dos votos dados a mulheres e pessoas negras no cálculo da distribuição dos recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições. Essa medida irá até 2030.
Mesmo com novas medidas e o debate sobre a importância das mulheres na política, ainda existem muitos empecilhos. Abaixo listo os 5 principais desafios de uma mulher na política. Confira:
1 – Misoginia: o termo que significa ódio ou aversão às mulheres pode ser visto em vários contextos. Recentemente foi possível notar um caso com repercussão nacional, o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, em rede nacional no primeiro debate entre os candidatos, teve uma fala machista com a jornalista Vera Magalhães, o presidente disse que a jornalista “Dorme pensando em mim, alguma paixão”.
É importante enfatizar que misoginia é crime. Sancionada em 2018 pelo ex-presidente Michel Temer, a lei 13.642/18 acrescenta à Polícia Federal a atribuição de investigação de casos de misoginia na internet. A norma determina que a PF possa investigar a propagação de conteúdos que difundem ódio ou aversão às mulheres na rede mundial de computadores. Muitas também são ofendidas pelo twitter ou outros meios de comunicação online, chamadas de loucas, históricas ou incapazes, as críticas são direcionadas ao intuito de desqualificar as mulheres.
2 – Medo da Violência: O Brasil é o 5º país no mundo – em um grupo de 83 – em que se matam mais mulheres, de acordo com o Mapa da Violência de 2015, organizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). Para as mulheres negras, o índice foi ainda pior: os homicídios, nesse caso, aumentaram 54,2% no mesmo período, passando de 1.864 para 2.875 vítimas. O indice de violência contra as mulheres é enorme, principalmente quando pensamos no cenário político, em que muitas ainda não tem apoio. Um exemplo, que assustou muitos, foi o assassinato da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro, em 2018, um caso emblemático de violência política de gênero. Ano passado, foi sancionada a Lei 14.192, que estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher.
3 – Machismo: O machismo predomina nos arredores políticos que são marcados pela baixa representatividade feminina. A sobrecarga de atividades atribuídas às mulheres pela sociedade, os empecilhos do sistema político-partidário, o preconceito e a desvalorização das mulheres muitas vezes as mantém longe da candidatura.
É fato que não se pode negar a realidade do preconceito e machismo contra mulheres e mães tanto na política como no mercado de trabalho atual. Não deveria ser assim, mas é a realidade, para se destacar a mulher tem que ser tecnicamente muito melhor qualificada do que qualquer homem que exerça a sua mesma função e ainda ter garra para dar conta, com mestria das suas duplas e, às vezes, triplas jornadas de trabalho. Mas na minha visão, o principal é ser uma candidata focada em resultados. Se o resultado final do seu trabalho é acima da média, isso vai ser o seu cartão de visitas.
4 – Medo de errar: As outras pessoas, muitas vezes, costumam desencorajar as mulheres a seguirem seus sonhos e montar sua própria campanha. Mas é preciso contrariá-los, confiar no seu potencial e deixar o medo de lado para seguir em frente. Podemos pensar na candidatura, como quando vamos começar um negócio novo, é normal ter medo de falhar e, em alguns momentos, de não fazer um bom trabalho. O que não pode acontecer é deixar com que esse medo te paralise. Errar em alguns momentos faz parte da jornada, o mais importante é continuar estudando e aprendendo para não cometer os mesmos erros e ir melhorando nos pontos que costuma ter uma maior dificuldade.
5 – Não ter ajuda: Começar algo novo sempre é difícil, mas quando se tem apoio e com quem contar no caminho, as coisas acabam se tornando um pouco mais fáceis. As mulheres precisam se unir e procurar outras com o mesmo propósito. O Mulheres Aceleradas, por exemplo, é uma comunidade para mulheres que já empreendem e também para as que desejam começar a empreender. Não importa a região em que a empresária está, ela pode fazer parte. A fundação tem o interesse genuíno em oferecer ajuda a essas mulheres, aproveitando os meus conhecimentos técnicos e experiência na área. O objetivo é fazer com que elas percebam que têm com quem contar e que não precisam trilhar esse caminho cheio de desafios sozinhas. Na política precisamos pensar da mesma forma.
*Larissa DeLucca. empreendedora, fundadora e CEO da Negócios Acelerados – uma agência de marketing que há 13 anos potencializa negócios, e Diretora da Fundação Mulheres Aceleradas.
Conteúdo Religioso
Processo de beatificação do Padre Luso será aberto com missa em Porto Nacional
Missa no dia 19 de julho marca a abertura oficial da fase diocesana do processo de beatificação do Padre Luso em Porto Nacional.

A fase diocesana do processo de beatificação do Padre Luso será oficialmente aberta no dia 19 de julho, com uma missa especial às 11h, presidida pelo bispo da Diocese de Porto Nacional, Dom José Moreira. O horário foi escolhido por seu simbolismo na trajetória do sacerdote. A celebração será realizada na Igreja São Judas Tadeu e é aberta a toda a comunidade, paróquias locais e fiéis de todo o Tocantins.
Momento histórico para a fé no Tocantins
O evento é promovido pela Diocese de Porto Nacional em parceria com a Associação dos Amigos do Padre Luso (AaPL), e marca um passo importante no caminho rumo à beatificação do sacerdote, cuja vida de dedicação à Igreja Católica deixou marcas profundas na comunidade local e no estado.
Quem foi Padre Luso
Padre Luso Rocha foi um sacerdote que dedicou sua vida ao serviço da Igreja Católica e à promoção da fé cristã no Tocantins. Natural de Porto Nacional, ele é lembrado por sua atuação pastoral intensa, proximidade com os fiéis, dedicação às comunidades mais carentes e promoção da justiça social. Sua trajetória é marcada por um profundo amor ao próximo, simplicidade, sabedoria e compromisso com a evangelização. Padre Luso deixou um legado espiritual duradouro e continua sendo inspiração para milhares de tocantinenses que o consideram um verdadeiro exemplo de santidade.
Presença do postulador oficial do Vaticano
A celebração contará com a presença do postulador da causa, o italiano Paolo Vilotta, que acompanha o processo de beatificação do Padre Luso e também de Dom Alano. Vilotta é o responsável por investigar a vida, as virtudes e os testemunhos relacionados ao sacerdote, como parte do procedimento que pode levar ao reconhecimento de sua santidade.
Com chegada prevista para o dia 18 de julho, Paolo Vilotta permanecerá no município até o dia 23, participando das atividades da programação. Ele atua em aproximadamente 45 causas de beatificação e canonização no Brasil, sendo figura central nos trâmites conduzidos junto ao Vaticano.
Celebração aberta ao público
Fiéis de diversas regiões são esperados para a celebração, que representa um momento de fé, união e reconhecimento da importância histórica e espiritual do Padre Luso. A missa e a abertura oficial do processo são passos fundamentais para dar visibilidade à causa junto à Igreja e à comunidade católica.
Serviço
- Local: Porto Nacional – TO
- Evento: Missa de abertura do processo de beatificação do Padre Luso
- Data: 19 de julho (sexta-feira)
- Horário: 11h
- Local: Igreja São Judas Tadeu
- Celebrante: Dom José Moreira
- Convidado especial: Paolo Vilotta, postulador do Vaticano
Internacional
EUA oficializam tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto; carta de Trump a Lula provoca crise diplomática
Medida deve afetar gigantes como Petrobras, Vale, JBS e Suzano, e já gera reações do governo brasileiro

Uma carta oficial da Casa Branca, assinada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados para os EUA. A nova tarifa entra em vigor a partir do dia 1º de agosto de 2025 e se soma às taxas setoriais já existentes, configurando o maior tarifaço da história recente entre os dois países.
A medida foi anunciada por Trump na quarta-feira (9processo) e ganhou corpo com a divulgação da carta, escrita em papel timbrado da presidência americana. No texto, Trump critica diretamente o judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, classificado por ele como uma “caça às bruxas” e um “constrangimento internacional”. Segundo o atual presidente norte-americano, a decisão é uma resposta às “ameaças” feitas pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro a empresas americanas de tecnologia, em razão de ordens judiciais contra desinformação e discursos de ódio.
“A partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre qualquer produto brasileiro enviado aos Estados Unidos, além das tarifas setoriais já existentes”, afirma Trump no documento. “Mercadorias transbordadas para tentar evitar essa tarifa estarão sujeitas a taxas ainda mais altas.”
Setores e empresas mais afetados
Com a medida, os setores mais impactados serão petróleo, celulose, carnes, aço e papel. Entre as empresas brasileiras diretamente prejudicadas estão:
- Petrobras, com grandes volumes de petróleo e derivados exportados;
- Vale, Gerdau e CSN, exportadoras de ferro e aço;
- Suzano, maior produtora global de celulose;
- JBS, Marfrig e BRF, líderes em proteína animal;
- Cooperativas como a CitrusBR, que dominam o mercado de suco de laranja nos EUA.
Segundo analistas, as tarifas podem inviabilizar parte das exportações, prejudicar as cadeias produtivas e abrir espaço para concorrentes de países como México, Canadá e Argentina.
Resposta do governo Lula
A carta gerou reação imediata do governo brasileiro. Em nota oficial publicada nas redes sociais, o presidente Lula afirmou que o Brasil é um país soberano, com instituições independentes, e que não aceitará ser tutelado por qualquer nação estrangeira.
“O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de Estado é de competência exclusiva da Justiça brasileira. Não cabe qualquer tipo de ameaça que fira nossa soberania ou a independência de nossos poderes”, afirmou o presidente em comunicado.
Além disso, o governo brasileiro contestou a alegação de prejuízo comercial feita por Trump. De acordo com dados da diplomacia brasileira, os Estados Unidos acumulam superávit de US$ 410 bilhões no comércio com o Brasil nos últimos 15 anos.
Caminhos possíveis e cenário futuro
A carta de Trump abre um precedente inédito na relação bilateral, elevando a tensão comercial e diplomática entre os dois países. Embora o presidente norte-americano tenha indicado que empresas brasileiras podem evitar a tarifa se optarem por produzir dentro dos Estados Unidos, analistas avaliam que isso beneficiaria apenas grandes multinacionais com capacidade de relocalização.
Ainda não está claro se a tarifa será aprovada pelo Congresso dos EUA ou publicada oficialmente pelo USTR (Representante Comercial dos Estados Unidos), mas, sendo Trump o atual presidente, é provável que a implementação ocorra com celeridade.
O Itamaraty já estuda aplicar a Lei de Reciprocidade Econômica, o que pode incluir restrições a produtos americanos no Brasil.
📄 Veja a carta oficial enviada por Donald Trump a Lula:

A equipe do Portal Jaciara Barros seguirá acompanhando os desdobramentos da crise comercial e diplomática entre Brasil e Estados Unidos.
Comunicação Transformadora por Munyque Fernandes
Você sabe a cor predileta de quem você ama?
Por Munyque Fernandes

Pode parecer uma pergunta simples, até ingênua. Mas ela carrega uma profundidade que muitas vezes passa despercebida na correria: você sabe a cor preferida de quem você ama? Da sua mãe, do seu filho, do seu marido, da sua esposa, do seu melhor amigo?
Saber a cor favorita de alguém é mais do que conhecer um detalhe aleatório. É um sinal de atenção, de escuta, de presença. Em tempos em que a comunicação se resume a mensagens, áudios acelerados, emojis e memes, conhecer aquilo que alegra o coração do outro é um ato de cuidado e de intimidade.
Quantas vezes nos declaramos com palavras, mas deixamos de praticar a escuta amorosa? Quantas vezes dizemos “eu te amo”, mas não sabemos que aquela pessoa adora o azul, porque lembra o céu ou o amarelo, porque traz alegria e vitalidade?
A comunicação transformadora começa exatamente aí: na disposição de olhar de verdade. Amar é prestar atenção. É perceber os silêncios, os gestos e os gostos. É lembrar da cor preferida quando for escolher uma flor, uma blusa ou um cartão. É demonstrar que, mesmo com o mundo nos puxando para o urgente, você ainda escolhe preservar o essencial.
Talvez hoje seja um bom dia para fazer essa pergunta para quem está ao seu lado. E mais do que isso: guardar a resposta com carinho. A vida não mora só em obras grandiosas, ela se manifesta nos detalhes, porque não há nada mais corajoso que viver de verdade.
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