Campos de capim dourado ganham fiscalização para inibir queimadas

Com o aumento de focos de fogo e queimadas no Tocantins, e visando inibir ocorrências similares no ‘ouro do Jalapão’, os campos de capim dourado ganharam um reforço na fiscalização com uma patrulha composta pelos próprios moradores da Comunidade Mumbuca. “A ideia foi contratar pessoas da própria comunidade para fiscalizar a região a fim de reprimir qualquer ação que prejudique os campos de capim dourado, como queimadas, manejo, coleta e transporte ilegal da matéria-prima”, explica o analista de meio ambiente da Energisa Tocantins, Glauco Messias.

Há cerca de um ano, uma área equivalente a três hectares de capim dourado virou cinzas após um incêndio que afetou drasticamente a colheita da principal matéria-prima para confecção de artesanato no Jalapão. Além do prejuízo ambiental, a queimada afetou o sustento dos artesãos e familiares que sobrevivem do artesanato. Às vésperas do período de colheita autorizado pelo Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins, acende-se o alerta com os cuidados para coibir queimadas na região.

Esse reforço no patrulhamento é uma das ações de preservação do capim dourado que a concessionária de energia integra. “Além disso, desde 2022 atuamos com outras iniciativas voltadas ao monitoramento e fiscalização do capim dourado junto com o Ministério Público do Tocantins, o Naturatins e a Polícia Militar”, complementa Messias.

Entre outras ações já realizadas na região, está a instalação de placas de sinalização nos campos onde a planta brota. Segundo Alankardek Ferreira Moreira, diretor de relações institucionais da Energisa Tocantins, a preservação do capim dourado é uma questão de responsabilidade social para a empresa. “Acreditamos que, juntos, podemos fazer a diferença. Ao instalar as placas, estamos não apenas protegendo o meio ambiente, mas também fomentando a sustentabilidade econômica da região”, afirma.

Além da proteção dos campos de capim dourado, a Energisa também atua em outras frentes a fim de coibir queimadas, como a participação ativa no projeto Foco no Fogo. “Fazemos também um monitoramento em toda a extensão da rede elétrica para executar a limpeza de faixa, que é uma espécie de aceiro para evitar que o fogo se propague e alcance a rede elétrica”, explica o gerente de operação da Energisa, Maurício Zanina.

“É extremamente importante que todos façam sua parte para evitar que as queimadas causem mais prejuízos. Não jogar lixo nos acostamentos em rodovias, recolher latas, garrafas e outros tipos de vidro em acampamentos, descartar bitucas de cigarro em local apropriado, não queimar folhas e resíduos nos quintais, por exemplo, são atitudes que contribuem com a diminuição dos focos de incêndio”, complementa o gerente.

Ao identificar um foco de incêndio, avise o Corpo de Bombeiros (193) ou denuncie pela Linha Verde (0800 63 1155). Se for próximo à rede elétrica ou a uma subestação de energia, avise também a Energisa pelo WhatsApp da Gisa (www.gisa.energisa.com.br) ou pelo 0800 721 3330.

A colheita do capim dourado só poderá ser feita entre os dias 20 de setembro e 30 de novembro, de acordo com a lei 3.594/2019, com autorização emitida pelo Naturatins. Com a haste do capim, os artesãos produzem bolsas, objetos de decoração, bijuterias, chapéus, entre outros objetos, cuja venda é a fonte de renda das comunidades.

Nos dias 13, 14 e 15 de setembro, a comunidade Mumbuca sediará a Festa da Colheita, para celebrar a produção do ano e dar início à colheita de 2024. A festividade, que é gratuita e acontece na Comunidade Mumbuca, a 22 km de Mateiros, conta com apoio da Energisa, Sebrae, Governo do Tocantins, Prefeitura de Mateiros e agências parceiras. Além da venda do artesanato, a programação conta com desfiles, apresentações artísticas e culturas, entre outras atividades.