Governo do Tocantins
Estande do Tocantins é destaque na abertura do 19º Salão do Artesanato em São Paulo

Ao todo, dez artesãos de diferentes regiões do Tocantins foram selecionados por meio de edital público para representar o estado na feira. Com peças confeccionadas em capim-dourado, madeira, sementes, fibras de buriti, cerâmica e palhas diversas, os artistas apresentaram trabalhos que evidenciam tanto a tradição quanto a originalidade do fazer manual.
A assessora de gabinete da Secretaria da Cultura do Tocantins, Lara Faez, representou o secretário Tião Pinheiro na abertura do evento e destacou a importância da presença tocantinense na feira. “É muito relevante a participação do Estado do Tocantins em um evento que expõe artesanato do país todo. Nossos artesãos demonstram de forma muito bonita a diversidade do Tocantins, a habilidade que decorre das nossas tradições e o potencial da economia criativa. E a Secult incentiva essa expressão da cultura popular ao prestar total apoio logístico para a presença dos artesãos no evento”, afirmou.
Coordenadora estadual do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) no Tocantins, Núbia Cursino celebrou a montagem do estande e o início das atividades. “É gratificante trazer dez artesãos para o estande do nosso estado. Aqui temos o capim-dourado, que traz o brilho do Tocantins; as bonecas Ritxòkò confeccionadas pelas indígenas Karajá e que são Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil declarado pelo Iphan; temos também a palha e a fibra de buriti, enfim, várias tipologias dentro do nosso estande”, explicou.
A emoção também tomou conta dos expositores. O artesão Edimilson Pereira Magalhães, conhecido artisticamente como Missim da Viola de Buriti, vindo do município de Novo Acordo, relembrou o início de sua trajetória com o instrumento. “Eu fabrico e toco viola de buriti desde os meus 10 anos de idade e nunca esperava que acontecesse o que está acontecendo hoje. É o meu primeiro Salão do Artesanato e ‘pra’ mim é uma honra. Agradeço a Deus e à Secretaria da Cultura do Tocantins por essa rica oportunidade que nós estamos tendo de ser conhecidos e reconhecidos.”
Representando a Associação Dourada de mulheres artesãs de Novo Jardim, Valmiria Dias Marques valorizou a oportunidade de participação. “Eu me sinto muito grata, muito lisonjeada em poder trazer nossas peças, apresentar o nosso trabalho para o Brasil e o mundo todo. Eu estou aqui como representante de uma associação de mulheres que dependem, na maioria, desse trabalho para poder se manter. E é muito gratificante poder contribuir com isso!”
A indígena Myxewetoro, da Aldeia Kuriala, na Ilha do Bananal, do município Formoso do Araguaia, também compartilhou sua alegria com a visibilidade das bonecas Ritxòkò. “Eu me sinto muito grata de várias pessoas estarem conhecendo um dos maiores símbolos da cultura do meu povo. E estou adorando muitas pessoas estarem adquirindo a boneca Ritxòkò”, comentou.
O lojista e curador Fernando Werney, que há mais de 20 anos trabalha com cultura e arte popular em São Paulo, elogiou o trabalho apresentado no estande tocantinense. “Os Karajá são maravilhosos. É um grafismo muito sofisticado, uma cerâmica muito especial e uma manualidade muito preciosa. O estande dá vontade de levar tudo, mas não cabe tudo na loja. ‘Tá’ tudo muito bonito: a paleta de cores, os elementos e tons naturais, a manualidade muito evidente nos trabalhos. É um estande muito bonito”, avaliou.
Sobre o Salão do Artesanato
Realizado de 21 a 25 de maio no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, o 19º Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras é uma das maiores vitrines da produção artesanal do país. A iniciativa tem apoio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) e reúne expositores de todos os estados com o objetivo de promover a cultura popular, incentivar a economia criativa e ampliar os canais de comercialização para artesãos de todo o Brasil. A feira se estende até o próximo domingo, 25.